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Pratica Simulada II - Caso 4

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DO TRABALHO DA ___ VARADO TRABALHO DE GARULHOS/SP
JOANA, brasileira, estado civil, assistente administrativo, com carteira de identidade nº. _____________, SSP/UF, e inscrito no CPF sob o n º. ___________, CTPS nº. ______________, Série ____ UF, PIS nº. _____________, nascido em __ / __ / ____, filho de _____________, residente e domiciliado na Rua _____________, nº. __, bairro de ____________, no município de São Paulo/SP – CEP: __________, por seus procuradores infra firmados, todos com escritório profissional estabelecido na Rua ______________, nº. __, bairro de ____________, no município de ________/ UF – CEP: __________, onde recebem intimações e notificações, vem respeitosamente. A presença de Vossa Excelência, propor a presente
AÇÃO TRABALHISTA
Pelo rito SUMARÍSSIMO em face de CERTA Ltda., pessoa jurídica de direito privado, CNPJ nº. ____________________, localizada na Rua _____________, nº. __, bairro de ____________, no município do Guarulhos/SP– CEP: __________, pelo fatos e fundamentos jurídicos que passa a expor e ao final requerer.
1- DA COMISSÃO DE CONCILIAÇÃO PRÉVIA
De chofre impende destacar que na empresa, bem como na entidade sindical da categoria do Reclamante, não foi instituída a Comissão de Conciliação Prévia, o que conduz o Reclamante a acessar de forma direta a via judicial, nos termos do § 3º. do artigo 625-D da Consolidação das Leis do Trabalho.
2 – DA JUSTIÇA GRATUÍTA
A Reclamante se encontra desempregada, o que caracteriza sua impossibilidade de arcar com custas processuais e honorários advocatícios, sem prejuízo ao seu sustento e de sua família, e motiva o requerimento, desde já, de concessão da gratuidade de justiça, conforme previsão estabelecida nos termos do artigo 790, § 3º., da Consolidação das Leis do Trabalho c/c artigos 98 e 99 da Lei nº. 13.105/2015 e da Lei nº. 5.584/70, além da Orientação Jurisprudencial nº. 304 do Tribunal Superior do Trabalho.
3 – DO CONTRATO DE TRABALHO
	A autora foi contratada pela ré em 20 de março de 2013 para exercer a função de auxiliar administrativo, recebendo o valor de R$ 3.500,00 mensais.
	No período em que trabalhou na empresa a autora cumpria a jornada de trabalho das 8h às 19h de segunda a sexta-feira, realizando apenas 30 minutos de intervalo intrajornada para repouso e alimentação e sem receber a diferença referete a hora extra.
	Ainda, no período de 10 de janeiro de 2014 a autora passou a exercer conjuntamente a função de coordenador de área mantando o mesmo salário. 
	E por fim, no dia 02 de março de 2017 foi dispensada sem justa causa com o aviso prévio indenizado, tendo as verbas sido depositadas em sua conta bancária em 20 de março de 2017.
4- DAS HORAS EXTRAS HABITUAIS
	Como já mencionado a autora realizava mais de 8 horas diáriaa de trabalho, o que tornou algo habitual durante o tempo que a mesma estava trabalhando na empresa. 
		Conforme estipula o caput do Art. 58º da CLT, nenhum empregado de iniciativa privada execerá mais de 8 horas diarias e trabalho salvo convenção de trabalho, o que não é o caso da convenção sindical da autora.
 
	CLT, Art. 58 - A duração normal do trabalho, para os empregados em qualquer atividade privada, não excederá de 8 (oito) horas diárias, desde que não seja fixado expressamente outro limite.
	 
