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1-) Explique as hipóteses de aquisição da propriedade.
Aquisição por registro de título: A primeira possibilidade de aquisição de propriedade é a transferência inter-vivos da propriedade mediante registro translativo no Registro de Imóveis competente.
Tal aquisição depende de praxes mercadológicas como, por exemplo, a compra e venda, o leilão em hasta pública, a doação etc, entretanto, como a aquisição de determinados bens exige maior formalidade, a exemplo, na aquisição de bens imóveis, dependerá esta de “registrar” a venda no cartório competente para tal, assim como enuncia os artigos 1245 a 1247 do Código Civil.
De acordo com os retrotranscritos artigos supracitados acima, enquanto não houver a transferência no cartório da conscrição territorial da referida coisa, quando a lei exigir, continuará o alienante sendo proprietário da coisa.
Ademais, o referido título possui veracidade relativa, tal argumento não se refuta, a exemplo do artigo 1247 do Código Civil, que traz a possibilidade pela anulabilidade de tal título, quando este não exprimir a verdade. 
Acessão: Acessão por sua vez, caracteriza-se pelo aumento do volume da propriedade ou de seu valor, em virtude de elemento externo, existem algumas hipóteses de acessão, sendo elas:
Acessão pela formação de ilhas: A acessão por ilhas, assim como aduz o artigo 1249 do Código Civil, ocorre nas seguintes hipóteses:
Insta destacar, antes de qualquer coisa, que a acessão pela formação de ilhas como preceitua o Código Civil, só se faz possível nas hipóteses em que tais ilhas advenham de rios não- navegáveis, se navegável, tal possibilidade não se estenderá, tendo em vista que a segunda não pertence ao particular, mas sim, ao Estado. 
Sabe-se, assim como destaca o artigo 1249 “caput” CC/02, as ilhas que se formarem em correntes comuns pertencem aos proprietários ribeirinhos que fazem fronteira. Imaginemos que há a delimitação de duas propriedades dá-se com um rio não navegável entre elas, nas hipóteses seguintes saberemos em quais situações existirá a possibilidade de aquisição de ilhas e ilhotas por tais proprietários ribeirinhos:
As ilhas que se formarem no meio do rio consideram-se acréscimos sobrevindos aos terrenos ribeirinhos fronteiros de ambas as margens, na proporção de suas terras, na proporção de suas testadas. Desta feita, pensemos novamente na possibilidade das de propriedades que são vizinhas e existe uma delimitação de um rio entre elas, tal rio sofre diminuição de sua corrente criando-se um novo pedaço de terra entre ambas as propriedades, cada proprietário dos respectivos domínios, possuirá propriedade sobre este novo terreno que foi criado entre ambas às propriedades.
 As que se formarem entre referida linha e uma das margens consideram-se acréscimos aos terrenos ribeirinhos fronteiros desse mesmo lado. Desta vez, imaginemos em propriedades vizinhas do mesmo lado da margem de um rio, tal rio novamente seca por um fenômeno natural e há acréscimo de terras à frente de ambas as propriedades vizinhas, cada uma desta, sofrerá acréscimo de propriedade de acordo com a extensão de sua propriedade.
As que se formarem pelo desdobramento de um novo braço do rio continuam a pertencer aos proprietários dos terrenos à custa dos quais se constituíram. Neste caso, quando um novo braço for criado por força natural e este adentrar em domínio alheio, tal porção de terras, bem como as ilhas e ilhotas criadas pertencerão àquele que tivera seu domínio violado. 
Acessão por aluvião: Aluvião se caracteriza pelo acréscimo formado, sucessiva e imperceptivelmente por depósitos e aterros naturais ao longe das margens das correntes, ou pelo desvio das águas destas, pertencem aos donos dos terrenos marginais, sem indenização. 
A aluvião nada mais é do que a passagem de águas, pela força da natureza, sucessiva e de maneira imperceptível, aumentando a propriedade alheia. 
Acessão por avulsão: “Avulsão se caracteriza quando há força súbita da corrente arranca uma parte considerável e reconhecida de um prédio, arrojando-a sobre outro prédio”. Imaginemos, assim, um pedaço de terra que se depreende de uma propriedade no período de chuva e é arrastado até propriedade de outra pessoa, assim se caracteriza a avulsão.
Se o proprietário que teve sua propriedade acrescida com terras de outrem não efetuar o pagasemento devido às terras acrescidas em sua propriedade, dará o direito ao proprietário da propriedade que sofreu tais diminuições remover as terras depreendidas de seu domínio. 
