Buscar

Direito Recuperacional e falimentar

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 5 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Direito Falimentar e Recuperacional.
Recuperação judicial e falência são institutos diferentes, embora estejam consagradas na mesma lei, diferem-se pelo objetivo à empresa falida e recuperada, entretanto, se comunicam, pois ambos os institutos visam o pagamento dos passivos de uma empresa. 
Recuperação
O primeiro instituto estudado será o da recuperação. A recuperação é o instituto que visa auxiliar a empresa a recuperar-se de uma crise, podendo ela ser política, econômico-financeira ou contábil.
*Crise econômico-financeira: Exacerbação ou diminuição da produção (Ex: empresa que deixa de vender como antigamente).
*Crise contábil: Quando o passivo (dívidas) estiverem maior que os ativos (total de investimentos de uma empresa/caixa)
*Crise política: Entre os sócios. 
Tem por princípio a preservação da fonte produtora, ou seja, visa a preservação da empresa objeto da recuperação. 
A recuperação judicial serve para recuperar a empresa da crise econômico-financeira, superação da crise econômica momentânea, manutenção do emprego e da fonte produtiva.
Não são todas as empresas que poderão requerer a recuperação judicial, a empresa, de acordo com o artigo 47 deve ser sadia. 
Não poderá o recuperado ser falido e, se foi, estejam declaradas extintas, por sentença transitada em julgado, as responsabilidades dela decorrentes; Não ter, há menos de 05 anos, obtido concessão de recuperação judicial; Não ter, há menos de 05 anos, obtido concessão de recuperação judicial com base no plano especial contido em lei e não ter sido condenado ou não ter, administrador judicial ou sócio controlador, pessoa condenada por qualquer crime falimentar. 
O artigo 50 traz hipóteses de reorganização da administração da empresa, do capital social, da redução de passivo e da venda de bens. 
Administrador Judicial: Administrador judicial é o gestor da recuperação judicial, aquele que elaborará o plano de recuperação, deverá agir com diligência, sob pena de responsabilidades civis, poderá ser fixado pelo juiz ou pela empresa, sabe-se que atualmente, existem empresas especializadas em administração judicial. 
Preferencialmente será advogado, administrador de empresa, economista, contador ou PJ especializada. 
Assembleia geral: Assembleia geral será onde os credores se reúnem para deliberar determinados assuntos e interesses da pessoa jurídica em recuperação judicial, que conterá os representantes de cada classe de credores, bem como o administrador judicial.
É o órgão soberano, colegiado e deliberativo da rec.jud e na falência, ou seja, ela quem aprova ou desaprova o plano de falência. 
Comitê de credores: É um órgão de fiscalização das atividades da empresa, é colegiado, consultivo e facultativo, entretanto, é recomendado para casos complexos. 
*É composto por todas as classes de credores, devendo conter representantes das classes trabalhistas, credores com direitos reais de garantia ou privilégios especiais, credores quirografários e credores de microempresas e empresas de pequeno porte.
*O comitê terá as seguintes atribuições: a) fiscalizar as atividades e examinar as contas do adm. Jud; Zelar pelo bom andamento do processo e pelo cumprimento da lei; Comunicar ao juiz, caso detecte violação a direitos ou prejuízos aos interesses dos credores; apurar e emitir parecer sobre quaisquer reclamações dos interessados; requerer ao juiz convocação de assembleia-geral de credores e manifestar-se nas hipóteses previstas nesta lei.
*Cabe também ao comitê: a) fiscalizar a administração das atividades do devedor, apresentando a cada 30 dias, relatório de sua situação; b) fiscalizar a execução do plano de recuperação judicial; c) submeter à autorização do juiz, quando ocorrer o afastamento do devedor nas hipóteses previstas em Lei, a alienação de bens do ativo permanente, a constituição de ônus reais e outras garantias, bem como atos de endividamento necessários à continuação da atividade empresarial durante o tempo que antecede a aprovação do plano de recuperação judicial. 
“Cram down” (Goela abaixo): Cram Down, ou somente, goela abaixo, caracteriza-se quando o juiz de ofício concede a recuperação judicial à empresa, mesmo quando alguma das classes tenha deliberado contra, o nome dá-se de “cram down”, pois o juiz, mesmo com a manifestação contra dos credores, poderá de ofício aceitar tal recuperação, entretanto, deverá respeitar as hipóteses do artigo 45 e 58 paragrafo 1 da Lei de Recuperação Judicial. O juiz ao deferir ou indeferir o pedido de recuperação judicial deverá fazer uma análise matemática acerca da votação deliberada em assembleia geral anteriormente, que dará com os seguintes critérios.
+ da metade dos credores deve ter votado a favor da recuperação
Duas classes de credores devam ter aprovado o plano de recuperação
Dentro das classes que reprovaram, mais de 1/3 deve ter aprovado. 
Petição inicial: A petição inicial na recuperação seguirá os princípios insculpidos no artigo 319 do CP e no artigo 30 da Lei de Recuperação.
Para a petição inicial ser considerada apta, devera esta conter os seguintes requisitos: *Comprovação de mais de 02 anos de atividades; 05 anos sem recuperação judicial; Não pode ter cometido crimes falimentares; Se já falido, este deverá comprovar que conseguiu se recuperar da falência + Artigo 51, mediante balanço patrimonial. 
Legitimidade para propor a recuperação: Devedor principal; Inventariante; Cônjuge sobrevivente; Sócio remanescente; Herdeiro. 
O plano de recuperação judicial é um contrato entre credores e devedores, o adimplemento por tal avença pactuada, gerará a falência da empresa. 
Falência
