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Resolução de Questionários 
Obra de referência: Introdução à Engenharia, de Marcia Agostini 
 
 
 
Curso: Engenharia Mecânica 
Disciplina: Introdução à engenharia 
Turma: 3017 
Professor: Sérgio Correa 
Equipe de alunos: Nohan Velloso 
 Jhonatan Esteves 
 Miqueias Ramos 
 Sidclay da Cruz. 
 
 
Março/2016 
2 
 
Resolução de Questionários 
 
QUESTIONÁRIO 1.2 
 
1. EM QUE ANO E EM QUE PAÍS DA EUROPA FOI CRIADA A 1ª ESCOLA 
DE ENGENHARIA? 
R: A 1ª escola de engenharia foi fundada na França, no ano de 1747. 
 
2. O QUE ERA A COMPANHIA DE JESUS? 
R: A Companhia de Jesus foi uma ordem religiosa, fundada em 1534, por Santo Inácio 
de Loyola, na Espanha, mas que se espalhou por vários países. Em Portugal e no Brasil, 
a Companhia de Jesus foi, durante muito tempo, a principal responsável pelo sistema de 
ensino. No Brasil, a companhia de Jesus, também ajudou na montagem da infraestrutura 
para colonização, desempenhando ofícios como pedreiros, ferreiros, torneiros, 
carpinteiros ou mesmo construtores navais e cirurgiões. 
 
3. O QUE FORAM AS CORPORAÇÕES DE OFÍCIO? 
R: As corporações de ofício, com origens ligadas à lei romana, eram associações 
voluntárias que reuniam indivíduos de uma mesma profissão e conduziam o ensino 
artesanal, conhecido também como engenharia medieval. 
 
4. POR QUE A ENGENHARIA DO PASSADO, EMBORA NÃO FOSSE AINDA 
UMA PROFISSÃO DE BASE CIENTÍFICA, JÁ ERA, SEM DÚVIDA, UMA 
ATIVIDADE INTERDISCIPLINAR? 
R: Porque desde o início, e até hoje, a maioria dos problemas de engenharia era 
relacionada a fenômenos que, mais tarde passaram a ser estudados cientificamente 
através da física e matemática. Temos ainda que os engenheiros do passado, além de 
discutir técnicas de edificação, muitos deles também eram os responsáveis pela criação 
de diversos equipamentos mecânicos usados nos canteiros de obra. Posteriormente, o 
engenheiro renascentista incorporava a seu trabalho técnico a preocupação artística, 
bem como muitos engenheiros também pintavam e esculpiam. 
 
3 
 
5. EXPLIQUE A DISSEMINAÇÃO DE CONHECIMENTOS APÓS O 
INVENTO DA IMPRENSA DE TIPOS, DE GUTEMBERG. 
R: Imprensa de tipos de móveis, de Gutemberg, foi importante na disseminação do 
conhecimento, pois permitiu a publicação de tratados técnicos de importantes autores da 
antiguidade, a tradução, em vários idiomas europeus, dos textos sobre as máquinas de 
Arquimedes e os estudos de matemáticos de Euclides. Graças a esse invento, também 
tivemos a publicação vários “cadernos de anotações” que reuniam o conhecimento 
prático da época aos comentários dos textos antigos, contribuindo o despertar do 
desenvolvimento da ciência. 
 
6. EXPLIQUE O QUE VEM A SER “REVOLUÇÃO CIENTÍFICA”. 
R: A Revolução Científica surgiu no século XVII e foi o desenvolvimento da ciência, 
dando origem da ciência moderna, através das reflexões teóricas suscitadas pela prática 
da engenharia, onde iniciou uma nova cultura, de racionalidade, baseada no pensamento 
científico e na busca de evidências experimentais. 
 
7. QUAL A IMPORTÂNCIA DO LANÇAMENTO DA ENCICLOPÉDIA, E, 
1745? 
R: A publicação da Enciclopédia foi um marco do esforço em aproximar a ciência da 
solução dos problemas práticos e favoreceu a difusão e popularização dos 
conhecimentos técnicos, científicos e artísticos. 
 
8. O QUE DEVEMOS ENTENDER COMO “ILUMINISMO”? 
R: Devemos entender o Iluminismo como um movimento filosófico, no qual seus 
seguidores eram denominados Jesuítas, que se fundamentava na supremacia da razão 
sobre antigos dogmas e, neste sentido, expandiu a grande transformação cultural, 
também conhecida como Revolução Científica. 
 
