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PPBI - A02 - Sensacao Percepcao e Consciencia

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Sensação, percepção e consciência
Linda Davidoff
Ficção ou fato?
Os sentidos fazem registros acurados do mundo que nos cerca.
As pessoas tem cinco capacidades sensoriais.
É necessário dois olhos para perceber profundidade.
Os bebês, em essência, são cegos ao nascer.
A essência da experiência hipnótica é o profundo relaxamento.
VERDADEIRO OU FALSO?
Introdução
“Por que as coisas tem a aparência que têm? Por que elas são aquilo que são? Não, porque nós somos aquilo que somos” (Hurvich & Jameson, 1974, p.88)
Há uma grande diferença entre o que está no mundo e aquilo que experimentamos como estando no mundo.
Percebendo o mundo após cegueira: o caso de S. B.
Percebendo o mundo após cegueira: o caso de S. B.
S.B. (52) quando cego era uma pessoa ativa e inteligente. Andava de bicicleta (com ajuda de um amigo), freqüentemente dispensava a bengala e ocasionalmente se feria. Gostava de fazer coisas com ferramentas simples no quintal de casa e durante a vida inteira tentou imaginar o mundo da visão.
Percebendo o mundo após cegueira: o caso de S. B.
Após 51 anos de cegueira, a visão de S.B. Foi restaurada por meio de cirurgia. Quando as bandagens foram removidas, S.B. ouviu a voz do cirurgião, mas ao se voltar para ele, viu apenas um borrão. Imaginou que fosse um rosto, mas não viu logo de cara o mundo como nós vemos quando abrimos os olhos.
Percebendo o mundo após cegueira: o caso de S. B.
Mas, em poucos dias S.B. podia usar os olhos com alguma eficácia: caminhar pelos corredores do hospital sem tatear, levantar-se ao amanhecer e observar os carros da janela.
Tentamos descobrir o que era o mundo visual de S.B. fazendo-lhe perguntas e aplicando testes perceptivos simples.
Percebendo o mundo após cegueira: o caso de S. B.
Mas, em poucos dias S.B. podia usar os olhos com alguma eficácia: caminhar pelos corredores do hospital sem tatear, levantar-se ao amanhecer e observar os carros da janela.
Tentamos descobrir o que era o mundo visual de S.B. fazendo-lhe perguntas e aplicando testes perceptivos simples.
Percebendo o mundo após cegueira: o caso de S. B.
A depressão em casos como esse é comum e parece ser causada, em parte, pelo ato de dar-se conta daquilo que foi perdido durante os anos de cegueira (em termos de experiências não só visuais).
Observações de casos como esse sugerem que habilidades perceptivas precisam ser aprendidas.
Os dados enviados aos inputs precisam de reordenação para que a informação se torne inteligível.
Percebendo o mundo após cegueira: o caso de S. B.
Sensação – processo de coleta de informações sobre o meio ambiente.
Percepção – processo cognitivo de organização e interpretação dos dados sensoriais, para desenvolver a consciência do meio e de nós mesmos.
Kaspar Hauser????
Natureza da Percepção
A percepção é o ponto onde cognição e realidade encontram-se.
É a atividade cognitiva mais básica, da qual surgem todas as outras.
Depende tanto do meio ambiente como do sujeito da percepção (habilidades construtivas, fisiologia e experiências).
Natureza da Percepção
Habilidades construtivas: 
operações cognitivas que ocupam lugar de destaque na percepção (ex: cachorro cochilando / barulho repentino);
Nestas habilidades, o sujeito reúne informações acerca de dados ambientais que levam a novas observações. Deste modo, passa a “construir” uma percepção clara sobre o que está ocorrendo. (Precisamos de indícios para ter clareza sobre o que ocorre no meio, isso dá início ao ciclo)
A percepção enquanto um processo de testar hipóteses torna-se particularmente clara quando nos vemos diante de ambigüidades ou situações que podem ser interpretadas de variadas formas.
Fonte: http://www.mcescher.com/
Fonte: http://www.mcescher.com/
Fonte: http://www.mcescher.com/
Fonte: http://www.mcescher.com/
Fonte: http://www.mcescher.com/
Natureza da Percepção
Fisiologia (aparelho sensorial): 
Animais diferentes vivem em mundos extremamente diferentes porque seus aparelhos perceptivos variam muito – ou vice-versa. (ex: morcego & som; cão & olfato)
Até os membros de uma mesma espécie têm percepções diferentes. 
