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OFICINA LITERÁRIA

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OFICINA LITERÁRIA – EXERCÍCIOS
1) "Denotação é a linguagem informativa, comum a todos. Tem por objetivo expressar um conhecimento prático, científico. Nesse tipo de linguagem, as palavras são sempre empregadas em estado real." Qual das frases deixa de atender o conceito de DENOTAÇÃO
	
	A frieza do olhar não se esconde. 
	
	O mar está poluído. 
2) Marque a alternativa em que se defina corretamente o conceito de "ficção"?
	
	É invenção, criação, imaginação, fingimento, é o cerne da literatura feita com palavras. 
3) Tomemos o seguinte terceto do Poema Pombas, de Raimundo Correa: 
"Também dos corações onde abotoam, 
Os sonhos, um por um céleres voam,
 Como voam as pombas dos pombais".
 Assinale a alternativa em que ocorra a relação entre os vocábulos "pombas" e "sonhos" de acordo com o contexto da poesia:
	
	Uma metáfora
4) Ao considerar que o verbo grego Poïen é a essência da arte poética clássica, da qual deriva a Poïesis grega, marque a alternativa que não pertence ao seu contexto semântico:
	
	É o ato de imitar a realidade por meio da palavra.
5) Literatura: Significado de Literatura s.f. Arte de escrever trabalhos artísticos em prosa ou verso. Conjunto das produções literárias de um país, de uma época. Profissão de homem de letras: dedicar-se à literatura. Conjunto de obras sobre um determinado assunto; bibliografia: literatura sobre o câncer. Literatura de cordel, literatura popular, de pouco ou nenhum valor literário, geralmente em brochuras ou folhetos pendurados em cordel de bancas de jornaleiros ou vendidos em feiras do Nordeste. Literatura de ficção, o romance, a novela, o conto.
 Podemos perceber que o texto acima é um texto não-literário, pois:
	
	Não permite várias leituras
	
	Revela a parcialidade do autor
6) Podemos dizer que ao imitar a realidade em suas obras literárias o autor sempre exerce um processo revelador porque:
	
	No processo de imitação, o autor revela a realidade e a transforma em bem cultural
7) Ao da lermos um romance, por exemplo, é correto afirmar-se que:
	
	Ocorre um processo de imitação, centrado na apreensão do mundo e do ser humano
8) Podemos definir catharsis como:
	
	a libertação promovida pela criação artística 
9) Carta XIII ¿ Ao Rei D. João IV ¿ 4 de abril de 1654 "(...) Tornando aos índios do Pará, dos quais, como dizia, se serve quem ali governa como se foram seus escravos, e os traz quase todos ocupados em seus interesses, principalmente no dos tabacos, obriga-me a consciência a manifestar a V.M. os grandes pecados que por ocasião deste serviço se cometem. Primeiramente nenhum destes índios vai senão violentado e por força, e o trabalho é excessivo, e em que todos os anos morrem muitos, por ser venenosíssimo o vapor do tabaco: o rigor com que são tratados é mais que de escravos; os nomes que lhes chamam e que eles muito sentem, feiíssimos; o comer é quase nenhum; a paga tão limitada que não satisfaz a menor parte do tempo nem do trabalho; e como os tabacos se lavram sempre em terras fortes e novas, e muito distante das aldeias, estão os índios ausentes de suas mulheres, e ordinariamente eles e elas em mau estado, e os filhos sem quem os sustente, porque não têm os pais tempo para fazer suas roças, com que as aldeias estão sempre em grandíssima fome e miséria. Também assim ausentes e divididos não podem os índios ser doutrinados, e vivem sem conhecimento da fé, nem ouvem missa nem a têm para a ouvir, nem se confessam pela Quaresma, nem recebem nenhum outro sacramento, ainda na morte; e assim morrem e se vão ao Inferno, sem haver quem tenha cuidado de seus corpos nem de suas almas, sendo juntamente causa estas crueldades de que muitos índios já cristãos se ausentam de suas povoações, e se vão para a gentilidade, e de que os gentios do sertão não queiram vir para nós, temendo-se do trabalho a que os obrigam, a que eles de nenhum modo são costumados, e assim se vêm a perder as conversões e os já convertidos; e os que governam são os primeiros que se perdem, e os segundos serão os que os consentem; e isto é o que cá se faz hoje e o que se fez até agora.¿ Padre Antonio Vieira. Carta XIII. 1949 A partir desse fragmento, podemos perceber que Padre Antonio Vieira:
	
