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Contestação II

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA 2ª VARA CÍVEL DA COMARCA DE BELO HORIZONTE DO ESTADO DE MINAS GERAIS	
Processo nº
	ANITA, brasileira, (estado civil ou existência de união estável), economista, (portadora da carteira de identidade nº...), (expedida pelo...), (inscrita no CPF/MF sob o nº...), (endereço eletrônico), residente e domiciliada em Belo Horizonte/MG, por sua advogada infra-assinada (procuração em anexo), inscrita na OAB/SC pelo número... , com escritório profissional na rua Reverendo Gelson dos Santos Castro, nº 295 na cidade de Florianópolis/SC, onde deverá ser intimada para dar andamento aos atos processuais, nos autos AÇÃO DECLARATÓRIA DE NULIDADE NEGÓCIO JURÍDICO, pelo procedimento comum, movida por ROSA, vem a este juízo, oferecer:
CONTESTAÇÃO,
	para expor e requerer o que se segue:
DA AUDIÊNCIDA DE CONCILIAÇÃO:
	A ré opta pela realização da audiência de conciliação e com isso que comece a correr o prazo para contestar da data da audiência de conciliação.
PRELIMINARES PROCESSUAIS:
Dilatórias: Inexistência
Peremptórias: Inexistência
PRELIMINARES DE MÉRITO:
	Inexistência.
DEFESA DE MÉRITO:
 	Diante da alegação da existência de uma relação extraconjugal com o ex companheiro da autora anterior ao negócio jurídico, nega-se pois a ré sequer o conhecia, só passou a ter contato quando foi realizar o negócio jurídico de compra e venda.	
	Realmente, a ré celebrou contrato de compra e venda do automóvel marca Honda, modelo CV-R, ano 2013 com o ex- companheiro da autora no dia 10 de agosto de 2013 mas não houve simulação alguma pois a ré pagou na celebração do contrato o valor de R$ 75.000,00 (setenta e cinco mil reais) pelo bem móvel, não podendo ser uma doação simulada. 
	A simulação de acordo com o artigo 167 do Código Civil é:
Art. 167. É nulo o negócio jurídico simulado, mas subsistirá o que se dissimulou, se válido for na substância e na forma.
§ 1o Haverá simulação nos negócios jurídicos quando:
I - aparentarem conferir ou transmitir direitos a pessoas diversas daquelas às quais realmente se conferem, ou transmitem;
II - contiverem declaração, confissão, condição ou cláusula não verdadeira;
III - os instrumentos particulares forem antedatados, ou pós-datados.
§ 2o Ressalvam-se os direitos de terceiros de boa-fé em face dos contraentes do negócio jurídico simulado.
	No caso em questão não ocorreu nenhuma das hipóteses de simulação referidas no presente artigo.
	Preleciona Carlos Roberto Gonçalves:
	" Simulação é uma declaração falsa, enganosa, da vontade, visando aparentar negócio jurídico diverso do efetivamente desejado." (GONÇALVES, Carlos Roberto, Direito Civil Brasileiro, volume I - Parte Geral, 12ª edição, São Paulo, editora: Saraiva, 2014, pg. 483.).
	O que não logrou neste caso, pois o negócio jurídico foi perfeitamente celebrado com as solenidades exigidas e com o valor devidamente pago no ato da celebração, ou seja, não houve vontade de dissimular terceiros e nem aparente negócio, só houve uma simples compra e venda.
	O que a autora alega não se procede também pois uma das características da simulação ter um acordo prévio com a outra parte, ou com a pessoa a quem ela se destina, para engana lá, induzindo a pessoa ao erro, o que não aconteceu.
	Não há que se falar em nulidade, pois o negócio jurídico feito pela ré obedeceu as exigências previstas no artigo 104 do Código Civil, que diz:
 		Art. 104. A validade do negócio jurídico requer:
I - agente capaz;
II - objeto lícito, possível, determinado ou determinável;
III - forma prescrita ou não defesa em lei.
	Neste negócio jurídico, o agente é capaz, o objeto obedece a todos os requisitos de validade e foi feita da forma prescrita.