Álveo abandonado: “O álveo abandonado de corrente pertence aos proprietários ribeirinhos das duas margens, sem que tenham indenização os donos dos terrenos por onde as águas abrirem novo curso, entendendo-se que os prédios marginais se estendem até o meio do álveo”. Para entendemos a questão do álveo abandonado, devemos entender a lição de Carlos Roberto Rios Gonçalves, no qual preceitua que o álveo abandonado dar-se-á nas possibilidades onde o curso natural do rio adentrar em determinadas propriedades, não tendo a possibilidade do proprietário de ser indenizado por isso, entretanto, quando decorrer de intervenção humana, este terá o direito à indenização. 
Construções e plantações: O Código Civil de 2002 buscou entre os artigos 1253 a 1259 solucionar os conflitos existentes acerca da indenização advinda das benfeitorias feitas com o material alheio em terreno próprio, material alheio em terreno alheio e material próprio em terreno alheio, possuindo diversas regras para a fixação de benfeitorias. 
Usucapião: Usucapião é o instituto no ordenamento jurídico que prevê em diversas hipóteses como o mero possuidor da coisa pode converter a mera posse no direito à propriedade, inicia-se no artigo 1238 a 1244. São hipóteses de usucapião: Usucapião ordinária 1242 CC; Usucapião Constitucional Rural 1239 CC e 190 e 191 CF; Usucapião Constitucional Urbano 1240 CC, 183 CF e art 9 da Lei 10257/2001; Usucapião Especial Urbano Coletivo artigo 10 a 14 da Lei 10257/01;
 2-) Explique as hipóteses de perda da propriedade.
De acordo com o artigo 1275 do Código Civil, as hipóteses da perda da propriedade são: Alienação: Alienação caracteriza-se pela manifestação bilateral, pelo qual o alienante transfere a propriedade a terceiros, a título oneroso ou não;
 Pela renúncia: Renúncia por sua vez é o ato unilateral e formal, pelo qual o proprietário se desfaz da coisa, de maneira expressa, devendo este, quando a coisa for superior a 30 salários mínimos vigentes à época da renúncia deverá ser registrado ao Registro de Imóveis concernentes à conscrição territorial do imóvel renunciado.
Perda ou abandono: A perda ou abandono também ocorrerá pelo ato unilateral do dono de não ser mais possuidor da coisa, entretanto, este deixa de procurar a coisa perdida ou simplesmente deixa de exteriorizar sua vontade (“animus”) de figurar como dono desta coisa. A perda ou abandono não necessita de ser registrado ao Registro de Imóveis da circunscrição territorial do imóvel renunciado, terá o dono, em até três anos após o abandono reaver a coisa. 
Perda pelo perecimento da coisa: O perecimento da coisa, será a destruição total desta ou a perda de seu valor econômico, podendo ser causado por fenômenos naturais, como por exemplo, incêndios, terremotos, tsunamis etc, mas também, por atos voluntários do próprio proprietário, como por exemplo, a destruição total da coisa, ensejando na inutilização para fruição econômica desta. 
Perda da propriedade por desapropriação: Desapropriação é o instituto de previsão constitucional e tratado pelo ramo de direito administrativo, que se caracteriza pelo “procedimento complexo de direito público, pelo qual a administração, fundamentada na necessidade pública, na utilidade pública ou no interesse social, obriga o titular de bem, móvel ou imóvel, a desfazer-se deste bem, mediante justa indenização paga ao proprietário”.
3-) Disserte sobre usufruo.
Usufruto é o direito real sobre coisa alheia, conferido a um terceiro, por certo tempo, que autorize terceiro ao uso, gozo e fruiçãoque decorrerem aos frutos da coisa. O CC de 1916 insculpia em seu artigo 713 o usufruto como “o direito real de fruir as utilidades e frutos de uma coisa, enquanto temporariamente destacado da propriedade”.
Portanto, o usufruto caracteriza-se pela possibilidade, mediante a anuência do proprietário da coisa, a outorga da possibilidade do uso e gozo da propriedade, podendo recair sobre a propriedade como um todo ou parte dela, bem como podendo recair sobre todos os frutos ou em parte deles. 
O usufruto não tem a características de perpetuidade, podendo ser instituído no lapso temporal que irá até a morte do usufrutuário, pode ser condicionado a determinado fato futuro, como por exemplo, o término dos estudos, o casamento do usufrutuário etc. Para pessoas jurídicas que detiverem tal direito real, o lapso temporal não poder ser maior do que 30 anos ou condicionado a evento futuro. 
O usufruto não se confunde com outras modalidades de direitos reais, fato pelo qual, possui peculiaridades, como o direito à fruição e ao gozo, limitando-se a isso, ou seja, não há a possibilidade do usufrutuário alienar o bem, tendo em vista que está atrelado somente aos RENDIMENTOS da propriedade. 