A base fisiológica contará mais na análise quando de alguma forma faltar ao sujeito da percepção.
Natureza da Percepção
Experiência: 
A percepção depende também do ponto de fixação da pessoa. As experiências criam expectativas e motivos.
Tendemos a perceber aquilo que de algum modo será relevante para o sujeito da percepção.
Existe a noção de que a percepção é o agente responsável pelo processo de atenção.
Atenção
Abertura seletiva a uma pequena porção de fenômenos sensoriais incidentes.
Seria um aspecto da percepção, pois percepção requer seletividade; ou um filtro de informações, uma capacidade distinta. 
Não somos passivos frente a estimulação externa.
Estudos com movimentos dos olhos;
Ler;
Estudos de atenção dividida (dirigir e etc; digitar e etc)
Fonte: http://www.novomilenio.inf.br/ano97/9712afu1.htm - A Tribuna de Santos
Medindo a atenção pelo movimento ocular 
                                                                        
Repare, nas páginas do jornal, a disposição de textos e imagens: ela segue basicamente um padrão referido pela forma como o leitor vê a página. A pessoa normalmente vê primeiro o que está no canto superior esquerdo, atravessando a página em diagonal para o canto inferior direito, passando ao canto inferior esquerdo e subindo então em diagonal para o canto superior esquerdo. É um condicionamento cultural (e que vale para a leitura de livros ou visualização de uma tela de computador ou cinema): no Oriente, a disposição dos elementos da página segue outros padrões.  
Fonte: http://www.novomilenio.inf.br/ano97/9712afu1.htm - A Tribuna de Santos
Fatores que atraem a Atenção
Normalmente atentamos mais ao ambiente externo que ao interno;
Focalizamos as informações mais significativas (contornos);
Os dados informativos costumas ser novos, inesperados, intensos ou mutantes;
Necessidades, interesses e valores também influenciam a atenção.
VALOR DE SOBREVIVÊNCIA
Fatores que atraem a Atenção
Paramos de atentar para experiências repetitivas ou conhecidas (ex: ventilador, quadro, dirigir).
Atenção, percepção e tomada de consciência
As pessoas podem perceber sem atentar ou tomar consciência. (Ex: técnica de audição seletiva – palavras associadas aos choques – aumento da frequência do uso de pronomes reforçados, PAG - 145).
“Ter atenção é comportar-se sob determinado controle de estímulos” (Moreira & Medeiros, 2007).
Desatenção e Ações Automáticas
Desatenção e automatismo são estratégias do nosso cérebro para reduzir o investimento cognitivo em situação corriqueiras.
Referem-se aos erros comuns, aos lapsos de ação.
	Errar ou esquecer um caminho, uma compra, uma tarefa.
Para desempenhar ações complexas ou complicadas formulamos um plano com sub tarefas. Quando se faz algo muitas vezes, os sub-componentes da realização da tarefa parecem ser executados automaticamente.
Desatenção e Ações Automáticas
 
Os lapsos surgem quando vários planos estão ativos, competindo pelo controle.
Em alguns momentos monitoramos nosso comportamento para checar a produção dos lapsos, fazendo verificações.
Ficamos sob controle de partes e dimensões dos estímulos mais do que outras.
Skinner (1976) diz que “uma pessoa não é um espectador indiferente a absorver o mundo como 
	esponja”
Análise do comportamento
Contrapondo a concepção tradicional:
	“... uma vez que se assuma que a percepção é um comptº operante, assume-se que a mesma envolve ação em relação ao ambiente. Assim [..] o estudo da percepção não deve ser reduzido ao estudo das estruturas dos órgãos dos sentidos ou ao estudo da forma ou estrutura dos estímulos” (SÉRIO et al, 2004).
Erros perceptivos
Uma pessoa vê uma coisa como alguma outra coisa quando a probabilidade de ver esta é grande e o controle exercido pela outra é pequeno (Skinner, 2003).
Operações Sensoriais
São 11 sentidos humanos
completamente distintos já catalogados:
Sentidos Químicos: 
1. Paladar / 2. Olfato
Sentidos de Posição:
3. Cinestésico / 4. Vestibular
Sentidos Dérmicos:
5. Contato / 6. Pressão / 7. Calor / 8. Frio / 9. Dor
10. Audição
11. Visão
Operações Sensoriais
Os sentidos desempenham 4 papéis da percepção:
DETECÇÃO (Input)
TRANSDUÇÃO
TRANSMISSÃO
PROCESSAMENTO DE INFORMAÇÕES
Operações Sensoriais
DETECÇÃO
Elemento receptor de cada sentido; células responsivas a um tipo (ou mais) de energia em uma estreita faixa de estímulos (ex; vibrações de ar na audição; energia eletromagnética para os olhos).
