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Protozoários do Sangue e Tecidos

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Protozoários do Sangue 
e Tecidos
LOUISE HELENA DE FREITAS R I BEIRO
M EST R A EM B I OT ECN OLOGIA DE R ECURSOS N AT UR A I S ( UFC)
LOUI SE@ FACEN EMOSSORO.COM .BR
FACULDADES N OVA ESPER AN ÇA DE M OSSORÓ – FACEN E /R N
DI SC I PL INA: M ECA N ISM OS DE AGR ESSÃO E DEFESA
Introdução
Os organismos de importância médica desta categoria de protozoários 
consistem nos esporozoários Plasmodium (causador da malária) e Toxoplasma
(toxoplasmose), assim como os flagelados Trypanosoma (doença de Chagas) e 
Leishmania (leishmaniose). 
Malária
A malária é causada por quatro plasmódios: 
Plasmodium vivax.
Plasmodium ovale.
Plasmodium malariae.
Plasmodium falciparum. 
O vetor e hospedeiro 
definitivo de plasmódios 
é o mosquito Anopheles
fêmea (somente a 
fêmea é hematófaga).
A maioria dos achados 
patológicos da malária 
resulta da destruição de 
hemácias.
Ásia, África e América 
Central e do Sul. 
Estágios
OocistoZygoto Esporozoitos
Merozoitos
Gametócitos
Gametas
Masculino
Feminino
Malaria
Fêmea de Anopheles inocula esporozoítos
no hospedeiro humano. 1
Esporozoítos infectam células hepáticas, 
amadurecem como esquizontes e são 
liberados como merozoítos.2
Merozoítos adentram às hemácias. Há 
diferenciação em trofozoítos em forma de 
anel, esquizontes e posteriormente 
liberação na forma de merozoítos
3
Parasitos podem sair do ciclo das 
hemácias para o estágio sexual, onde há 
formação de gametócitos
4
Malaria
Microgametócitos masculinos e 
macrogametócitos femininos são ingeridos 
pelo mosquito.
5
No estômago do mosquito, os 
microgametas penetram os 
macrogametas, gerando um zigoto. 
6
Os zigotos se tornam móveis e alongados 
e são chamados de oocinetos e se 
desenvolvem em oocistos
7
Os oocistos crescem e se diferenciam em 
esporozoítos, os quais se direcionam para 
as glândulas salivares do mosquito.
8
Malária
Merozoítos
A malária é 
transmitida 
principalmente por 
picadas de 
mosquitos, embora 
a transmissão 
através da placenta, 
em transfusões de 
sangue, e por uso de 
fármacos injetáveis 
também ocorra.
Malária
As hemácias são destruídas pela liberação dos 
merozoítos, bem como pela ação do baço, 
que inicialmente sequestra as hemácias 
infectadas e, em seguida, provoca a sua lise. 
Indivíduos com traço falciforme 
(heterozigotos) estão protegidos contra 
malária porque suas hemácias exibem 
baixa atividade de ATPase e não produzem 
energia suficiente para sustentar o 
crescimento do parasita. 
Indivíduos homozigotos para anemia 
falciforme também se encontram 
protegidos, contudo raramente sobrevivem 
tempo suficiente para se beneficiarem.
A malária causada por P. falciparum é 
mais grave
• Infecção de quantidade 
significativamente maior de hemácias 
do que nas outras espécies de malária.
• Oclusão dos capilares por agregados 
de hemácias parasitadas.
• Hemorragia e necrose de risco à vida 
(malária cerebral).
Achados clínicos
A malária causada pelos demais organismos é denominada 
malária terçã, uma vez que recorre a cada três dias.
A doença causada por P. malariae é denominada malária 
quartã, uma vez que recorre a cada quatro dias.
A duração do ciclo de febre é de 72 horas para P. malariae e 
48 para os demais plasmódios. 
Tratamento e prevenção
A cloroquina é o fármaco de escolha para a
malária aguda causada por linhagens
sensíveis.
Para linhagens de P. falciparum resistentes à
cloroquina, é utilizada mefloquina ou uma
combinação de quinino e doxiciclina.
A quimioprofilaxia da malária para
indivíduos que viajam a regiões onde P.
falciparum resistentes à cloroquina são
endêmicos consiste em mefloquina ou
doxiciclina.
Não existe vacina.
Toxoplasma gondii
O hospedeiro definitivo é o gato doméstico e outros felinos; 
Humanos e outros mamíferos são hospedeiros intermediários;
Infecção em humanos é iniciada pela ingestão de cistos em carne malcozida 
ou pelo contato com fezes de gatos. 
A ingestão de carne malcozida, por exemplo, carneiro e porco, de animais que 
foram alimentados no solo contaminado por fezes de gatos infectados.
Toxoplasma gondii causa toxoplasmose, incluindo a toxoplasmose congênita.