	Baseia-se na realidade que vive e tece um discurso de denúncia
10) Machado de Assis confirmou-se como acurado crítico do caráter humano, extraída da sua capacidade de dialogar com a realidade. Na poesia O casamento do diabo, um dos raros momentos em que o autor escreve em verso, ele faz uma crítica a um dos seus alvos favoritos ¿ a mulher. Leia o poema com atenção e responda à questão proposta. O casamento do diabo Satan teve um dia a idéa De casar. Que original: Queria mulher não feia Virgem corpo, alma leal. Toma um conselho de amigo Não te cases, Belzebú; Que a mulher, como ser humano, É mais fina do que tu. Cortou unhas, cortou rabo, Cortou as pontas, depois Sahio o nosso diabo, Como o heroe dos heroes. Toma um conselho de amigo Não te cases, Belzebú; Que a mulher, como ser humano, É mais fina do que tu. Casar era a sua dita; Correo por terra e por mar, Encontrou mulher bonita E tratou de a sequestrar Toma um conselho de amigo Não te cases, Belzebú; Que a mulher, como ser humano, É mais fina do que tu. Elle quis, ella queria Poseram mão sobre mão, E na melhor harmonia Verificou-se a união. Toma um conselho de amigo Não te cases, Belzebú; Que a mulher, como ser humano, É mais fina do que tu. Passou-se um anno, e ao diabo Não se cresceram por fim, Nem as unhas, nem o rabo... Mas as pontas, essas sim... Toma um conselho de amigo Não te cases, Belzebú; Que a mulher, como ser humano, É mais fina do que tu. Machado de Assis Nesse caso, a crítica à figura feminina reside nas entrelinhas da:
	
	No refrão, quando o poeta alerta para o fato de que a mulher é mais fina que o demônio
11) A Literatura e a vida real se confundem na medida em que fatos do dia a dia são reconhecíveis nas linhas dos romances e versos de poemas. Conflitos e tensões que atingem as pessoas são os mesmos que, através dos tempos, fazem parte da construção literária. O que foi dito, basicamente tem a ver com o conceito de:
	
	mimeses 
12) O que é gênero literário?
	
	Gênero literário é um agrupamento de obras literárias que pertencem a uma classe, espécie, origem ou tempo de nascimento
	
	Gênero literário é um agrupamento de obras literárias que pertencem a uma classe, possuem o mesmo vocabulário e enredo
13) Marque a alternativa  em que se caracterize devidamente o herói:
	
	Ele inspira seu povo devido à natureza de seus feitos
14) Assinale a alternativa que contenha o termo que melhor preencha a lacuna do texto que se segue:
"_________ é invenção, criação, imaginação, fingimento, é o cerne da literatura feita com palavras."
	
	ficção 
15) Leia atentamente a afirmação abaixo:
A epopéia eterniza lendas seculares e tradições ancestrais, preservada ao longo dos tempos pela tradição oral ou escrita. Marque a alternativa que analisa corretamente a afirmação acima:
	
	Verdadeira, pois propõe uma definição apropriada do gênero em questão.
16) Quanto ao gênero épico, não podemos dizer que:
	
	Neste universo narrativo, o homem só tem espaço como ser único, ou seja, como portador de uma individualidade
17) Qual das afirmações abaixo NÃO diz respeito à Epopeia?
	
	É uma obra satírica
18) ___________é uma manifestação literária que procura mostrar o desenvolvimento de uma ação no tempo e no espaço por meio da movimentação de personagens, conjunto este transmitido ao leitor por um narrador que adota um determinado ponto de vista(foco narrativo).
	
