Buscar

Direito do processo do trabalho

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 36 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 36 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 36 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Direito do processo do trabalho 
1ª prova: 24/09 
2ª prova: 19/11
Dia 30 de julho de 15
INTRODUÇÃO AO PROCESSO DO TRABALHO
Principio da inércia da jurisdição: o judiciário trabalhista só se pronunciará se provocado for. 
Na CF 88 da poder tanto administrativo quanto judicial para o sindicato representar a categoria no qual lhe pertence, ou seja, não necessita ser sindicalizado para poder ser defendido. Ex.: sindicatos dos bancários e dos banqueiros (empregadores), chegando a data-base se reúnem para a negociação coletiva, podendo ter como parte também o MP e inclusive o Tribunal, este acordo é uma convenção coletiva, é uma auto-composição já que foram as próprias partes. Quando não há um meio termo entre os dois (empregado ou empregador), a justiça instaura a instancia, ou seja, trazer aquela convenção coletiva que não deu certo pra justiça, mas assim mesmo, tentará mais uma vez um acordo, e se não conseguir fará o que a lei o obriga que é decidir, ai a negociação foi frustrada. Neste caso o Estado fará uma heterocomposição, composição por um terceiro imparcial. Se a negociação for frutífera haverá convenção coletiva (sentença se autocomposição, juiz só homologará), se não houver, será uma sentença normativa (heterocomposição). Art. 114, §1º.
Conceito:
Sergio Pinto Martins: “conjunto de princípios, regras e instituições destinadas a regular a atividade dos órgãos jurisdicionais nas soluções dos dissídios individuais e coletivos das relações de trabalho”.
Renato Saraiva: “ramo da ciência jurídica, dotado de normas e princípios próprios para a atuação do direito do trabalho e que disciplina a atividade das partes, dos juízes e seus auxiliares, no processo individual e coletivo do trabalho”.
Carlos Henrique Bezerra Leite: “ramo da ciência jurídica constituída por princípios, normas e instituições próprias com objetivo de promover a pacificação justa dos conflitos decorrentes das relações de trabalho”.
Coqueijo Costa: “complexo sistêmico de normas que disciplinam a atividade das partes, do juiz e de seus auxiliares, no processo individual e no coletivo”.
Autonomia: 
Teoria Monista: teve momento importante, porque começou quando os italianos chegaram ao brasil para trabalhar e não para serem escravos. Mono = um. Essa teoria tem alguns defeitos porque prega o direito processual como um só, ou seja, não há direito processual civil, trabalhista e outras, só tem um direito e ele não estaria regido por leis próprias (descaracteriza a CLT, entre outras, então posterior a CLT não há mais). E diz que até hoje o direito processual do trabalho não conseguiu sair do direito processual comum, mas ele é separado, mesmo que talvez não total porque ele busca subsidiariamente, mas a teoria monista prega a não separação.
Teoria dualista: autonomia do processo do trabalho, só explicar que é totalmente separado, é raso, então se dividiu em três:
Radicalidade: nem tudo que é radical é bom, mas não é por ser radical que é mal. Ela pregava que o direito processual é totalmente independente ao direito processual comum, contudo a CLT diz que será aplicado subsidiariamente, então dizer eu é completamente autônomo, significa em tese ser radical, autores: Hélios Sarthou e Eduardo Couture. E ainda o Trueba Urbina, que diz que é tão autônomo que foge a tudo, inclusive os princípios gerais do direito. 
Autonomia Relativa: maior defensor foi Wilson de Souza Campos Batalha. É relativa porque não pode dizer que é totalmente autônomo, porque haverá momentos que será subordinado, mas também tem momentos em que ele mesmo é a autonomia. Como por exemplo, no inquérito policial e no dissidio coletivo, ele é totalmente autônomo. 
Teoria Inonimada: principal Coqueijo Costa. O direito processual é autônomo porque a lei e os fundamentos assim determinam, mas assim mesmo, essa própria lei diz que, em momentos que houver falha ou omissão deverá procurar o processo comum como subsidiária. Direito processual para ser autônomo, precisa ser especial (especializada, fora do comum), e para isso necessita de: um juiz próprio, matéria jurídica especial, ser um direito autônomo, matéria extensa (todo e qualquer assunto daquela matéria esta sob a mesma jurisdição, no caso, a justiça do trabalho), doutrina homogênea (quatro doutrinadores, com o mesmo entendimento, no caso do conceito), método próprio. 
Aspectos da autonomia: tem de ser cumulativos para que o direito seja autônomo.
Legislativo: o direito tem que ser uma lei própria que diz que ele é autônomo. 
Didático: o direito tem que ter o seu ensino individualizado. 
Científico: o direito tem a ver com o seu campo vasto, ou seja, se esse ramo do direito tem conceitos gerais próprios, métodos próprios, institutos próprios e objeto definido (posição de Alfredo Rocco).
O direito processual do trabalho atende todos esses requisitos sem exceção. 
13 de agosto de 2015
	PRINCÍPIOS DO PROCESSO DO TABALHO
Primazia da realidade: em matéria trabalhista importa o que ocorre na prática, mais do que o que as partes pactuaram, em forma mais ou menos solene ou expressa, ou que se insere em documentos, formulários, instrumentos de contrato”. (Plá Rodriguez)
Despersonalização da figura da empresa: a CLT não usa critério técnico, pra ela sempre é empresa. Despersonalizar é: trabalhou para JSA entrou contra ela e ganhou o processo, executou e não há dinheiro para pagar, com a petição pede-se a despersonalização da figura da empresa e vai cair em cima dos bens de J, de S e de A. Bens dos sócios até suas devidas quotas. Qualquer alteração não influencia no contrato, como nome, marca, etc. Serve para garantir o contrato de trabalho. 
Art. 10 CLT - Qualquer alteração na estrutura jurídica da empresa não afetará os direitos adquiridos por seus empregados. 
Art. 448 CLT - A mudança na propriedade ou na estrutura jurídica da empresa não afetará os contratos de trabalho dos respectivos empregados.
Jus postulandi: o direito de postular em causa própria sem assistência de advogado. O artigo 133 da CF diz que é indispensável o advogado. Na justiça do trabalho não tem valor, o jus postulandi é possível em primeira instancia em qualquer termo, mas será necessário em recursos que necessitam de conhecimento técnico e jurídico. O TST já se pronunciou sobre não ser inconstitucional. 
Art. 791, 839-A, 840, 846 e súmula 425 TST. As ações e recursos de natureza extraordinária só podem discutir matéria de direito, e para isso, necessita de conhecimento técnico e jurídico, então é necessário o advogado. A sumula protege o trabalhador dele mesmo, para não perder a causa que tem o direito por falta de tecnicidade. 
19 de agosto de 2015
Ultra petição de sentença: diferente de extra petita. A ultra petição é aquilo que necessariamente ultrapassa o seu pedido para que sendo o seu pedido sendo deferido seja concretizado. Ela ta ligada pela doutrina ao jus postulandi, pode fazer um determinado pedido e para que seja deferido, necessariamente o juiz tenha que ultrapassar. É diferente de extra petita, onde o juiz extrapola o que se foi pedido, porque ele quer ou acha o melhor a dar, isso não é legal, uma vez ele não foi provocado por tal pedido. Exemplo de extra petita: Maria trabalhava sempre duas horas extras, ao ser demitida não recebeu, então entrou com a ação pediu-se isto e na sentença o juiz deu a integração no salário por verificar a habitualidade, é extra petita. Exemplo de ultra petição: não recebeu as guias, e pede as guias para provar tudo que se deve, mas não pediu a baixa na carteira, não adianta o juiz dar todas os pedidos se não houver a baixa. Exemplos: 489 e 496 da CLT.
 Pagamento imediato das parcelas salariais incontroversas: ou seja, não são todas as parcelas são aquelas incontroversas (sem defesa) e salariais. Deve ser pago imediatamente/na primeira oportunidade/audiência, ou seja, aquelas que o juiz entender que não são realmente incontroversas, isto é, que são rebatidas, mas sem verdadeira fundamentação, deverão ser pagas na primeira oportunidade. De acordo com o artigo 467 (quenão diz salarial, mas é o que se entende da doutrina, porque se não for salarial, não há no que se falar de multa), poderão ser acrescidos de 50% o valor, sob a pena desse não pagamento.
Irrecorribilidade das decisões interlocutórias (irrecorribilidade imediata): não poderá interpor agravo de instrumento quando em um despacho ou interlocutória negatória de algo. Exemplos: 799, §2º e 893, §1º. Decisão interlocutória é uma questão incidental, ou seja, aquela que caiu de paraquedas e o juiz tem que decidir na hora para não haver prejuízos. Se a interlocutória é exceção de suspeição ou incompetência e pôs fim ao processo poderá recorrer (caso seja de exceção/incompetência mas não tenha terminado o feito, não se pode recorrer). Não preclui, então na próxima oportunidade de recurso pode alegar aquela que não poderia pela lei, mas se não houver um protesto, não constar na ata, os desembargadores dificilmente proverão o pedido (por uma questão de lógica). As decisões interlocutórias são irrecorríveis no processo do trabalho (FALSO, é apenas em regra geral, há exceções).
Sentença de alçada: alçada tem a ver com valor, ela apenas deixa de existir por causa do valor. Segundo a lei 5584/70 cujo valor de até 2 salários mínimos na época da propositura da ação (menos de R$1.500,00). Na prática não acontece, porque pode usar o jus postulandi. Em regra geral, ela não cabe recurso, apenas sobre as matérias de ordem constitucional. Até o dobro do valor do salário mínimo na propositura da ação. 
Concentração: é diferente da audiência una, ela é apenas um exemplo, que é concentrar tudo no menor momento possível, pela celeridade, todos os atos possíveis juntas no mesmo ato. Ex.: 845 a 851. Marcar a pericia e já dizer sobre os prazos, vistas, audiência, etc. 