Estágios
Bradizoito
Gameta
Merozoito
Oocisto
Oocisto
esporulado
Esporocisto
Toxoplasmose
Gatos infectados com cistos não 
esporulado contaminam solo, água e 
vegetais através de suas fezes. Após 1-5 
dias, os oocistos são esporulados e 
tornam-se infectantes. 
1
Pássaros e roedores são contaminados por 
solo, água e vegetais contendo oocistos, 
os quais se diferenciam em taquizoítos no 
intestino. 
2
Taquizoítos migram para o tecido neural e 
muscular, onde se modificam em 
bradizoitos, os quais se diferenciam em 
gametócitos masculinos e femininos.
3
Os gametas se fundem, formando novos 
oocistos, que são liberados pelas fezes.4
Toxoplasmose
Animais utilizados para a alimentação 
humana, como boi, porco e carneiro, 
podem ser infectados num ambiente 
contaminado por oocistos.
1
Humanos podem ser contaminados:
- Ao ingerir carne mal cozida;
- Consumindo água ou alimentos 
contaminados;
- Contato com as fezes de animais;
- Transfusão de sangue e transplante de 
órgãos;
- Através da placenta para o feto.
2
O parasita se concentra no tecido 
muscular esquelético, cardíaco, cérebro e 
olhos do hospedeiro humano.
3
Toxoplasmose
Em adultos, geralmente 
a doença é 
assintomática.
Quando dentro do 
organismo, persistem na 
forma de cistos.
Não há infecção 
humano-humano, a não 
ser a infecção através da 
placenta, da mãe para o 
feto.
Toxoplasmose congênita
Aproximadamente um terço das mães infectadas durante a gestação gera bebês infectados; entretanto, 
somente 10% destas crianças são sintomáticas.
Se a mãe for reinfectada durante a gestação, porém apresentar imunidade decorrente de uma infecção 
anterior, não transmitirá o organismo à criança. 
Se ela for infectada antes da gestação, o organismo estará na forma de cisto e trofozoítos não atravessarão a 
placenta. 
A infecção congênita do feto ocorre apenas quando a mãe é infectada durante a gestação. 
Toxoplasmose congênita
Aborto Natimorto
Doença neonatal 
com encefalite
Coriorretinite: 
lesões da retina e 
da coroide ocular
Hepatoesplenomegalia: 
aumento do tamanho 
do fígado e do baço
Febre Icterícia
Calcificações 
intracranianas
Principal causa de 
cegueira em 
crianças
Toxoplasmose congênita
Diagnóstico
Para o diagnóstico de infecções agudas e congênitas é 
utilizado um ensaio de imunofluorescência para 
anticorpos IgM (IgG e IgA). 
IgM é utilizada no diagnóstico de infecção congênita, 
uma vez que a IgG pode ser de origem materna. 
O exame microscópico de preparações coradas por 
Giemsa revela trofozoítos (taquizoitos) em forma de 
crescente durante as infecções agudas. 
Tratamento e prevenção
Deve ser tratada com 
uma combinação de 
sulfadiazina e 
pirimetamina. 
A forma mais eficaz para 
prevenir a toxoplasmose 
consiste na cocção 
adequada da carne para 
matar os cistos.
Gestantes devem evitar 
o consumo de carne 
malcozida e o contato 
com gatos. 
Elas devem privar-se de 
limpar os recipientes de 
dejetos dos gatos. 
Gatos não devem ser 
alimentados com carne 
crua.
Trypanosoma cruzi
O ciclo de vida envolve o inseto reduvídeo (Triatoma, barbeiro ou 
besouro beijador) como vetor e humanos e animais como 
hospedeiros reservatório.
Os reservatórios animais incluem gatos e cães domésticos, 
assim como espécies silvestres, como tatus, guaxinins e ratos. 
A doença é observada principalmente em regiões rurais,uma 
vez que o inseto reduvídeo vive nas paredes de casebres rurais 
e alimenta-se à noite.
T. cruzi é o agente da doença de Chagas (tripanossomíase americana).
Estágios
Estágios
Doença de Chagas
O besouro barbeiro (vetor) se alimenta de 
sangue e libera, nas fezes, tripomastigotas.1
Tripomastigotas adentram no corpo pela 
abertura da picada ou pelas mucosas. 
Tripomastigotas invadem os tecidos e se 
diferenciam em amastigotas.
2
Amastigotas se multiplicam por fissão 
binária e, posteriormente, se diferenciam 
em tripomastigotas, que se direcionam 
para a corrente sanguínea.
3
Tripomastigota podem colonizar vários 
tecidos no corpo, se diferenciando sempre 
em amastigotas. O músculo cardíaco é o 
tecido afetado com maior 
frequência e gravidade. 
4
Doença de Chagas
O inseto se alimenta de um hospedeiro 
infectado com tripomastigotas circulantes.5
No intestino do inseto, os tripomastigotas
se diferenciam em epimastigotas.6
Os parasitas se multiplicam e se 
diferenciam no intestino.7
Os epimastigotas se diferenciam em 
triomastigotas metaciclicos infectantes, 
podendo ser eliminados nas fezes do 
inseto.
