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Infertilidade em machos 1) Fisiologia da cópula – Mecanismo reflexo → Primeiro ocorrem estímulos que podem ser visuais, olfativos, táteis, hormonais e neurotransmissores que aumentam a libido do animal → A libido do animal é dependente da testosterona, antes da puberdade o animal não apresenta libido pela falta do hormônio circulante. → Os impulsos nervosos chegam nos nervos parassimpáticos do centro eretor que é responsável pela vasodilatação do pênis. O centro eretor encontra-se na medula lombar na região sacra. → Com o estimulo chegando nos nervos do centro eretor ocorre a liberação de Acetil Colina causando a vasodilatação do pênis → O animal com o pênis ereto faz a monta e a intromissão na vagina da fêmea causando pressão nos nervos sensitivos do pênis do macho → A pressão nos nervos sensitivos ocasiona a ejaculação ∆ Nervos sensitivos: - Cão: Bulbo do pênis - Equino: Glande do pênis - Touro: Base do pênis a. Emissão - Sistema simpático ativo - É a movimentação do fluido espermático ao longo do ducto deferente para a uretra pélvica, onde ele é misturado com as secreções das glândulas acessórias. - Ocorre contração da musculatura lisa das glândulas anexas e liberação do liquido seminal na uretra e o fechamento do colo da bexiga - Ocorre o fechamento do colo da bexiga para evitar que o ejaculado saia da uretra peniana e vá para a bexiga, resultando em ejaculação retrograda. b. Ejaculação - Sistema parassimpático ativo - É um mecanismo reflexo dos nervos sensitivos do pênis - É a passagem do sêmen resultante ao longo da uretra peniana - Contração da cauda do epidídimo e do ducto deferente o que aumentam a taxa de fluidos - A contração da cauda do epidídimo e do ducto deferentes são causados pela ocitocina circulante - Ocorre contração do musculo isquiocavernoso e bulbocavernoso e o relaxamento do esfíncter uretral externo. - Ruminantes realizam o escato(pulinho) c. Ereção - Sistema parassimpático ativo - Mecanismo reflexo a estímulos exteriores como tato, visão, olfato - Aa estimulação sexual produz a dilatação das artérias que suprem os corpos cavernosos do pênis d. Intromissão - A intromissão é auxiliado pela estimulo táctil da vagina, tepidez e lubrificação que age nos receptores do pênis 2) Puberdade - O macho alcança a puberdade quando se mostra capaz de liberar seus - Antes da puberdade o macho não apresenta libido pois não há testosterona circulante no corpo, ele não consegue fazer a percepção dos feromônios da fêmea - No início da puberdade ocorre um aumento nas concentrações circulantes de gonadotrofinas e por consequência um aumento nos níveis de testosterona circulantes - Quando ocorre um aumento grande de testosterona as gonadotrofinas diminuem pelo mecanismo de retroalimentação(feedback negativo) 3) Comportamento sexual - É dado pela concentração de testosterona circulante - Com a castração o desejo de montar, habilidade de ejacular e o alcance de uma ereção são suprimidos ∆ Bos Taurus X Bos Indicus - Bos Taurus: Precoce, cortejo curto, agressivos, maior repetibilidade da monta - Bos Indicus: Tardio, cortejo longo, discretos, menor repetibilidade da monta Problemas reprodutivos podem ser congênitos ou adquiridos - Problemas reprodutivos é por que está inibindo a fertilidade ou ocorre uma sub-infertilidade ou infertilidade. Isso retrata uma impotência sexual. 