“A falência é a execução concursal dos credores, visando a otimização do ativo, inclusive bens intangíveis para o pagamento das obrigações ao maior número de credores”. 
“O processo falimentar irá ser regado pelos princípios da celeridade e da economia processual”. 
A empresa falida por sua vez é aquela que possui mais passivos do que ativos, a lei traz as hipóteses legais de adimplemento a maioria de credores e a extinção da personalidade jurídica, visando a preservação da segurança jurídica, bem como o incentivo ao empreendedorismo, quando uma empresa passa por um processo falimentar e a personalidade jurídica é extinguida regularmente, somente os patrimônios da empresa responderão pelas dívidas e não o dos sócios. 
O processo de falência, respeitando o artigo 83 da referida Lei, deverá respeitar a seguinte classificação: I- Os créditos derivados da legislação trabalhista (trabalhadores), limitados a 150 salários-mínimos por credor, e os decorrentes de acidentes do trabalho; 2- Crédito com garantia real (setor financeiro); III- Crédito tributário, independente da sua origem, salvo nas hipóteses de crédito tributário advindo de multas bancárias; IV- Créditos com privilégios especiais; Créditos quirografários. 
Só irá passar de uma classe a outra, quando a dívida anterior for paga totalmente, entretanto, quando não houver recursos suficientes para o adimplemento total, haverá o pagamento proporcional. 
Pedido de falência: 
Autofalência (artigo 105 a 107): Quando o próprio falido pede sua falência mediante processo, que ocorrerá quando o falido tiver passivo maior do que seu ativo, devendo ainda demonstrar que a falência é cabível, juntando documentos à inicial, como por exemplo, o balanço patrimonial, fluxo de caixa, demonstração das dívidas, relação nominal dos credores etc.
A vantagem do falido que requerer a autofalência será a forma que regula a extinção da sociedade empresarial, quando a dissolução for irregular, ensejará a desconsideração da personalidade jurídica para adimplir com as dívidas da PJ. 
Impontuabilidade injustificada: A impontuabilidade injustificada se dará nas hipóteses quando não houver relevante razão de direito, o inadimplemento de obrigação líquida, certa e materializada em um título executivo devidamente protestado, cuja soma ultrapasse 40 salários-mínimos na datada do pedido de falência.
Tríplice omissão: Decorre de fato meramente processual, quandodeterminada lide encontrar-se em processo de execução e a empresa não pagar a dívida, não depositar judicialmente e não nomear bens à penhora haverá a presunção jurídica de crise e poderá o exequente requerer a falência judicialmente. 
Ato de falência: São atos que determinada empresa, em consonância com o artigo 94, III, alíneas A em diante, comete atos que causam estranheza, como por exemplo, a dilapidação de patrimônio, transferência de estabelecimento a terceiro a titulo gratuito etc. 
A jurisprudência e a doutrina não uníssonas em questões acerca do pedido de falência mediante tríplice omissão em empresas que sabemos que não faliriam, bem como independe do valor da execução.
O MP só participará no processo falimentar após a sentença declaratória de falência, pois a massa falida é bem indisponível. A sentença da falência é declaratória e constitutiva, pois declara a falência e constitui a massa falida. A sentença caberá tanto agravo de instrumento quanto apelação, quando improcedente caberá apelação, quando procedente caberá agravo, contudo, sempre caberão embargos de declaração.
Defesas da falência: -Contestação – 10 dias úteis = Se a ação for julgada improcedente, após o transito em julgado, a empresa considera-se falida.
Depósito elisivo = Pagamento da obrigação mediante depósito judicial
Pedido de recuperação judicial = Poderá o patrono pedir recuperação judicial, antes da falência.
Contestar + Depósito elisivo. 
Auto de arrecadação: O auto de arrecadação é o inventário de todos os bens do falido. Necessariamente deverá o administrador judicial quantificar todos os bens e coloca-lo no auto de arrecadação. 
Nas hipóteses onde o bem arrecadado for de outrem, caberá ao proprietário o ônus da prova em demonstrar a sua propriedade. 
Quando ocorrer, na data da falência, deverá o proprietário pedir sua restituição, entretanto, quando a coisa já tiver sido alienada, poderá o proprietário ser restituído pelo valor mercadológico da coisa. 
Alienação de bens: 
Alienação de bens: O artigo 140 da Lei de recuperação judicial insculpe as possibilidades de vendas da empresa falida, nas seguintes hipóteses:
Alienação da empresa, com a venda de seus estabelecimentos em bloco;
Alienação da empresa, com a venda de suas filiais ou unidades produtivas isoladamente;
Alienação em bloco dos bens que integram cada um dos estabelecimentos do devedor;
Alienação dos bens individualmente considerados. 
Modalidades de venda: Por sua vez, o artigo 142 do referido diploma legal insculpe as modalidades que poderão ser utilizadas para a alienação de tais bens: 
Leilão, por lances orais;
Propostas fechadas
Pregão. 
Contratos do falido
Os contratos em que o falido tiver avençado se extinguirão ou não pela vontade do administrador judicial, mediante critério quantitativo, este entenderá se é oportuno ou não a resilição unilateral de tais contratos, em regra. 
Contratos bilaterais (Artigo 117): Os contratos bilaterais em que o falido tiver avençado não se resolverão pela falência, nas hipóteses onde a resolução de tais contratos ensejarem o aumento do passivo do falido, haverá a preservação de tais contratos, mediante autorização do comitê de credores. 
Contratos unilaterais (Artigo 118): As regras dos contratos unilaterais serão as mesmas dos bilaterais. 
Extinção da falência: 
Em apertada síntese, quando pago o maior número de credores, extingue-se as obrigações da falida, e, consequentemente, haverá a prolação de tal adimplemento da falida.

Outros materiais