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Contestação IV 1

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA 6ª VARA CÍVEL DA COMARCA DE SÃO PAULO DO ESTADO DE SÃO PAULO
Processo nº
	MARCELO, brasileiro, solteiro, engenheiro, (portador da carteira de identidade nº...), (expedida pelo...), (inscrita no CPF sob o nº...), (endereço eletrônico), residente e domiciliado em São Paulo/SP, por sua advogada infra-assinada (procuração em anexo), inscrita na OAB/SC pelo número... , com escritório profissional na rua Reverendo Gelson dos Santos Castro, nº 295 na cidade de Florianópolis/SC, onde deverá ser intimada para dar andamento aos atos processuais, nos autos AÇÃO DE COBRANÇA DE COTAS CONDOMINIAIS, pelo procedimento comum, movida por CONDOMÍNIO DO EDIFÍCIO BANDEIRANTES, vem a este juízo, oferecer:
CONTESTAÇÃO,
	para expor e requerer o que se segue:
DA AUDIÊNCIDA DE CONCILIAÇÃO:
	A réu opta pela não realização da audiência de conciliação e com isso que comece a correr o prazo para contestar do protocolo da negativa da audiência.
PRELIMINARES PROCESSUAIS:
Dilatórias: 
	Preliminarmente demonstra a existência da preliminar processual de conexão, prevista no artigo 337, inciso VIII do Código de Processo Civil, pois já corre uma ação na 10ª Vara Cível da Comarca de São Paulo do Estado de São Paulo com a causa de pedir em comum com a presente ação, ocorrendo a conexão, como prevê o artigo 55, caput do Código de Processo Civil. Sendo assim requer nos termos do artigo 55, §1º do CPC c/c 58 e 59 do CPC que a presente ação seja reunida com a ação de consignação em pagamento proposta na 10 ª Vara Cível da Comarca de São Paulo, pois foi distribuída anteriormente tornando prevento este juízo, sendo assim reunidas para julgamento em conjunto.
Peremptórias: 
	Preliminarmente aduz a preliminar processual de ausência de legitimidade prevista no artigo 337, inciso XI do Código de Processo Civil, pois Marcelo vendeu o imóvel objeto da lide para Társio sendo este agora o titular da propriedade e o responsável por ela, não tendo mais o réu propriedade e responsabilidade alguma sobre o imóvel, sendo assim ilegítimo para figurar no polo passivo da ação. A legitimidade recai sobre Társio, brasileiro, solteiro, contador, (portador da carteira de identidade nº...), (expedida pelo...), (inscrita no CPF sob o nº...), (endereço eletrônico), residente e domiciliado em São Paulo/SP. Sendo assim, requer a extinção do processo sem resolução de mérito, nos termos do artigo 485, inciso VI do Código de Processo Civil.
PRELIMINARES DE MÉRITO:
	 Inexistência.
	
DOS FATOS:
	O réu vendeu o seu imóvel, como demonstra a escritura de compra e venda (em anexo), datada de julho de 2012, para Társio, que após a transação foi imitido na posse do imóvel. Társio passou a residi-lo e procedeu com o respectivo registro. Ficando o réu livre de qualquer responsabilidade quanto ao imóvel. Todos os procedimentos foram adotados, e o contrato é válido.
	Conforme a documentação anexada, a cota condominial vence no dia 5 (cinco) de cada mês. Sendo assim, passado este prazo incide-se multa 02%, além de juros de 01% ao mês.
	O comprador, ou seja, Társio, ajuizou uma ação de consignação em pagamento em face do Condomínio do Edifício Bandeirantes , justamente para quitar tais parcelas em atraso. Esta ação esta em curso na 10ª Vara Cível da Comarca de São Paulo do Estado de São Paulo, sendo distribuído o processo anteriormente a esta ação de cobrança de cotas condominiais.
	Em julho de 2012, o réu cauteloso, informou ao síndico do condomínio que iria alienar o bem, o cientificando da compra e venda.
	
