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AULA 02 – História da Alfabetização no Brasil
Para início de conversa, tente lembrar-se como ocorreu seu processo de alfabetização e, pensando nisso, reflita sobre as questões a seguir.
Qual foi a cartilha adotada e o método aplicado na época da sua alfabetização?
Como eles influenciaram na sua compreensão do que é aprender a ler e escrever?
Qual a relação das cartilhas com a história da alfabetização do Brasil?
Essas são algumas das questões que discutiremos nesta aula.
O que é alfabetização? 
Você conhecerá a alfabetização como um conceito que é produzido histórica e culturalmente. Então, prepare-se para iniciar seu contato com a história da alfabetização no Brasil. 
Para facilitar, o ponto de partida será no início da república até chegarmos aos dias atuais.
Desde o início da república a questão da leitura e da escrita foi considerado como um problema a ser resolvido. 
Com 75% da população analfabeta, a nova ordem vigente apontava para a necessidade de garantir à população o acesso a cultura “letrada”.
Também podemos olhar para a história da alfabetização do Brasil através das Cartilhas de Alfabetização. 
No início da república, também começa o processo de escolarização das práticas de leitura e escrita, onde o principal material é a Cartilha. Dentro dela, virá o método a ser proposto.
Foram muitas as cartilhas, mas você conhecerá algumas a partir de agora.
Esta é a primeira cartilha que você conhecerá: a Cartilha Maternal João de Deus.
Conheça um pouco mais sobre as primeiras Cartilhas.
As primeiras cartilhas foram produzidas por autores estrangeiros. Em seguida, surgiram os professores brasileiros escritores de cartilhas.
Os métodos estão presentes nas cartilhas. Os primeiros foram os métodos sintéticos.
As primeiras cartilhas brasileiras foram produzidas com base nos métodos de marcha sintética, com base nos processos de soletração e silabação. 
Os professores, principalmente os fluminenses e paulistas, foram os principais responsáveis com sua experiência didática.
A partir dos anos de 1930, aproximadamente, as Cartilhas passaram a se basear em métodos mistos ou ecléticos. 
Isso ocorreu especialmente em decorrência da disseminação e da repercussão dos testes ABC, de Lourenço Filho.
A finalidade desses testes era medir o nível de maturidade necessário ao aprendizado da leitura e da escrita, visando a maior rapidez e eficiência na alfabetização.
Podemos verificar, então, um processo de secundarização da importância do método, uma vez que o como ensinar encontra-se subordinado à maturidade da criança e as questões de ordem didática, às de ordem psicológica.
O uso da nomenclatura “Cartilha de Alfabetização” passa a ser considerado inadequado a partir dos anos 80. Veja abaixo, como ficaram as Cartilhas a partir dos anos 80.
Os livros de alfabetização usados passam a incorporar novas propostas introduzidas. Mas, os antigos livros baseados nos métodos de alfabetização também continuam presentes no meio educacional.
Empirismo (métodos de alfabetização)
Construtivismo
Histórico-Cultural
Letramento
Cartilha de alfabetização nos anos de 1980. 
A partir dos anos de 1980, passa-se a questionar programaticamente a necessidade dos métodos e da cartilha de alfabetização, em decorrência da intensa divulgação, entre nós, dos pensamentos construtivista e interacionista sobre alfabetização. No entanto, esses questionamentos parecem ter sido satisfatoriamente assimilados, resultando: no paradoxo da produção de cartilhas “construtivistas” ou “socioconstrutivistas” ou “sociointeracionistas”; na convivência destas com cartilhas tradicionais, nas indicações oficiais e nas estantes dos professores, muitos dos quais alegam tê-las apenas para consulta quando da preparação de suas aulas; e no ensino e aprendizagem do modelo de leitura e escrita veiculado pelas cartilhas, mesmo quando os professores dizem seguir uma “linha construtivista” ou “interacionista” e seus alunos não utilizam diretamente esse instrumento em sala de aula, como ocorreu nos casos transcritos a seguir.”
 A bola é do Guto. 
O gato furou a bola. 
O Guto e o gato.
 Exemplo 7 – Página do caderno de um aluno de 1a série de escola particular, em 1989 Fonte: Centro de Referência para Pesquisa Histórica em Educação (Unesp-Marília). 
“Encontrei hoje em ruas, separadamente, dois amigos meus que se haviam zangado um com o outro. Cada um me contou a narrativa de porque se haviam zangado. Cada um me disse a verdade. Cada um me contou as suas razões. Ambos tinham razão. Não era que um via uma coisa e outro outra, ou que um via um lado das coisas e outro um outro lado diferente. Não: cada um via as coisas exatamente como se haviam passado, cada um as via com um critério idêntico ao do outro, mas cada um via uma coisa diferente, e cada um, portanto, tinha razão. Fiquei confuso desta dupla existência da verdade.” 
Fernando Pessoa ( Apud Matta, 1990, p.12)
Agora, conheça e compare os métodos de alfabetização que foram empregados nas Cartilhas que conhecemos até aqui.
MÉTODOS SINTÉTICOS: O processo de análise da língua se dá das partes para o todo. São métodos que baseiam-se no conceito de que as unidades significativas da língua – sons e letras – é que devem ser o ponto de partida.
MÉTODOS ANALÍTICOS: O processo de análise da língua se dá do todo para as partes. São métodos que dão ênfase à compreensão da leitura desde a sua fase inicial, baseiam-se no conceito de que as unidades significativas da língua – palavras e sentenças – é que devem ser o ponto de partida.
		1.
		Fazendo uma análise histórica da Chegada da Família Real no Brasil, no período do Império, fica bastante claro o enriquecimento cultural que aconteceu com a vinda de tantos livros, periódicos e documentos portugueses. Como a população reagiu a essa importação de materiais literários?
	