As células receptivas podem receber informações de naturezas distintas ao mesmo tempo.
Operações Sensoriais
TRANSDUÇÃO e TRANSMISSÃO
Receptores convertem (transduzem) energia de uma forma para outra – sinais eletroquímicos que agem sobre o sistema nervoso transmitindo informações sobre os estímulos. (MOSTRAR VÍDEO DO CASTELO)
Operações Sensoriais
PROCESSAMENTO DE INFORMAÇÕES
Receptores e cérebro processam informações sensoriais. Em organismos relativamente simples – rãs, por exemplo – os receptores são encarregados de grande parcela do trabalho. Em animais complexos, o cérebro processa uma parte muito maior da carga.
Peixes praticamente não processam informações recebidas a nível cerebral.
Sentidos Químicos
O paladar e o olfato recebem informações que ajudam os animais a distinguir as substâncias químicas benéficas das prejudiciais. São sistemas sensoriais intimamente ligados. No caso de resfriado ou alergia, se o seu nariz estiver entupido, você não pode sentir cheiros, então a comida perde o sabor. Muito daquilo que chamamos de paladar é na verdade olfato.
Sentidos Químicos
Diferenças entre paladar e olfato:
Localização dos receptores:
PALADAR: boca e garganta
OLFATO: nariz
Tipos de substâncias químicas que ativam os receptores.
PALADAR: substâncias químicas solúveis na saliva
OLFATO: substâncias químicas suspensas no ar e solúveis em água ou gordura
Paladar
As sensações palatais são influenciadas também por dados recebidos por outros sistemas sensoriais. Ex: temperatura e sensibilidade ao sal; textura da melancia; corante natural marrom na gelatina; pimenta vermelha e receptores de dor).
O sistema gustativo parece concentrar-se na mudança de estimulação (novamente: valor de sobrevivência). Exposição repetida = menos paladar. Concentração em estímulos novos.
Olfato
Há numerosos métodos de classificação de cheiros, porém nenhum deles foi universalmente aceito. Sensações olfativas como fragrante (ex: rosa), pútrido (ex: ovo podre) e picante (canela), já foram identificadas. Quando pesquisadores tentam correlacionar estrutura química com odor, encontram muitas inconsistências.
Olfato
O sistema olfativo é muito sensível; com freqüência respondemos a níveis espantosamente baixos das substâncias químicas das quais sentimos o cheiro. Acredita-se que um único receptor (bastonete olfativo) possa ser ativado por uma única molécula.
Olfato
O olfato depende da hora do dia. Somos mais sensíveis antes que depois do almoço, por exemplo. O olfato depende também de outros odores eventualmente presentes. Por vezes, um cheiro neutraliza o outro. Tente cheirar um rosa e uma cebola.
O olfato é considerado o sentido humano menos importante. O ser humano parece não localizar bem os odores e talvez a função mais útil do olfato seja tornar agradável o ato de comer.
Olfato
Os cães tem 30 vezes mais tecidos sensoriais olfativos do que o ser humano 
Sentidos de Posição
CINESTÉSICO: informa-nos do posicionamento relativo das partes do corpo durante os movimentos. Se você fechar os olhos e encolher os dedos, o sentido cinestésico o torna consciente do movimento. (Zasetsky?)
VESTIBULAR: fornece informações sobre o movimento e a orientação da cabeça e do corpo em relação à Terra conforme as pessoas movimentam-se sozinhas ou em veículos. Essas informações inconscientes ajudam a manter a postura ereta.
Sentidos Cutâneos – contato / pressão / frio / calor / dor
A sensação não é contínua na superfície da pele, mas sim localizada em pontos específicos, que por sua vez não são igualmente responsivos à pressão, contato, frio, calor e dor. (ex: estudos com a grade)
A sensibilidade cutânea é particularmente mais intensa nas partes do corpo que exploram mais diretamente o mundo que nos cerca: mãos e dedos, lábios e língua.