O usufruto se difere, por exemplo, da enfiteuse, embora sejam figuras semelhantes, na enfiteuse, o enfiteuta paga anualmente a título de foro, pensão ou canon valor ao seu senhorio, fato que no usufruto não ocorre, o usufruto poderá ser gratuito ou não, tendo em vista que é mera deliberalidade do nu-proprietário estabelecer contraprestação pecuniário à usufruição, o enfiteuta possui os mais irrestritos direitos na enfiteuse, podendo alienar o bem, criar sub-enfiteuses, de acordo com o código civil de 1916, fato que no usufruto não ocorre, ressalvando, novamente, somente terá direito sobre o gozo e fruição do bem, restringindo a tais direitos o usufrutuário. Se difere da locação também, embora a locação também se assemelhe ao usufruto, é lição comezinha do direito registral que os direitos reais se diferem dos demais direitos de natureza obrigacional, sendo a locação considerada direito que não recai sobre a coisa em si, mas somente uma manifestação de vontade de ambas as partes de natureza obrigacional e não real, da mesma feita, ocorre com o comodato. Ademais, insta ressaltar, que diferentemente das diferenciações feitas acima, o usufruto também poderá recair sobre títulos de crédito, sobre o rebanho e sobre bens consumíveis, não somente fadado a bens móveis.
No tocante aos direitos do usufrutuário, este tem direito à fruição, o direito de gozo e o direito de administração do bem, como dito, o usufrutuário tem direito à administração do bem, entretanto, o direito à alienação é vedada pelo tipo de direito real que é o usufruto. Os frutos que recairão tal direito real poderão ser naturais (que advém da natureza, como por exemplo, o pasto, rebanho, plantações etc) e civis (que advém da intervenção humana, como por exemplo, aluguel de bem imóvel, juros e correção monetária, etc), o usufrutuário terá direito aos frutos pendentes (que não foram percebidos), os percipiendos (que serão percebidos), entretanto, não terá direito aos frutos percebidos antes da instituição de tal direito, entretanto, terá direito o nu-proprietário, com o término do usufruto, os frutos que irão ser percebidos. 
É dever do usufrutuário a instituição do inventário das coisas e caucionar o usufruto (prestar garantia dos cumprimentos da obrigação), podendo essa caução ser fidejussória ou real, entretanto, nas hipóteses onde o usufruto não possuir patrimônio suficiente para solver as garantias usufrutuárias, poderá o usufrutuário requerer em Juízo a dispensa do pagamento de tal caução, nas hipóteses em que o usufrutuário não adimplir com tal caução, poderá usufruir da coisa, entretanto, não terá o direito de administração desta. 
Ademais, é importante instaurar as hipóteses de extinção do usufruto, que ocorrerá nas seguintes hipóteses: Pela renúncia ou morte do usufrutuário; Pelo termo de sua duração; Pela extinção da PJ, em favor de quem o usufruto foi constituído, ou, se ela perdurar, pelo decurso de trinta anos da data que se começou a exercer; Pela cessação do motivo de que se origina; Pela destruição da coisa, guardadas as disposição dos artigos 1407 a 1409; Pela consolidação; Por culpa do usufrutuário, quando aliena, deteriora, ou deixa arruinar os bens, não lhes acudindo com os reparos de conservação, ou quando, no usufruto do título de crédito, não dá às importâncias recebidas a aplicação prevista no parágrafo único do artigo 1395; PPelo não uso, ou não fruição da coisa em que o usufruto recai.
4-) Como nascem os condomínios geral e edilício?
O ato para a instituição do condomínio edilício d=ase com a Convenção de Condomínio e o Regulamento (Regimento Interno).
Por destinação do proprietário do edifício; b) por incorporação; c) por testamento. 
5-) Quais os direitos e deveres dos condôminos no condomínio edilício?
São deveres do condômino: Contribuir com as despesas do condomínio dentro de suas frações ideais, salvo quando houver disposição em contrário, que caracteriza-se como obrigação propter rem, não pagar o condomínio enseja em juros de mora, entretanto, tal inadimplemento jamais poderá ser exteriorizado em áreas comuns do condomínio;
Não realizar obras que comprometem a segurança da edificação, se fizer, deverá ter o acompanhamento de profissional da área;
Não alterar a forma e a cor da fachada, das esquadrias exteriores e paredes;
Dar as suas partes a mesma destinação da edificação e não as utilizar de maneira prejudicial ao sossego, salubridade, segurança e aos bons costumes. 
São deveres do condômino: Usar, fruir e livremente dispor das unidades comuns do condomínio, existe vedações para isso, podendo ser insculpidas pelo CC ou pela convenção do condomínio;
Usar as partes comuns conforme suas destinações e contanto que não exclua a utilização dos demais compossuidores; 
Votar e ser votado nas deliberações assembleais e delas participar se as taxas condominiais estiverem quites;

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