 
20 de agosto de 2015
Eventualidade: não tem nada a ver com coisa eventual. A eventualidade quer dizer que toda defesa, seja processual ou de mérito, será feita em um único momento. A contestação é apresentada na primeira audiência. Toda documentação deverá vindo instruindo a defesa, mas pode acontecer de o documento não esta na mão, então pede ao juiz prazo para juntada. (arts. 297, 299, 300, 301 e 303 CPC/ 335, 299, 336, 337, 341 e 342 novo CPC). Usa-se o CPC porque não há na CLT e o 769 autoriza o uso subsidiário. Conceito está no artigo 300. “Compete ao réu alegar, na contestação, toda a matéria de defesa, expondo as razões de fato e de direito, com que impugna o pedido do autor e especificando as provas que pretende produzir”.
Conciliação: é um dos princípios mais importantes diante do processo do trabalho, porque ela é feita diretamente pelo juiz, não há conciliador. Art. 764: Os dissídios individuais ou coletivos submetidos à apreciação da Justiça do Trabalho serão sempre sujeitos à conciliação. Serão sempre! Ou seja, a conciliatória no processo do trabalho é obrigatória, e quando o comando imperativo da lei obriga e o juiz não cumpre é passível de nulidade. Ela irá estar presente como uma forma de solucionar o conflito. Mesmo depois de toda a fase instrutória, antes do juiz partir para o julgamento, ele refaz a proposta conciliatória (art. 846 e 850 CLT). 
Impugnação específica: (art. 302 do CPC, autorizado pelo 769). Impugnar especificamente todas as teses e documentos juntados na inicial, não pode ser genérica. 
Non reformatio in pejus: “não reformar para pior”. Mas se houve sucumbência recíproca não se aplica. Ex.: Maria pediu 1,2,3 contra João, Na sentença foi dado um e dois, João não recorreu e Maria de 3, só pode melhorar porque ela ou vai ganhar ou vai continuar no mesmo. Mas caso ele recorresse e ganhasse também não ocorreu a piora, uma vez que ele que ganhou. Ou seja, não pode piorar para aquele que recorre, se ele perder continua o mesmo, se ganhar ele melhora. Não tem como pedir algo e assim mesmo acabar perdendo. 
Com a exceção da súmula 45 do STJ: “no caso de reexame necessário (juiz tem que devolver toda a matéria) é proibido o tribunal agravar condenação imposta a fazenda pública. 
Matéria de ordem pública são aquelas previstas no 263, §3º e 301, §4º, aquele que ninguém recorreu mas o juiz tem que alegar e reformar, não se opera preclusão. 
FONTES DO DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO
Constituição: fonte maior, carta magna, mais alta láurea da lei. Mas não tem toda a matéria necessária e algumas outras fontes acabam sendo mais fortes quando normas mais favoráveis ao empregado. Ou seja, a hierarquia não é rígida.
Leis (materiais e processuais): como a 5584/70, a CLT.
Disposições regulamentares do Poder Executivo: os decretos do poder executivo.
Disposições regulamentares dos órgãos corporativos: (CCT – ACT – REGULAMENTOS): fazem lei, são poder normativo entre as classes. Como a Convenção Coletiva de Trabalho, Acordos Coletivos de Trabalho, e Regulamentos* (vai postular em dois tipos de fonte)
Usos e costumes processuais: pela falta de um código de processo de trabalho, então sobressaem. 
Jurisprudência: (especialmente enunciados de súmulas, princípios gerais de direito)
Doutrino processual do trabalho 
Nota: analogia e equidade não são fontes processuais do trabalho, são apenas métodos integrativos do trabalho, ou seja, você aplicador da norma, não tem norma, se usa para suprir a lacuna existente num caso concreto. Não são consideradas fontes porque podem ou não ser seguidas. 
CLASSIFICAÇÃO DAS FONTES:
Heterônomas: imposta por agentes externos, não tem a liberdade de escolher se pode usar ou não. E caso não use, sofrerá sanções. Ex.: CF, sumula vinculante, CLT. 
Autônomas: elaboradas por interessados. Ex.: convenção coletiva, acordo coletivo, contrato de trabalho. 
Regulamento figura nas duas classificações de fonte. Quando o regulamento é imposto pela empresa ele é heterônomo, quando o regulamento é elaborado pela classe (mesmo que não participou, como , já existia quando entrou) ele é fonte autônomo. Ex.: o uso de uniforme é obrigatório dentro da empresa, se foi imposto pela empresa, heterônomo, se o pessoal se uniu para não gastar roupa e tudo mais, criou acordo e é autônomo. 
Quanto a vontade das pessoas: 
Voluntárias: exclusivamente da minha vontade de uma forma direta. Contrato de trabalho, convenção coletiva. 
Interpretativas: não escolho segui-la, mas escolho quem a fará. Como as leis, pelos deputados e etc. Depende da vontade de uma forma indireta, não toma a decisão, mas toma a decisão de quem decidirá pra você. 
As mais importantes fontes formais do direito processual do trabalho são as seguintes:
Constituição:
Consolidação das leis do trabalho:
26 de agosto de 2015 - falta
27 de agosto de 2015
Antes da emenda 24 era junta de conciliação e julgamento com um presidente e dois vogais, um representando o empregado e outro os empregadores, porem com ela se torna um juiz singular (art. 166, CF).
CRIAÇÃO DAS VARAS
Lei 6.947/81 determina os critérios. 
TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO (TST)
Analisar proposta (analisar é diferente de criar!, ele faz o papel de analista, o TRT elabora uma proposta e manda para o TST, e assim ele analisará se a proposta atende os requisitos, encaminha para a União, para a PR, para ser sancionado, mas o TST não detém a influencia de determinar a criar).
Critérios para propor novo pedido (não de criar, porque não se cria apenas analisa!): não existe vara do trabalho, mais de 24.000 empregados nessa região/base territorial, no sentido da CLT, de carteira assinada, consegue como base pela previdência, se esse número não for atendido, mas tem ajuizadas 240 ações trabalhistas por triênio (ou seja, por média dos três últimos anos). É uma conjunção alternativa, ou seja, precisa ter uma ou outra, não necessariamente os dois. 
Para locais que já existem vara: seguidamente 1.500 reclamações por ano, como não diz quantos anos seguidos, pela lógica usa-se três, o mesmo do artigo.
Art. 1º A criação de Junta de Conciliação e Julgamento está condicionada à existência, na base territorial prevista para sua jurisdição, de mais de 24.000 (vinte e quatro mil) empregados ou aoajuizamento, de média igual ou superior, no último triênio, de pelo menos 240 (duzentas e quarenta) reclamações anuais.
Parágrafo único - Nas áreas de jurisdição de juntas, só serão criadas novas unidades quando a freqüência de reclamações, em cada órgão já existente, exceder, seguidamente, a 1.500 (mil e quinhentas) reclamações por ano.
Jurisdição da Vara (art. 650 CLT): A vara do trabalho não está limitada a comarca ou a sede que ela fica, ela está limitada a um raio de até 100 km da sede, segundo a lei, que tenha forma de transportar (art. 2º lei). Para aqueles locais que não estejam sobre a jurisdição (e não sobre aquele que não tenha vara do trabalho), o juiz de direito comum trabalhará para a administração sobre esse processo. Não pode transcender as regiões dos tribunais. 
Art. 2º - A jurisdição de uma Junta de Conciliação e Julgamento só poderá ser estendida a Municípios situados em um raio máximo de 100 (cem) quilômetros da sede e desde que existam facilidades de acesso e meios de condução regulares.
Art. 668 - Nas localidades não compreendidas na jurisdição das Juntas de Conciliação e Julgamento, os Juízos de Direito são os órgãos de administração da Justiça do Trabalho, com a jurisdição que lhes for determinada pela lei de organização judiciária local.
Obs.: Lei nº 8.432, de 11 de junho de 1992, foi alterada pela Lei nº 10.770, de 21 de novembro de 2003. Dispõe sobre a criação de varas do trabalho e regiões da Justiça do trabalho define jurisdições e da outras providencias. Art. 28: cabe a cada TRT no âmbito de sua região, mediante ato próprio, alterar e estabelecer a jurisdição das varas do trabalho, bem como transferir-lhes a sede de um município para outro de acordo com a necessidade de agilização da prestação jurisdicional trabalhista. Exemplo da minas flor/Porangatu. A 21ª vara foi criada para sobradinho, não tinha estrutura física, foi para a asa norte. 
JUIZ DO TRABALHO: SUBSTITUTO E TITULAR
Como se compõe a justiça do trabalho: juízes de carreira (togados), membros da advocacia e membros do ministério público (os dois não entram na primeira instância). 
Lista tríplice da advocacia e MP: a OAB faz uma lista sêxtupla, e manda para o TRT, que este reduz de 6 para três, dessa lista ela encaminha via TST para o Presidente da República, e dai escolherá um que mandará pro senado, será sabatinado, e será eleito (mediante 10 anos de atividade profissional, notável saber jurídico e conduta ilibada). Na próxima será o MP que indica 6, e assim sucessivamente alternado. (1Q5 da reserva dos lugares). 
02 de setembro de 2015
Não há mais a idade máxima de 45 anos e sim de 65 anos porque fere o princípio da não descriminação, então 5 anos a menos para ingresso em um tribunal. 25 anos pode porque é a média para se formar, 3 anos de atividade jurídica e etc.
Atividade jurídica necessidade lei específica para explicar pela constituição. 
Só chegará a juiz de trabalho:
Remoção (critério objetivo): só se remove iguais, antiguidade. Não pode substituto, porque só se preenche por outro juiz já titular. Se ninguém quiser a remoção que irá ir para a promoção. 
Promoção: de juiz substituto para juiz titular por dois critérios:
Antiguidade: o mais antigo de casa é promovido (caso queira). Antiguidade tem lista tríplice? Não, pois por critério técnico, se passaram ao mesmo tempo, um tomou posse antes do outro, necessariamente. 
Merecimento: se afere:
Desempenho: produtividade.
Presteza no exercício da jurisdição: se Tocantins fez 10 ações e essas 10 não foram reformadas, mas de Brasília fizeram 100 e 99 foram reformadas, Tocantins teve maior presteza.
Aproveitamento em cursos oficiais ou reconhecidamente oficiais.
Nota: por promoção só pode chegar até desembargador federal do trabalho, porque para ministro e etc., é por antiguidade, e lista tríplice pelo TST e o PR escolhe um, senado sabatina, o PR nomeia e o Tribunal da posse (merecimento).
