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Obturação dos canais radiculares RESUMO

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Obturação dos canais radiculares
Por que precisa obturar e não posso deixar o canal vazio? Pois pode haver contaminação, já que permanecem alguns microorganismos (5%) depois da limpeza. Daí, quando se faz uma boa obturação, evita-se que os microorganismos se proliferem. E evita até mesmo, que penetrem outros. 
Temos túbulos dentinários repletos de microorganismos. 
Quando se faz a obturação do canal radicular, vemos se o preparo foi feito da forma correta, pois quando tiramos a radiografia vemos se há paredes irregulares, degraus, falhas na odontometria e afins. “A radiografia final é o cartão de visita do profissional” pois mostra como o endodontista trabalhou. 
Alguns autores colocam a obturação dos canais radiculares como a etapa mais importante, mas NÃO é verdade. TODAS as fases são. 
Objetivos da obturação dos canais
Manter a desinfecção – conseguimos eliminar cerca de 95% dos microorganismos
Promover o selamento hermético - ou seja, vedar o máximo possível e ainda, fornecer a estimulação do reparo
Obturação ideal
1º fator a ser considerado: limite apical (1 mm aquém do ápice – limite CDC; tanto para polpa bio quanto para polpa necro). Este limite deve ser estipulado, pois pode fazer com que o cone ultrapasse. Logo, deve-se fazer a técnica de INGLE. 
2º fator: Densidade e conicidade da obturação: O ideal, é quando vemos o canal totalmente obturado na radiografia
3º fator: corte adequado da guta perscha: entre o material restaurador provisório e a guta persha, podemos colocar uma bolinha de algodão estéril, mas ele tem que estar cortado no colo do dente (na região cervical) pois se não fizer isso e ficar restos de material/guta persha etc, o dente pode ficar com escurecimento. 
Ps: Não é “normal” que tratamento endodôntico fique escuro, quando isso acontece, é porque teve uma má condução no momento da endodontia. Pois retratar o canal não irá modificar a coloração do dente e a única forma de reverter essa situação, é fazendo clareamento interno. 
A última etapa do tratamento endodôntico, é o selamento coronário – restauração protética ou de resina (irá decidido pelo protético) pois quando o paciente faz o tratamento endodôntico, ele sai do consultório com um selamento provisório. 
Para o selamento provisório: existem vários materiais de obturação no mercado, mas nenhum, que tenha as características ideais. O melhor, é o cotosol e o CIV. Muitas vezes, se faz até a associação dos dois. Recomenda-se usar esse selamento provisório por 15 dias, se por um acaso esse selamento cair, deve-se fazer a retratação. 
Só se dá por “concluído”, quando o paciente fazer a obturação do dente. Caso não seja eu que faça a obturação, devo encaminhar o paciente para um colega, com um relatório. 
“Na clinica de CRO 1, somos divididos por bimestres, se eu ficar em endo no B1, farei por ex, o canal do paciente e no B2, já que pegarei prótese, farei a obturação dele.”
Requisitos para saber se vou, ou não, obturar um dente
Avalia sinais e sintomas. Não pode ter mobilidade, edemas, dor e exudato. Se houver esses sinais, não se pode fazer a obturação.
Sinais: antes de iniciar a obturação, faz-se a lavagem para remover a medicação, seca o canal e após ficar seco e livre de contaminação, coloca-se o cone de guta persha e ele deve vir seco, sem secreção e exudato, se vier, não se faz a obturação. 
Sintomas: teste de percussão e palpação (observa se o paciente tem dor, se a dor é espontânea... Se for uma dor pouca, é “normal”, se for intensa, não) NÃO SE OBTURA UM DENTE COM DOR. 
Materiais usados para obturar o canal 
 Cone de guta persha e cimentos endodônticos; avaliamos as propriedades biológicas e físico-químicas desses materiais.
Existe um cimento a base de NTA, que é um dos materiais melhores do mercado, ele tem características maravilhosas mas, como desvantagem, têm-se a impossibilidade de remover. 
Temos uma grande variedade de materiais.
Biologicamente, os materiais ideais devem:
Não ser irritantes aos tecidos periapicais - devem ser biocompatíveis.
 Bactericida ou bacteriostático – ajuda a inibir os microorganismos, caso permaneçam
Reabsorvível em caso de extravasamento 
Estimular ou permitir o reparo periapical.
“O cimento que usaremos na faculdade, é o ENDOFIL, ele é um cimento a base de cimento de óxido e eugenol. É pouco irritante, biocompativel, deve ser manipulado a ponto de fio para que a proporção seja adequada afim de evitar irritação aos tecidos. É reabsorvível, tem propriedades periostáticas e ajuda o reparo.”
Propriedades físico-químicas dos materiais 
Ser de fácil inserção e remoção 
Não alterar a cor do dente – os primeiros cimentos endodonticos (30 anos atrás) causavam o escurecimento, hoje em dia, não.
Permitir bom tempo de trabalho e escoamento 
Proporcionar bom selamento e estabilidade dimensional e radiopacidade (para visualizar na radiografia)
Para isso, usaremos cimentos endodônticos e guta pershas. 
