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Termodinâmica dos Sólidos Curso de Graduação em Engenharia de Materiais Marcello R. B. Andreeta UFSCar/DEMa 1 UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO CARLOS Relembrando sobre reações químicas 2 G da reação (G= H+TS), conhecida ou calculada previamente, indica tanto se a reação será termodinamicamente possível, como também, até que ponto a reação poderá prosseguir. Ou como e quando haverá evolução até que o sistema atinja um estado de equilíbrio: G = 0. Em baixas temperaturas TS é pequeno e o sinal de G será dominado pelo sinal de H. Com o aumento da temperatura TS se torna proporcionalmente importante. G = Go quando todas as substâncias envolvidas estiverem em seu estado padrão a uma dada temperatura e 1atm de pressão. O sinal de Go só pode ser usado como critério de espontaneidade se todos as substancias estiverem em seus estados padrões. 5.4 Reações químicas Considere uma reação em condições isotérmicas entre fases sólidas em seus estados padrões com variação de energia livre G0 aA(s) + bB(s) = cC(s) + dD(s) G1 0 Cada componente está em equilíbrio com suas pressões numa pressão parcial particular. Podemos portanto, converter esta reação para uma envolvendo componentes gasosos nas respectivas pressões de equilíbrio pi 0 (1) aA(s) + bB(s) = cC(s) + dD(s) G1 0 (2) aA(g, pA 0) = aA(s) G2 = 0 (pq pA 0 está em equil. com A puro, etc) (3) bB(g, pB 0) = bB(s) G3 = 0 (4) cC(s) = cC(g, pC 0) G4 = 0 (5) dD(s) = dD(g, pD 0) G5 = 0 (6) Soma: aA(g, pA 0) + bB(g, pB 0) = cC(g, pC 0) + dD(g, pD 0) G6 0 = G1 0 Portanto a reação entre componentes gasosos em equilíbrio com seus sólidos resulta na energia livre padrão G1 0 Caso um dos componentes seja estável no estado gasoso à temperatura T; G6 somente será igual a G 0 a 1 atm de pressão. 5.4 Reações químicas Modificando os valores de pA 0, pB 0 , pC 0 e pD 0 para novos valores: pA e, pB e, pC e e pD e que são valores escolhidos para que a reação esteja em equilíbrio; portanto a variação de energia livre para a reação será zero. (7) aA(g, pA e) + bB(g, pB e) = cC(g, pC e) + dD(g, pD e) G7 = 0 Para convertermos a reação (6) na reação (7) a pressão parcial de cada componente deve variar de pi 0 para pi e A mudança de energia livre para tal variação de pressão pode ser avaliado por: dG = Vdp - SdT Supondo T=cte e considerando o vapor como ideal (pv=RT), dG = RT d ln p, e integrando: 5.4 Reações químicas 0 ln i e i p p RTG Re-começando com a reação (6) (6) aA(g, pA 0) + bB(g, pB 0) = cC(g, pC 0) + dD(g, pD 0) G6 0 = G1 0 e convertendo cada componente para pi e (8) aA(g, pA e) = aA(g, pA 0) (9) bB(g, pB e) = bB(g, pB 0) (10) cC(g, pC 0) = cC(g, pC e) (11) dD(g, pD 0) = dD(g, pD e) (7) aA(g, pA e) + bB(g, pB e) = cC(g, pC e) + dD(g, pD e) G7 = 0 (p.q. equilíbrio) Somando as variações de energia livre: Substituindo e colocando os coeficientes a,b,c e d nos logaritmos: 5.4 Reações químicas b B e B a A e A d D e D c C e C pppp pppp RTG )/()/( )/()/( ln0 00 00 1 e A A p p aRTG 0 8 ln e B B p p bRTG 0 9 ln e C C p p cRTG 0 10 ln e D D p p dRTG 0 11 ln iGGG 67 0 A expressão é chamada constante de equilíbrio K. Rearranjando: K sendo uma constante adimensional em relação as quantidades a,b,c e d. Nesta condições , pi /pi 0 é definido como atividade, ai do componente i 5.4 Reações químicas KRTG ln0 b B e B a A e A d D e D c C e C pppp pppp )/()/( )/()/( 00 00 )reagentes os para()( )produtos os para()( ).()( ).