Nota: Para ser promovido ao juiz do trabalho, por merecimento, no mínimo dois anos no cargo de juiz substituto. Se configurar na lista três vezes consecutiva, na terceira será nomeado, e se cinco vezes alternadas, na quinta será nomeado. 
03 de setembro de 2015
GARANTIAS
São garantias inerentes à magistratura (art. 95 da CF)
Vitaliciedade: assegura que o magistrado somente perderá o cargo mediante sentença judicial transitada em julgado. No caso do juiz de primeiro grau, a vitaliciedade será adquirida após 2 anos de exercício, somente podendo o juiz perder o cargo, nesse período, mediante deliberação do tribunal a que estiver vinculado (CF, art. 95, I)."(MENDES, Gilmar Ferreira p. 987) Por sentença judicial não se entenda restritivamente apenas a criminal, é possível a perda do cargo ainda através da ação de improbidade, com natureza civil. O que se garante aos magistrados, e também aos membros do Ministério Público, é que não percam seus cargos por mera decisão administrativa.
Inamovibilidade: são imóveis a qualquer tempo por seu chefe, pode ser quebrado por artigo 93, IV. Pelo bem do serviço público, maioria de voto de onde trabalha, garantida o ampla defesa, pode ser removido.
Irredutibilidade de subsídio: os subsídios não podem ser removidos, mas há situações que não são considerados como redução. Como previdência, imposto de renda. A própria constituição traz as condições que o salário poderá sofrer seus descontos legais (não é reduzido!).
Vedações em decorrência do cargo: 
Exerce outro cargo que não o magistério. Pode dar aula, “uma de magistério”. 
Receber a qualquer tipo ou pretexto, custas ou participação do processo. 
Dedicar-se à atividade político-partidária.
 Receber, a qualquer título ou pretexto, auxílios ou contribuições de pessoas físicas, entidades públicas ou privadas, ressalvadas as exceções previstas em lei. (presentes, etc. Admitido hoje por até 100 reais).
Exercer a advocacia no juízo ou tribunal do qual se afastou, antes de decorridos três anos do afastamento do cargo por aposentadoria ou exoneração.
REMOÇÃO: precisa lembrar que só se preenche cargo de juiz por remoção. CLT, 654, § 5º. 
JUIZES DE DIREITO: juiz de direito não vira/se torna juiz do trabalho, não é o local que não tem vara do trabalho, é onde eu não esteja sobre a jurisdição de uma vara do trabalho. Ele não vira juiz de trabalho, ele apenas estará em jurisdição de trabalho, quando essa jurisdição acabar, ele não volta a ser juiz de direito (porque não virou do trabalho), ele continua sendo juiz de direito. Primeiro se dará pela região que caiu no tribunal, se não tem essa divisão, ficará com o juiz mais antigo (669 e 669 CLT)
SECRETARIA: a diferença da justiça comum é que não se tem cartório, apenas secretaria. Outro fato é que apesar da CLT dizer que dirige pelo secretario, na verdade pelo regimento interno é diretor de secretaria. Na nossa região as nossas secretarias tem um protocolo geral, então não se devolve nem processos, nem peças, iniciais para secretaria, e sim para um protocolo geral e esta encaminha para as varas. Não sai com a data de audiência e tudo mais, sai com um protocolo (que é da distribuição) e após disso, vai pra vara, ganha número e depois que o juiz marca a audiência. (diferente do que ocorre no 711 CLT). 
Obs.: o 718 CLT, diz que os Tribunais Regionais terão uma secretaria para o Tribunal todo, que á será dirigida por um secretário e não um diretor. 
OFICIAIS DE JUSTIÇA: (721). Hoje o oficial de justiça é o oficial de justiça avaliador (virou uma coisa só), na justiça do trabalho, diferente da justiça comum, ele trabalha mais nas execuções porque na fase de conhecimento acontece mais por AR (correios), voltando ele poderá citar por oficial de justiça. No artigo diz que deverá ter um oficial em cada vara, mas pode ser também por. O prazo que ele tem para cumprir seu mandado é até 9 dias. O primeiro mandado é para pagamento em 48 horas, se não pagar, a parte requer e sai um segundo mandado para penhora e avaliação, e terá 9 dias e tem mais 10 dias, se quiser e precisar, para avaliar, só que ele é avaliador, maseste não é por mandado. Se em 9 dias não cumprir o mandado, caso não justificado, o mandado será redistribuído para outro oficial, e pode responder administrativamente. 
DISTRIBUIDOR (713): fórum que tem mais de uma vara terá um distribuidor, que cuida de distribuir todas as ações por sorteio, mas de forma quantitativa para cada vara. Difere da justiça comum porque não distribui na distribuição, e sim no protocolo no protocolo geral que envia para a distribuição, e também não sai com o número do processo ou da audiência. A justiça do trabalho não tem pesquisa por nome. 
CONTADORIA: é um órgão auxiliar da justiça do trabalho. A doutrina reza que deveria ter um contador por cada vara, na justiça do trabalho tem um setor de contadoria, e todos os processos descem para lá (exceto sumaríssimo) para contar o que foi ganho, horas extras, férias, etc. 
Obs.: divergência doutrinária (mas não é corrente dominante): perito técnico não é órgão auxiliar da justiça do trabalho, mas ele auxilia apenas naquilo que é preciso, ele não é um órgão auxiliar, tanto é que o laudo dele pode ou não ser aceito pelo juiz. Para se tornar perito, vai a justiça do trabalho e se cadastra, e fica num arquivo, a critério de juiz que irá escolher. 
09 de setembro de 2015
TRIBUNAIS REGIONAIS DO TRABALHO
Hoje são 24 TRTs ou Regiões
Artigo 112 da CF: foi alterado, dizia que haverá um tribunal por estado, nós não temos um tribunal por estado. É para uma região, concidentemente pode ser um Estado, mas não é a regra geral mais, pois tem casos em que não tem tribunal.
Alguns estados não possuem TRTS (RR, TO, AC, AP): se interpuser em um desses, para um juiz ou vara, será encaminhado para região equivalente. O recurso é interposto na própria vara da decisão. 
Mais de um Tribunal no Estado (São Paulo, 2ª (capital) e 15ª (campinas e interior)): não é pra confundir com o art. 115, §2º da CF. Não tem câmara descentralizadas, são dois TRTS com duas jurisdições diferentes. 
Um tribunal para mais de um Estado:
8ª Região = Pará e Amapá
10 ª Região = DF e Tocatins
11ª Região = Amazonas e Roraima
14ª Região = Rondônia e Acre
Nota: não se pode usar só a CLT, porque o artigo 680 estará desatualizado, porque foi revogado tacitamente. Será que recorrer no 115 da CF, que diz que tem que ter no mínimo 7 juízes (a CF diz juízes, o regimento interno diz desembargadores, por isso a nomenclatura é diferente). O regimento interno diz que temos 17 desembargadores. Fala quando possível, porque as vezes não tem possibilidade de recrutar os 7. Ex.: cria-se o tribunal de Tocantins, precisa de no mínimo 7, caso não tenha, terá de procurar em qualquer lugar, preferencialmente dentre os juízes de Tocantins. Mas os de lá poderão rejeitar a promoção, então poderá se procurar em outros estados. 
DIFERENÇA DE JUSTIÇA INTINERANTE E 
Justiça itinerante: Art. 115, §1º: Os Tribunais Regionais do Trabalho instalarão a justiça itinerante, com a realização de audiências e demais funções de atividade jurisdicional, nos limites territoriais da respectiva jurisdição, servindo-se de equipamentos públicos e comunitários. O TRT quer deslocar pra acesso ao judiciário, pega um ônibus/carreta ou manda uma estrutura para uma determinada cidade e faz um mutirão. A prefeitura pede, mas a CF determina que vai servir.
Art. 115, §2º: º Os Tribunais Regionais do Trabalho poderão funcionar descentralizadamente, constituindo Câmaras regionais, a fim de assegurar o pleno acesso do jurisdicionado à justiça em todas as fases do processo. Ex hipotético: três turmas no DF, digamos que o presidente do TRT, resolve que Tocantins está desassistido da segunda instancia, então descentraliza, pega uma das turmas ou cria uma câmera lá e manda desembargadores, funciona como se fosse um anexo, não é um tribunal regional do trabalho porque não se criou, não deslocou uma vara, e sim cria uma câmara descentralizada para ter um maior acesso, todos os recursos do Tocantins ficariam nessa câmara, a justiça itinerante pode usar de todos os meios públicos, neste outro caso o tribunal arca com as despesas.  É a mesma coisa daquilo que o presidente pode trocar o lugar da vara para melhor acesso ao judiciário. Na CF não tem como será criada e etc. 
COMPETÊNCIA FUNCIONAL: competência que o Estado lhe dá para agir em nome dele. Trata-se das atribuições de cada órgão dentro da justiça do trabalho, ou seja, quais as funções de cada um. Ex.: juiz de primeira instancia não tem competência para julgar dissidio coletivo, assim como juiz de segunda instancia não tem competência para julgar diretamente um dissidio individual.
Prevista no artigo 93 do CPC: é por força dos motivos que justificam a sua existência absoluta e improrrogável. O juiz não pode prorrogar a competência dele para desembargador, mesmo estando acima, ou vice-versa. Cada órgão tem a quantidade de competência que é atribuída por força de lei.
Chiovenda: “o critério funcional é extraído da natureza e das exigências especiais das funções exercidas pelo juiz no processo”, ou seja, você é o juiz, sua competência é conciliar, processar e julgar, julgou a sua competência é suspensa, porque se recorreu a competência é do TRT e a sua acabou, se depois de julgar, anulou a sentença, vai voltar pra você, retomou a competência, ou quando na execução, instaura de ofício para executar, ou seja, cada momento tem uma competência para ser feita, uma hora é pra conciliar, processar e julgar, ou competência dada por lei para julgar em outro dia, etc.
Frederico Marques: “a competência funcional leva em conta ora as fases do processo, ora os graus de jurisdição”: 
Por grau de jurisdição: em regra, as ações são propostas no primeiro grau, cabendo recurso para o segundo grau. Excepcionalmente, a lei supre o primeiro grau de jurisdição, atribuindo competência originária ao Tribunal (caso dos dissídios coletivos). Daí falar-se em competência funcional recursal ou originária. Varas do trabalho só tem competência originária, porque não julgam recursos. Mas o TRT tem as duas, porque julgam recursos e também as originárias como os dissídios coletivos. 