“Tato”
Fonte: Folha Online
Sentidos Cutâneos –dor
Mutação explica insensibilidade à dor (13/12/2006) – Ciência Hoje
Uma família do norte do Paquistão que tem integrantes completamente insensíveis à dor está ajudando a ciência a entender melhor os mecanismos dessa sensação no corpo humano. Após analisar seis indivíduos que manifestam essa condição raríssima, a equipe do geneticista James Cox, da Universidade de Cambridge (Inglaterra), constatou que todos eles apresentavam mutações no gene SCN9A, que já se sabia estar associado à percepção da dor. Os cientistas mostraram que as mutações provocam a perda de funcionalidade de um canal iônico presente na membrana dos neurônios envolvidos na condução do estímulo doloroso até o cérebro. Sem o funcionamento desse canal, os portadores das mutações não sentem qualquer tipo de dor, embora sejam sensíveis a outros estímulos. Em artigo publicado na Nature desta semana, a equipe sugere que a descoberta abre a porta para a criação de analgésicos que bloqueiem a atividade do canal iônico, com menos efeitos colaterais do que as drogas atuais. 
Sentidos Cutâneos – dor
Os receptores de dor (nociceptores) parecem responder a vários tipos de estímulos nocivos: cortes, queimaduras, substâncias químicas liberadas quando o tecido é lesado e circulação sangüínea inadequada.
Sentidos Cutâneos – dor
a dor é um aviso, um alarme para o organismo;
crianças tem boa tolerância à dor;
a dor é o sintoma clínico mais comum entre os pacientes (75%);
expressão da dor sofre influência cultural.
Sentidos Cutâneos – dor
limiar fisiológico: ponto em que o indivíduo reconhece um estímulo como doloroso.
limiar de tolerância: ponto em que o estímulo alcança tal intesidade que não mais pode ser tolerado.
resistência à dor: amplitude de estimulação dolorosa a qual o indivíduo pode aceitavelmente resistir.
Audição
Estima-se que podemos discriminar em torno de 400.000 sons distintos. Nossa faixa de discriminação é imensa e somos aptos a localizar a fonte dos sons. Em alguns indivíduos (músicos e pessoas cegas), a percepção auditiva pode ser refinada a um grau impressionante.
Audição
Audição
O grande maestro Arturo Toscanini podia detectar uma única nota musical errada com a orquestra inteira tocando, mesmo durante o primeiro ensaio de uma peça contemporânea.
Visão
Pelo fato de dependermos demasiadamente da visão para obtermos informações do meio ambiente, ela é geralmente considerada o sentido humano predominante. A capacidade de ver depende de células especiais nos olhos que respondem a ondas luminosas.
Visão
Imagens retinianas versus percepção visual
As imagens daquilo que nos cerca são focalizadas na retina de cabeça para baixo e invertidas da direita para esquerda. Além disso, o tamanho da imagem retiniana está relacionado com a distância do objeto correspondente: quanto mais distante o objeto, menor a imagem.
Imagens retinianas versus percepção visual
As imagens retinianas tem diversas características curiosas. Nossas representações do mundo tridimensional são bidimensionais. As imagens da retina são quase ovais e borradas nos contornos. Linhas retas tornam-se curvadas. O próprio nariz obstrui o campo visual, porém você não o vê, a não ser que se concentre nele. A imagem retiniana, em resumo, difere muito daquilo que percebemos.
Imagens retinianas versus percepção visual
Como passamos dessas imagens para a percepção aguçada e precisa? Ao que parece, estamos continuamente organizando os
dados transportados pelos receptores. O processo é tão rápido e automático que não temos consciência dele. 
Cronologia dos sentidos
Cronologia dos sentidos
Percepção de objetos
Como convertemos as imagens distorcidas e borradas em representações distintas dos objetos? Dentre os primeiros a demonstrar interesse por esta questão estavam os psicólogos gestálticos.
Gestalt
Gestalt é um termo alemão de difícil tradução. O termo mais próximo em português seria forma ou configuração, que não é utilizado, por não corresponder exatamente ao seu real significado em Psicologia. Max Wertheimer (1880-1943), Wolfgang Kõhler (1887-1967) e Kurt Koffka (1886-1941), baseados nos estudos psicofísicos que relacionaram a forma e sua percepção, construíram a base de uma teoria eminentemente psicológica. 
Bock, A. M. B., Furtado, O. & Teixeira, M. L. T. (2002). Psicologias: uma introdução ao estudo de psicologia.