9. RESUMA AS CONSEQUÊNCIAS DA EXPULSÃO DOS JESUÍTAS EM 
PORTUGAL, EM 1763? 
R: Após a expulsão dos Jesuítas de Portugal, em 1763, pelo ministro português, 
marquês de Pombal, percebeu-se a falta de professores nas escolas, pois a companhia de 
Jesus controlava o sistema de ensino e a maioria dos padres eram Jesuítas. 
4 
 
QUESTIONÁRIO – 1.3 
 
1. RESUMA O QUE DEVEMOS ENTENDER COMO “REVOLUÇÃO 
INDUSTRUAL”? 
R: A revolução industrial se caracteriza pelas transformações que ocorreram no mundo 
ocidental para o aumento da escala de produção, e foi marcada por inúmeros engenhos e 
tecnologias que modificaram, de maneira drástica, as estruturas produtivas e as relações 
de trabalho. 
 
2. EXPLIQUE O NATURAL SURGIMENTO DAS ENGENHARIAS CIVIL, 
MECÂNICA, QUÍMICA E INDUSTRIAL. 
R: O aumento da população urbana e da complexidade da vida moderna abriu novas 
fronteiras para a engenharia, tais como engenharia civil, mecânica, química e de 
produção. Estas disciplinas foram os primeiros ramos de engenharia a surgir nas 
sociedades industriais. Cada especialidade se relaciona com um conjunto de problemas 
que tem como base uma modalidade específica de conhecimento. Com isso, os estudos 
dos solos e materiais fundamentaram engenheiros civis com relação a resolução de 
problemas na construção de moradias, prédios públicos e comerciais, estabelecimentos 
industriais, e seus sistemas de apoio, tais como saneamento de abastecimento de água. 
Já o engenheiro mecânico se apoia fortemente na física, para projetar máquinas tanto 
para indústria quanto para o comércio, ou mesmo na fabricação de veículos em geral. 
Os engenheiros químicos se aplicaram no domínio da termodinâmica e da mecânica dos 
fluídos para solucionar as questões envolvendo a força motriz pela queima de 
combustíveis fósseis. Enquanto que engenheiro de produção, especializado em ciências 
humanas e sociais, se encarregou responder aos questionamentos do aumento de escala 
da produção, as mudanças de organizações de trabalho, assim como os seus impactos na 
eficiência industrial. Dessa forma, percebe-se que conforme foram surgindo as 
problemáticas sobre cada uma das especialidades de conhecimento científico, tivemos o 
surgimento tais modalidades na engenharia. 
 
 
 
 
5 
 
QUESTIONÁRIO – 1.4 
 
1. RESUMA A EVOLUÇÃO DO ENSINO DA ENGENHARIA NO BRASIL. 
R: A Real Academia de Artilharia, Fortificação e Desenho, que formava engenheiros na 
época da colonização, deu origem ao ensino de engenharia no Brasil, sendo a primeira 
escola de engenharia das 3 américas. Com a chegada da família real portuguesa ao 
Brasil, sucessivas transformações foram implantadas na academia, o que deu origem à 
Escola Militar, hoje instituto Militar de Engenharia (IME), e à Escola Central, formando 
engenheiros civis, originando assim a atual Escola Politécnica da UFRJ. Cabe lembrar 
que até hoje o ensino teórico de ciências naturais, com a matemática e física, são bases 
na formação dos engenheiros no Brasil. Diversas escolas de engenharia foram criadas 
no país, como por exemplo a Escola de Minas e Metalurgia, porém sem a constituição 
de um sistema universitário. Somente em 1920, surge a primeira universidade brasileira, 
a Universidade Nacional do Rio de Janeiro, atual UFRJ, que reuniu as escolas 
Politécnicas, de Medicina e a de Direito, sendo que tal fato deu início a criação de 
outras universidades em diversos estados pelo Brasil. Todavia, o ensino da engenharia 
no Brasil, até o início do século XX, era voltado para formação de profissionais para a 
direção dos sistemas administrativos e de infraestrutura do país, somente a partir da 
década de 1930, através da criação da Universidade de São Paulo, surge a preocupação 
com a formação de pesquisadores. Entretanto, no período de governo do presidente 
Juscelino Kubitscheck (1956-1961) é que ocorreu o crescimento expressivo do número 
de cursos de engenharia, pois para o Brasil crescer era necessário mais do que 
administradores e pesquisadores,seriam necessários engenheiros com diversas 
formações. Nas décadas seguintes, o país passou por época de crescimento econômico, 
como na de 1970, e o conhecido “milagre econômico”, bem como épocas de crise, com 
as décadas de 1980 e 1990 e a hiperinflação, mas mesmo assim, independentemente da 
situação econômica do país, o período de 1960 a 1990 foi de crescimento maciço no 
número de cursos de engenharia. Quando ocorreu a aprovação da lei de Diretrizes e 
Bases, que deu fim ao currículo mínimo, dando maior autonomia às instituições de 
ensino superior ao estabelecerem seus próprios currículos. A promulgação da Lei, em 
um cenário de economia estável, moeda forte e inflação sob controle, fez com que os 
cursos de engenharia fossem direcionados para um crescimento sem precedentes, sendo 
o número de vagas nas universidades púbicas superado pelo número de vagas criadas 
6 
 