A guta persha
A guta persha é usada na endodontia desde 1800, ela é plástica, quando aquecida, podemos remover ela, ou até mesmo com brocas carbides. Ela é estável, flexível, consegue ajustar a anatomia do dente, penetrar em túbulos dentinários. Composição: 20% é guta persha, 65% é óxido de zinco.
Temos cone de guta persha 1ª série/2ª série. Elas não se esterilizam, apenas fazemos a desinfecção com 5% de hipoclorito por 2 minutos e se for de 1%, deixa por 5 minutos. 
Quando se obtura com cones rotatórios, temos específicos para isso. 
Cones auxiliares: cones de papel e cones de guta persha. (R7/R8) 
Os cones de papel não se recomenda comprar, pois não é estéril. 
Maçã de guta persha já foi usada para selar cavidades, mas já entrou em desuso já que infiltra. 
Vantagens: fácil adaptação; tolerada pelos tecidos; radiopaca (pois tem óxido de zinco); fácil inserção e remoção; estabilidade dimensional, não altera a cor do dente quando usado no limite adequado, utilizado em várias técnicas (cone único, termoplastificados etc) 
Desvantagens: apresenta pequena resistência mecânica, pouca adesividade, deve ser conservado em local fresco 
Cimentos 
Precisamos dele também, pois as guta perschas não dão adesividade. 
Obetivos: 
Eles servem como agentes de união, para se unir aos cones e à parede do canal.
Promove preenchimento de espaços que não foram preenchidos pelas guta pershas. 
O que se espera numa obturação: que tenha o máximo de cones de guta persha e o mínimo de cimento endodôntico. 
Temos diferentes tipos de cimento, o que usaremos será o ENDOFIL (a base de oxido de zinco e eugenol), temos também cimentos resinosos, os a base de hidróxido de cálcio e ainda, cimentos modificados por CIV. 
Todos têm toxicidade antes da presa, para diminuir isso, precisaremos usar da forma correta.
“Quando o cone de guta persha ultrapassa, temos que fazer retratamento endodôntico, mas quando o cimento ultrapassa, a principio não fazemos nada, apenas se faz o acompanhamento, se o paciente estiver bem, não precisa fazer nada. Já que este cimento é reabsorvível. 
Vantagens: biocompatível; induz o selamento biológico – estimula reparação periapical; baixa toxicidade
Desvantagens: escoamento difícil, não tem boa viscosidade.
Existem diversas técnicas de obturação, a que vamos aprender primeiro, é a técnica da condensação lateral. 
1ª etapa: avaliar sinais e sintomas
2ª etapa: irrigar o canal, preencher com hidróxido de cálcio, removê-lo, repassar com a lima memória (já que vamos obturar no CRT) 
Usa-se o Edta quando o hidróxido de cálcio anda está no canal ou usamos hipoclorito. 
3ª etapa: selecionar cone – de acordo o diâmetro da lima memória, se for de diâmetro 40, usa-se o cone de 40 mm. (Faz a desinfecção do cone na cuba). Na prova do cone principal, faz-se testes. 1 – visual (radiografia) 2 – tátil (tem que estar preso no CRT)
4ª etapa: faz irrigação e aspiração com cânula e secagem com cones de papel (com o mesmo diâmetro da lima memória) usa-se vários até secar, pois se deixar molhado pode interferir no selamento. 
SE AO COLOCAR CONES DE PAPEL, VIRSANGUE DEVE-SE FAZER MUDANÇA DE MEDICAÇÃO, NÃO SE OBTURA E PEDE PARA O PACIENTE VOLTAR COM 15 DIAS. 
5ª etapa: manipular o cimento endofil, tem que fazer na placa de vidro no lado despolido (parte grossa) e o cimento em ponto de fio (ponto de bala)
6ª etapa: colocação do cimento na ponta do cone principal (até o cone ficar todo preenchido de cimento) e depois disso, coloca-se os cones acessórios e não se coloca mais cimento.
7ª etapa: colocação do espaçador digital – A/B ou 20/25, usamos primeiro o cone R7, depois insere o cone de calibre maior (R8). Quantos cones eu coloco? Depende da anatomia, em média de 3 ou 4. 
8ª etapa: colocar os cones acessórios logo em seguida
9ª etapa: radiografia para analisar se preencheu todo o canal. 
A condensação lateral foi essa descrita, onde se coloca espaçador, cones e afins, e agora se faz a 2ª etapa da obturação: condensação vertical. Feito isso, corta-se os cones (por aquecimento) na altura de linha cervical. Há condensadores de diâmetros diferentes. 
A condensação vertical acomoda as guta-pershas no cimento. Aqui, os condensadores são frios. 
No momento da obturação não se recomenda que faça resina. O ideal é fazer o provisório primeiro, depois, o definitivo. 
Após tudo isso, se faz a radiografia final sem isolamento. Usa-se com posicionador. Pois, para um tratamento endodôntico, temos que analisar a radiografia inicial X final.

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