()( i i ne i ne i be B ae A de D ce C a a aa aa K b B e B a A e A d D e D c C e C pppp pppp RTG )/()/( )/()/( ln0 00 00 1 Soluções 8 • Gás sob alta pressão: forças de atração intermoleculares !!! Desvios do comportamento ideal. 9 Alguns fatos sobre gases e líquidos: • Gás sob baixa pressão: gás perfeito ou ideal: 0 V U T • Gás sob alta pressão ou líquidos: forças de interação não-desprezíveis! essãoPr m Joule V U 3 T • Forças de atração intermoleculares ou "Pressão interna" do fluido: 10 Alguns fatos sobre gases e líquidos: 2 T V a V U Situação Pressão Interna (atm) CO2, CNTP 7,26 x 10 -3 CO2, 0 °C, 50 atm 53,4 H2O, CNPT 3500 Hg, CNPT 13500 Quando a pressão interna é maior do que a externa, o fluido se liquefaz. van der Waals • Forças de atração intermoleculares ou interatômicas numa solução: – AA – BB – AB • Solução: A e B com tamanhos próximos 11 Alguns fatos sobre gases e líquidos: AB = AA = BB Solução desordenada; A é totalmente miscível em B e vice-versa! • Forças de atração intermoleculares ou interatômicas numa solução: – AA – BB – AB • Solução: A e B com tamanhos próximos 12 Alguns fatos sobre gases e líquidos: AB > AA, BB Diminuição da pressão de vapor de A e de B em relação à situação ideal! • Forças de atração intermoleculares ou interatômicas numa solução: – AA – BB – AB • Solução: A e B com tamanhos próximos 13 Alguns fatos sobre gases e líquidos: AB < AA, BB Aumento da pressão de vapor de A e de B em relação à situação ideal! • 1887: 14 Lei de Raoult e Solução ideal: O abaixamento relativo de pressão de vapor de um solvente puro devido à adição de um soluto é igual à fração molar do soluto na solução !!! Bo A A o A N p pp Fração molar do soluto Pressão de vapor do solvente puro Pressão de vapor do solvente em solução • Para uma solução binária, NB = 1-NA. 15 Lei de Raoult e Solução ideal: Ao A A N1 p p 1 Ao A A N p p A o AA Npp De modo genérico: ii Nkp para Ni=1; pi= k = pi o 16 Lei de Raoult e Solução ideal: Uma solução que obedece a Lei de Raoult é uma solução IDEAL. 17 Lei de Raoult e Solução ideal: Uma solução que obedece a Lei de Raoult é uma solução IDEAL. • AB > AA, BB: pA < pA o e pB < pB o – Desvio negativo em relação à Lei de Raoult • AB < AA, BB: pA > pA o e pB > pB o – Desvio positivo em relação à Lei de Raoult 18 Desvios da idealidade: • 1923, Lewis: • Soluções reais: 19 O conceito de atividade: Ao A A N p p Ao A A a p p Atividade de A na solução! • Desvios da idealidade: • pA / pA o >NA aA /NA >1 aA >NA Desvio positivo • pA / pA o <NA aA /NA <1 aA <NA Desvio negativo • Atividade x Coeficiente de atividade: 20 O conceito de atividade: AAAo A A Na p p Coeficiente de atividade Raoultiano • Desvio positivo: A > 1,0 aA > NA • Desvio negativo: A < 1,0 aA < NA AAA Na 21 O conceito de atividade: A Lei de Raoult é uma situação limite: 1 N a lim i i i 1Ni Liga Sn-Sb no limite do Sn se tornando puro. 22 O conceito de atividade: Liga Sn-Au em toda a faixade concentração. A curva da atividade do componente é tangente à reta de Raoult quando a sua fração se aproxima de 1 23 O conceito de atividade: Desvio positivo! Desvio negativo! ai = i(Ni)∙Ni • Lewis definir um estado de referência! • Para o comportamento Raoultiano, o estado de referência ou padrão é a substância pura, para a qual pi = pi o ai = 1 • É a forma mais estável da substância pura na temperatura de interesse. • Estado padrão de um gás é quando sua pressão parcial é igual a 1 atm. 24 Estado padrão: • Já é conhecido que: 25 Energia livre parcial molar e atividade Raoultiana: VdPSdTdG V P G T P RT V para 1 mol de gás ideal P RT P G T dP P RT dG i o i p p P dP RTdG • então: 26 Energia livre parcial molar e atividade Raoultiana: o i ip p o ii p p lnRT P dP RTGGdG io i i o ii alnRTGG Atividade do componente i na solução Variação da energia livre de um mol do componente i na sua passagem do estado puro para a solução. Formação da solução ! • Lei das soluções diluídas: a concentração do soluto é baixa BB é desprezada! • B quase não influencia o comportamento de A. • NB 0; NA 1, comportamento ideal do solvente, Lei de Raoult. 