	
	
	
	
	A maior parte da população brasileira rejeitou o processo de alfabetização por compreender que ele destituía de valor a cultura que estava sendo construída com a mistura de elementos da cultura africana com os europeus.
	
	 
	A maior parte da população ficou alijada dos processos de alfabetização devido à falta de sistematização e de educadores formados que pudessem conduzir o processo. Apenas a elite teve acesso aos materiais vindos de Portugal.
	
	
	A classe popular teve acesso à educação básica, gratuita e laica que foi organizada e sistematizada pelo Imperador com professores formados na Europa que utilizaram o método global para alfabetização .
	
	 
	A maior parte da população passou a ter acesso a um material importante para dar início aos processo de alfabetização, pois os livros, documentos e periódicos ficaram disponíveis para serem consultados na Biblioteca Nacional.
	
	
	O Imperador destinou professores leigos para alfabetizar os filhos de escravos, pois estava interessado em promover o avanço cultural do Império através da unificação pela língua portuguesa, a cultura europeia e a religião protestante.
	
	
	
		2.
		A orientadora educacional do Colégio Sete de Setembro não aprovou o planejamento da professora do primeiro ano do ensino fundamental porque ela trabalhou com as seguintes frases motivadoras de aprendizagem: o Rui é o rei o rato roeu a vovó viu a uva Ivo vê a vaca. Viver Atividades como essas são encontradas em cartilhas sintéticas e têm como objetivo:
	
	
	
	
	
	Fazer a criança melhorar a articulação das palavras ao ler os fonemas /r/ e /v/ .
	
	 
	Repetir os fonemas /v/ e /r/ para a criança gravar a sua sonorização.
	
	
	Trazer textos cuja complexidade é mínima para a criança conseguir interpretar as frases.
	
	
	Trabalhar com frases curtas para ajudar a criança a compreender a função social da escrita.
	
	
	Ensinar a criança a ler textos clássicos de nossa cultura
	
	
	
		3.
		Os métodos de alfabetização podem ser divididos em três grandes grupos que identificam o seu percurso detrabalho com a língua.
	
	
	
	
	
	Construtivista - Letramento - Sociointeracionista
	
	
	Natural -  Silabação -  Fonético
	
	
	Sintéticos - Construtivistas - Livres
	
	 
	Sintéticos -  Analíticos -  Mistos
	
	
	Palavração ¿ Analíticos - Letramento
	 Gabarito Comentado
	 Gabarito Comentado
	
	
		4.
		Em relação aos métodos utilizados na alfabetização, marque (v) para verdadeiro e (F) para falso.
( ) Os métodos sintéticos partem das estruturas menores da língua para as estruturas mais complexas.
( ) Os métodos sintéticos operam com a operação de síntese das palavras a partir de sua compreensão dentro do contexto em que se apresentam.
( ) Os métodos sintéticos podem ser de silabação e soletração.
Qual a opção que preenche corretamente as lacunas acima?
	