Por fases do processo: Exemplos: o juízo de conhecimento é o competente para a execução (art. 575, II), o juízo da ação principal é o competente para as acessórias (art. 108), o juiz que concluiu a audiência é o competente para julgar a lide (art. 132) [ com exceção das licenças, férias, etc.]. 
DIVISÃO DO TRT EM TURMAS E TRIBUNAL PLENO:
Todo tribunal tem que ser dividido? Todo tribunal tem, mas não é obrigatório, o artigo 678 diz “quando divididos” e o 679 “os tribunais não divididos”. 680.
Ao pleno: processar, conciliar e julgar originariamente os dissídios coletivos, processar e julgar originariamente, processar e julgar em ultima instancia (recursal), julgar em única ou última instância (recursal).
As Turmas: julgar os recursos ordinários, julgar agravos de petição e de instrumento de decisões denegatórias, impor multas e demais penalidades relativas a atos de sua competência jurisdicional. Das decisões da Turma não caberá recurso para o Tribunal Pleno, exceto as multas administrativas. 
Art. 679: caso não houvesse turmas divididas serão nem para turmas nem para pleno, apenas para o Tribunal porque não foi dividido, com exceção daquela regra da multa porque não há a divisão.
Art. 680: casos administrativos.
No nosso caso temos 3 Turmas, que atende DF e Tocantins. 
Fim da matéria da primeira prova. 
Não cai eficácia da lei especial no tempo e no espaço, nem a competência, apenas a jurisdição.
Matéria da prova:
Evolução histórica. As duas emendas constitucionais. Fontes, principalmente heterônoma e autônoma. Varas e criações. Métodos de integração, três regrinhas da renúncia (antecipada, na vigência e após a celebração do contrato). A quem cabe o ônus da prova? Tem as singularidades. Não foi eficácia da lei processual do tempo e do espaço, o non reformatio in pejus. Juízes e magistratura. A forma que é ingresso na primeira instancia, mesmo sem concurso ingressar na segunda instancia ou no TST por convite.Duas maneiras de ser promovido (antiguidade ou merecimento). Razões finais (oralidade, que leva pra inicial, contestação, prazo). 
16 de setembro de 2015
TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO (TST)
Toda matéria de ordem trabalhista termina no TST, os que sobem ao supremo são as constitucionais trabalhistas. Porque é órgão de cúpula. Tem por função precípua: criado para unificar jurisprudência. Art. 690 e seguintes da CLT, observando o art. 111-A da CF (EC 45/2004). Funciona de duas maneiras: na plenitude de sua casa e em Turmas, diferente do TRT que pode funcionar dividido ou de maneira uma. Art. 693 foi revogado tacitamente pelo 111.
Art. 111-A: diferente do supremo são apenas brasileiros, então são natos e naturalizados. Nomeados pela PR após aprovação de maioria absoluta do Senado. O PR da a nomeação, porque a posse quem irá dar é o TST. 27 Ministros. 
Lista tríplice. Advogados e membros do MP com mais de 10 anos de efetiva atividade. 
Quatro quíntuplos. O TST pega o desembargador que não seja do quinto constitucional, indica para a PR, que aprovando, manda pro senado sabatinar, que aprovando volta pra PR nomear e depois TST para dar posse. Precisa necessariamente ser desembargador, não pode ser juiz. 
Nota: para o TST não há o que se falar em promoção, se convida para ser ministro, aceita se quiser. 
IMPORTANTE: §2º: funcionarão junto ao tribunal superior do trabalho: não são órgãos auxiliares, como perito, varas, etc. É a Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados do Trabalho, cabendo-lhe, dentre outras funções, regulamentar os cursos oficiais para o ingresso e promoção na carreira (ou seja, para ser promovido por merecimento a juiz de trabalho será aferido o merecimento, e um dos itens é o aproveitamento em cursos oficiais ou declaradamente oficiais, não são aqueles fornecidos, podem ser feitos em outro lugar e reconhecidos por ela); o Conselho Superior da Justiça do Trabalho, cabendo-lhe exercer, na forma da lei, a supervisão administrativa, orçamentária, financeira e patrimonial da Justiça do Trabalho de primeiro e segundo graus, como órgão central do sistema, cujas decisões terão efeito vinculante (isto é, o conselho superior da justiça do trabalho não tem nada a ver com conselho nacional de justiça, ele funciona junto ao TST para a parte de administração e supervisão da administrativa e etc., de primeiro e segundo grau, mas não tem gerencia sobre o próprio TST).
COMPETÊNCIA:
Art. 702 - Ao Tribunal Pleno compete (toda casa reunida)
        I - em única instância (tem a competência originária e a recursal, no pleno nasce no pleno morre)
        a) decidir sobre matéria constitucional, quando arguido, para invalidar lei ou ato do poder público;         b) conciliar e julgar os dissídios coletivos que excedam a jurisdição dos Tribunais Regionais do Trabalho,   bem como estender ou rever suas próprias decisões normativas, nos casos previstos em lei; (se exceder a jurisdição, ou seja, vários tribunais tem a jurisdição do dissídio vai pro TST porque ele tem competência nacional, ex: sindicato dos bancários)         c) homologar os acordos celebrados em dissídios de que trata a alínea anterior; (principio da lógica, se eu posso julgar o dissídio eu poderei homologar)        d) julgar os agravos dos despachos do presidente, nos casos previstos em lei; (presidente nega, o pleno é quem tem competência para julgar o agravo)       e) julgar as suspeições arguidas contra o presidente e demais juízes do Tribunal, nos feitos pendentes de sua decisão; (o pleno tem esse poder em única instancia, porque ele é autoridade máxima e ele apenas que poderá julgar de suas próprias autoridades)      f) estabelecer prejulgados, na forma prescrita no regimento interno; (existe uma comissão de jurisprudência para decidir o que vai ou não ser prorrogado)         f) estabelecer súmulas de jurisprudência uniforme, na forma prescrita no Regimento Interno.        g) aprovar tabelas de custas emolumentos, nos termos da lei;         h) elaborar o Regimento Interno do Tribunal e exercer as atribuições administrativas previstas em lei, ou decorrentes da Constituição Federal. 
        II - em última instância: (pode não ter nascido em mim, mas vai morrer aqui)
        a) julgar os recursos ordinários das decisões proferidas pelos Tribunais Regionais em processos de sua competência originária;       b) julgar os embargos opostos às decisões de que tratam as alíneas "b" e "c" do inciso I deste artigo;   (dissídios coletivos)      c) julgar embargos das decisões das Turmas, quando esta divirjam entre si ou de decisão  proferida pelo próprio Tribunal Pleno, ou que forem contrárias à letra de lei federal;   (embargos no TST que a doutrina denomina como embargos de divergência)       d) julgar os agravos de despachos denegatórios dos presidentes de turmas, em matéria de embargos na forma estabelecida no regimento interno;   (quando o presidente de turma denega, quem pode julgar é a autoridade superior)      e) julgar os embargos de declaração opostos aos seus acordãos.  
                § 2º É da competência de cada uma das turmas do Tribunal: 
        a) julgar, em única instância (não vai pro pleno, nem de forma recursal), os conflitos de jurisdição entre Tribunais Regionais do Trabalho e os que se suscitarem entre juízes de direito ou juntas de conciliação e julgamento de regiões diferentes;         
b) julgar, em última instância, os recursos de revista interpostos de decisões dos Tribunais Regionais e das Juntas de Conciliação e julgamento ou juízes de direito, nos casos previstos em lei;        c) julgar os agravos de instrumento dos despachos que denegarem a interposição de recursos ordinários ou de revista;          d) julgar os embargos de declaração opostos aos seus acordãos;          e) julgar as habilitações incidentes e arguições de falsidade, suspeição e outras nos casos pendentes de sua decisão.
O tribunal funciona em sua plenitude ou dividindo em órgão especial, sessões, sub-sessões e turmas. A CLT só fala Pleno e Turma, mas o Regimento Interno dá mais, contudo, com autorização da CF para melhor organização. 
Tribunal pleno, órgão especial, sessão especializada em dissidio coletivo, sessão especializada em dissidio individual dividida em duas partes (SDI 1 E SDI 2, editam também as OJ), as Turmas. A escola e o Conselho são órgãos que funcionam junto. 
Competência do órgão especial: todas aquelas de caráter administrativo conta juízes e servidores. 
17 de setembro de 2015
MINISTÉRIO PÚBLICO DO TRABALHO (art. 127, CF)
O MP é instituição permanente, essencial à função jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe a defesa da ordem jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e individuais indisponíveis.
Abrangência (art.128, CF): 
Garantias: (art. 128, §5º, I, CF): as mesmas inerentes a magistratura. Leis complementares da União e dos Estados, cuja iniciativa é facultada aos respectivos Procuradores-Gerais, estabelecerão a organização, as atribuições e o estatuto de cada Ministério Público, observadas, relativamente a seus membros.
Vitaliciedade: poderá ser quebrada com sentença transitada em julgado (não fala em tipo de crime). Após dois anos de exercício, não podendo perder o cargo senão por sentença judicial transitada em julgado;
Inamovibilidade: salvo por motivo de interesse público, mediante decisão do órgão colegiado competente do Ministério Público, pelo voto da maioria absoluta de seus membros, assegurada ampla defesa; (justificar e depois ter garantir ampla defesa). 
Irredutibilidade de subsídio: fixado na forma do art. 39, § 4º, e ressalvado o disposto nos arts. 37, X e XI, 150, II, 153, III, 153, § 2º, I.
Vedações: (inciso II): praticamente às mesmas da Magistratura. É vedado receber a qualquer tipo ou sob pretexto honorários. Diferenças: participar de sociedade, 
Carreira: agora começa especificamente ao MPU no qual o MPT participa. (lei complementar 75/93, art. 18 – especificamente quanto ao MPT arts. 83e seguintes). 
As prerrogativas do Ministério Público tanto institucionais quanto processuais são inerentes ao exercício da função/atribuição e não excluem das que estão presentes de outras leis. (ex.: não pode “carteirada”). Art. 21 da lei complementar.