4) Impotência Coeundi - Inabilidade à copula, normalmente associadas a redução completa do interesse sexual - É a dificuldade de realizar a cópula a. Fatores que interferem na cobertura ou capacidade de serviço • Visuais • Olfativos – Olfativos, os animais podem realizar o flehmen • Auditivos – Barulhos excessivos, vocalização dos reprodutores • Endócrinos – Testosterona, equilíbrio hormonal • Genéticos – Zebuínos possuem menor libido que Taurinos • Ambientais – Temperaturas, umidade. No BR o maior problema é o estresse térmico • Inibição da sexualidade - Relações entre dominância e submissão, o subordinado esconde a libido • Nutrição – Animais obesos ou desnutridos não conseguem realizar a monta - O excesso de gordura atrapalha a motilidade dos espermatozoides pois o liquido seminal fica muito gorduroso • Alterações do sistema locomotor – Manejo e instalações inadequadas que causam problemas em casco(cascos achinelados, coluna, articulação • Doenças sistêmicas – Febre • Idade – Diminuição de testosterona • Fatores psicológicos – Dor • Deficiências hormonais - Hipotireoidismo: Metabolismo celular lento - Hormonioterapia: O certo seria administrar GnRh pois a testosterona faz feedback negativo, porem aplica-se testosterona por ser mais barato. b. Distúrbios ejaculatórios i – Falta de libido - Hereditário, distúrbios endócrinos e ambientais - Resulta na falha da ereção - Em cães a consanguinidade dos canis pode resultante na falta de libido ii – Inabilidade à copula - Falha na monta, intromissão e ejaculação c. Problemas relacionados ao pênis e prepúcio • Hematomas - São resultantes do rompimento da túnica albugínea geralmente em decorrência de acidentes durante a cópula - Traumas: Edema prepucial, prolapso peniano - Pode ocorrer no prepúcio, formando uma hematoma, edema, dor e prolapso peniano causando exposição da mucosa do prepúcio - Prolapso peniano: Quando o macho tenta expor o pênis, a mucosa vira do avesso - Tratamento: Repouso sexual, compressas, lavagem prepucial com antisséptico, anti-inflamatório e dependendo do grau do edema pode-se entrar com diuréticos - Consequência: Ruptura de prepúcio, trauma peniano, hematocele(coleção de sangue no escroto), podendo evoluir para uma impotência Generandi • Balanopostite - Inflamação da glande: balanite - Inflamação do prepúcio: Postite - Processo inflamatório que acomete pênis e prepúcio, pode ser de origem inflamatória ou infecciosa - Pode ser causado pelo protozoário Tritichomonas foetus(tricomonose), pelo herpesvírus bovino tipo I - A tricomonose pode causar aborto em fêmeas - O herpesvírus bovino tipo I fica armazenado no aparelho genital da fêmea e é transmitido para os machos no momento da cópula, ele causa vulvovaginite pustular nas fêmeas. - Portadores assintomáticos de agentes de doenças venéreas como a campilobacteriose e a tricomonose é elevado. - Sintomas: Exantema e ulceras na mucosa peniana e prepucial - Tratamento: Antibioticoterapia, lavagem tópica, repouso sexual e debridamento da ferida • Acrobustite - É um processo inflamatório crônico do prepúcio com estreitamento do seu óstio e com consequente não-exteriorização do pênis - Causa: Prolapso da mucosa prepucial e consequente traumatismo - Se o animal tentar expor o pênis pode ocorrer prolapso peniano, levando a hipóxia tecidual e consequente necrose do tecido - Zebuínos são mais susceptíveis pois possuem o prepúcio pendular, este prepúcio arrasta no chão causando trauma. - Sintomas: Exantema e ulceras na mucosa peniana e prepucial - Tratamento: Antibioticoterapia, lavagem tópica, repouso sexual e debridamento da ferida para estimular a regeneração. Se essas medidas não resolverem pode-se tentar tratamento cirúrgico e descarte do animal. • Fimose - É a diminuição do óstio prepucial impedindo a exposição do pênis - Pode ser adquirido em decorrência de processos inflamatórios ou neoplásicos ou genético como em raças zebuínas que possuem prepúcio pendulas - Sintomas: Gotejamento da urina, pois ela fica retida no prepúcio. Isso pode levar a balanopostite que causa edema prepucial e incapacidade de acasalar - Tratamento: Correção cirúrgica • Parafimose - É a incapacidade do retorno peniano após sua exposição ficando este garroteado pelo óstio prepucial. Isso causa alteração do fluxo sanguíneo, edema e consequente