	narrativa 
19) O verso trágico é duro e cortante, isola e cria distâncias. Ele reveste os heróis com toda a profundidade de sua solidão oriunda da forma, não permite surgir entre eles outras relações que não as de luta e aniquilação; em sua lírica podem ressoar o desespero a e embriaguez do caminho e do fim (...) jamaisirromperá  como por vezes a prosa o permite  um trato puramente humano e puramente psicológico entre os personagens, jamais o desespero se tornará elegia e a embriaguez, aspiração por suas próprias alturas (...)  (Lukács, G. A teoria do romance. Editora 34. 2009) 
No trecho acima citado, Lukács aponta para uma diferenciação entre: 
	
	epopéia e romance
20) O romance surge no séc. XVIII, com a ascensão da burguesia.Surge substituindo a epopéia. De acordo com essa informação, concluímos que:
	
	a relação existente entre a epopéia e o romance é de decorrência e continuidade.
21) O romance é uma mistura, um condensado de ficção e realidade. Estes dois critérios devem modelar-se e articular-se de maneira equilibrada. A coesão, a força do romance, provém tanto das qualidades de imaginação quanto da análise dos fatos reais do autor. Nesse sentido, podemos dizer que:
	
	a força do romance está no fato de sua estrutura estar baseada no real e no modo como ele é visto e reproduzido pelo autor.
22) Apresentação - nesta parte, o ficcionista mostra ao leitor os primeiros dados do mundo construído, personagens e suas características, espaço em que se movimentam, as relações entre si, e as referências temporais. Complicação - é o momento em que se rompe o equilíbrio do estado inicial, surgem conflitos e ocorrem transformações, onde o encadeamento dos episódios conduz a narrativa a um ponto de tensão. Clímax - é o ponto máximo de tensão. Desfecho ou desenlace - situação final, ou seja, o equilíbrio que se restabelece depois do clímax. 
Os elementos acima mencionados ¿ apresentação, complicação, clímax e desfecho ou desenlace ¿ compõem o gênero:
	 
	narrativa
23) Sobre o conto, é correto afirmar que:
	
	A chave para se entender o conto, enquanto gênero, está na concentração de sua trama. 
24) Qual é o foco do conto?
	
	Levar o leitor ao desfecho, o clímax da narrativa
25) Qual das características abaixo não diz respeito ao Conto?
	
	O conto tem uma estrutura que só se desenvolve satisfatoriamente num elevado número de páginas
26) O ______ é a forma narrativa, em prosa, de menor extensão (no sentido estrito de tamanho). Entre suas principais características, estão a concisão, a precisão, a densidade, a unidade de efeito ou impressão total ¿ da qual falava Poe (1809-1849) e Tchekhov (1860-1904): o ______precisa causar um efeito singular no leitor; muita excitação e emotividade. Os termos que melhor preencheriam os espaços acima são:
	
	conto - conto
27) Joaquim Machado de Assis, cronista, contista, dramaturgo, jornalista, poeta, novelista, romancista, crítico e ensaísta nasceu no Rio de Janeiro, em 21 de Junho de 1839. Filho de um operário mestiço de negro e português, Francisco José de Assis, aquele que viria a tornar-se o maior escritor do país e um mestre da língua, perde a mãe muito cedo e é criado pela madrasta, Maria Inês, também mulata, que se deica ao menino dedica ao menino e o matricula na escola pública, única que freqüentou o auto didata Machado de Assis. Considerando os seus conhecimentos sobre os gêneros textuais, o texto citado constitui-se de:
	
	apresentação da vida de uma personalidade, organizada sobretudo pela ordem tipológica da narração, com um estilo marcado por linguagem objetiva
28) Sabemos que os diferente modos de narrar indicam diferentes relações com o tempo em que o enredo se desenvolve. No conto, como funciona o tempo em relação ao desenvolvimento da narrativa?
	
	Tudo, neste tipo de narrativa, se passa em um tempo curtíssimo. São, apenas, algumas horas ou dias. 
29) A falta de determinados detalhes na composição das crônicas, como a falta de nomes, por exemplo, revela:
	
	A trivialidade característica desse gênero que pretende uma narrativa simples e leve
30) Um das características abaixo não diz respeito à crônica. Selecione-a.
	