em instituição de ensino privadas. No passado, os engenheiros ocupavam os cargos 
executivos do governos e estatais e, neste sentido, há indícios de uma mudança de 
tendência no perfil dos engenheiros, que no passado formavam os quadros executivos 
do governos e estatais, e com o passar dos anos, parte deles foi captada por instituições 
de pesquisa e pela academia. Enquanto isso, outros obtinham oportunidades para seguir 
a carreiras em grandes empresas e até em multinacionais. Podemos então afirmar que 
atualmente uma parcela considerável dos engenheiros egressos atuam em posições 
técnicas e de média gerência, quando absorvidos por empresas privadas, já que, de 
alguma forma, o crescimento atual da engenharia no Brasil é reflexo do sucesso da 
democracia e da diminuição das desigualdades de oportunidades, pois há um número 
expressivo de pessoas conquistando o grau de engenheiro e que são advindos da classe 
média. 
 
2. RESUMA CADA UM DOS “MARCOS HISTÓRICOS” DA EVOLUÇÃO DA 
ENGENHARIA NO BRASIL. 
R: Nos trilhos do progresso do Brasil 
A engenharia possui uma história, marcada por ondas de modernização, que não 
pode ser dissociada das transformações ocorridas a partir do século XIX. O final deste 
século marca o início da época que formou as bases estruturais em que aconteceu o 
intenso processo de modernização, caracterizando o século XX. A riqueza que advinha 
do café, aliada à vinda dos imigrantes europeus foram fatores cruciais para 
reformulação da estrutura produtiva, deixando de ser agrária e escravagista. Dessa 
forma, o café se estabelecendo como principal produto de exportação, temos durante a 
década de 1870 um grande progresso econômico. A necessidade de se escoar o produto 
de maneira mais eficiente, faz com que seja implantada no país, em meados do século, a 
rede ferroviária, através de muitos investimentos. Os trilhos de ferro se espalham pelo 
Sudeste, fazendo a ligação da fazenda com os portos de Santos e Rio Janeiro, de onde o 
café seguiria para os mercados internacionais. O Brasil chega ao fim do século XIX 
com mais de 11 mil quilômetros de estrada de ferro, sendo que esta complexa 
construção envolveu grande quantia de recursos financeiros, maquinário específicos e 
enorme quantidade de mão de obra, tudo sob o gerenciamento de engenheiros. Dessa 
forma, ao final daquele século, o progresso evidenciou uma demanda por engenheiros, 
mesmo com a vinda de profissionais estrangeiros e suas tecnologias importadas. Em 
7 
 
1874, a fundação, em Minas Gerais, da escola de Minas e Metalurgia de Ouro Preto, 
bem como a transformação da Escola Central em Escola Politécnica do Rio de Janeiro, 
que formam engenheiros para as carreiras civis, quebrando o vínculo militar. Assim, até 
1900, temos o surgimento de cinco escolas de engenharia. 
O sucesso da comercialização do café faz surgir a elite social, que com seu poder 
aquisitivo vislumbra o horizonte internacional, tornando-se hábito, dos “Barões do 
café”, encaminhar os filhos para estudar na Europa. Esses jovens, ao retornarem, 
traziam como principal bagagem o sonho de viver conforme a modernidade europeia, 
provocando um impacto fenomenal na urbanização brasileira. As cidades como Rio de 
Janeiro, São Paulo e até mesmo Belém, passaram a ter estações ferroviárias, teatros, 
palacetes, ou mesmo residências, decorados com estilos ecléticos, já que complementos 
de arquitetura pré-fabricados e importados da Inglaterra eram montados no Brasil. Essa 
modernização na decoração nas cidades do Brasil só foi possível com o avanço 
tecnológico da indústria inglesa, que passou a produzir peças de aço em larga escala. 
Com este tipo de arquitetura, conseguia-se as vantagens de agradar da classe nobre, uma 
beleza europeia com baixo custo, e cuja montagem não necessitava de mão de obra 
qualificada. Entretanto, a beleza da arquitetura metalúrgica e a decoração não 
contemplavam todo o ideal de viver bem no brasil, mas também era necessário o 
investimento em ambientes salubres por parte das autoridades engenheiros. 
 