Gestalt
Eles iniciaram seus estudos pela percepção e sensação do movimento. Os gestaltistas estavam preocupados em compreender quais os processos psicológicos envolvidos na ilusão de ótica, quando o estímulo físico é percebido pelo sujeito como uma forma diferente da que ele tem na realidade.
Bock, A. M. B., Furtado, O. & Teixeira, M. L. T. (2002). Psicologias: uma introdução ao estudo de psicologia.
Gestalt
É o caso do cinema. Quem já viu uma fita cinematográfica sabe que ela é composta de fotogramas estáticos. O movimento que vemos na tela é uma ilusão de ótica causada pela pós-imagem retiana (a imagem demora um pouco para se "apagar" em nossa retina). Como a ótica causada pelas imagens vão -se sobrepondo em nossa retina, temos a sensação de movimento. Mas o que de fato está na tela é uma fotografia estática, retiniana.
Bock, A. M. B., Furtado, O. & Teixeira, M. L. T. (2002). Psicologias: uma introdução ao estudo de psicologia.
Gestalt
A percepção é o ponto de partida e também um dos temas centrais dessa teoria. Para os gestaltistas, entre o estímulo que o meio fornece e a resposta do indivíduo, encontra-se o processo de percepção. O que o indivíduo percebe e como percebe dos importantes para a compreensão do comportamento.
Bock, A. M. B., Furtado, O. & Teixeira, M. L. T. (2002). Psicologias: uma introdução ao estudo de psicologia.
Gestalt
Lei básica da percepção visual:
“qualquer padrão de estímulo tende a ser visto de tal modo que a estrutura resultante é tão simples quanto as condições dadas permitem.” 
Gestalt – qualidade da forma
Na figura você vê um triângulo formado por pontos. A propriedade triângulo, uma qualidade da forma, perde-se se você examinar cada ponto separadamente.
Gestalt – qualidade da forma
Pense em uma canção. Você só reconhece a canção se a apresentação das notas seguir um padrão. As notas em si não importam, se forem, por exemplo, apresentadas com longas pausas.
Gestalt – qualidade da forma
Os psicólogos da gestalt dedicaram-se a descobrir leis que regem a organização de totalidades. Identificaram mais de uma centena de leis que regem a percepção de objetos. Exemplos:
Figura e fundo
Constância
Agrupamento
Gestalt – Figura e Fundo
Antes mesmo de perguntar o que um objeto é, precisamos separá-lo de seu segundo plano. Isso é algo que nossos sentidos perceptivos fazem (e parece largamente inato) e não algo que existe no mundo. O mesmo objeto pode ser interpretado como figura ou fundo, depende de como você direciona sua atenção. Exemplos: figuras reversíveis e objetos camuflados.
Gestalt – Figura e Fundo
Gestalt – Figura e Fundo
Gestalt – Figura e Fundo
Gestalt – Figura e Fundo
Gestalt – Figura e Fundo
Gestalt – Figura e Fundo
Gestalt – Figura e Fundo
Gestalt – Constância
Percebemos os objetos como tendo propriedades constantes. Uma mulher não parece encolher enquanto se afasta. Há numerosas teorias sobre como ocorre a constância. Acredita-se que as pessoas usam conhecimentos provenientes de experiências passadas, sem fazer qualquer esforço ou ter consciência, para completar as imagens que a retina registra.
Gestalt – Agrupamento
Um dos aspectos da percepção de objetos envolve separar agrupamentos de elementos e tratá-los como uma unidade. Sempre há maneiras alternativas de agrupar elementos separados. A maneira pela qual agrupamos depende das propriedades dos elementos e de como estão dispostos.
Gestalt – Agrupamento
Tipos de agrupamentos:
Similaridade;
Proximidade;
Simetria;
Continuidade;
Fechamento.
Gestalt – Agrupamento
Similaridade: elementos similares são vistos como agrupados.
Gestalt – Agrupamento
Similaridade:
Fonte: http://www.dfisica.ubi.pt
Gestalt – Agrupamento
Proximidade – elementos visuais próximos são vistos como um todo.
Gestalt – Agrupamento
Proximidade
Gestalt – Agrupamento
Simetria – elementos visuais que compõem formas regulares simples e bem equilibradas são vistos como um todo.
Gestalt – Agrupamento
Continuidade – elementos que permitem que linhas, curvas ou movimentos continuem em uma direção já estabelecida tendem a ser agrupados.