	A crônica tem uma estrutura complexa, baseada num preciosista. 
31) A estrutura da crônica é eminentemente
	
	narrativa
32) A relação entre a crônica e a realidade baseia-se em:
	
	c) uma captação de fatos do cotidiano que é revestido de fantasia e imaginação. 
	
	uma recuperação total e distanciada da realidade, aproximando a da reportagem. 
33) A redação da crônica prioriza o texto simples e leve. Nela percebe-se a comicidade e a fantasia transformando o fato retirado, pelo autor, do vai e vem do cotidiano. Pensando no que foi dito, podemos dizer que a crônica é dirigida a:
	
	qualquer tipo de leitores, já que o estilo da crônica não cria barreiras à leitura. 
34) A OUTRA NOITE
"Outro dia fui a São Paulo e resolvi voltar à noite, uma noite de vento sul e chuva, tanto lá como aqui. Quando vinha para casa de táxi, encontrei um amigo e o trouxe até Copacabana; e contei a ele que lá em cima, além das nuvens, estava um luar lindo, de lua cheia; e que as nuvens feias que cobriam a cidade eram, vistas de cima, enluaradas, colchões de sonho, alvas, uma paisagem irreal.
Depois que o meu amigo desceu do carro, o chofer aproveitou o sinal fechado para voltar-se para mim:
-O senhor vai desculpar, eu estava aqui a ouvir sua conversa. Mas, tem mesmo luar lá em cima?
Confirmei: sim, acima da nossa noite preta e enlamaçada e torpe havia uma outra - pura, perfeita e linda.
-Mas, que coisa...
Ele chegou a pôr a cabeça fora do carro para olhar o céu fechado de chuva. Depois continuou guiando mais lentamente. Não sei se sonhava em ser aviador ou pensava em outra coisa.
-Ora, sim senhor...
E, quando saltei e paguei a corrida, ele me disse um "boa noite" e um "muito obrigado ao senhor" tão sinceros, tão veementes, como se eu lhe tivesse feito um presente de rei."
Rubem Bragahttp://pensador.uol.com.br/cronicas_de_rubem_braga/
Sabemos que a crônica é uma forma de narrar que apresenta, assim como o conto, uma história curta. Qual das alternativas apresenta uma característica que, também, nos possibilita conceituar o texto apresentado como crônica?
	
	A trivialidade é o destaque do texto, por isso as personagens sequer apresentam nomes.
35) A ação trágica segue a seguinte seqüência:
	
	nó, reconhecimento, peripécia e clímax
36) A palavra drama significa AÇÃO. Sendo assim, como podemos entender o gênero dramático?
	
	Trata-se de um gênero em que a história acontece através de personagens em ação.
37) O gênero dramático trágico é marcado pelo paradoxo entre:
	
	O Herói e seu Destino
38) Trata-se de um sentimento exacerbado. É a paixão. Para expressá-lo, o autor dramático cria um tipo de linguagem comovente e arrebatada. Esta linguagem traduz a resistência da personagem diante dos embates gerados pelo mundo que a cerca. A fala inpregnada de profundo pesar é impetuosa e pressupõe um outro que a ouça e com ela se comova. É uma comoção espontânea. 
O texto acima se refere ao conceito: 
	
	Pathos
39) Assinale o momento catártico da tragédia clássica Édipo rei, de Sófocles:
	
	Quando o herói cega os próprios olhos ao descobrir sua verdadeira identidade.
	
	Quando Tirésias revela ao herói a verdade sobre sua identidade.
40) Aristóteles, em sua Poética, afirma que "A tragédia é, portanto, a imitação de uma ação nobre levada até o final e tendo uma certa extensão, numa linguagem realçada por detalhes espirituosos dos quais cada espécie é utilizada separadamente de acordo com as partes da obra; é uma imitação feita por personagens em ação e não por meio de uma narração e que, por intermédio da piedade e do temor, realiza a purgação das emoções desses gênero". Assim sendo, algumas características se impõem à tragédia; marque a alternativa que não corresponde a essas características.
	
	Em conformidade com a recomendação aristotélica, a tragédia tem a obrigação de pôr em cena personagens populares.
41) Sobre o LIRISMO, podemos defini-lo como:
	 
	A expressão pessoal de uma emoção demonstrada por vias rítmicas e musicais.
42) Écloga, Idílio, Elegia e Balada sãoexemplo de
	 
	formas líricas.
43) Na antiguidade, se falava numa lírica pessoal e em outra impessoal. Qual das opções abaixo define, claramente, o que é lírica pessoal?
	 