1900 - A soberania dos engenheiros 
Em 1880, é fundado o Clube de Engenharia que exerceu grande influência no 
processo de modernização do Brasil, e pretendia vincular engenharia e progresso 
material. Com marcante presença na construção das ferrovias e na urbanização das 
cidades, os engenheiros que compunham o clube eram professores da escola 
Politécnica. As ações desses homens, já que ainda não havia o acesso das mulheres na 
engenharia, demonstrava o potencial civilizador da engenharia, contribuindo com a 
construção de cidades adequadas às condições de saúde, com sistema de transporte e 
sem deixar a beleza de lado. O Clube realizou o congresso de Engenharia e Indústria no 
ano de 1900, onde se discutiu temas como transporte, urbanização e produção industrial, 
além de garantir um posicionamento destacado para os profissionais de engenharia. 
Com isto, obtiveram o poder para promover, com técnica e ciência, o bem-estar da 
população, e defender a participação dos engenheiros nos principais projetos de 
8 
 
desenvolvimento do país. Quando as oportunidades de trabalho se tornaram escassas, o 
clube de engenharia foi fundamental para a valorização da profissão e para a articulação 
política, pois esta seria o caminho para geração de oportunidades nas grandes obras 
públicas. A concorrência dos engenheiros por influência, com outras profissões, parece 
surtir efeito, já que nas primeiras décadas de 1900, os formados em engenharia 
ocupavam cargos importantes nas administrações públicas dos grandes centros e, no 
cenário de desenvolvimento urbano, a questões políticas, como saneamento, construção 
de sistemas viários, por exemplo, passam a ter respostas técnicas com os engenheiros na 
liderança. Este fato é reforçado, com a gestão da prefeitura do Rio de Janeiro, no 
período de 1900 a 1930, estar sob o comando dos engenheiros Pereira Passo, Paulo de 
Frontin e Carlso Sampaio. Contudo, mesmo com as melhorias funcionais e estéticas, o 
negligenciamento do alojamento social gerou epidemias frequentes, forçando as 
execuções de obras de saneamento, e que teve como resultado a implantação de redes de 
água e esgoto, mas com tratamento da solução de problemas de moradia popular com 
descaso. Os grandiosos projetos de engenharia não tinham como prioridade os mais 
pobres, aglomerados em casebres ou vivendo em casebres improvisados nas encostas 
dos morros, ainda acabavam por serem extirpados, como solução para os impactos 
urbanísticos. 
 
1930 – Elite desenvolvimentista 
Época em que ficou marcada com o nascimento do Brasil moderno, com a 
superação do modelo econômico baseado na exportação de produtos primários e a 
decisão pela industrialização. Este rumo se valeu das condições estruturais geradas pelo 
sucesso do café, pois propicioua formação de uma classe influente, as quais suas 
atividades apoiaram o surgimento da infraestrutura comercial e bancária, com grande 
utilidade para a indústria. A produção industrial cresce sua influência na economia, com 
a contribuição dos setores alimentícios, têxtil e depois, pelos avanços em siderurgia e 
fabricação de cimento. 
Marcada por um espírito nacionalista e pela crença na eficácia do planejamento 
central, o país seguia seu desenvolvimento através da intervenção pelo estado, onde a 
intenção de Getúlio Vargas em fortalecer a indústria nacional sem que o setor 
agroexportador fosse deixado de lado. No esforço para substituir importações, criam-se 
as estatais voltadas para a indústrias de base, tais como a Siderúrgica Nacional (1941), 
9 
 
companhia Vale do Rio Doce (1942) e a Petrobras (1953). Neste contexto, a engenharia 
inicia sua diversificação, já que quando regulamentada em 1933, a profissão de 
engenheiro previa as seguintes modalidades: agrônomo, civil, de minas, eletricista, 
industrial e mecânica. É importante destacar que o desenvolvimento da indústria foi 
marcante no processo de especialização da engenharia, pois a eficiência no desempenho 
das atividades industriais exigia conhecimentos específicos. Com o avanço da 
industrialização, surgem muitas outras modalidades e, desde a indústria de base até a de 
bens de consumo, principalmente a automobilística, muito estimulada pelo governo, 
novas tecnologias exigem competências o engenheiro de formação generalista não 
possuía. As engenharias metalúrgicas, a química, a elétrica, a mecânica e até a e 
produção surgem, e até 1960 já existiam 99 cursos de engenharia pelo Brasil, em 
diversas especialidades e que formou a elite técnica que dirigiria os empreendimentos 
industriais no país. 
 