27 Lei de Henry; Soluções diluídas; Soluto: BBB Nkp Lei de Henry, 1803 constante de Henry 28 Lei de Henry: B o BB Na Solução diluída, soluto obedece a lei de Henry • Exemplos reais: • Solução líquida de Cu-Zn, a 1065 °C. • Zn o = 0,28, desvio negativo. • Solução líquida de Cu-Fe, a 1550 °C. • Fe o = 9,8, forte desvio positivo. 29 Lei de Henry: • Atividade é um número relativo !!! • No Sistema Raoultiano, a atividade é uma razão entre pressões parciais! • O estado padrão pode ser escolhido arbitrariamente. • Seja uma outra situação tomada como um estado padrão: 30 Mudança de estado padrão: .ln , cteaRTG ii .cte RT GG a a ln i o i i , i i o ii aRTGG ln • A escolha de qualquer estado padrão arbitrário e a correspondente escala numérica de atividades é uma questão de conveniência, para uma dada aplicação !!! 31 Mudança de estado padrão: 32 Estado padrão Henriano hipotético: • Construindo-se o gráfico pi x Ni experimentalmente, ou ai x Ni. 33 Estado padrão Henriano hipotético: • Para o soluto, pode-se tomar qualquer solução como referência, como um ponto sobre a reta representativa da Lei de Henry. • Duas possibilidades: • Primeira possibilidade: • 1) ci = Ni (fração molar) estado padrão Henriano será a intersecção da reta tangente com o eixo vertical no ponto Ni = 1. i , i , i Na 34 Estado padrão Henriano hipotético: i , i , i Na 35 Estado padrão Henriano hipotético: • Para o soluto, pode-se tomar qualquer solução como referência, como um ponto sobre a reta representativa da Lei de Henry. • Duas possibilidades: • Segunda possibilidade: • 2) Na prática é muito comum expressar a concentração em porcentagem ponderal (W%i): ci = 0 a 100%. • Atividade unitária ao ponto onde a ordenada de 1% intercepta a reta da lei de Henry. Estado padrão Henriano a 1%. BBB %Wfh 36 Estado padrão Henriano hipotético: B ' iB %Wa;1f Até este ponto (definição de padrão) i , i , i Na 37 Comparação entre estados padrão e atividades: )( )(100 molecularmassaM molecularmassaM ah A B o B BB 5585,0 M ah o B i ii • Relação geral entre atividade Henriana e Raoultiana para solução diluída. • No caso da solução líquida ter o ferro como solvente, MFe = 55,85 (g/mol): o i 38 B solventeo B o puroB o B M M RTRTGG ln)ln()(%)1( 5585,0 : o B B BB M ahonde )ln()1 )( B o puroBB aRTGG • Sabemos que: )ln()2 %)1(%)1( B o BB hRTGG solvente o B B BB M M ah %)1( • Subtraindo 1 de 2, temos: %)1()(%)1( ln)ln( BBo puroBoB hRTaRTGG )ln()ln( %)1( )(%)1( solvente o B B B B B Bo puroB o B M M a a RT h a RTGG B o B o puroB o B M RTRTGG 5585,0 ln)ln()(%)1( • No caso do Ferro como solvente: 39 Exemplo-1: • A 1627 °C, Ti o =0,011, no ferro líquido. Sabe- se que MTi = 47,90 g/mol. • A mudança de estado padrão de Ti puro no estado líquido para o titânio em solução no ferro líquido implica em: %)1(Fe)líquido,puro( TiTi Em 1627 °C, ou 1900 K. • Calculemos a variação de energia livre entre os estados padrão: 1900575,4GG o )puro(Ti o %)1(Ti 90,47 5585,0 log)011,0log( R x ln10 40 Exemplo-1: • O ponto de fusão do Ti é 1660 °C (1933 K). • Hf,Ti = 4542 