Gestalt – Agrupamento
Fechamento – objetos incompletos são normalmente preenchidos e vistos como completos.
Percepção de cores
Um adulto com visão normal de cor pode distinguir mais de 7 milhões de cores diferentes. Todas as cores que os humanos vêem podem ser descritas em termos de 3 propriedades:
Tonalidade;
Saturação;
Brilho.
Percepção de cores
Tonalidade: corresponde aproximadamente ao termo cor, como a maioria das pessoas usa. Quatro tonalidades básicas são freqüentemente usadas como pontos de referência: azul, verde amarelo e vermelho.
Percepção de cores
Saturação: é a pureza de uma tonalidade em termos do quanto uma tonalidade parece desbotada ou pálida como resultado de sua mistura com a luz branca.
Percepção de cores
Brilho: relacionado a intensidade das ondas luminosas (ligada à amplitude máxima de uma onda).
Percepção de cores
Universalidade da percepção de cores: no mundo inteiro, seres humanos percebem as cores exatamente igual. Berlin e Kay (1969) pediram a pessoas de 20 culturas diferentes para apontar o melhor exemplo de 11 tonalidades básicas dentre 320 fichas coloridas. A escolha das fichas que melhor exemplificavam preto, branco, vermelho, amarelo, verde, azul e marrom foi idêntica entre os participantes.
Bases fisiológicas da percepção de cores
Imagem persistente de cores:
Bases fisiológicas da percepção de cores
Cegueira para as cores: em cada 100 homens, 7 demonstram ter dificuldade para perceber tonalidades, enquanto somente 1 em cada 1000 mulheres demonstra essa dificuldade. A total cegueira para cores (ver o mundo em tons de cinza) é muito rara. Já a confusão entre vermelho e verde é muito comum.
Bases fisiológicas da percepção de cores
Cegueira para as cores:
Percepção de profundidade
Se a retina registra as imagens em duas dimensões, como conseguimos ver profundidade? Os cientistas descobriram que usamos indicadores de profundidade binoculares (ambos olhos) e monoculares.
Indicadores de profundidade binoculares
Indicadores de profundidade binoculares: cada retina registra uma imagem visual ligeiramente diferente. O olho esquerdo vê mais o lado esquerdo dos objetos e vive-versa. O cérebro funde as duas imagens numa única representação tridimensional.
Indicadores de profundidade monoculares
Tamanho familiar (constância de tamanho)
Perspectiva linear (convergência paralela)
Luz e sombra
Gradiente de textura
Perspectiva aérea
Interposição
Magritte – Les promenades d’Euclide
"Falsa Perspectiva", uma gravura de 1754 por William Hogarth.
Desenvolvimento Visual
Bebês vêem com mais clareza aquilo que está de 20 a 30 cm dos olhos, mas sua visão de modo geral é indistinta. Leva aprox. 8 meses para atingirem a acuidade visual do nível adulto. Até o 2o mês de vida, vêem provavelmente apenas sombras de cinza, preto e branco.
Desenvolvimento Visual
Recém nascidos vêem objetos desde o início e tem preferências visuais. Rostos humanos
são particularmente atrativos, tornando o bebê social e aumentando a probabilidade de ser cuidado. Outra característica ligada ao valor de sobrevivência é atração dos bebês por contornos e movimentos, o que facilitaria a aprendizagem, guiando para informações importantes.
Desenvolvimento Visual
A visão humana é mais vulnerável durante os primeiros 6 anos – experiências sensoriais e motoras são essenciais ao desenvolvimento visual normal. Ex: 
Estudo de Blakemore & Cooper (1970) com os gatos e listras verticais e horizontais.
Estudo de Held e Hein (1963) com os gatos e controle do movimento.
Adaptações perceptuais
A percepção permanece flexível durante toda a vida e sofre influência de inputs sensoriais e estados psicológicos:
Privação Sensorial (ex: estudo de Hebb) – ambientes sensoriais monótonos;
Adaptação a input sensorial distorcido (ex: cinema; estudo de Stratton com óculos invertidos);
Estados psicológicos (ex: motivos, objetivos, emoções, interesses, expectativas).
Percepção Extra-sensorial
Hansel alerta as pessoas no sentido de elas não pressuporem que a PES é a explicação apropriada para algum evento até que tenham considerado 5 outras possibilidades:
Informações não confiáveis;
Acaso;
Inferência racional;
Percepção sensorial aguda;
Fraude.
