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Espondiloartrose: Doença Degenerativa da Coluna

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Espondiloartrose, espondilodiscoatrose ou OA da coluna vertebral e a variação de nomes para Osteoartrose ou OA que é uma doença degenerativa crônica e progressiva, de etiologia multifatorial que se manifesta por artralgia, rigidez e limitação da função articular, com perda progressiva e reparação inadequada da cartilagem e remodelagem óssea subcondral. È a sua etiopatogênese está relacionada a alterações que ocorrem no núcleo pulposo (LEBKOWISKI, 2002). Fissuras ocorrem no anel fibroso com posterior diminuição do espaço intervertebral e formação de osteófitos (LEMOS; RISO, 1981; NUNES, 1989). As articulações interapofisárias posteriores pode sofrer do mesmo processo degenerativo articular ou osteoartrose de uma articulação sinovial. A cartilagem articular das facetas articulares sofre fibrilação, amolecimento e o osso subcondral eburnifica-se podendo aparecer osteófitos (McCARTHY; FRASSICA, 1998). Lebkowisk (2002) enfatiza que a idade é o principal fator etiológico da espondiloartrose lombar. Knoplich (1995) afirma que as alterações radiográficas, como diminuição de espaço intervertebral e osteofitose em pacientes após a quarta década de vida, estão mais relacionadas ao envelhecimento.
Epidemiologia
A doença pode afetar de 16,2% da população, representa 30% a 40% das consultas em ambulatórios especializados, sendo responsável por 7,5% dos afastamentos do trabalho e a quarta doença a determinar aposentadoria (6,2%) dos casos no Brasil. A incidência é semelhante em relação ao sexo, sendo que o número de articulações é, em geral, maior no sexo feminino, o que leva a forma generalizada ser mais comum em mulheres. E pouco frequente antes dos 40 a 50 anos e tem alta incidência após os 60 anos de idade. É doença de distribuição universal, porém com algumas diferenças geográficas e raciais. Maior incidência na lombar em razão que essa região está submetida e dos esforços e erros posturais cotidianos.
Fatores de risco 
Obesidade: Entre os fatores de risco para o desenvolvimento da OA, a obesidade desempenha papel fundamental não somente em relação ao seu papel etiológico, mas também no tratamento. A redução do peso corporal demonstra uma grande melhora clínica, mesmo em articulações que não suportam carga, além de uma relação direta com a degradação articular.
Idade: A idade é o fator de risco mais consistente para desenvolvimento da OA, podendo a doença atingir a 30% das pessoas acima de 60 anos de idade.
Sexo: Como já dissemos, a OA é mais frequente na mulher, principalmente nos joelhos e nas mãos, enquanto no homem o quadril é mais atingido, sendo que este acometimento pode estar ligado a causas hormonais, genéticas ou do tipo de atividade física ou laborativa.
Ocupação e trauma: Trauma articular que resulte em lesão ou instabilidade articular tanto os traumas ocasionados por impacto como aqueles relacionados aos estresses repetidos no trabalho pode contribuir para o aparecimento da lesão na articulação afetada.
Fisiopatologia
Primeiro ocorre a degeneração da cartilagem, deixando o osso subcondral exposto uma vez exposto ocorre a destruição do osso subcondral com a formação dos osteofitos marginais na tentativa do organismo para remodelar o osso subcondral degenerado com o aumento da produção de osteoblastos, podendo levar a inflamação da membrana sinovial, pois tem corpos estranhos próximo a mesma ocasionando a fibrose da capsula articular devido a fibrose na membrana sinovial e espessamento e rigidez das estruturas periarticulares.
Apresentação clínica
Dor articular: A dor articular é sem dúvida o mais importante sintoma da OA, sendo que a mulher tem, em geral, doença mais severa e dor mais importante que o homem. Ocorre no inicio dos movimentos (protocinéticas), alivia com o repouso e piora com as atividades com cargas, á noite.
Rigidez matinal: É um sintoma comum e, ao contrário da artrite reumatoide, de curta duração, em geral menor que 30 minutos.
Perda da função, insegurança e instabilidade: Inicia-se com redução do movimento da articulação, atrofia dos músculos e diminuição da força muscular, associada à hipertrofia de capsula, tendões e ligamentos, presença de osteofitos, dor e edema.
Diagnostico 
O American College of Rheumatology (ACR) estabeleceu alguns critérios para diagnósticos da doença, baseadas fundamentais em critérios clínicos (amplitudes dolorosa de movimento, rigidez matinal inferior a 30 minutos, crepitação e proliferação óssea) e radiológicos (presença de osteofitos, esclerose ou presença de cistos subcondrais, diminuição do espaço articular, incongruência e desmineralização). 
Tratamento com recursos Fisioterapêuticos
O tratamento desses pacientes deve ser multidisciplinar. O diagnostico e o tratamento precoce podem minimizar os sintomas e auxiliar o retorno ou a manutenção de suas atividades diárias. Desde muito tempo se discute a prescrição de atividade física como fator predisponente na formação de AO. No entanto, se sabe atualmente que a atividade física dosada, regular e orientada pode melhorar algumas das alterações secundarias relacionadas com a doença, diminuindo a incapacidade e melhorando o 
condicionamento físico desses pacientes. A estimulação da articulação osteartrósica (fases iniciais) com cargas leves e em caráter cíclico pode estimular a síntese de matriz cartilaginosa, enquanto a inatividade pode ser um fator de estimulo ao processo degenerativo e de rigidez tecidual com proliferação de tecido fibroso, a aderência entre as superfícies articulares, atrofia cartilaginosa e diminuição da capacidade de absorção de energia. Com a atividade física temos o ganho de força, aumento da amplitude de movimento (ADM) melhora no equilíbrio e coordenação motora e diminuição da dor.
Mobilização passiva: para diminuir a formação de contraturas obter um retorno mais rápido da ADM. A movimentação aumenta a lubrificação da articulação e acelera o processo de regeneração da cartilagem.
Alongamentos: diminuem as retrações e os encurtamentos miofascias, descomprimindo as articulações, garantido, assim a nutrição e a hidratação cartilaginosa.
Fortalecimento: para o ganho de força muscular, os exercícios isométricos realizados em diferentes angulações e não ultrapassando 60 a 70% da contração máxima.
Hidroterapia: os efeitos térmicos, mecânicos e psíquicos da hidroterapia sobre a melhora da dor e da função são benefícios aos pacientes. Ao permitir que o paciente se movimente em meio liquido com redução do estresse articular e consequente redução da percepção dolorosa, a hidroterapia permite desenvolver a capacidade ou o condicionamento aeróbico.
Massoterapia: a massagem pode ser um importante recurso no tratamento dos tecidos miofascias satélites ás articulações osteoartrósica, principalmente nos músculos da coluna vertebral visando o relaxamento desta musculatura. E tigger points pode estar presente limitando a ADM e AVD´S. As manobras devem envolver deslizamentos superficiais, importantes para a dessensibilização local, diminuindo a percepção dolorosa.
Pompage: tem por objetivo principal restaurar a frouxidão fisiológica e permitir o reequilíbrio hídrico da cartilagem e reduzir as aderências pela liberação das fáscias. 
Reeducação postural: as deformações posturais são muitas vezes causa ou consequência da doença, é quase indispensável que sejam realizadas atividades de reequilíbrio postural. As terapias de reeducação postural podem aliviar as pressões articulares.

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