cal/mol. • Como o Ti (puro) na temperatura da solução é sólido, devemos considerar a quebra de ligações químicas, pois com o ferro ele estará solução no Fe líquido. Portanto, deve-se considerar o calor de fusão do Ti !!! )8919,3(1900575,4GG o )puro(Ti o %)1(Ti mol/cal33830GG o )puro(Ti o %)1(Ti 41 Exemplo-1: • Ti(puro,sólido) = Ti(puro,líquido) • Gf,Ti = Hf,Ti - TSf,Ti = • = 4542 - 1900∙(4542/1933) = • = +77,54 cal/mol • Assim, o processo completo é: • Ti(puro,líquido) = TiFe(1%), G o = -33830 cal/mol • Ti(puro,sólido) = Ti(puro,líquido), Gf = +77,54 cal/mol • Somando: • Ti(puro,sólido) = TiFe(1%), G = -33830 + 77,54 • G = -33752,5 cal/mol f f f T H S 42 Exemplo-2: • Grafita pura está em equilíbrio com uma mistura de CO e CO2, tal que pCO/pCO2 = 5/8 = 0,635. No caso a temperatura é T e a pressão total é 1 atm. • Imagine um aço carbono (só contém Fe e C em solução) que está em equilíbrio com uma atmosfera de CO e CO2 e que a atividade do C no aço seja de 0,8, na mesma temperatura T e mesma pressão total de 1 atm. • Tarefa-1: calcule a composição da mistura CO-CO2 que fica em equilíbrio com aquele aço. 43 Exemplo-2: • O problema indica que temos duas equações relacionadas à mistura gasosa em equilíbrio com o grafite puro: atm1pp 2COCO 8 5 p p 2CO CO • Resolvendo o sistema: 1pp 8 5 2CO2CO 8 8 8 5 1 p 2CO atm6154,0 13 8 44 Exemplo-2: • Para o CO: 2COCO p1p 13 5 13 8 1pCO atm3846,0 • A reação que controla o equilíbrio entre o grafite puro e atmosfera de CO-CO2 é: ]CO[2]CO[C 2.graf • A sua constante de equilíbrio é: .graf2 CCO 2 CO T,p ap p K 16154,0 3846,0 2 24,0 45 Exemplo-2: • Para atmosfera gasosa em equilíbrio com o aço carbono, na mesma temperatura, a constante de equilíbrio tem o mesmo valor, apenas que a atividade do carbono não é mais a unidade, pois ele se encontra em solução: ]CO[2]CO[C 2Fe Fe2 CCO 2 CO T,p a'p 'p K 24,0 8,0' ' 2 2 , CO CO Tp p p K 46 Exemplo-2: • Resolvendo o novo sistema: 2CO 2 CO CO 'p2083,5 8,024,0 'p 'p 2 • Como atm1'p'p 2COCO 01'p2083,5'p 2COCO atm609,0391,01'p 2CO atm391,0'p CO 47 Exemplo-2:• Portanto, 391,0 1 391,0 'p'p 'p N 2COCO CO CO 609,0 1 609,0 'p'p 'p N 2COCO CO CO 2 2 Vol%1,39 Vol%9,60 48 Exemplo-2: • comparando: atm391,0'p;atm609,0'p COCO2 atm385,0p;atm615,0p COCO2 <C>graf. CFe 49 Exemplo-2: • Grafita pura está em equilíbrio com uma mistura de CO e CO2, tal que pCO/pCO2 = 5/8 = 0,635. No caso a temperatura é T e a pressão total é 1 atm. • Imagine um aço carbono (só contém Fe e C em solução) que está em equilíbrio com uma atmosfera de CO e CO2 e que a atividade do C no aço seja de 0,8, na mesma temperatura T e mesma pressão total de 1 atm. • Tarefa-2: O que acontece se o aço carbono for colocado em contato com um ambiente de 1 atm com a composição 20 % de CO e 80 % de CO2? 50 Exemplo-2: • Solução: • Nesse novo ambiente, a atmosfera interagirá com o C dissolvido no Fe até atingir o equilíbrio previsto. Como na nova atmosfera existe menos CO do que o previsto, carbono do Fe será oxidado para aumentar a pressão parcial de CO até o valor de equilíbrio, que é 0,391 atm. • Assim, ocorrerá o fenômeno de descarburização do aço carbono !!! 