processo inflamatório. - Sintomas: Laceração peniana em diferentes graus, e gangrena - Causa: Pode ser uma evolução da fimose, priapismo(ereção prolongada) por causa de certos fármacos como o Acepram em equinos. - Tratamento:Redução do edema, recolocação manual, amputação parcial do prepúcio ou incisão na região do óstio para aumentar o diâmetro e o pênis conseguir passar. • Alteração da direção peniana - São raras i- Persistência do frênulo peniano: - O frênulo é um tecido fibroso que liga a glande ao prepúcio, na puberdade com e estimulo da ereção o frênulo se rompe normalmente. ii- Pênis em formato saca-rolha iii- Pênis em arco-íris - Tratamento: Cirúrgico e em alguns casos ocorre o descarte do animal • Neoplasias penianas i- Fibropapiloma em bovinos: - Neoplasia fibrosa transmissível venérea, apresenta formações nodulares com aspecto de couve-flor - Tratamento: Pode apresentar cura espontânea sem metástase, ou remoção cirúrgica, ou descarte da reprodução ii- Tumor venéreo transmissível: - É um tumor que se implanta em mucosas em geral, mais comum em machos, apresenta-se na base do pênis e impede que sua completa exposição - É transmissível, se um macho cheirar a vulva de uma fêmea infectada poderá ocorrer contaminação oral, ocular e nasal. - Tratamento: Pode ocorrer cura espontânea e acarretar imunidade para o animal. Ou pode-se fazer tratamento com quimioterápicos e se não houver resultados é feito a intervenção cirúrgica. 5) Comportamento sexual em cães - Controle: hormônios sexuais e córtex cerebral • Hiperssexualidade: Agressividade, monta em outros cães, objetos e pessoas. Marcação de território dentro de casa, comportamento destrutivo, excitabilidade. - Tratamento: Castração, treinamento comportamental 6) Infertilidade em cães - Falha na ereção e ejaculação, manejo reprodutivo inadequado, dor, prostatite, orquite • Insuficiência hormonal: Alteração testicular, intersexualidade, hipopituitarismo. • Intersexualidade: O cão tem o sexo definido mas durante o desenvolvimento embrionário o aparelho reprodutor foi mal formado por deficiência hormonal ou influencia hormonal. O hormônio do embrião macho passa por anastomose para a placenta da fêmea (possui órgãos de macho mal formados e possui comportamento de macho, mas geneticamente é fêmea). - Tratamento: Vitaminas E e C, preservam a vida do espermatozoide e aumentam a motilidade. • Ejaculação retrograda: Bloqueio dos receptores simpático no colo da bexiga, isso resulta no não fechamento do colo da bexiga durante a ejaculação 7) Comportamento sexual inadequado em gatos • Spraying - Tratamento: Treinamento - Reduzir níveis de estresse, estabelecer relacionamento positivo com o gato, castração, ansiolíticos 8) Infertilidade em equinos - Baixa de libido - Acepromazina causa ereção, priapismo - Lesão do nervo sacro: Priapismo crônico 9) Impotência generandi - É a incapacidade de fecundação do espermatozoide por distúrbios no sêmen após ocorrido a copula - Pode ser causado por problemas ejaculatórios ou do sêmen a. Alterações em escroto i- Hidrocele - Acúmulo de fluido(transudato) entre as túnicas escrotais - É uma alteração rara - Causa: Alterações hemodinâmicas(ascite, anasarca), alterações oncóticas - Diagnóstico: Exame clinico, ultrassonografia, punção escrotal - Tratamento: Diuréticos, anti-inflamatórios, antibióticos preventivos, compressas frias e quentes, drenagem escrotal por punção, orquiectomia unilateral ii- Hematocele - Acúmulo de sangue entre as túnicas escrotais - Causa: Traumatismo testicular, tumores ou infecções. Ou pode ser secundária a um hemoperitônio - Diagnóstico: Exame clinico, ultrassonografia, punção escrotal - Tratamento: Diuréticos, anti-inflamatórios, antibióticos preventivos, compressas frias e quentes, drenagem escrotal por punção, orquiectomia unilateral iii- Hérnia inguino-escrotal - Uma