DEFESA DE MÉRITO:
 	 O condomínio não pode cobrar tais cotas codominais do réu porque este já não é mais o titular do imóvel. Além disso, todas as solenidades para a validade do negócio jurídico foram adotadas e também o síndico tinha conhecimento da alienação do bem.
	Então, quanto ao fato do réu estar devendo as cotas condominiais dos meses de agosto de 2012 à junho de 2013, nega-se, pois o réu já não é mais o titular do imóvel, desde que o alienou a Társio em julho de 2012, e eles realizaram a escritura de compra e venda, e logo após Társio procedeu com o respectivo registro, como prova-se com a documentação em anexo.
	De acordo com o artigo 104 do Código Civil:
	" A validade do negócio jurídico requer:
I - agente capaz;
II - objeto lícito, possível, determinado ou determinável;
III - forma prescrita ou não defesa em lei."
	Sendo assim, vemos que a todos os requisitos de validade do negocio jurídico foram preenchidos, pois Társio é capaz, o objeto é lícito, possível e determinado, e foi observado a forma prescrita em lei, que para se efetuar a alienação do imóvel, tem que ter o registro, e este foi feito por Társio.
	Em conformidade com o artigo 1.345 do Código Civil:
	"O adquirente de unidade responde pelos débitos do alienante, em relação ao condomínio, inclusive multas e juros moratórios."
	Como Társio, adquiriu a unidade, é ele quem responde aos débitos em relação ao condomínio, pois agora ele é o titular do imóvel (propriedade), respondendo ele pelas cotas condominiais, pois trata-se de uma obrigação propter rem. Além disso as cotas vencidas, foram posteriores a compra e venda do imóvel, sendo Társio o único obrigado a pagá-las.
	Preleciona Roberto Carlos Gonçalves:
	"Obrigação propter rem é a que recai sobre uma pessoa, por força de determinado direito real. Só existe em razão da situação jurídica do obrigado, de titular do domínio ou detentor de determinado coisa." (GONÇALVES, Carlos Roberto, Direito Civil Brasileiro, volume II - Teoria Geral das Obrigações, 11ª edição, São Paulo, editora: Saraiva, 2014, pg. 27).
	Como a propriedade é um direito real (art.1.225, inciso I do CC), Társio ao adquirir e registrar o imóvel, tornou-se proprietário dele e como corolário disto seu titular. Sendo assim ele que responde pelas obrigações decorrentes do imóvel, já que ele é titular do direito real de propriedade, e as cotas condominiais são obrigações propter rem, ou seja, própria da coisa, então quem for o titular ficará responsável pelas obrigações decorrentes da coisa.
	Além disso, as cotas condominiais vencidas, datam depois da alienação do imóvel e seu registro, ou seja, não tem como o réu ser responsável por obrigação alguma decorrente do apartamento (unidade).
	No mesmo sentido aponta o Tribunal de Justiça do Rio grande do Sul:
EMENTA: APELAÇÃO CÍVEL. CONDOMÍNIO. AÇÃO DE COBRANÇA DE COTAS CONDOMINIAIS. ILEGITIMIDADE PASSIVA. OCORRÊNCIA. AÇÃO AJUIZADA EM DESFAVOR DE TERCEIRO E NÃO CONTRA PROPRIETÁRIO REGISTRAL OU OCUPANTE DO IMÓVEL. SENTENÇA MANTIDA. Segundo entendimento doutrinário e jurisprudencial as obrigações decorrentes do condomínio são obrigações de pagar, derivadas da propriedade. São as chamadas obrigações propter rem, que vinculam a dívida à coisa, acompanhando-a em suas mutações subjetivas. Em princípio é o proprietário, aquele cujo nome figura o registro imobiliário, o responsável pelos débitos condominiais(legitimidade ex legis). Caso. Parte autora ajuizou ação de cobrança contra terceira pessoa estranha a relação obrigacional e não contra a proprietária registral ou atual ocupante do imóvel. Ilegitimidade passiva configurada. NEGARAM PROVIMENTO AO APELO. UNÂNIME. (Apelação Cível Nº 70071642367, Décima Sétima Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Giovanni Conti, Julgado em 17/11/2016)
	Sendo assim, como o réu não é mais titular do imóvel, não tem como este ser obrigado a pagar as cotas condominiais, e é parte ilegítima como foi abordado em preliminar nesta peça, para figurar no polo passivo, pois é Társio que é o titular da propriedade. Como já foi dito, de qualquer forma, as cotas condominiais vencidas, datam a partir de agosto de 2012, e o negócio jurídico, foi efetuado em julho de 2012, não tendo o réu mais nenhum tipo de obrigação sobre o imóvel, somente tem esta obrigação o novo titular da unidade, ou seja, Társio. Sendo que o síndico do condomínio foi cientificado da alienação do imóvel, sabendo que o novo titular da unidade éTársio.
DOS PEDIDOS:
	Que seja não seja designada a audiência de conciliação, e comece a correr o prazo para contestar do protocolo da desistência de conciliação.
	Que seja acolhida a preliminar do artigo 337,inciso VIII do Código de Processo Civil, reunindo os processos para julgamento em conjunto, nos termos do artigo 55, §1º do Código de Processo Civil c/c 58 e 59 do CPC.
	Que seja acolhida a preliminar do artigo 337,inciso XI do Código de Processo Civil, extinguindo o processo sem resolução de mérito, nos termos do artigo 485, inciso VI do Código de Processo Civil.
	Que seja julgado improcedente o pedido do autor, reconhecendo a inexistência de dívida de cotas condominiais.
	A condenação do autor ao ônus da sucumbência (custas judiciais e honorários advocatícios).
DAS PROVAS:
	Requer a produção de todas provas em direito admitidas, na amplitude do artigo 369 e seg. do Código de Processo Civil, em especial a prova documental, testemunhal e depoimento pessoal do autor.
Aguarda o deferimento dos pedidos.
Florianópolis, 24 de novembro de 2016
__________________________
OAB/SC nº
PROCURAÇÃO:
OUTORGANTE: MARCELO, brasileiro, solteiro, engenheiro, (portador da carteira de identidade nº...), (expedida pelo...), (inscrita no CPF sob o nº...), (endereço eletrônico), residente e domiciliado em São Paulo/SP.
OURTOGADO: Letícia Silva de Moraes, brasileira, solteira, advogada, inscrita na OAB/SC, sob o nº..., e no CPF sob o nº..., residente e domiciliada na cidade de Florianópolis/SC, com escritório na rua Reverendo Gelson dos Santos Castro, 295.
PODERES: pelo presente instrumento o outorgante confere ao outorgado amplos poderes para o foro geral, com cláusula "ad-judicia et extra", em qualquer juízo, instância ou tribunal, podendo propor contra quem de direito, as ações competentes e defende-lo nas contrárias, seguindo umas e outras, até o final decisão, usando os recursos legais e acompanhando-os, conferindo-lhe ainda, poderes especiais para receber citação inicial, confessar, e conhecer a procedência do pedido, desistir, renunciar ao direito sobre que funda a ação, transigir, firmar compromissos ou acordos, receber e dar quitação, podendo agir em juízo ou fora dele, assim como substabelecer a outrem, com ou sem reservas de iguais poderes, para agir em conjunto ou separadamente com o substabelecido.
FINALIDADE: para o fim de propor CONTESTAÇÃO contra AÇÃO DE COBRANÇA DE COTAS CONDOMINIAIS.
Florianópolis/SC, dia 20 de novembro de 2016
 _____________________________ 
Marcelo

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