	Ao se tornar habitual, integram o salário. Devendo a ré inenizar a autora com o salário integral junto com as horas extras.
	A duração normal do trabalho, para os empregados em qualquer atividade, não excederá de 8 horas diárias e 44 horas semanais, desde que não seja fixado, expressamente, outro limite, como é o caso, por exemplo, dos jornalistas ou dos músicos, cuja jornada não deve exceder a 5 horas diárias
	Considera-se hora extra aquela que ultrapassa o limite legal ou contratual da jornada diária ou semanal. Quando ocorro mais de duas vezes por semana, toda semana se tornam horas habituais, que se não forem pactuado entre empregado e empregador gera consequências ao empregador. 
	Súmula 291, TST A supressão total ou parcial, pelo empregador, de serviço suplementar prestado com habitualidade, durante pelo menos 1 (um) ano, assegura ao empregado o direito à indenização correspondente ao valor de 1 (um) mês das horas suprimidas, total ou parcialmente, para cada ano ou fração igual ou superior a seis meses de prestação de serviço acima da jornada normal. O cálculo observará a média das horas suplementares nos últimos 12 (doze) meses anteriores à mudança, multiplicada pelo valor da hora extra do dia da supressão.
	Comprovado a hora extra habitual da ré, requere-se indenização pelo valor correspondente conforme estipula a súmula 291 do TST. Será contado para efeitos de cálculo verbas salarias: de férias acrescido do terço constitucional, do fundo de garantia, e no cálculo do 13º salário e o pagamento do FGTS de 40%.
5- DO INTERVALO INTRAJORNADA
	A reclamante durante o período de trabalho realizava apenas a 30 (trinta) minutos de intervalo para almoço e descanso, enquanto segundo determinação legal o certo seria de no mínimo o total de pelo 1 (uma) hora.
		CLT, Art. 71, § 4º - Quando o intervalo para repouso e alimentação, previsto neste artigo, não for concedido pelo empregador, este ficará obrigado a remunerar o período correspondente com um acréscimo de no mínimo 50% (cinqüenta por cento) sobre o valor da remuneração da hora normal de trabalho. 
	Houve a supressão do horário de intervalo da reclamante pela reclamada, o que pela súmula 437 do TST respauda no pagamento total do período correspondente, e não apenas daquele suprimido, com acréscimo de, no mínimo, 50% sobre o valor da remuneração da hora normal de trabalho, possuindo natureza salarial, assim, quando não concedido ou reduzido pelo empregador o intervalo mínimo intrajornada para repouso e alimentação, repercute no cálculo de outras parcelas salariais.
	SUM-437 INTERVALO INTRAJORNADA PARA REPOUSO E ALIMENTAÇÃO. APLICAÇÃO DO ART. 71 DA CLT (conversão das Orientações Ju-risprudenciais nºs 307, 342, 354, 380 e 381 da SBDI-1) - Res. 185/2012, DEJT divulgado em 25, 26 e 27.09.2012
	I - Após a edição da Lei nº 8.923/94, a não-concessão ou a concessão parcial do intervalo intrajornada mínimo, para repouso e alimentação, a empregados urbanos e rurais, implica o pagamento total do período correspondente, e não apenas daquele suprimido, com acréscimo de, no mínimo, 50% sobre o valor da remuneração da hora normal de trabalho (art. 71 da CLT), sem prejuízo do cômputo da efetiva jornada de labor para efeito de remuneração.
	III - Possui natureza salarial a parcela prevista no art. 71, § 4º, da CLT, com redação introduzida pela Lei nº 8.923, de 27 de julho de 1994, quando não concedido ou reduzido pelo empregador o intervalo mínimo intrajornada para repouso e alimentação, repercutindo, assim, no cálculo de outras parcelas salariais.
	Ainda, não é diferente o entedimento do TST em ralação ao pagamento da hora extra intrajornada e seu reflaxo nas verbas saláriais:  
	“É que a supressão do intervalo intrajornada passou a acarretar ao empregador a obrigação de pagar ao empregado o valor correspondente às horas suprimidas, calculadas, conforme o
art. 71, § 4º, da CLT, com a redação que lhe deu a Lei 8.923/94, também chamada
de “hora extra ficta” por analogia à extensão da jornada de trabalho
ou sobrejornada.  Ostenta natureza salarial e não indenizatória a parcela prevista no art. 71, § 4º da CLT, com a redação conferida pela Lei nº 8.923/94, em virtude da supressão pelo empregador de intervalo mínimo intrajornada para repouso e alimentação, repercutindo na base de cálculo da contribuição previdenciária. (STJ – REsp 1.144.750 – (2009/0113745-9) – 2ª T. – Rel. Min. Humberto Martins – DJe 25.05.2011 – p. 348)
	Requere-se por tanto a hora extra itrajornada diária com adicional de 50% (cinquenta por centro), incluindo seus reflexos no pagamentos das férias com 1/3 constitucional, do 13º salário, além do FGTS com 40% e, por fim, do aviso prévio indenizado.6- DO ACÚMULO DE FUNÇÃO 
	No período de 10 de janeiro de 2014 a reclamante passou a exercer conjuntamente com a função de auxiliar administrativo a função de coordenador de área sem que houvesse qualquer anotação na CTPS ou ajute salárial pelo acúmulo das duas funções. 	
	Entende-se que caracteriza acúmulo de função quando o empregado passa a exercer duas ou mais funções diversar da qual foi contratado para fazer, não havendo impedimento de faze-lô quando há devido acordo, sendo anotada a CPTS e incorporando um novo salário compátivel com as funções exercidas pelo empregado. 
