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Adin (caso 7) P V

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EXCELENTÍSSIMOS SENHORES MINISTROS DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL.
A CONFEDERAÇÃO NACIONAL DO COMÉRCIO (CNC, ora Autora), entidade de classe de âmbito nacional, legitimada ativa nos termos do art. 103, IX, da CF, vem respeitosamente à presença de Vossas Excelências, por intermédio de seu advogado devidamente qualificado na procuração em anexo, propor:
AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE, COM PEDIDO DE LIMINAR
buscando a declaração de inconstitucionalidade da norma Estadual X oriunda do Estado KWY, que estabelece a obrigatória gratuidade dos estacionamentos privados vinculados a estabelecimentos comerciais, como supermercados, hipermercados e shopping centers, publicada no Diário Oficial do Estado de KWY em 2012.
Isto porque a mencionada norma estadual contraria o disposto no art. 22, I, e afronta também o art. 5º, XXII, ambos da Constituição da República, conforme se verá na continuidade.
I - DA PERTINÊNCIA TEMÁTICA E DA LEGITIMIDADE ATIVA
 É notória a pertinência entre a Autora e o tema desta Ação, visto haver patente relação de causalidade entre a norma impugnada e os objetivos sociais da Autora, quais sejam, a defesa dos interesses das entidades e pessoas jurídicas do comércio.
 Ademais, conforme consagrada jurisprudência desta Suprema Corte, a CNC detém a legitimidade ativa ad causam por comprovado caráter nacional de sua atuação, que "não decorre de mera declaração formal, consubstanciada em seus estatutos ou atos constitutivos", mas que se origina de sua índole espacial, em atuação transregional, com a existência de associados em mais de nove (9) Estados da Federação.
II - DOS FATOS E DO DIREITO
 Através do diploma acima referido, o senhor Governador do Estado KWY e os senhores deputados estaduais promulgaram norma estadual que foge da competência legislativa dos Estados-membros da República Federativa do Brasil, seguindo aquilo estatuído na norma de aplicabilidade imediata do art. 22, inciso I, da Constituição Federal:
Art. 22. Compete privativamente à União legislar sobre:
I - direito civil, comercial, penal, processual, eleitoral, agrário, marítimo, aeronáutico, espacial e do trabalho;
(grifamos)
 Isso porque a retro-mencionada Lei Estadual X estabelece a obrigatória gratuidade dos estacionamentos privados vinculados a estabelecimentos comerciais, como supermercados, hipermercados e shopping centers, em claro atentado ao direito de propriedade (matéria de ordem comercial e civilística, exaustivamente tratada pelo Código Civil Brasileiro, Lei 10.406/2002) garantido na Norma Fundamental brasileira em seu art. 5º, inciso XXII:
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
XXII - é garantido o direito de propriedade;
(grifamos)
III - DA MEDIDA LIMINAR
 Ante o estabelecido no art. Y da Lei Estadual X, que determina multas pelo descumprimento da gratuidade dos estacionamentos em estabelecimentos comerciais, com gradação das punições administrativas, e que delega ao PROCON local a responsabilidade pela fiscalização dos estabelecimentos comerciais relacionados neste instrumento normativo e diante de todo o quadro argumentativo acima, a bem refletir a inconstitucionalidade da aludida norma estadual, a suspensão de sua eficácia em sede liminar cumpre fielmente o princípio geral da cautelaridade, id est, a necessidade erigida do fumus boni iuris e do periculum in mora.
A fumaça do bom direito atrela-se à própria argumentação até aqui expendida, concluindo-se pela inconstitucionalidade da Lei Estadual X frente aos artigos 22, I, e 5º, XXII da Constituição da República.
 O perigo na demora, por seu turno, decorre do risco imposto aos estabelecimentos comerciais sediados no Estado KWY a partir da perspectiva de imediata obrigação de proporcionarem gratuidade em seus estacionamentos e da consequente imposição de punições administrativas, também de forma imediata, pelos órgãos responsáveis pela fiscalização instituídos na Lei Estadual X. Pela incidência de tal dispositivo normativo estadual, serão prejudicados inúmeros (centenas de milhares) estabelecimentos comerciais que são empregadores de enorme quantidade de mão-de-obra, a qual se verá ameaçada por consequentes demissões por conta da elevação do custo à atividade comercial imposto por esta inconstitucional norma estadual. Isso gerará sério gravame à sociedade pela potencial afronta ao consagrado direito de propriedade da qual todo o conjunto da cidadania será vítima.
 Por tudo isso, em conformidade com o que reza o art. 10 da Lei 9868/99, em seu parágrafo 3º, pugna a Autora a Vossas Excelências, em especial ao senhor Ministro-relator, pelo deferimento initio litis e inaudita altera parte da liminar ora requerida, suspendendo-se de pronto a eficácia do dispositivo mencionado em tela.
IV - DOS PEDIDOS
Diante o exposto, requer a Vossas Excelências:
1 - O recebimento da presente, instaurando-se a competente instância constitucional;
2 - A deferimento da liminar para suspensão da eficácia do dispositivo objurgado, na forma acima preconizada;
3 - A intervenção obrigatória da Advocacia-Geral da União, para, querendo, contestar o presente pedido;
4 - A intimação obrigatória do senhor Procurador-Geral da República para acompanhar a presente ADIn e pronunciar-se oportunamente a seu respeito;
5 - A notificação dos interessados, o senhor Governador do Estado e a Assembleia Legislativa de KWY;
6 - Seja julgada procedente a demanda, para decretar-se a inconstitucionalidade da norma enfocada, cassando-lhe em definitivo a eficácia.
VI – DAS PROVAS
 Em que pese tratar-se de questão exclusiva de direito, para qualquer eventualidade protesta-se pela produção de todos os meios de prova juridicamente permitidos, que serão, acaso necessário, oportunamente especificados.
Valor da Causa R$:
.
Nesses Termos,
Pede Deferimento.
Local, data
OAB/RJ xxxx

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