8
Doença de Chagas
Durante a fase aguda, existem tripomastigotas no sangue e 
amastigotas intracelularmente nos tecidos. 
Na fase crônica, o organismo persiste na forma de amastigotas.
Doença de Chagas ocorreu em receptores de transfusões sanguíneas 
ou de transplantes de órgãos oriundos de doadores infectados. 
O organismo também pode ser transmitido congenitamente da mãe 
infectada para o feto através da placenta.
Achados clínicos
Fase aguda
• Edema facial e um nódulo 
(chagoma) próximo ao sítio da 
picada
• Febre
• Linfadenopatia 
• Hepatosplenomegalia
• A fase aguda regride em cerca de 
dois meses
• Maioria das pessoas é 
assintomática
Fase crônica
• Miocardite e megacólon
• A morte por doença de Chagas 
crônica geralmente é decorrente 
de arritmia e insuficiência 
cardíaca
Achados clínicos
Diagnóstico, Tratamento e Prevenção
Aguda
• Presença de tripomastigotas em 
esfregaços espessos ou delgados do 
sangue do paciente.
• O fármaco de escolha: nifurtimox, 
que mata tripomastigotas no 
sangue, embora seja menos eficaz 
contra amastigotas nos tecidos. 
Crônica
• Xenodiagnóstico e testes sorológicos 
são utilizados.
• Não há fármaco efetivo para a forma 
crônica.
A prevenção envolve proteção contra a picada do reduvídeo, 
melhoria nas condições da moradia e controle dos insetos. 
Leishmania
O gênero Leishmania 
inclui quatro patógenos 
importantes: 
• Leishmania donovani
(leishmaniose visceral)
• Leishmania tropica 
(leishmaniose cutânea)
• Leishmania mexicana 
(leishmaniose cutânea)
• Leishmania brasilienses 
(leishmaniose mucocutânea)
Leishmania donovani (leishmaniose visceral)
O ciclo de vida 
envolve o mosquito-
pólvora como vetor e 
uma variedade de 
mamíferos como 
reservatórios, como 
cães, raposas e 
roedores.
Vetor
Apenas as moscas 
fêmeas atuam como 
vetores, uma vez que 
somente as fêmeas 
são hematófagas (uma 
necessidade para a 
maturação dos ovos).
Fêmeas hematófagas
Na leishmaniose 
visceral, os órgãos do 
sistema 
reticuloendotelial
(fígado, baço e 
medula óssea) são os 
mais gravemente 
afetados.
Órgãos afetados
Estágios
Amastigota
Promastigota
Leishmaniose
Leishmania é transmitida pelo mosquito 
fêmea flebotomíneo, que injeta 
promastigotas das suas proboscides no 
momento da picada.
1
Promastigotas são fagocitadas por 
macrófagos, onde se diferenciam em 
amastigotas.
2
Ocorre intensa multiplicação celular de 
amastigotas dentro da célula e 
posteriormente rompem a célula, 
espalhando-se nos diferentes tecidos.
3
O mosquito que pica um hospedeiro 
infectado contrai o parasita quando suga 
macrófagos contaminados com 
amastigotas.
4
Leishmaniose
Ocorre a ingestão de células fagocíticas
parasitadas por amastigotas5
As formas amastigotas se diferenciam e 
promastigotas no intestino6
Ocorre intensa multiplicação de 
promastigotas no intestino do mosquito7
Os promastigotas no intestino irão migrar 
para as probóscides do mosquito, que 
poderão infectar o ser humano através da 
picada.
8
Achados clínicos
 Os sintomas iniciam com febre intermitente, fraqueza e emagrecimento. 
 Um aumento maciço do baço é característico. 
 A hiperpigmentação cutânea é observada em pacientes de pele clara (calazar
significa febre negra).
 O curso da doença perdura de meses a anos.
 A doença não tratada pode ser fatal.
Diagnóstico, Tratamento e Prevenção
DIAGNÓSTICO
• O diagnóstico é 
geralmente realizado 
pela detecção de 
amastigotas em uma 
biópsia de medula óssea, 
baço ou linfonodo.
• Testes sorológicos 
(imunofluorescência
indireta) são positivos na 
maioria dos pacientes. 
TRATAMENTO
• O tratamento consiste 
em estibogluconato de 
sódio ou anfotericina B.
PREVENÇÃO
• A prevenção envolve 
proteção contra a picada 
pelo mosquito-pólvora 
(uso de mosquiteiros, 
vestuário protetor e 
repelentes de insetos) e 
uso de inseticidas.
Leishmaniose cutânea e mucocutânea
Ciclo essencialmente 
o mesmo que na 
leishmaniose 
visceral.
Lesões na pele e 
mucosas.
Lesões se iniciam no 
local da picada.
Úlceras muitas vezes 
infectadas por 
bactérias.
Mucocutânea: nariz e 
boca.
A morte pode 
ocorrer por infecções 
secundárias.
Leishmaniose cutânea e mucocutânea

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