	É aquela em que o poeta fala de si, dos seus sentimentos e de suas ideias.
44) Concentre-se na leitura do poema de Augusto dos Anjos e responda. PSICOLOGIA DE UM VENCIDO Eu, filho do carbono e do amoníaco, Monstro de escuridão e rutilância, Sofro, desde a epigênese da infância, A influência má dos signos do zodíaco. Profundissimamente hipocondríaco, Este ambiente me causa repugnância... Sobe-me à boca uma ânsia análoga à ânsia Que se escapa da boca de um cardíaco. Já o verme ¿ este operário das ruínas ¿ Que o sangue podre das carnificinas Come, e à vida em geral declara guerra, Anda a espreitar meus olhos para roê-los, E há de deixar-me apenas os cabelos, Na frialdade inorgânica da terra! A partir da leitura do poema oferecido percebemos que esse eu lírico é:
	 
	pessoal
45) Trata-se de um eu que vive as dificuldades do cotidiano e as alegrias da vida. É aquela parte do ser humano que está comprometida com os fatos, com o mundo e com a lógica.
 O conceito apresentado e trabalhado em aula define:
	 
	o eu-biográfico
46) Mas eu ainda espero angariar as simpatias da opinião, e o primeiro remédio é fugir a um prólogo explícito e longo. (...)A obra em si mesma é tudo: se te agradar, fino leitor, pago-me da tarefa; se te não agradar, pago-te com um piparote, e adeus.
Leia o fragmento do prólogo do romance Memórias Póstumas de Brás Cubas e observe que o defunto-autor deseja ganhar a simpatia do público, mas, ao mesmo tempo, paga o fino leitor com um piparote. Através dessas afirmações opostas, podemos dizer que o narrador criado por Machado de Assis é volúvel?
	 
	    Não. Brás Cubas, enquanto narrador, sabe o que quer: ele ri de tudo e de todos. Inclusive, do leitor.
47) (...)O meu fim evidente era atar as duas pontas da vida, e restaurar na velhice a adolescência. Pois, senhor, não consegui recompor o que foi nem o que fui. Em tudo, se o rosto é igual, a fisionomia é diferente. Se só me faltassem os outros, vá um homem consola-se mais ou menos das pessoas que perde; mais falto eu mesmo, e esta lacuna é tudo. O que aqui está é, mal comparando, semelhante à pintura que se põe na barba e nos cabelos, e que apenas conserva o hábito externo, como se diz nas autópsias; o interno não agüenta tinta.
O texto apresentado é um fragmento do romance Dom. Casmurro, de Machado de Assis. Sabemos que, para fazer a leitura de um romance, devemos estar atentos ao papel assumido pelo narrador. Sendo assim, como podemos analisar o fragmento destacado?
	 
	  Trata-se de uma narrativa de memória. O narrador tenta, na velhice, recuperar fatos da juventude, mas isto é impossível porque o tempo desgasta fatos vividos e transforma o homem.
48) O texto apresentado é um fragmento do romance Memórias Póstumas de Brás Cubas, de Machado de Assis. Trata-se de uma narrativa de memória que apresenta um defunto-autor. O que isto significa?
	 
	   O autor rompe com a verossimilhança ao dar poder de fala a um narrador-personagem já morto.
	
	
49) No romance Memórias Póstumas de Brás Cubas, o narrador traça o perfil das personagens com matéria de memória, conforme sinaliza o título da obra. Diante deste fato, como podemos nos posicionar enquanto leitores?
	 
	Devemos colocar como suspeita a veracidade dos fatos, pois a memória não registra, integralmente, os acontecimentos.
50) Devemos lembrar que toda obra literária está inserida num processo de produção e consumo.Com base nesta afirmação, assinale a alternativa que complementa corretamente o que foi apontado:
	 
	É importante identificar quem são os leitores, a que público está direcionada.
51) No romance Memórias Póstumas de Brás Cubas, o narrador coloca tudo e todos no plano do riso. Como podemos definir esse riso?
	 
	Trata-se de um riso corrosivo, pois promove a demolição dos valores da sociedade carioca do século XIX.
52) Leia o poema que se segue e responda à questão, tendo em vista o que se estudou sobre literatura e ideologia.
Simpatia à causa indígena, marcada por termos de conotação negativa
53) Quais são as partes da história de uma narrativa ?
Apresentação - Complicação - Clímax

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