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PRATICA SIMULADA III ( PENAL) 
AULA 2
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DO JUIZADO ESPECIAL CRIMINAL DE NITEROI/ R J 
 			PEDRO, brasileiro, estado civil , engenhei ro, portador da carteira de identidade ... , inscrito no CPF sob o n.º .. ., residente e domiciliado na cidade de Niteroi / RJ, vem perante Vossa Excelência, por seu advogado abaixo subscrito com endereço profissional ..., cujo instrumento de procuração com poderes especiais segue em anexo consoante art. 4 4 CPP , apresentar com fundamento legal nos Arts 100 § 2º CP, cc Art 30 CPP do Código Penal , oferecer perante V. Exa.
QUEIX A - CR IM E
 Em desfavor de HELEN A, brasileira, estado civil , profissão, portado r da carteira de identidade . .., inscrito no CPF sob o n.º .. ., residente e domiciliada na cidade de Niterói / RJ, pela prática dos seguintes fatos e fundamentos a seguir expostos: 
DOS FATOS 
No dia 19/ 04/ 2014, sábado, Pedro comemoraria seu aniversário e planejou, para a ocasião, uma reunião à noite com parentes e amigos para festejar a data em uma churrascaria famosa da cidade de Niterói , no estado do Rio de Janeiro . 
Na manha de seu aniversario, enviou o convite por meio de rede social , publicando mensagem da comemoração em seu perfil social para todos os seus contatos. Helena, vizinha e ex-namorada de Pedro , que também possui perfil na rede social e esta adicionada aos contatos de seu Ex-Namorado, teve conhecimento da comemoração. Então, de seu computador, publicou em rede social uma mensagem no perfil de Pedro
Na Postagem, Helena escreveu: “Não sei o motivo da comemoração, já que Pedro não passa de um idiota, bêbado, porco, irresponsável. Ele trabalha todo dia embriagado e vestindo saia ! No dia 10 do mês passado, ele cambaleava bêbado pelas ruas do Rio, inclusive, estava tão bêbado no horário do expediente que a empresa que trabalha teve que chamar uma ambulância para socorrê-lo!” 
 Imediatamente, Pedro, que estava em seu apartamento e conectado à rede social por meio do seu tablete, recebeu a mensagem e visualizou a publicação com os comentários de Helena. O Querelante, ficou sem saber o que dizer aos seus amigos, em especial, Marcos, Miguel e Manuel, que estavam ao seu lado naquele instante. Pedro tentou disfarçar o constrangimento , porem não conseguiu pois seus amigos ficaram tão perplexos quanto ele. Pedro perdeu todo o entusiasmo e comemoração foi cancelada. 
 No dia seguinte ao fato, ele procurou a Delegacia de Policia especializada em Repressão aos Crimes de Informativa e narrou os fatos à autoridade policial, entregando o conteúdo impresso da mensagem e a pagina da rede social na internet onde ela poderia ser visualizada. 
DO DIREITO 
Diante dos fatos narrados, é conclusiva a conduta delitiva da querelada, ao fazer valer-se de meio de ampla divulgação para injuriar e difamar o seu ex-namorado. 
O Código Penal, em seus Art 139 prevê que comete Difamação aquele que imputa fato ofensivo à reputação de outrem , entende-se que, logo este crime esta ligado a honra objetiva, a imagem que os outros criam da pessoa.
É inegável que a afirmativa usada pela querelada, ao alegar que Pedro “trabalha todo dia embriagado e vestindo saia ! No dia 10 do mês passado, ele cambaleava bêbado pelas ruas do Rio, inclusive, estava tão bêbado no horário do expediente que a empresa que trabalha teve que chamar uma ambulância para socorrê-lo!” não tinha outro intuito se não, o de atacar a honra objetiva do querelante, além de prejudicar o seu ambiente de trabalho. 
Helena, com o único objetivo de ofender e atingir a dignidade do querelante, também se utilizou da Injuria, crime este previsto no CP e em ART140 – cometerá injuria, aquele que ofender a dignidade ou o decoro de outra pessoa, sendo assim, este se distinguirá da difamação, pois a honra atingida é a subjetiva ou seja, a imagem que a pessoa faz de si próprio. 
Destaca-se também, que Pedro tomou conhecimento das ofensas na presença de três amigos, Marcos, Miguel e Manuel, que estavam em seu apartamento , o que so fez aumentar o constrangimento e vergonha , fazendo-o cancelar a comemoração . . 
Cabe ressaltar que Helena cometeu tais crimes através de rede social, o que tornou o acontecimento publico, haja vista que o controle das informações contidas na internet, não permite rápida alteração, podendo permanecer na rede por período indeterminado e tornando-se incontrolável, vista os possíveis compartilhamentos na mesma rede e em outras, ampliando-se assim as ofensas dirigidas a Pedro . Entende-se que o meio utilizado por Helena, enquadra-se no ART 141,III CP, com motivo para aumento da pena, por ter praticado os crime em meio que facilitou sua divulgação . 
Sendo assim, Helen a deve se condenada com base no s Art 139 e 140 c/ c Art 141,III na forma do ART 70, todos do Código Penal . 
DO PEDIDO 
Pelo exposto, viemos requerer a V.Exa, que a Querelada compareça na Audiência de Conciliação a ser designada por V.Exa, conforme prevê Art70 Lei 9.099/95 e após audiência, que seja recebida a presente Queixa Crime, devendo a Querelada apresentar sua resposta. 
Que seja julgada procedente a presente ação penal, com consequente condenação do querelado pela pratica dos crimes tipificados nos ART 139 e 140 c/ c Art 141, III na forma do Art 70, todos do Código Penal , bem como a fixação do valor mínimo a título de reparação de danos a ser pago pela querelada , na forma Art 387,IV CPP. 
Ainda a condenação da querelada nas custas e despesas do processo e produção de todos os meios de provas , em direito admitidas, inclusive a intimação das testemunha a seguir arroladas.
1) Marcos; 
2) Miguel ; 
2) Manuel . 
Pede Deferimento . 
Niterói dia, mês , ano.
Advogado 
OAB

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