51 Exemplo-3: • Um gás consistindo de 60,2 % de H2 e 39,8 % de H2O, sob 1 atm de pressão, está em equilíbrio com Fe- a 910 °C. • Na mesma temperatura, a composição do gás em equilíbrio com uma liga Fe-Ni, cuja composição é de NFe (fração molar) igual a 0,721, é igual a 51,9 % de H2 e 48,1 % de H2O. Antes de iniciar o problema, reparem que na mesma temperatura a razão H2/H2O é diferente para a liga e para o Fe-. Por que? 52 Exemplo-3: • Um gás consistindo de 60,2 % de H2 e 39,8 % de H2O, sob 1 atm de pressão, está em equilíbrio com Fe- a 910 °C. • Na mesma temperatura, a composição do gás em equilíbrio com uma liga Fe-Ni, cuja composição é de NFe igual a 0,721, é igual a 51,9 % de H2 e 48,1 % de H2O. • Tarefa-1: calcule a atividade do Fe nessa liga. 53 Exemplo-3: • Resolução: • Hipótese: Os óxidos não são miscíveis • ... do Kubaschewski, para 910 °C (1183 K): FeO]O[ 2 1 Fe 2 mol/cal44350Go1183 54 Exemplo-3: • Para o Ferro puro: • A reação de oxidação é: ]H[FeO]OH[Fe 22 OHFe HFeO 1183,p 2 2 pa pa K OH H OH H 2 2 2 2 p p p1 p1 55 Exemplo-3: • Porém o Fe não é puro, mas está numa solução Fe-Ni e, portanto, a sua atividade é diferente de 1: ]H[FeO]OH[Fe 22NiFe OHFe HFeO 1183,p 2NiFe 2 'pa 'pa K OHFe H OHFe H 2NiFe 2 2NiFe 2 'pa 'p 'pa 'p1 56 Exemplo-3: • Como o valor da constante de equilíbrio não muda, para a mesma temperatura, OHFe H 2NiFe 2 'pa 'p OH H 2 2 p p OHH OHH Fe 22 22 NiFe 'pp p'p a 481,0608,0 392,0519,0 a NiFeFe 481,0602,0 398,0519,0 713,0 57 Exemplo-3: • Tarefa-2: Comente sobre as características da atividade do Fe nessa liga de Fe-Ni. • Resolução: • A concentração de Fe na liga é NFe = 0,721 • A atividade do Fe nessa liga e nessa temperatura é a<Fe>Fe-Ni = 0,713 • Portanto, a<Fe>Fe-Ni < NFe • Desvio levemente negativo !!! 58 Grandezas molares parciais de mistura: o ii M i YYY Grandeza molar parcial do componente i na mistura (solução) Grandeza molar do componente i puro. É a referência! Grandeza molar parcial de mistura, do componente i. É uma variação!!! 59 Grandezas molares parciais de mistura: o ii M i YYY Exemplos: o ii M i VVV o ii M i HHH o ii M i GGG o ii M i SSS 60 Grandezas molares parciais de mistura: M ii M YNY A correspondente grandeza integral de mistura se escreve como já estabelecido anteriormente: MMM S,H,G MMM STHG 1 mol de solução 61 Grandezas molares parciais de mistura: • Interpretação importante: A energia livre molar parcial de mistura do componente i é o trabalho feito no sistema ao se dissolver 1 mol de i em uma grande quantidade de solvente, para um processo de mistura reversível e isotérmico, desprezando- se o trabalho de expansão causado pelo soluto i. 62 Grandezas molares parciais de mistura: • Interpretação importante: A energia livre molar parcial de mistura do componente i é o trabalho feito no sistema ao se dissolver 1 mol de i em uma grande quantidade de solvente, para um processo de mistura reversível e isotérmico, desprezando- se o trabalho de expansão causado pelo soluto i. M iVp 63 Determinação experimental de : • Método-1: • Destilação isotérmica, • Comportamento ideal da fase gasosa: o i io ii p p lnRTGG ialnRT M iG M iG atividade Raoultiana do componente i. 64 Determinação experimental de G: • Método-2: • Transporte reversível e isotérmico de matéria, • Célula galvânica do tipo pilha de concentração: EFzG i M i Metal puro // Cond. iônico (íons do metal) // Metal sol. • Exemplo: (Mg) // (MgCl2, CaCl2) // (Mg-X) )aln(RTGEFz XMgMg M MgMg Determina-se a atividade! metal líq. eletrólito solução met. líq. • Onde: Z = valência F = contsnate de Faraday E = campo elétrico 65 Grandezas molares integrais de mistura: o ii M i VVV * Volume de 1 mol de solução Volume dos componentes no estado padrão (puros) • Exemplo para obter o volume molar integral de mistura, VM, de uma solução binária: 66 Grandezas molares integrais de mistura: • Exemplo para obter o volume molar integral de mistura, VM, de uma solução binária: )VV(N)VV(NV oBBB o AAA M M AV M BV )()( oBB o AABBAA M VNVNVNVNV M BB M AA M VNVNV )(: * o BB o AA M VNVNVVIntegralVolume (Diferença entre o volume de 1 mol da solução e a soma dos volumes das substâncias puras) 67 Grandezas molares integrais de mistura: • Analogamente: M BB M AA o BB o AA *M HNHN)HNHN(HH Entalpia molar integral de mistura ("calor" de formação de 1 mol de solução). Esta é a quantidade de calor liberada ou absorvida pelo sistema quando 1 mol de solução é formado a partir de NA moles de A puro e NB moles de B puro. M BB M AA o BB o AA *M SNSN)SNSN(SS • Também: 68 Grandezas molares integrais de mistura: • ... e ainda: M BB M AA o BB o AA *M GNGN)GNGN(GG Este é o trabalho necessário para formar 1 mol de solução, isoterma e reversivelmente, a partir de NA moles de A puro e NB moles de B puro, desconsiderando o trabalho de expansão. M A M A M A STHG 69 Grandezas molares integrais e parciais: • Conhecendo-se a função ou os pontos experimentais de grandezas integrais, , pode-se obter as correspondentes grandezas parciais, , graficamente !!! MY M BY B M B MM B N H )N1(HH B M B MM B N S )N1(SS B M B MM B N G )N1(GG 70 Grandezas molares integrais e parciais: B M B MM B N H )N1(HH Relembrando o método gráfico !!! 71 Grandezas molares integrais e parciais: B M B MM B N H )N1(HH Sn Cd 72 Grandezas molares integrais e parciais: B M B MM B N H )N1(HH Sn Cd 73 Integração da equação de Gibbs-Duhem: • Basta se determinar experimentalmente a atividade de um dos componentes de uma solução binária. • A atividade do outro componente se obtém com o uso adequado da equação de Gibbs-Duhem. Essa determinação tem de ser em toda a faixa de composições. 0GdNGdN BBAA 74 Integração da equação de Gibbs-Duhem: • Situação isotérmica e isobárica: • Variações infinitesimais de composição num material binário, acarretam variações infinitesimais nas energias livres molares parciais dos constituintes !!! • Lembrando que: o ii M i GGG )aln(RTG i M i M A o A M AA Gd)GG(dGd )a(lnRTd A 75 Integração da equação de Gibbs-Duhem: • A partir da curva completa de aB, em função de NB, calcula-se aA para um certo valor de NA !!! )a(lnRTdGdGd A M AA )a(lnRTdGdGd B M BB 0)a(lnRTdN)a(lnRTdN BBAA )a(lnd N N )a(lnd B A B A AA A AA A NN 1N B A BNN 1N A )a(lnd N N )a(lnd AA A AA A NN 1N B A BNN 1NA )a(lnd N N /aln 76 Integração da equação de Gibbs-Duhem: • Tendo-se as medidas de aB, para os correspondentes valores de NA ou NB realiza-se a integração de um gráfico construído como NB/NA x (-ln(aB)). AA A NN 1N B A B A )a(lnd N N aln 77 Gráfico de NB/NA x -lnaB: Não é possível integrar !?!?!? Assintótico! Assintótico! NA NB NB/NA aB ln(aB) 1 0 0 0 - 0 1 + 1 0 AA A NN 1N B A B A )a(lnd N N aln 78 Gráfico de NB/NA x -lnaB: Uma saída ... AAABBB NaeNa AAA Nlnlnaln AAA Nlndlndalnd 79 Gráfico de NB/NA x -lnB: 0lndNlndN BBAA AA A NN 1N B A B A )(lnd N N ln Assintótico! NA NB NB/NA B ln(B) 1 0 0 B o ln(B o) Problema de integração para NA=0 e NB=1 80 Modificação de Wagner e a função α: Wagner modificou a equação básica: 0lndNlndN BBAA Dividindo por dNB: 0 dN lnd N dN lnd N B B B B A A Integrando e lembrando que NA=1-NB: B )NN(N1N )1N(0N B B B B A Nd dN )(lnd N1 N ln AAAB AB 81 Modificação de Wagner e a função α: B NN 1N 2 B B B B B A Nd )N1( ln ln N1 N ln AA A αB 82 Exemplo para a solução líquida Pb-Cd, 500 °C: B NN 1N 2 B B B B B A Nd )N1( ln ln N1 N ln AA A Cd Cd Cd Pb ln N1 N ln Cd 5,0N 0N 2 Cd Cd Nd )N1( lnCd Cd dNCd = -dNPb; NCd + NPb = 1; NCd = 0,5 83 Exemplo para a solução líquida Pb-Cd, 500 °C: Cd Cd Cd Pb ln N1 N ln Cd 5,0N 0N 2 Cd Cd Nd )N1( lnCd Cd Cd CdPb CdPb Pb ln )N1(N NN ln Pb 5,0N 0N 2 Cd Cd Nd )N1( lnCd Cd 84 Exemplo para a solução líquida Pb-Cd, 500 °C: Cd CdPb CdPb Pb ln )N1(N NN ln Pb 5,0N 1N 2 Cd Cd Nd )N1( lnPb Pb CdCdPbPb NNln Pb 5,0N 1N Cd NdPb Pb Sendo NPb=(1-NCd) 85 Exemplo para a solução líquida Pb-Cd, 500 °C: αCd Pb 5,0N 1N 2 Cd Cd Nd )N1( lnPb Pb 86 Definindo tipos de soluções: Polinômios de Margules, 1895: séries de potência 2 BA Nln 2 AB Nln Porter: α = β Hildebrand Soluções Regulares!!! 