As prerrogativas: art. 129 da CF. 
Procurador Geral da Justiça do Trabalho é nomeado pelo Procurador Geral da República que é nomeado pelo Presidente Geral da República. A PGT perante o TST ou junto aos TRT’s (mas não são órgãos auxiliares/subordinados/vinculados e sim autônomos). 
Atribuições: art. 129 CF. 
O MP não é obrigado a recorrer, pode ter interesse como parte (interesse + funcionado como parte) ou como fiscal da lei (interesse, não precisa nem ter atuado no processo). O ministério público tem legitimidade (art. 499, §2º CPC). 
Prazo: computar-se-á em quádruplo o prazo para contestar e em dobro para recorrer quando a parte  for a Fazenda Pública ou o Ministério Público. (art. 188, CPC). 
O ministério público do trabalho artigos 736 e seguintes da CLT. 
Apesar de ser um órgão do executivo, ele não é dependente, mas sim independente. E tem autonomia funcional e administrativa. Instituição permanente. 
08 de outubro de 2015
JURISDIÇÃO E COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA DO TRABALHO
Jurisdição: tudo aquilo que exerce ao estado para prestar a jurisdição. 
Ação: é o direito de pedir ao Estado a prestação que quando formalizada pode gerar uma ação trabalhista (eletrônica ou física).
Condições da ação: são requisitos para que a ação nasça, e os pressupostos para que a ação cresça/desenvolva. Caso não tenha as condições será inepta. 
Possibilidade jurídica do pedido: o pedido que o autor/reclamante faça tem de estar amparado numa norma de direito (material ou outras). Ex.: apontador de jogo de bicho, garota de programa.
Interesse de agir: princípio da inércia da jurisdição, se não houver a provocação não haverá a ação. 
Legitimidade da parte: se a parte não é legitima, não pode interpor, assim mesmo como a incapacidade processual, deverá ser representada ou assistida (até mesmo pelo MP em alguns casos). 
Processo: é o que vai unir a jurisdição com a ação, formando um trato sucessivo de atos. 
Qual a finalidade do processo? Solucionar os dissídios (mais especificamente da relação de trabalho, reclamante e reclamado).
Relação processual: elementos para constituição:
Órgão revestido de jurisdição trabalhista
Um pedido formulado a este órgão nas formas da lei.
 Pressupostos de validade do processo: sem eles será considerado nulo.
Competência: de que adianta entrar com uma ação trabalhista no juizado especial, o juiz vai extinguir. Então necessita a competência do fórum (que é inclusive a única nulidade absoluta da CLT).
Insuspeição: o juiz terá que ser insuspeito para a ação, e se você declara a suspeição, e ele se julgar insuspeito, tem de registrar em ata para que na próxima mande descer
Inexistência 
De coisa julgada: pela parte reclamada 
De litispendência 
Capacidade processual: interditados, silvícolas, menores sem representação, não tem capacidade, o processo não será válido. 
Regularidade
Da petição inicial: inepta sem possibilidade de emenda
Da citação: não cabe citação por edital ou por oficial de justiça em rito sumaríssimo, então não haverá regularidade.
21 de outubro de 2015
COMPETÊNCIA DO PROCESSO DO TRABALHO
A justiça do trabalho tem alguns grandes marcos: o primeiro é quando ele ainda não é órgão do judiciário (1932-1941) e como órgão (1946), depois vem a emeda 45/1004, que amplia a competência da justiça do trabalho para julgar a relação de trabalho (ou trabalho humano). 
Essa ampliação da competência da justiça do trabalho, conforme art. 114 da CF, ela passa a julgar elementos que não eram de sua competência original. Como por exemplo, multas administrativas de órgãos, direito de greve, dano moral, sanções administrativas decorrentes de relação do trabalho. 
O objetivo principal dessa alteração é a celeridade. Entende-se que isso ocorreu, mesmo que trazendo mais processos, uma vez que o órgão comum necessitava de uma decisão da justiça do trabalho e vice-versa, então demorava para ser resolvido, além do mais da demora para a própria parte de ter que entrar com ação em dois locais para os questionamentos decorrentes de uma mesma relação de trabalho.
COMPETENCIA MATERIAL: a competência material foi ampliada além do acesso, para suprir lacunas referentes a novas atribuições, no sentido do que, situações que não eram previstas na lei, mas que depois foram surgindo, em decorrência da relação de trabalho (anteriormente era por relação subordinada e hoje em dia por relação de trabalho). Então há agora diversas lides de natureza diversa, ou seja, várias situações não previstas na competência, mas que se ganha agora.
Mesmo após a EC 45 não se vincular empregado e empregador, a doutrina continua falando em empregado e empregador, no sentido mais amplo, de empregado no sentido de contratado (temporário, a termo, prestador de serviço, autônomo, trabalhador eventual, etc.) e empregador sendo todo a aquele que em contra partido da sua prestação de serviço tenha a obrigação legal de te pagar. 
A relação de trabalho é muito mais abrangente e ampla do que a do próprio texto constitucional antigo. 
COMPETENCIA TERRITORIAL: 
A regra geral do 651 CLT é que só pode interpor a ação trabalhista no local da prestação, tem as exceções do § 1º, 2º e 3º. O que está acontecendo atualmente é que existem alguns TRT’s tem portarias que determina que você trabalhadora independente de onde trabalhou, e mesmo sem estar nas exceções dos parágrafos, pode escolher se vai interpor no local de trabalho ou do domicílio. Só que se for de forma indistinta, bate numa barreira. E se o empregador for uma pessoa física? Ele terá que se deslocar para poder ter o acesso ao judiciário. Ex.: a primeira turma do DF entende que não pode ser do domicilio, a segunda entende que pode escolher. 
Art. 651 - A competência das Juntas de Conciliação e Julgamento é determinada pela localidade onde o empregado, reclamante ou reclamado, prestar serviços ao empregador, ainda que tenha sido contratado noutro local ou no estrangeiro.   
§ 1º - Quando for parte de dissídio agente ou viajante comercial, a competência será da Junta da localidade em que a empresa tenha agência ou filial e a esta o empregado esteja subordinado e, na falta, será competente a Junta da localização em que o empregado tenha domicílio ou a localidade mais próxima. 
§ 2º - A competência das Juntas de Conciliação e Julgamento, estabelecida neste artigo, estende-se aos dissídios ocorridos em agência ou filial no estrangeiro, desde que o empregado seja brasileiro e não haja convenção internacional dispondo em contrário.  (Trabalhou no exterior, empregado brasileiro, pode ajuizar no Brasil, revogou a sumula 207 no qual era só para a construção civil).
 § 3º - Em se tratando de empregador que promova realização de atividades fora do lugar do contrato de trabalho, é assegurado ao empregado apresentar reclamação no foro da celebração do contrato ou no da prestação dos respectivos serviços 
COMPETENCIA EM RELAÇÃO DO LUGAR: 
416. IMUNIDADE DE JURISDIÇÃO. ORGANIZAÇÃO OU ORGANISMO INTERNACIONAL. (DEJT divulgado em 14, 15 e 16.02.2012)
As organizações ou organismos internacionais gozam de imunidade absoluta de jurisdição quando amparados por norma internacional incorporada ao ordenamento jurídico brasileiro, não se lhes aplicando a regra do Direito Consuetudinário relativa à natureza dos atos praticados. Excepcionalmente, prevalecerá a jurisdição brasileira na hipótese de renúncia expressa à cláusula de imunidade jurisdicional.
As embaixadas ou consulados estrangeiros são da competência da justiça do trabalho, ele tem imunidade de execução e não de jurisdição. Desde 2012, os consulados gostam de pugnar pela OJ 416, só que ela não fala de embaixada, porque diz apenas de organizações e organismos internacionais. Então a competência é de processar e julgar, mas não de executar, a não se que achebens que não forem de atividade fim da embaixada. Na OJ diz que essas organizações e organismos internacionais tem imunidade absoluta/total de jurisdição ao ordenamento brasileiro. Com exceção da renúncia expressa. 
Foro de eleição: no processo de trabalho as partes não podem escolher o foro, mesmo que entre no seu domicílio e o juiz aceitar, mas esses precedentes não viabilizam a escolha do foro, em regra geral, será sempre na sede da empresa, e poderá tentar pelos precedentes o foro de domicílio. Logo, as normas são estabelecidas no artigo 651 da CLT. Não é escolha, é determinação legal. 
CONFLITO DE COMPETÊNCIA: 
Súmula 218: compete à Justiça dos Estados processar e julgar ação de servidor estadual decorrente de direitos e vantagens estatutárias no exercício de cargo em comissão.
Historicamente existiu um conflito, até no primeiro momento em relação ao funcionário público, mas veio o STJ na súmula 218, reafirmou a competência da justiça comum o lugar dos conflitos de servidores e da administração. Na súmula fala em cargo em comissão, mas se vale para os de comissão vale os efetivados. 
Não sendo estatutário, a justiça do trabalho tem competência.
22 de outubro de 2015
DAS PARTES NO PROCESSO
Quem pode ser parte num processo? Quem tem capacidade postulatória (plena capacidade civil, gozar-se de todos os direitos), e ainda aquele que participou da relação trabalhista. 
O menor de 18 anos não pode ser parte, mas pode ser representado (mais grave, aquele até 16 anos incompletos) /assistido (16 completos ao 18 incompletos). Quem não tem a guarda pode numa condição especial ser denominado, e não há processo de nomeação de curatela, na própria ata é nomeado e este curador cuidará do restante do processo. Primeiramente os pais e depois esses de 793, denominará o mais fácil. Lembrando que sempre haverá um representante do MP (por ser menor).
Art. 793. A reclamação trabalhista do menor de 18 anos será feita por seus representantes legais e, na falta destes, pela Procuradoria da Justiça do Trabalho, pelo sindicato, pelo Ministério Público estadual ou curador nomeado em juízo. 
Mulher casada: pode postular sem a presença de marido/pai/etc. 
“Art. 792 - Os maiores de 18 (dezoito) e menores de 21 (vinte e um) anos e as mulheres casadas poderão pleitear perante a Justiça do Trabalho sem a assistência de seus pais, tutores ou maridos.”