alça intestinal sai do abdômen e entra dentro do escroto do animal através do anel inguinal tendo impedimento da passagem intestinal - Causas: Envelhecimento(animais idosos tendem a ter dificuldade na micção forçando a musculatura da região inguinal). Pode ser congénita também. - Diagnóstico: A hérnia causa aumento de volume abdominal, exame físico(palpação dolorosa) e ultrassonográfico. Aumento do volume escrotal. - Tratamento: Correção cirúrgica com recolocação das alças intestinais e sutura do canal inguinal b. Lesões em escroto i- Dermatite escrotal - Sinais clínicos: Prurido, auto-mutilação, aumento da temperatura local, lesões ulcerativas, edema escrotal - Causas: Trauma, ectoparasitas(Sarna corióptica escrotal em bovinos), intoxicação por aflotoxinas, dermatite de contato, auto-imune(pênfigo, doença rara que caracteriza-se pelo aparecimento de bolhas sobre a pele que se rompem e produzem uma erosão dolorosa) - Tratamento: Necessário identificar a causa primeiro! Lavagem tópica com antissépticos, pomadas cicatrizantes com antibióticos, parasiticidas, controle sanitário, controle da silagem, alterações de manejo ii- Alterações de posicionamento - Essas alterações prejudicam a termorregulação dos testículos podendo levar a uma degeneração testicular e gerar dermatites no local - Split scrotum em caprinos ou bipartição escrotal c. Alterações testiculares i- Alterações hereditárias • Criptorquidismo - É a falha no deslocamento de um ou ambos testículos da cavidade abdominal para o escroto devido à interrupção no seu trajeto normal - Pode ser unilateral direito ou esquerdo ou bilateral - O unilateral é mais comum de ser encontrado - É mais comumente encontrado em equinos e cães, mas pode ocorrer em qualquer espécie - Causas: Pode ser hereditário ou Gubernaculum testis - A migração testicular é feita pelo gubernáculo, uma estrutura que se estende desde os testículos até o peritônio parietal. A descida é estimulada pela testosterona, e estes precisam passar pelo canal inguinal. - Descida anormal dos testículos pode ser causada por, ausência do desenvolvimento do gubernáculo, desenvolvimento anormal do gubernáculo ou crescimento excessivo e ausência ou retardo na regressão do gubernáculo. - O testículo criptorquidico é afuncional do ponto de vista espermatogênico, animais com criptorquidismo bilateral são estéreis por conta disso. - Testículos criptorquidicos são mais propensos a desenvolverem neoplasias por isso devem ser removidos da cavidade. - Sintomas: Geralmente unilateral, podem ser ectópicos abdominais, inguinais localizando-se no canal inguinal ou no anel inguinal, possuem consistência alterada, coloração escura e histologicamente se assemelham a um testículo com hipoplasia total ou com degeneração avançada do epitélio seminífero. - Diagnóstico: Exame clinico e palpação retal, teste de estimulação endócrina(Hcg), dosagem de estrógenos conjugados. OBS: Teste da estimulação endócrina com Hcg – Este hormônio estimula as células de Leyding que secretarem testosterona, então se houver concentração sérica de testosterona nos testes, os testículos existem e estão fora do escroto. - Tratamentos: Orquiectomia bilateral, laparoscopia • Hipoplasia testicular - Subdesenvolvimento testicular, é uma alteração de caráter hereditário(gene recessivo autossômico de penetrância incompleta) - Acomete mais bovinos, podendo acometer outras espécies também - Pode ser classificada em hipoplasia moderada(parcial), somente alguns túbulos seminíferos são hipoplásicos. Na hipoplasia intermediária há um número regular de túbulos seminíferos afetados adjacentes aos normais. Na hipoplasia total(grave) a totalidade ou quase a totalidade dos túbulos seminíferos são hipoplásicos. - Cães com hipoplasia grave mostram sinais de feminização com atrofia de pênis e perda da libido, os sintomas desaparecem