2 BA Nln 2 AB Nln Parábolas Só a parcela quadrática! 87 Modelos de Soluções • Solução ideal: a mais simples de todas. • Solução regular: a mais simples das soluções reais. 88 Soluções Ideais Propriedades das soluções ideais: 0VMid Lembrar que isto já é uma diferença!o ii VV 0HMid o ii HH ii M id NlnNRTG MMM TSHG M id M id TSG T G S M idM id ii M id NlnNRS Ideal, ai = Ni Não há alteração de interação química! 89 Soluções Ideais Solução ideal binária: )NlnNNlnN(RTG BBAA M id )NlnNNlnN(RS BBAA M id A M id,A NlnRS B M id,B NlnRS )NlnR(N)NlnR(NS BBAA M id 90 Soluções Reais Sabemos que: i M i alnRTG iii Na ii M i lnRTNlnRTG )alnRT(N)alnRT(NGNGNG BBAA M BB M AA M )NlnNNlnN[(RTG BBAA M )]lnNlnN( BBAA Gid M Desvio 91 Soluções Reais, Excesso Desvio é uma grandeza de excesso !!! )NlnNNlnN[(RTG BBAA M )]lnNlnN( BBAA Gid M Excesso )lnNlnN(RTG BBAA xs Pode ser positivo ou negativo 92 Soluções Reais, Excesso Desvio é uma grandeza de excesso !!! Entropia: M id Mxs SSS )]NlnNNlnN(R[SS BBAA Mxs )NlnNNlnN(RSS BBAA Mxs 93 Soluções Reais, Excesso Desvio é uma grandeza de excesso !!! Entalpia: M id Mxs HHH = 0 Mxs HH 94 Soluções Regulares Hildebrand, 1929: )NlnNNlnN(RSS BBAA M id M 0HM 0: xsSHipótese 2 BA Nln 2 AB Nln )NN(NNRT)lnNlnN(RTG BABABBAA xs BA xs NNRTG 1 95 Soluções Regulares Hildebrand, 1929: BA xs NNRTG T c BA xs NcRNG Qual o problema com esta expressão? VdPSdTdG xs xs S T G Não pode ser solução regular (hipótese)! ≠ 0 Qual a solução? 96 Soluções Reais, Regulares Hildebrand, 1929. Para a Entalpia: M id Mxs GGG M id MMxs GTSHG )TS(TSHG Mid MMxs )SS(THG Mid MMxs xsMxs TSHG = 0 xsM GH BA M NRN'cH Pode ocorrer de c c' 97 Exemplo-5: • A 1600 °C as soluções líquidas de Fe-V apresentam o comportamento de soluções regulares. Sabendo-se que Fe o = V o = 0,18, determine: • a) Os valores de αFe e αV (Wagner): • Solução: • Aplicando-se as propriedades das soluções regulares: 2 VFeFe Nln Fe 2 Fe o Fe 1ln 2 FeVV Nln V 2 V o V 1ln 98 Exemplo-5: • A 1600 °C as soluções líquidas de Fe-V apresentam o comportamento de soluções regulares. Sabendo-se que Fe o = V o = 0,18, determine: • a) Os valores de αFe e αV : • Solução: • Aplicando-se as propriedades das soluções regulares: VFe o V o Fe 715,1)18,0ln(lnln Constante para qualquer concentração! 99 Exemplo-5: • A 1600 °C as soluções líquidas de Fe-V apresentam o comportamento de soluções regulares. Sabendo-se que Fe o = V o = 0,18, determine: • b) Calcule os valores para Fe e V para as concentrações de NFe = 0,05; 0,10; 0,20; 0,40; 0,50; 0,60; 0,80 e 0,90. • Solução: 2 FeFe 2 VFeFe)N1(Nln 2 VV 2 FeVV )N1(Nln 100 Exemplo-5: • Primeiras linhas da tabela: 715,1 NFe NV 2 lnFe Fe aFe 0,00 1,000 -1,715 0,180 0,000 Fe o 101 Exemplo-5: • Primeiras linhas da tabela: NFe NV 2 lnFe Fe aFe 0,00 1,000 -1,715 0,180 0,000 0,05 0,903 -1,548 0,213 0,011 0,10 0,810 -1,389 0,249 0,025 0,20 0,640 -1,098 0,334 0,067 715,1 102 Exemplo-5: • Primeiras linhas da tabela: NFe NV 2 lnFe Fe aFe 0,00 1,000 -1,715 0,180 0,000 0,05 0,903 -1,548 0,213 0,011 0,10 0,810 -1,389 0,249 0,025 0,20 0,640 -1,098 0,334 0,067 0,95 0,003 -0,004 0,996 0,946 1,00 0,000 0,000 1,000 1,000 715,1 000,1a180,0Fe Fe o Desvio negativo !!! 