1990 – Globalização, qualidade E sustentabilidade 
A virada para o século XXI representa o amadurecimento de um país que se 
esforça para modernizar-se, e este período é marcado por grandes avanços na 
consolidação da democracia e na abertura para o mundo tanto econômico quanto 
cultural. Com tecnologias de transporte e comunicação aproximando organizações e 
indivíduos, independente do onde estejam, as mercadorias, serviços e ideias fluem por 
toda parte, através de navios, aviões ou fibra ótica. Dessa forma, o fim da hiperinflação, 
em conjunto com a estabilização demográfica, gera o aumento de poder aquisitivo, 
propiciando as políticas de redistribuição de renda de maneira eficaz e, 
consequentemente, a ascensão de metade da população para classe média até o ano de 
2010. 
Diversas transformações, como a diminuição da taxa de fecundidade para menos 
de 2 filhos por mulher, as cidades habitadas por 80% dos brasileiros e o aumento da 
expectativa de vida para 75 anos, faz com que as condições de vida melhorem. A 
reboque disso, temos o acesso à educação de melhor qualidade, dobrando o número de 
pessoas com nível superior, onde uma parcela seria de engenheiros, já que segundo 
IBGE, pouco mais de 480 mil indivíduos possuíam graduação em algum curso de 
engenharia. Em 2010, das pessoas com nível superior, mais de 6% eram engenheiros. 
10 
 
Esta transformação social gerou um aquecimento considerável nas atividades de 
serviços, por serem sensíveis ao aumento do poder aquisitivo da classe média. Sendo 
assim os engenheiros começam a ir além do canteiro de obra e do chão de fábrica, pois 
sua formação sólida desperta o interesse de bancos, instituições financeiras, consultorias 
gerenciais, bem como empresas de serviço e de varejo, isso em virtude do diferencial do 
engenheiro. 
A modernização do país abriu novos caminhos para o profissional de 
engenharia, porém trouxe também a dimensão do risco ambiental. No ano de 1992, no 
Rio de Janeiro, acontece a Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e 
Desenvolvimento, e com o isso o surge a discussão entre organizações, governo e 
cidadãos sobre questão da sustentabilidade. A preocupação central passou a ser o 
desenvolvimento sustentável, isto é, satisfazer as necessidades da atual geração, sem 
que a capacidade das gerações futuras fosse comprometida. Com isso, cresce o interesse 
na preservação de recursos naturais, controle da poluição e na prevenção de desastres 
ambientais. Estes desafios, colocam todas as modalidades de engenharia à prova, porém 
em maior a engenharia ambiental, já que compreendem melhor a dinâmica do impactos 
e efeitos da atividade de sistemas produtivos no meio ambiente. 
 
2010 – O engenheiro do futuro e o futuro da engenharia 
A engenharia no Brasil sempre refletiu as transformações sociais e econômicas 
do país e, ao longo desse período, os profissionais solucionavam os problemas, com a 
devida adequação ao contexto, através de seu conhecimento, na busca de um lugar 
melhor. Contudo, diante da complexidade do mundo na atualidade, com a integração 
dos mercados em uma grande rede global, transformando a lógica da produção junto 
com o papel do engenheiro. Deste modo, as questões são resolvidas de maneiras mais 
elaboradas e colaborativas, em equipes de especialistas de diversas empresas ou países 
diferentes. Projetos de um novo produto ou processo passa a ser desenvolvido por 
centros de excelência mundiais e especializados. Daí se estabelece uma nova divisão de 
trabalho, com novos padrões de especialização. A elaboração dos produtos e processos 
deve atender as oportunidades de mercados em movimento, restrições da sociedade, 
ambientais e que estejam de acordo com a legislação. Sendo assim, o engenheiro é 
exigido cada vez mais, e para isso precisa desenvolver uma visão sistêmica não somente 
pela formação técnica e científica, como também humanística. No decorrer do tempo, 
11 
 
mesmo com o intenso processo de especialização, que fez com que diversas 
modalidades fossem reconhecidas, em diferentes habilitações ou ênfase, a engenharia de 
produção tornou-se a mais procurada de todas, pois seu viés interdisciplinar e a forte 
formação humanística propiciaram uma tendência de oferta de emprego mais ampla e

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