Menores de 16 anos: a CLT fala 12, mas com as novas leis e alteração o menor de 14 não pode trabalhar, e de 14 a 16 pode como menor aprendiz, sendo representados, e 16 até 18 assistidos. 
Representação: é para a categoria e não para os sindicalizados. Assistência judiciaria é devida aos associados, mas a representação é para a categoria. 
  Art. 843 - Na audiência de julgamento deverão estar presentes o reclamante e o reclamado, independentemente do comparecimento de seus representantes salvo, nos casos de Reclamatórias Plúrimas (para categoria toda) ou Ações de Cumprimento (ação para fazer cumprir um dissidio coletivo), quando os empregados poderão fazer-se representar pelo Sindicato de sua categoria.
        § 2º Se por doença ou qualquer outro motivo poderoso, devidamente comprovado, não for possível ao empregado comparecer pessoalmente, poderá fazer-se representar por outro empregado que pertença à mesma profissão, ou pelo seu sindicato.
Consequências do não comparecimento da parte (normalmente reclamante, pessoa): se o motivo for justificado (doença ou motivo poderoso) há o 843, §2º, neste caso pode-se pedir um adiantamento da audiência, por isso não se vê na prática, mandar outro empregado ou sindicato.. Se por motivo não justificado art. 844. 
 Art. 844 - O não-comparecimento do reclamante à audiência importa o arquivamento da reclamação, e o não-comparecimento do reclamado importa revelia, além de confissão quanto à matéria de fato.
        Parágrafo único - Ocorrendo, entretanto, motivo relevante, poderá o presidente suspender o julgamento, designando nova audiência.
O empregador (normalmente reclamado, empresa): pode se fazer representar pelo sócio ou por preposto (tem que estar munido da carta de preposição, ou não estando pedir prazo para juntada, via de regra, é o empregado). Preposto terá de ser empregado, salvo três exceções (súmula 377), exceto quanto à reclamação de empregado doméstico, ou contra micro ou pequeno empresário, o preposto deve ser necessariamente empregado do reclamado. Preposto não tem que ter convivido com o reclamante, e sim conhecimento dos fatos, então ele pode ser qualquer empregado. Não pode estagiário e afins, apenas empregados. 
        § 1º É facultado ao empregador fazer-se substituir pelo gerente, ou qualquer outro preposto que tenha conhecimento do fato, e cujas declarações obrigarão o proponente.
Condomínio: quem representa é o sindico ou preposto. Mas aqui às vezes esbarra na situação de que não tem empregados, tudo é terceirizado, dai não tem preposto. 
De cujus: o inventariante, que é o representante do espólio.
Massa falida: é o administrador. 
SUBSTITUIÇÃO PROCESSUAL
Foi motivo de 5 ou 6 anos de discussão. É tratada como extraordinária, porque é algo tão fora do normal. Está prevista no art. 8, III, CF. É para o processo, diferente da representação ou nomeação, não precisa de documentação. 
III - ao sindicato cabe a defesa dos direitos e interesses coletivos ou individuais da categoria, inclusive em questões judiciais ou administrativas;
O art. 3º, Lei 8073 diz que os sindicatos poderão atuar como substitutos processuais dos integrantes da categoria. Aqui há necessidade de procuração, porque ele não está substituindo a Gisele, está representando a Gisele para a causa específica e não no acima que é um representante de toda a categoria. 
Revogada súmula 310: dizia que esse artigo 8º, III, cf não assegura a substituição processual pelo sindicato, dizia que o poder era pra representar, mas não substituir de forma extraordinariamente. Hoje: o sindicato tem poder total de representação de sua categoria. 
Substituição: interesse de toda categoria. 
Representação/assistência judiciaria: interesse na causa específica de um representado. 
CAPACIDADE POSTULATÓRIA
A capacidade de a parte (tanto para o reclamante para o reclamado) postular em juízo em causa própria sem anuência/assistência de advogado.
Jus postulandi: 
Art. 791 - Os empregados e os empregadores poderão reclamar pessoalmente perante a Justiça do Trabalho e acompanhar as suas reclamações até o final.
Súmula 425 (acompanhar até o final): o jus postulandi das partes, limita-se as Varas do Trabalho e aos Tribunais Regionais do Trabalho, não alcançando a ação rescisória, a ação cautelar, o mandado de segurança e os recursos de competência do Tribunal Superior do Trabalho. 
Ou seja, aquelas de natureza extraordinária não podem ser por jus postulandi, precisa-se de um advogado, para proteger dele mesmo e dá a interpretação a esse “acompanhar até o final”. 
 Art. 839 - A reclamação poderá ser apresentada:
        a) pelos empregados e empregadores, pessoalmente, ou por seus representantes, e pelos sindicatos de classe;
        b) por intermédio das Procuradorias Regionais da Justiça do Trabalho.
Advogado: tem dois tipos de mandado. Não pode procurar em juízo se não tiver mandado. 
Expresso: dado na forma da lei.
Apud acta: É procuração dada nos próprios autos da causa pelo respectivo escrivão, perante o juiz oficiante, ou lavrada em cartório, perante duas testemunhas. Tem caráter judicial, não sendo válida extrajudicialmente.
(haverá muitas questões de prova com essa matéria de hoje).
28 de outubro de 2015
INTERVENÇÃO DE TERCEIROS NO PROCESSO DE TRABALHO
É apenas uma possibilidade. 
OJ 227 proibia a intervenção de terceiros por denunciação a lide ou chamamento ao processo, com a revogação desta, existe hoje uma compatibilidade ou possibilidade de intervenção de terceiros no processo do trabalho. Mas não existe vedação ou jurisprudência, normativa permitindo. Diante disto, há doutrinadores que é cabível a intervenção. Vai do convencimentodo juiz, por isso a chamada compatibilidade/possibilidade, há aqueles que aceitam e outros que não. Isis de almeida concorda, Amauri mascaro discorda, mas nenhum diz que ela é obrigada a ser aceitada/interposta. 
ASSISTÊNCIA JUDICIARIA
Não confundir com gratuidade. 
 Esta ligada ao sindicato, se ganhar até o dobro do mínimo legal pode ter a gratuidade, mas já a assistência judiciaria, é aquela dada pelo sindicato da categoria que a pessoa pertence tem que prestar. Não significa que será gratuita, o sindicato poderá cobrar. Mas a lei OBRIGA a dar a assistência aos associados. Ou seja, é prestada pelo sindicato e é devida ao associado a ganhar até o dobro do mínimo legal, mas é assegurado a igual benefício aquele que ganha maior salário (acima do dobro do salário mínimo) se declarado hipossuficiente, na lei diz que precisa de prova, mas normalmente a justiça do trabalho não o pede, cabe a parte contraria impugnar, contudo o juiz poderá negar. (art. 514, “b”, CLT).
Formas:
Individual: 
Substituição processual:
EMPREGADOR DOMÉSTICO
É todo aquele que tem empregados no âmbito residencial, na qual presta serviços sem natureza econômica. Se a sua chácara produz queijo e você vende, ele é empregado rural e não doméstico. (Valentin Carrion)
DOS ATOS E TERMOS PROCESUAIS
Art. 770 - Os atos processuais serão públicos salvo quando o contrário determinar o interesse social, e realizar-se-ão nos dias úteis das 6 (seis) às 20 (vinte) horas.
Parágrafo único - A penhora poderá realizar-se em domingo ou dia feriado, mediante autorização expressa do juiz ou presidente.
Ato público, salvo segredo de justiça. 
Dias úteis: segunda a sábado, (de 6 a 20 horas). Ou seja, sábado não precisa de autorização expressa. 
Audiências: é de segunda a sexta, em horário diferente (entre 8 e 18 horas), não podendo ultrapassar 5 horas seguidas, salvo matéria urgente. 
 Art. 813 - As audiências dos órgãos da Justiça do Trabalho serão públicas e realizar-se-ão na sede do Juízo ou Tribunal em dias úteis previamente fixados, entre 8 (oito) e 18 (dezoito) horas, não podendo ultrapassar 5 (cinco) horas seguidas, salvo quando houver matéria urgente.
TERMOS PROCESSUAIS
Certidões (art. 781): 
Art. 781 - As partes poderão requerer certidões dos processos em curso ou arquivados, as quais serão lavradas pelos escrivães ou secretários. 
Parágrafo único - As certidões dos processos que correrem em segredo de justiça dependerão de despacho do juiz ou presidente.
Normalmente, certidão de quantas ações e de atividade jurídica. Mas toda e qualquer parte pode pedir certidão no processo. 
Nota: processo em segredo de justiça dependerão de despacho do juiz ou presidente.
Despachos: 
Definição: todos os atos do juiz que não são sentenças ou decisões interlocutórias. 
Denominados: todos os atos de impulso processual.
O juiz pratica o despacho quando (1) provocado pelas partes ou MP ou (2) de ofício. 
Decisões:
Decisão de saneamento: decisões/despachos que o juiz faz para impulsionar o processo, para colocar em ordem/limpar o processo. 
Decisão interlocutória: o juiz decide uma questão incidental (aquela que surge no processo e o juiz tem que decidir na hora, não dá para depois, não é uma preliminar, porque estas poderão ser analisadas quando do mérito). Não cabe recurso de imediato, salvo se tiver colocado fim a questão.
Decisão monocrática: sentença.
Distribuição de feitos: não ocorre da mesma forma que é da justiça comum ou juizado, porque nessas sai com a data da audiência, número de processo, vara, custas já pagas. Na JT, é feita de forma diferenciada, onde necessita de pré-cadastramento (PRÉCAD), e depois manda no protocolo geral e que depois da a distribuição, na qual vai para uma das varas e quando chega que será marcado a audiência, para poder saber/andamento, é com o número dado lá no protocolo (já que não se procura por nome).
Numeração de páginas e abertura de novos volumes: máximo de 200 folhas em cada volume. (Provimento geral: art. 51). 
Juntada de documentos: segue o tamanho de um papel ofício (A4), e não se junta grampeando se ele for menor, tem que obrigatoriamente colar. (Provimento geral: art. 48, § único). 
Juntada de defesa: quando for juntar uma defesa a sua ação, juntar os documentos por ordem cronológica, porque, caso contrário, o juiz poderá devolver em audiência ou intimar o advogado na audiência a colocar na ordem. (Provimento geral: art. 50, § único). 