	
	
	
	 
	V F V
	
	
	V F F
	
	
	F F V
	
	
	V V F
	
	 
	V V V
	 Gabarito Comentado
	
	
		5.
		Métodos sintéticos, analíticos e mistos. Muitas realidades que podem confundir o educador no momento de alfabetizar. Sobre o método analítico de alfabetização NÃO se pode afirmar que:
	
	
	
	
	
	enfatiza à compreensão da leitura desde a sua fase inicial.
	
	 
	considera que as unidades significativas da língua - sons e letras - é que devem ser o ponto de partida.
	
	
	se baseia no conceito de que palavras e sentenças são o ponto de partida.
	
	
	o processo de análise da língua se dá do todo para as partes.
	
	
	procura fazer a construção do significado de cada leitura a partir de um a interação entre leitor e autor do texto.
	
	
	
		6.
		Dos vários métodos de alfabetização encontrados nas escolas brasileiras, a palavração é um método de alfabetização do tipo "analítico". Em relação a ele, pode-se afirmar que o aluno:
	
	
	
	
	
	utiliza um processo de análise da língua que se dá das partes para o todo da palavra.
	
	 
	parte das estruturas mais simples da língua - os fonemas - e analisa a mensagem escrita passando para as sílabas, palavras e somente no final, analisa o texto.
	
	
	é exposto a uma frase, visualiza e memoriza as palavras, que são divididas em sílabas.
	
	 
	aprende palavras e depois as separa em sílabas e usa essas sílabas para formar novas palavras.
	
	
	trabalha com a emissão e a aglutinação de fonemas para a formação das palavras.
	
	
	
		7.
		Marlene Carvalho (2001) ressalta que a crise que se instalou no método mecanicista de ensinar a leitura se deu por conta problemas causados pela separação entre decodificação e produção de significado. Qual argumento pode ser contrário ao método mecanicista e, portanto, criticá-lo?
	
	
	
	
	
	O mais importante no ensino de leitura é atentar para a sintaxe do texto, pois a criança precisa conhecer desde o início quais elementos forma esse texto.
	
	 
	A boa leitura deve trabalhar concomitantemente tanto os aspectos sonoros quanto os elementos semânticos, ou seja, o que se compreende do texto.
	
	
	Primeiro é importante ensinar a decodificação para somente depois trabalhar a interpretação/ construção de significados.
	
	
	A leitura precisa ser amadurecida, por isso, um bom ambiente alfabetizador trabalha a memória dos sons para amadurecer a detenção dos fonemas para a criança.
	
	 
	Na alfabetização as palavras devem ser apresentadas de acordo com as dificuldades ortográficas, pois as crianças precisam ler inicialmente para conhecer à língua e depois, para compreender o que estão lendo.
	
	
	
		8.
		No Brasil há uma interessante estatística sobre o número de pessoas alfabetizadas e de pessoas com baixo grau de alfabetização. De acordo com o INAF em 2009, o percentual de pessoas alfabetizadas plenamente era de 25% da população. Das características abaixo quais se enquadram no nível de alfabetismo pleno?
	
	
	
	
	 
	Lêem e escrevem sem restrições e conseguem também fazer operações matemáticas, compreende e utiliza o sistema monetário e ainda, sintetizar, interpretar, extrair informações entre outras capacidades relacionadas à compreensão do texto.
	
	
	Resolvem pequenas operações com a matemática e tem conhecimento sobre o sistema monetário, mas não conseguem escrever um texto com autoria porque esta capacidade está mais relacionada com o nível de letramento.
	
	
	Passaram muitos anos na escola, mas não foram capazes de aprender a ler e escrever produzindo sínteses, inferências, conclusões e críticas.
	
	
	O alfabetismo pleno tem relação apenas com a capacidade de escrever corretamente utilizando a gramática normativa e compreendendo muito bem a estruturação sintática dos textos. É tão complexa que poucas pessoas apresentam esse nível.
	
	 
	Apenas localizam informações em textos curtos, leem e escrevem e sabem manejar o sistema monetário.

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