	A autora estava de boa-fé na celebração do negócio jurídico, sendo assim este subsiste.
	Em conformidade a jurisprudência do Tribunal de Justiça de Santa Catarina:
Ementa:
APELAÇÃO CÍVEL. CIVIL. AÇÃO DE ANULAÇÃO DE ATO JURÍDICO. UNIÃO ESTÁVEL. MINUTA DE DISSOLUÇÃO. BENS. - IMPROCEDÊNCIA NA ORIGEM.
BENS. DELIBERAÇÃO. SIMULAÇÃO. DOAÇÃO INOFICIOSA. RECONHECIMENTO. OFENSA À LEGÍTIMA. NULIDADE.
- A simulação consiste em um vício social, de modo a se presumir interesse público em reconhecer a nulidade do negócio jurídico simulado, exceto se sua convalidação no negócio jurídico que se dissimulou for lícita e possível.
- Dá-se a doação inoficiosa se, em minuta de bens em contexto de dissolução de união estável, for considerado bem particular o que é resultado de esforço comum (não demonstrada a sub-rogação), tisnando a legítima.
SENTENÇA REFORMADA. RECURSO PROVIDO. 
( Apelação Cível, Nº 0003386-94.2010.8.24.0082, Quinta Câmara de Direito Civil, Tribunal de Justiça de SC, Relator: Henry Petry Junior, julgado em 19/09/2016)
	Sendo assim, como a ré cumpriu os requisitos de validade do negocio jurídico e estava de boa-fé, o negócio subsiste, mesmo que a intenção do ex companheiro da autora, tenha sido de realizar uma simulação, pois não houve acordo prévio, e a ré não tinha conhecimento da vida deste e nem o conhecia antes de terem uma relação estritamente jurídica.
DOS PEDIDOS:
	Que seja designada a audiência de conciliação, e comece a correr o prazo para contestar da data da audiência de conciliação.
Que seja julgado improcedente o pedido da autora, subsistindo o negócio jurídico de compra e venda.
	A condenação do autor ao ônus da sucumbência (custas judiciais e honorários advocatícios).
DAS PROVAS:
	Requer a produção de todas provas em direito admitidas, na amplitude do artigo 369 e seg. do Código de Processo Civil, em especial a prova documental, testemunhal e depoimento pessoal da autora.
DO VALOR DA CAUSA:
	Dá-se à causa o valor de R$ 75.000,00 (setenta e cinco mil reais).
Pede deferimento dos pedidos.
Florianópolis, 03 de novembro de 2016
__________________________
OAB/SC nº
PROCURAÇÃO:
OUTORGANTE: ANITA, brasileira, (estado civil ou existência de união estável), economista, (portadora da carteira de identidade nº...), (expedida pelo...), (inscrita no CPF/MF sob o nº...), (endereço eletrônico), residente e domiciliada em Belo Horizonte/MG. 
OURTOGADO: Letícia Silva de Moraes, brasileira, solteira, advogada, inscrita na OAB/SC, sob o nº..., e no CPF sob o nº..., residente e domiciliada na cidade de Florianópolis/SC, com escritório na rua Reverendo Gelson dos Santos Castro, 295.
PODERES: pelo presente instrumento o outorgante confere ao outorgado amplos poderes para o foro geral, com cláusula "ad-judicia et extra", em qualquer juízo, instância ou tribunal, podendo propor contra quem de direito, as ações competentes e defende-lo nas contrárias, seguindo umas e outras, até o final decisão, usando os recursos legais e acompanhando-os, conferindo-lhe ainda, poderes especiais para receber citação inicial, confessar, e conhecer a procedência do pedido, desistir, renunciar ao direito sobre que funda a ação, transigir, firmar compromissos ou acordos, receber e dar quitação, podendo agir em juízo ou fora dele, assim como substabelecer a outrem, com ou sem reservas de iguais poderes, para agir em conjunto ou separadamente com o substabelecido.
FINALIDADE: para o fim de propor CONTESTAÇÃO contra AÇÃO DECLARATÓRIA DE NULIDADE NEGÓCIO JURÍDICO.
Florianópolis/SC, dia 03 de novembro de 2016
 _____________________________ 
Anita

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