103 Exemplo-5: • A 1600 °C as soluções líquidas de Fe-V apresentam o comportamento de soluções regulares. Sabendo-se que Fe o = V o = 0,18, determine: • c) Calcular os valores GM, SM e HM para a solução de composição NFe = 0,70. • Solução: NFe NV 2 lnFe Fe aFe 0,70 0,090 -0,154 0,857 0,600 104 Exemplo-5: • A 1600 °C as soluções líquidas de Fe-V apresentam o comportamento de soluções regulares. Sabendo-se que Fe o = V o = 0,18, determine: • c) Calcular os valores GM, SM e HM para a solução de composição NFe = 0,70. • Solução: sendo a solução regular, )NlnNNlnN(RSS VVFeFe M id M )30,0ln30,070,0ln70,0(RSS Mid M molK/cal213,1SS Mid M 105 Exemplo-5: • A 1600 °C as soluções líquidas de Fe-V apresentam o comportamento de soluções regulares. Sabendo-se que Fe o = V o = 0,18, determine: • c) Calcular os valores GM, SM e HM para a solução de composição NFe = 0,70. • Solução: sendo a solução regular, )alnNalnN(RTG VVFeFe M mol/cal3617GM )130,0ln30,0600,0ln70,0(1873RGM 106 Exemplo-5: • A 1600 °C as soluções líquidas de Fe-V apresentam o comportamento de soluções regulares. Sabendo-se que Fe o = V o = 0,18, determine: • c) Calcular os valores GM, SM e HM para a solução de composição NFe = 0,70. • Solução: sendo a solução regular, M id MxsM GGGH mol/cal1345)2232(3617GH xsM mol/cal2232)3,0ln3,07,0ln7,0(RTGMid 107 Exemplo-5: • Atividade x NFe para Fe-V, 1600°C. A ti vi d ad e 108 Exemplo-6: • Estudando o comportamento das ligas Sn-Pb, líquidas, a 350 °C (623K), foram obtidos os seguintes valores: NPb 0,10 0,20 (cal/mol) 1120 835 HM (cal/mol) 130 220 M SnH • Afirma-se que as soluções são regulares. • a) Determine os valores de MM Sn M Pb SeS,S 109 Exemplo-6: • Para soluções regulares: )NlnNNlnN(RSS SnSnPbPb M id M )NlnR(N)NlnR(NSS SnSnPbPb M id M M SnSn M PbPb M id M SNSNSS Pb M Pb NlnRS Sn M Sn NlnRS 110 Exemplo-6: • Para soluções regulares: NPb 0,10 0,20 (cal/Kmol) 4,575 3,198 (cal/Kmol) 0,209 0,443 SM (cal/Kmol) 0,646 0,994 M SnS M PbS 111 Exemplo-6: • Estudando o comportamento das ligas Sn-Pb, líquidas, a 350 °C, foram obtidos os seguintes valores: NPb 0,10 0,20 (cal/mol) 1120 835 HM (cal/mol) 130 220 M SnH • Afirma-se que as soluções são regulares. • b) Determine os valores de GM e Gxs. 112 Exemplo-6: • Para soluções: MMM TSHG • Para NPb = 0,10 • HM = 130 cal/mol • SM = 0,646 cal/Kmol • GM = 130 - 623∙0,646 = -272,5 cal/mol • Para soluções regulares: Mxs HG 113 Exemplo-6: • Para soluções: MMM TSHG Mxs HG NPb 0,10 0,20 (cal/Kmol) 4,575 3,198 (cal/Kmol) 0,209 0,443 SM (cal/Kmol) 0,646 0,994 GM (cal/mol) -273 -399 Gxs (cal/mol) 130 220 M SnS M PbS 114 Exemplo-6: • Estudando o comportamento das ligas Sn-Pb, líquidas, a 350 °C, foram obtidos os seguintes valores: NPb 0,10 0,20 (cal/mol) 1120 835 HM (cal/mol) 130 220 M SnH • Afirma-se que as soluções são regulares. • c) Calcular o valor da função α dos resultados experimentais. 115 Exemplo-6: • Definição de α: .cte )N1( ln 2 Pb Pb Pb )lnNlnN(RTG SnSnPbPb xs SnSnPbPb xs lnRTNlnRTNG xs SnSn xs PbPb xs GNGNG • Como a solução é regular, "curvas espelho", em NPb=NSn=0,50 → lnPb=lnSn → aPb=aSn 116 Exemplo-6: • Então: )lnNlnN(RTG SnSnPbPb xs Pbln50,0RT2 50,0RT2 )50,0N(G ln Pb xs Pb 226,0 50,0623987,12 330 ln Pb 31,1Pb 66,050,031,1aa SnPb 117 Exemplo-6: • Então: 2 Pb Pb Pb )N1( ln 904,0 )50,0( 226,0 )50,01( 226,0 22Pb
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