	Traz a CLT que quando forem exigidos serviços superiores ás suas forças este poderá pedir indenização e desligamento da empresa. Cabendo, por tanto, a reclamante o devido plus saláril
	CLT, Art. 483 - O empregado poderá considerar rescindido o contrato e pleitear a devida indenização quando:
	a) forem exigidos serviços superiores às suas forças, defesos por lei, contrários aos bons costumes, ou alheios ao contrato.
	Sendo devido a reclamante o plus salarial pelo período de 03 (três anos) em que exercer as duas funções conjuntamente, incluindo seus reflexos no pagamento das férias com 1/3 constitucional, do 13º salário, além do FGTS com 40% e, por fim, do aviso prévio indenizado.
	A formalização do contrato de empregado depende do ajuste de vontade das partes, pelo que, o que for pactuado, tem caráter de imutabilidade, ressalvando-se a alteração permitida por mútuo consentimento, desde que a modificação do contrato e claro não traga prejuízos direitos ou indiretos ao pagamento do disposto no art. 468 da CLT. O recorrente teve seu contrata modificado apenas ao alvedrio do empregador, que lhe atribui carga maior de trabalho sem a devida contraprestação salarial, reputando-se tal alteração em desequilíbrio à natureza cumulativa e onerosa decorrente de relação de emprego. Exsurge desta forma, o direito do autor em receber as diferenças salariais advindas do acúmulo de funções a que foi obrigada pela reclamada. Estebeleço como critério de maior justeza em relação aos aspectos circunstanciais que envolveram a relação de emprego, que o pagamento este acréscimo salarial tenha como base o piso salarial da função acumulada. 
(TST 02ª R. RO Proc. 01-0022120022530200. AC. 20030318810, Rel. Desembargador Valdir Florindo)
7- DA MULTA DO ARTIGO 477 DA CLT
No prazo estabelecido no artigo 477, § 6º, da Consolidação das Leis do Trabalho, não foi pago a Reclamante pelo que se impõe o pagamento de uma multa equivalente a um mês de salário revertida em favor do Reclamante, conforme § 8º do mesmo artigo.
É devido a reclamante a multa do referido art. referente ao valor real de salário incluindo o acúmulo de função mais as devidas horas extras habituais. 
Na jurisprudência pesquisada, foram localizados julgados que tratam da questão conforme se observa:
SÚMULA Nº 69 - "ARTIGO 477, § 8º DA CLT. MULTA. O fato gerador da multa prevista no artigo 477, § 8º da CLT é o atraso do pagamento das verbas rescisórias e não da homologação do respectivo termo". (RO 0006346-15.2014.5.12.0002, SECRETARIA DA 1A TURMA, TRT12, JOSE ERNESTO MANZI, publicado no TRTSC/DOE em 06/03/2017)
VERBAS RESCISÓRIAS. MULTA DO § 8º DO ART. 477 DA CLT. Nos termos do § 6º do art. 477 da CLT, as verbas rescisórias devem ser pagas até o primeiro dia útil imediato ao término do contrato de trabalho, ou até o décimo dia, contado do afastamento, quando da ausência do aviso-prévio, da sua indenização ou da dispensa de seu cumprimento. O pagamento das verbas rescisórias a destempo enseja a aplicação da multa prevista no § 8º do referido artigo. (RO 0001795-07.2015.5.12.0018, SECRETARIA DA 3A TURMA, TRT12, JOSE ERNESTO MANZI, publicado no TRTSC/DOE em 02/09/2016).
8- RETIFICAÇÃO DA CTPS
	A Reclamada, ao deixar de anotar a CTPS da Reclamante, desobedece ao preceito legal contido na Consolidação das Leis do Trabalho, em seu art. 29, § 2º “c”, e ainda o §3º do mesmo artigo, no que se refere a multa pela, no falta de tal cumprimento, devendo, portanto presente caso, requer-se que a Reclamada, seja condenada a proceder as anotações corretas na CTPS do Reclamante, ou seja, com o acúmulo de fução que a mesma exercer no período de 3 (três) anos dos 04 (quatro) em que trabalhou na empresa.
9- DA HOMOLOGAÇÃO DO SINDICATO
	Até a presente data ainda não houve a devida homologação da recisão do contrato de trabalho pelo sindicato, que é devida ao empregado e ao empregador quando o contrato de trabalhar for de 1 (um) ano ou mais. 
	Requere-se, por tanto, a devida homologação sindical. 
10- DOS PEDIDOS e REQUERIMENTOS
Em consonância aos fatos e considerações expostos, requer a Reclamante que seja:
Concedido o benefício da Justiça Gratuita, em face do Reclamante se encontrar desempregado;
Hora extra do referido art. 58 da CLT + reflexos; 
Intervalo intrajornada + os referidos reflexos no aviso prévio; 
Acúmulo de função + reflexos;
 
Multa art. 477, § 8, CLT, com o valor real de salário com acúmulo de função mais hora extra; 
Retificação da CTPS;
Homologação sindicato;
A Reclamada condenada ao pagamento dos honorários advocatícios, conforme preceitua o artigo 85, § 2º da Lei nº. 13.105/2015, c/c o Enunciado 219 do TST; 
Que seja notificada a Reclamada para comparecer à audiência a ser designada, e querendo, contestar a presente reclamação, sob pena de revelia e confissão, esperando a total procedência da mesma e a consequente condenação da Reclamada na forma dos pedidos e demais cominações legais; 
Que a presente ação tramite no rito sumaríssimo.
Protesta provar o alegado por todos os meios no Direito permitidos, notadamente oitiva de testemunhas, perícias e, em especial, o depoimento pessoal da Reclamada, nos termos da Súmula 74 do Tribunal superior do Trabalho.
Dá-se à causa o valor de R$... (...).
Pede deferimento
CIDADE/UF, ____ de ____________ de 20__.
ADVOGADA (O)
 OAB/ UF __________

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