Termos e atos processuais: Apenas juiz, MP ou defensoria podem escrever no processo. 
Art. 771 - Os atos e termos processuais poderão ser escritos a tinta, datilografados ou a carimbo.
PRAZOS PROCESSUAIS
O prazo começa no dia da publicação, mas conta-se a partir do dia seguinte. Na contagem exclui o a quo, inclui o ad quem. 
Art. 774 - Salvo disposição em contrário, os prazos previstos neste Título contam-se, conforme o caso, a partir da data em que for feita pessoalmente, ou recebida a notificação, daquela em que for publicado o edital no jornal oficial ou no que publicar o expediente da Justiça do Trabalho, ou, ainda, daquela em que for afixado o edital na sede da Junta, Juízo ou Tribunal. (Redação dada pela Lei nº 2.244, de 23.6.1954)
Notificação: é presumida a notificação após 48 horas depois da postagem, mas se não for entregue cabe a quem deveria ter sido entregue provar que não recebeu. Se voltar assinado, será continuada a ação após o prazo. (ver as penas de confissões ou arquivamento!)
TST Súmula nº 16: Presume-se recebida a notificação 48 (quarenta e oito) horas depois de sua postagem. O seu não-recebimento ou a entrega após o decurso desse prazo constitui ônus de prova do destinatário.
Mandato de penhora: 
Art. 880.  Requerida a execução, o juiz ou presidente do tribunal mandará expedir mandado de citação do executado, a fim de que cumpra a decisão ou o acordo no prazo, pelo modo e sob as cominações estabelecidas ou,quando se tratar de pagamento em dinheiro, inclusive de contribuições sociais devidas à União, para que o faça em 48 (quarenta e oito) horas ou garanta a execução, sob pena de penhora.
Edital: art. 774 e 775 da CLT. Em regra geral conta-se o prazo, etc. Mas poderá ser prorrogado.
Recesso forense: 20/12 a 06/01, Lei 5010/66, art. 62, I. Suspende o prazo (para e depois volta a contar). Para o TST tem uma particularidade, ele continuará funcionando depois desse prazo, mas não correrão os prazos, uma vez que até final de janeiro é considerado férias coletivas dos ministros. (Regimento interno TST, art. 183). 
29 de outubro de 2015
NULIDADES
As nulidades no processo do trabalho têm particularidades, pelo principio da celeridade, economia processual, entre outros. Deixou o máximo de opções para decidir o que é nulo ou não, e apenas uma para decidir qual é a nulidade absoluta. 
Se a nulidade não causar prejuízo as partes e o juiz conseguir saná-la não será declarado a nulidade. Ex.: o reclamante foi notificado da audiência, o reclamado também, mas ele foi por dois dias antes da audiência, e deveria ser 5 dias (porque ele tem que ir com a defesa e munida dos documentos), dai, quando ele entra na audiência, ele pede a nulidade do ato, o juiz não vai decretar a nulidade, ele irá remarcar a audiência para alguns dias seguintes e nenhum ato será prejudicado. Porque não houve prejuízo aos litigantes. 
 Art. 794 - Nos processos sujeitos à apreciação da Justiça do Trabalho só haverá nulidade quando resultar dos atos inquinados manifesto prejuízo às partes litigantes.
Art. 795 - As nulidades não serão declaradas senão mediante provocação das partes, as quais deverão argüi-las à primeira vez em que tiverem de falar em audiência ou nos autos.
        § 1º - Deverá, entretanto, ser declarada ex officio a nulidade fundada em incompetência de foro. Nesse caso, serão considerados nulos os atos decisórios.
Nota: A única nulidade absoluta no processo de trabalho é a competência de foro! Não precisa da outra parte pedir, ela é declarada ex officio. Ex.: servidor público entrar com ação na justiça do trabalho.
        § 2º - O juizou Tribunal que se julgar incompetente determinará, na mesma ocasião, que se faça remessa do processo, com urgência, à autoridade competente, fundamentando sua decisão.
Até um tempo atrás a regra do 651 era tranquilo, onde ele trabalhou seria o foro que deveria entrar com a ação lá, mas com a flexibilização os juízes estão aceitando em outro lugar. Ex.: rodrigo trabalhou no gama, mas mora no plano, escritório no plano, etc. Ele entrou aqui na asa norte, se a outra parte ficar calada, o juiz não poderá arguir, mas se ele falar o juiz irá decretar. Mas se transcorrer a ação, já era. Tem que ser arguida no primeiro momento.
Quando a nulidade não será pronunciada? Quando for possível suprir-se a falta ou repetir-se o ato. Ex.: teve a inicial, a instrução, perícia, determinado que ao apresentar o laudo será dado vista em balcão com prazo comum de 5 dias, ai o reclamante vai leva pra casa, no encerramento de instrução, a parte reclamada não teve aos autos, então irá remarcar para suprir. (art. 796).
Nota: não pode ser arguida nulidade pela própria parte que parte que a causou. 
A nulidade será reflexa aos atos posteriores, e não aos anteriores. Ou seja, prejudicará aqueles que dependerão ou sejam consequência (798).
DA PETIÇÃO INICIAL
É o pontapé que irá dar origem a ação/reclamação trabalhista. Chamada também de exordial/peça de vestibular. 
Dissidio individual: Primeiro é no PRECAD, pré cadastra, emite um recibo, grampeia com a petição e leve para dar entrada. Condição sine qua non: tenha a mesma numeração de pré cadastro. Tanto o dissídio individual do coletivo é por petição inicial. Individual na vara de trabalho, e o coletivo, pelo pleno. 
Porque é reclamante e reclamado e não autor e réu? A justiça do trabalho não era justiça, então não poderia ser réu, por isso é eu reclamo pelos meus direitos. 
A ação é chamada de ação trabalhista/reclamação trabalhista/reclamatória trabalhista, e tem como seu objeto o interesse individual. Pode acontecer um litisconsórcio passivo ou ativo, isso não desclassifica o interesse individual. 
Dissidio coletivo é uma ação coletiva que o sindicato defende a categoria (e não apenas aos associados – assistência judiciaria). A competência é o fórum/pleno trabalhista, do presidente do tribunal (não diz qual porque pode ser no TRT, e pode ser no TST quando há conflito de jurisdição – art. 114, III CF). A CLT chama instauração de instância. 
Condições da ação: São os requisitos necessários para que a ação nasça. Caso contrário, haverá carência da ação. Não há ação. Não se discute o mérito. Não é inépcia da ação, pois ação sequer vai existir. (Art. 267, VI, CPC). Ao se analisar as condições da ação NÃO se analisa se o direito material existe ou não. Na falta de uma das condições da ação, o juiz liminarmente indefere a petição .A existência do direito material exige a análise do mérito. Elementos necessários para que a ação nasça, ele não esta preocupado com a matéria. Leva decreto de carência.
Pressupostos processuais: são as condições para que a ação tenha o seu regular desenvolvimento e o mérito seja apreciado. São os requisitos para o desenrolamento regular da ação. (Art. 267, IV, CPC). Leva a extinção do processo. 
PETIÇÃO INICIAL
Forma: escrita e verbal. (art. 840 CLT). 
Art. 840 - A reclamação poderá ser escrita ou verbal.
§ 1º - Sendo escrita, a reclamação deverá conter a designação do Presidente da Junta, ou do juiz de direito a quem for dirigida, a qualificação do reclamante e do reclamado, uma breve exposição dos fatos de que resulte o dissídio, o pedido, a data e a assinatura do reclamante ou de seu representante.
Além destas, hoje em dia exige também o valor da causa, lei 5584, art. 2º e art. 282 do CPC.
§ 2º - Se verbal, a reclamação será reduzida a termo, em 2 (duas) vias datadas e assinadas pelo escrivão ou secretário, observado, no que couber, o disposto no parágrafo anterior.
Hoje no mínimo é três, uma para quem mantém o protocolo, uma para o processo, e outra para a outra parte, mas se tiver três partes, terá mais uma, etc. Conta pelo número da parte, no artigo diz duas porque era sempre empregador e empregado. 
Arquivamento gera penalidades: 
Art. 731 - Aquele que, tendo apresentado ao distribuidor reclamação verbal, não se apresentar, no prazo estabelecido no parágrafo único do art. 786, à Junta ou Juízo para fazê-lo tomar por termo, incorrerá na pena de perda, pelo prazo de 6 (seis) meses, do direito de reclamar perante a Justiça do Trabalho.
Se escolhi a forma oral e não comparecer em 5 dias, um único arquivamento gera essa pena de 6 meses impedido de propor ação na justiça do trabalho. 
Art. 732 - Na mesma pena do artigo anterior incorrerá o reclamante que, por 2 (duas) vezes seguidas, der causa ao arquivamento de que trata o art. 844.
Se a petição for escrita e der motivo a dois arquivamentos seguidos (a não ser que justificado), incorrerá a pena. 
Art. 786 - A reclamação verbal será distribuída antes de sua redução a termo.
Parágrafo único - Distribuída a reclamação verbal, o reclamante deverá, salvo motivo de força maior, apresentar-se no prazo de 5 (cinco) dias, ao cartório ou à secretaria, para reduzi-la a termo, sob a pena estabelecida no art. 731.
Documento do reclamado: chegou hoje a intimação, e audiência marcada a 10 dias, e você não tem a documentação completa (originais ou autenticados), pedirá prazo para a juntada, explicando o porque. Quando é do reclamante é mais complicado, normalmente é dado quando naquele prazo de prescrição de 2 anos. Quando o documento é novo poder ser incluído em qualquer tempo, mas tem que se provar que o documento é novo, porque o juiz pode negar por prescrição, e sendo decisão interlocutória, não cabe recurso de imediato (tendo que se protestar). Do reclamante vem com a inicial, pode pedir um prazo, mas é estranho já que o prazo é apenas prescricional para entrar com a ação, documentos originais ou autenticados. 
Autenticação por advogado: não pode porque quem autentica é o cartório, ele pode declarar a autenticidade trazendo os documentos originais. Declarar autentico não é o mesmo de autenticar. Sob pena de responsabilidade do advogado que declarar autentico aqueles documentos que não são.
