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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DESEMBARGADOR PRESIDENTE DO EGRÉGIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO Impetrante: Cassius Spartacus (OABxxx) Paciente: Matilde Autoridade Coatora: MM Juiz de Direito da 10ª Vara de Família da Capital PEDIDO DE APRECIAÇÃO URGENTE (LIMINAR) O advogado Cassius Spartacus, (qualificação completa), com seu escritório profissional consignado no timbre desta, onde receberá intimações, vem, com o devido respeito à presença de Vossa Excelência, para, sob a égide do art. 5º, inciso LXVIII da Carta magna, impetrar o presente HABEAS CORPUS SUSPENSIVO com pedido de MEDIDA LIMINAR PARA EXPEDIÇÃO DE CONTRAMANDADO DE PRISÃO expedida em favor de Matilde, brasileira, (qualificação completa), ora Paciente, uma vez que se encontra sofrendo constrangimento ilegal por ato do eminente Juiz de Direito da 10ª Vara de Família da Capital, o qual determinou, em ação de execução de alimentos, a prisão civil contra a paciente, sem justa causa, como se verá na exposição fática e de direito, a seguir delineadas: I – CONSIDERAÇÕES SOBRE A PACIENTE A paciente sofre ação de execução de alimentos, na qual responde pela inadimplência dos últimos cinco meses de pensão alimentícia, totalizando a quantia de R$:5.000,00 (cinco mil reais). Cabe salientar que a paciente nunca se recusou a efetuar o pagamento de sua obrigação, ficando inadimplente única e exclusivamente por ter ficado desempregada. Ao ser citada sobre a execução informou a impossibilidade absoluta ao juízo, visto seu status de desempregada, alegando ainda o fato de que a notória crise no país está dificultando sua reinserção no mercado de trabalho. Fato totalmente ignorado pelo juízo que decretou imotivadamente a prisão da paciente por sessenta dias. II – DA ILEGALIDADE DA PRISÃO POR IMPOSSIBILIDADE ABSOLUTA DA PRESTAÇÃO ALIMENTÍCIA É verdade que a legislação vigente possibilita a prisão do alimentando quando o mesmo incorre em inadimplência IMOTIVADA por mais de três meses. Mas o cabe salientar que o caso da paciente não se enquadra, uma vez que sua inadimplência se motivou pela perda de seu emprego. Em conformidade com o preceituado no art. 528, CPC/2015, o executado pode oferecer justificativa de que impossibilite o pagamento do débito, no §2º do mesmo artigo continua prelecionando que a impossibilidade absoluta de adimplir, justificará o adimplemento. Logo, apresentada a impossibilidade absoluta, não há o que se falar em prisão do paciente, sendo a decisão completamente ilegal. III - DO PEDIDO DE “MEDIDA LIMINAR” A leitura por si só da decisão que decretou a prisão civil, demonstra na singeleza de sua redação a sua fragilidade legal e factual. A ilegalidade da prisão se baseia pela ausência de fundamentação no mandado de prisão e completa exclusão de apreciação do art.528, §2º, CPC/2015. Diante dos enfrentamentos expostos no curso da presente, vislumbrado a existência de um direito e o perigo de seu perecimento, face à demora na apreciação, vem requerer a Vossa Excelência, que seja garantido liminarmente o direito de locomoção do paciente, com a expedição de contramandado de prisão. IV – CONCLUSÃO O paciente aguarda julgamento da presente, na certeza da aplicação da aplicação do disposto Constitucional, esperando deste respeitável Tribunal a concessão do Liminar e sua estabilização; o Habeas Corpus Suspensivo impetrado com base no art.5º, LXVII, CF/88, suspendendo a ordem de prisão, sendo ainda a autoridade coatora notificada para que não expeça novo mandado enquanto a paciente encontrar-se desempregada. Nesses termos, pede deferimento. Local, data Cassius Spartacus(OAB/RJxxx)
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