Percepção Extra-sensorial
Investigações de laboratório de Rhine:
Telepatia: habilidade de ler os pensamentos de outros. O cientista escolhia um cartão olhava para ele, e o participante tinha que adivinhar o símbolo.
Percepção Extra-sensorial
Investigações de laboratório de Rhine:
Clarividência: habilidade de ver além dos limites da visão natural. O cientista selecionava um cartão e o colocava voltado para baixo sobre a mesa, sem olhar antes, e o participante tentava adivinhar o símbolo.
Percepção Extra-sensorial
Investigações de laboratório de Rhine:
Precognição: capacidade de prever o futuro. O participante tentava adivinhar o símbolo que apareceria antes do cientista selecionar o cartão.
Psicólogos admitem atualmente que não se provou a inexistência de fenômenos extra-sensoriais embora os dados sejam inconsistentes.
Estados da consciência
Nosso estado de consciência parece variar de acordo com fatores cotidianos como sono, valor de sobrevivência, necessidades fisiológicas, contato com um estímulo.
As pessoas focam em processos conscientes com mais facilidade caso o ambiente seja menos rico em informações.
Outros estados são verificados, o mais importante deles é o sono.
Estados de consciência alterados - Sono
Estágios do sono: 
Estágio 0 – ondas alfa é o início do estado de sono, onde a pessoa inicia o processo de relaxamento do corpo.
Estágio 1 – sono leve: pessoas estão começando a adormecer, sendo fácil acordá-las. É comum a ocorrência de imagens, pensamentos vagos, fragmentos de sonho e sensações de estar flutuando.
Estados de consciência alterados - Sono
Estágios do sono: 
Estágio 2 – sono intermediário: neste estágio a pessoa já está dormindo mais profundamente, porém ainda não é difícil acordá-la. Pode haver alucinações. Durante este estágio é provável a ocorrência de um espasmo mioclônico, uma contração súbita e não coordenada do corpo, acompanhada pela sensação de estar caindo.
Estados de consciência alterados - Sono
Estágios do sono: 
Estágio 3 – sono profundo: os estágios 3 e 4 são os períodos mais repousantes do sono.
Estágio 4 – sono mais profundo: nesse estágio, a pessoa está alheia ao mundo exterior e muito dificilmente acorda. Mas, se houver qualquer irregularidade do sono, probabilidade de surgir é nesse estágio (sonambulismo, falar dormindo, terrores noturnos e enurese).
Estados de consciência alterados - Sono
Estágios do sono: 
Sono REM: os olhos movimentam-se rapidamente sob as pálpebras fechadas. Sonhos vívidos ocorrem nessa fase.
Estados de consciência alterados - Sono
Estados de consciência alterados - hipnose
Para induzir um estado hipnótico, o hipnotizador utiliza sugestões persuasivas, um procedimento chamado de indução hipnótica. Os métodos de indução hipnótica diferem entre si, mas têm uma série de elementos em comum: concentrar-se, desligar-se e abrir mão de seu controle.
Estados de consciência alterados - hipnose
A palavra hipnose vem da palavra grega Hypnos, que significa “sono”, mas o estado hipnótico não se assemelha ao sono. Durante a hipnose as respostas fisiológicas variam, dependendo das sugestões específicas do hipnotizador e da responsividade da pessoa.
Estados de consciência alterados - hipnose
Fenômenos hipnóticos comumente observados:
Perda da espontaneidade;
Seletividade;
Redução do teste da realidade;
Representação de papéis incomuns;
Sugestionabilidade pós-hipnótica;
Amnésia pós-hipnótica.
Estados de consciência alterados - hipnose
Mecanismos subjacentes à hipnose - não sabemos como opera a hipnose as duas principais explicações não são contraditórias e poderiam estar operando em casos diferentes:
Teoria da dissociação (um sistema consciente é ativado enquanto outro deixa de ser dominante)
Teoria do desempenho de papel (sugestionabilidade e instruções motivadoras).
Ficção ou fato?
Os sentidos fazem registros acurados do mundo que nos cerca. FALSO
As pessoas tem cinco capacidades sensoriais. FALSO
É necessário dois olhos para perceber profundidade. FALSO
Os bebês, em essência, são cegos ao nascer. FALSO
A essência da experiência hipnótica é o profundo relaxamento. FALSO

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