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PRATICA SIMULADA III ( PENAL) AULA 3 EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA 2º VARA CRIMINAL DA COMARCA ... Processo nº: ... Mateus, já qualificado nos autos de ação penal em epígrafe que lhe move a justiça pública, vem por intermédio de seu advogado que esta subscreve e com procuração com poderes especiais, tempestivamente à Vossa Excelência , oferecer RE SPOSTA À AC USAÇ ÃO Com fundamentos nos ART 396 e 396-A, cc ART 5º,LV,CF/88, pelos fatos e fundamentos abaixo aduzidos DOS FATOS No mês de agosto de 2016, em dia não determinado, Mateus dirigiu-se à residência de Maísa para assistir pela televisão, a um jogo de futebol. Onde realizou conjunção carnal com Maisa, fato que ocasionou gravidez da vítima, ate, atestado por laudo de exame de corpo delito. Certo é que embora não se tenha evidencias de violência real ou grave ameaça para constranger a vitima a conjunção carnal, o denunciado aproveitou -s e do fato de Maísa ser incapaz de oferecer resistência aos seus propósitos libidinosos, assim como de dar validamente seu consentimento, visto que é deficiente mental, incapaz de reger a si mesma. A denuncia foi oferecida e posteriormente recebida por este ilustre Juízo, que determinou a citação e notificação do acusado para apresentação desta defesa escrita. DO DIREITO Verifica-se que o MP ofereceu a denúncia sem a necessidade de representação da suposta vítima, cuja deficiência mental não foi provada, representação esta que seria condição de procedibilidade e sem a qual, consubstancia-se nulidade previstas no ART 564 ,III ‘a’ CPP. Ademais, o exordial acusatório sequer deveria ser recebida, uma vez que ausente uma condição da ação penal publica condicionada a representação, consoante ART 395,II CPP. Diante dos fatos, Mateus e Maisa já possua relacionamento há algum tempo e ainda que a vó materna Olinda e sua mãe Alda, sabiam do namoro e de todas as relações consentidas , não havendo assim violência ou grave ameaça a vitima que é maior de 18 anos. Outrossim, foi juntado laudo de exame de corpo delito, que atesta a gravidez da vitima porem, não foi juntado laudo que comprove a suposta deficiência mental e violência física. Entende-se como ônus da acusação que não pode ser presumida. Para todos os elementos, inexiste justa causa para ação penal, vez que não comprovam a materialidade deletiva , constituindo entendimento de conduta atípica o que ensejaria absolvição sumaria do acusado com base no ART 397,III CPP. Caso Vossa Excelência não entenda desta forma, deverá o MP juntar laudo pericial que comprove a suposta deficiência mental da vitima. DOS PEDIDOS Ante o exposto, requer a Vossa Excelência reconhecimento Art 395,II, CPP, subsidiariamente se não reconhecida, que seja realizado exame pericial com a suposta vitima e oitiva das testemunhas abaixo arroladas. Avó Materna Olinda Mae Alda Neste termo, pede deferimento. Rio de Janeiro, ______2016. ADVOGADO OAB
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