Art. 830. O documento em cópia oferecido para prova poderá ser declarado autêntico pelo próprio advogado, sob sua responsabilidade pessoal. 
Parágrafo único. Impugnada a autenticidade da cópia, a parte que a produziu será intimada para apresentar cópias devidamente autenticadas ou o original, cabendo ao serventuário competente proceder à conferência e certificar a conformidade entre esses documentos.
04 de outubro de 2015
PEDIDOS
São interpretados de forma restritiva, aquilo que pediu que será dado. Pra lembrar a singularidade do ultra petita, ele não pode dar além uma vez que é extrapetita, mas existem casos que para o juiz deferir o pedido tem que deferir o vínculo que não foi pedido, como por exemplo, a baixa na carteira. 
Aditamento: a inicial pode ser aditada até que se confirme a intimação, e depois dela, apenas se houver anuência da outra parte. Na justiça do trabalho, é costume que até na hora da primeira audiência, poder adiar os pedidos, e assim será feito caso não cause prejuízo, e não tenha entregue a defesa.
Requisitos: 
Escrita: art. 840, §1º, CLT. 
Verbal: art. 840, §2º, CLT.
Podem ser:
Certos ou determinados (286 CPC): todas as vezes que concretamente sabe delimitar a qualidade e a quantidade. Ex.: pagamento de aviso prévio de 3 mil reais, foi qualificado e quantificado.
Genéricos (286 CPC): quando consegue determinar o gênero, mas não se sabe a quantidade. Ex.: horas extras habituais que integram o valor, em valor a se apurar, em decorrência da integração e reflexo. 
Alternativos (288 CPC): exemplo, requer a liberação das guias para saque de seguro desemprego, garantida a integralidade dos depósitos, ou a conversão em multa, caso não tenha todos os depósitos. 
Sucessivos (289 CPC): para sacar o seguro desemprego necessariamente tem que ter tido o depósito,quando pede liberação da guia ou a conversão, o juiz vai direto para conversão, se as guias podem não ter a finalidade, ele pode conhecer o segundo, sem conhecer o primeiro. Não deixa de ser alternativo, a forma de decidir que é sucessivo.
Cumulação de pedidos (292 CPC): pode fazer mais de um pedido, mesmo que eles não tenham conexão. Ex.: carta de representação, verbas rescisórias, multa, etc. É o maior exemplo de cumulação de pedido é a trabalhista. 
De fazer e não-fazer: obrigação de fazer é simples, dar baixa na carteira, etc. E de não fazer é empresa parasse de dar informações negativas a outras empresas, e de parar de perseguir e fazer piada. 
Instantâneos ou periódicos: instantâneo aquilo que é feito na hora, por ele mesmo se desfaz, e o periódico, é aquele que se divide/posterga. Ex.: periódico, vendedora ganhava comissão alta e salário baixo, mas tinha uma media dos últimos 36 meses, foi aposentada por acidente de trabalho, entrou com a ação e não ganhou nada, apenas um pedido periódico, dado até 65 anos de idade complementar o salário pela média das comissões, comprovando mensalmente para o juiz. 
05 de novembro de 2015
PETIÇÃO INICIAL (continuação)
Valor da causa: a CLT é de 43, quando só existia o rito comum, o rito sumaríssimo (até 40 salários mínimos) é de 200, o CPC é de 73 e a lei 5585é de 70, no seu artigo 2º:
Art. 2º Nos dissídios individuais, proposta a conciliação, e não havendo acordo, o Presidente, da Junta ou o Juiz, antes de passar à instrução da causa, fixar-lhe-á o valor para a determinação da alçada, se êste fôr indeterminado no pedido.
Nota do sublinhado: não é mais feita pelo juiz, 282, §5º é obrigatório o valor da causa para determinar à alçada, porque tramitaram em ritos diferentes, sumaríssimo tem que ser liquidado, ou seja, aquele pedido certo e determinado.
Obrigatoriedade (art. 282 CPC): Art. 262. O processo civil começa por iniciativa da parte, mas se desenvolve por impulso oficial.
Critérios de fixação (258 e 259 CPC): à expressão econômica do pedido. Não é chutar um valor qualquer, tem que ter uma realidade, e no rito sumaríssimo tem de ter ele liquidado por conta do valor máximo para o rito. Pode ser impugnado. Fixar dentro da expressão econômica do pedido. Valor de dano moral não se quantifica. 
Causas de alçada: deixa de existir na prática, porque ainda há na lei (5584/70). É difícil porque os honorários ficam baixos para o trabalho. 
Recorribilidade restrita: em regra geral não cabe recurso, pois a recorribilidade é restrita, se versarem de matéria constitucional, queima os de curso normal.
Valor da causa: esta estritamente ligada. 
Impugnação do valor da causa: você esta contestando uma ação minha (tanto na peça, quanto na audiência), cujo eu dei 2 milhões de valor. Se o juiz não alterar, a lei garante o pedido de revisão do valor da causa, que é uma espécie de recurso, faz para a presidência do TRT no prazo de 48 horas, na qual pode atender ou reformar o valor da causa. Se pedir em preliminar, for uma interlocutória. Se cair para baixo de 40 salários mínimos e não houve liquidação será arquivado. 
Inépcia (parágrafo único, 295 CPC): a petição inicial será indeferida quando. Qualquer dos itens elencados no 295, não intime, arquivo. Só que a falta que a parte fez que não está no 295, tem que primeiro dar prazo de 10 dias, se não for emendada, ou não emendar corretamente, dá inépcia. 
Súmula 263 TST: Salvo nas hipóteses do art. 295 do CPC, o indeferimento da petição inicial, por encontrar-se desacompanhada de documento indispensável à propositura da ação ou não preencher outro requisito legal, somente é cabível se, após intimada para suprir a irregularidade em 10 (dez) dias, a parte não o fizer.
Rito ordinário (art. 840 CLT). 
RITO SUMARÍSSIMO
Art. 852.A a 852.I, lei 9957/2000.
Distinções: o rito sumaríssimo é aplicado a todas as causas de valor inferior aos de 40 salários mínimos é errado. Precisa ser dissidio individual e 40 salários mínimos da data que propôs a ação e não daquela que foi mandado embora. Exceto as do parágrafo único, na qual é parte demanda contas a A.P.
Dissídios individuais (art. 852.A, CLT): 
Art. 852-A. Os dissídios individuais cujo valor não exceda a quarenta vezes o salário mínimo vigente na data do ajuizamento da reclamação ficam submetidos ao procedimento sumaríssimo. (Incluído pela Lei nº 9.957, de 2000)
Excluídos (852.A, §único, CLT):
Parágrafo único. Estão excluídas do procedimento sumaríssimo as demandas em que é parte a Administração Pública direta, autárquica e fundacional
Requisitos: 
Pedido (852.B, I): o pedido DEVERÁ certo ou determinado e indicará o valor correspondente, ou seja, a qualidade, a quantidade e ainda é obrigado a indicar o valor, ou seja, liquidar. 
Indicação correta (852.B, II): se no rito ordinário, poderá requerer a retificação do endereço, emitindo uma nova, mas no sumaríssimo, não se fará indicação por edital, incumbindo ao autor a correta indicação, então é comum que se arquive, mesmo o juiz sabendo que irá entrar de novo. Quebrou economia e celeridade processual? Não porque entre fazer outra citação e com oficial é mais econômico fazer com que entre de novo, e a celeridade também não porque quem errou foi a parte. 
Inobservância (852.B, §1º): O não atendimento, pelo reclamante, do disposto nos incisos I e II deste artigo importará no arquivamento da reclamação e condenação ao pagamento de custas sobre o valor da causa. Se estiver em gratuidade de justiça, será condenado na justiça e liberado na forma da lei. 
Apreciação (852.B, III): a apreciação da reclamação deverá ocorrer no prazo máximo de quinze dias do seu ajuizamento, podendo constar de pauta especial, se necessário, de acordo com o movimento judiciário da Junta de Conciliação e Julgamento (vara do trabalho). Deu entrada hoje, a apreciação é chegar na minha mão e ser designado a audiência, intima a pessoa, no mínimo de 15 dias.
Audiência una (852.C): As demandas sujeitas a rito sumaríssimo serão instruídas e julgadas em audiência única, sob a direção de juiz presidente ou substituto, que poderá ser convocado para atuar simultaneamente com o titular (não precisa dos dois ao mesmo tempo). 
852.H, §1º:Sobre os documentos apresentados por uma das partes manifestar-se-á imediatamente a parte contrária, sem interrupção da audiência, salvo absoluta impossibilidade, a critério do juiz. 
Ou seja, a CLT prevê audiência, mas esses artigos permitem que o juiz particione, o rito sumaríssimo já fala em audiência una, ou seja, na mesma audiência, inicial e instrução, o reclamado traz a defesa, em replica fala dos documentos, ouve-se o reclamante/reclamado/testemunhas, e depois julgamento, mas pode fracionar, que também há no rito ordinário, só que aqui, se ele fracionar, tem de dentro de 30 dias proferir a sentença. Se o juiz decidir não particionar a audiência, tem de impugnar os documentos oralmente em 20 minutos, aquela impugnação específica já estudada. 
Ata (852.F): tem que resumir os termos. Mas tem que ficar esperto porque o juiz já esta com convencimento formado e bota em depoimento tão resumido que acaba prejudicando uma das partes. 
Fracionamento (852.H, §7º): Interrompida a audiência, o seu prosseguimento e a solução do processo dar-se-ão no prazo máximo de trinta dias, salvo motivo relevante justificado nos autos pelo juiz da causa. Ou seja, quando fraciona tem 30 dias para julgar, pode passar dos 30, mas tem que justificar nos autos. 
Incidentes (852.G): é aquilo que apareceu de paraquedas e tem que ser resolvido de imediato. Serão decididos, de plano (de imediato, na hora, de pronto), todos os incidentes e exceções que possam interferir no prosseguimento da audiência e do processo. As demais questões serão decididas na sentença. Ex.: contradita de testemunha. 
11 de novembro de 2015
RITO SUMARÍSSIMO (continuação)
siplevedello@hotmail.com
Testemunhas: não se arrolam. Há apenas uma chance de quebrar essa regra (no rito ordinário pode arrolar a testemunha, na inicial, se o juiz particionar pode na audiência

Outros materiais