após a castração. - Causa: Hereditárias, baixa migração de células germinativas, pouca divisão celular após a colonização. - Sintomas: Na hipoplasia total o testículo apresenta volume diminuído, consistente a palpação e resistente ao corte, o animal apresentará oligospermia ou azospermia com altas taxas de formações patológicas no ejaculado. Diminuição da circunferência escrotal, assimetria, volume de sêmen normal. - Diagnóstico: Exame físico,perímetro escrotal, espermiograma - Consequências: Bilateral grave(severa), esterilidade. Unilateral moderada, sêmen de baixa qualidade, espermatozoides com pouco motilidade e baixa atividade metabólica. - Tratamento: Se for hereditário o animal será descartado, se for adquirido tratar a causa base. ii- Alterações degenerativas • Degeneração testicular - Importante impacto na pecuária pois é uma anormalidade que causa diminuição da fertilidade nos machos. - Causa anormalidade durante o ciclo espermático, com diminuição de células, diminuição funcional do testículo e maior sensibilidade do epitélio seminífero. - É classificada como unilateral quando a causa é local, ou bilateral quando a causa é geral ou sistêmica. - Causas: É uma alteração adquirida que pode ter várias causas. × Temperatura elevada: Abalos da termorregulação, qualquer processo que leve a um aumento da temperatura escrotal, como, dermatite escrotal, excesso de gordura escrotal, edema, hidrocele, periorquite e temperatura ambiental elevada, pirexia sistêmica. × Distúrbios circulatórios: Torção ou compressão do cordão espermático, obstrução embólica da artéria espermática, inflamações da veia e artéria espermática, obstrução da cabeça do epidídimo × Desequilíbrio nutricional: Deficiência de vitamina A(depressão ou diminuição de gonadotrofinas, LH e FSH), fosforo e proteínas e subnutrição. × Agentes químicos, físicos e tóxicos: EDTA, tetraminas, naftalenos clorados, anfotericina, gossipol, raios infravermelhos e radiações ionizantes, micotoxinas, ocratoxina. × Varicocele × Desequilíbrio hormonal: A espermatogênese é controlada pelas gonadotrofinas hipofisárias, então desequilíbrios destes hormônios pode provocar a degeneração testicular, como nos casos de administração de anabolizantes. × Doenças auto-imunes: Quando ocorre rompimento da barreira hematotesticular as células são atacadas pelo próprio corpo. - Sintomas/Quadro clinico inicial: Discreta redução do perímetro escrotal, flacidez testicular, astenozoospermia, teratospermia, oligospermia, subfertilidade - Sintomas/Quadro clinico avançado: Atrofia testicular, consistência firme do testículo(calcificação), medusa(células germinativas multinucleadas), azoospermia, infertilidade - Diagnóstico: Anamnese, espermiograma anterior, palpação testicular, perímetro escrotal, ultra-sonografia - Tratamento: Retirar a causa base → Estresse térmico em suínos: - Causa mais comum de falha reprodutiva - Ocorre alteração da qualidade do sêmen, astenospermia, teratospermia, oligozoosperimia HIPOPLASIA X DEGENERAÇÃO TESTICULAR - Ambas são parecidas, o diferencial para diagnosticar é o histórico do paciente - HIPOPLASIA: Espermiograma alterado continuamente, redução do perímetro escrotal constante, bolsa escrotal normal - DEGENERAÇÃO: Alteração pontal do espermiograma, redução progressiva do perímetro escrotal, excesso de pele em bolsa escrotal(enrugamento) iii- Alterações inflamatórias • Orquite - Inflamação testicular aguda ou crônica, uni ou bilateral - Causas: Maioria infecciosas de origem bacteriana como a brucelose, tuberculose, Actinomyces pyrogenes, estreptococose e piroplasmose. Pode ser causada por traumas também - Sinais agudos: Aumento do perímetro escrotal, dor e aumento da temperatura local, alterações do estado geral, hipertermia, leucócitos e bactérias seminais - Sinais crônicos: Diminuição de perímetro escrotal, sem sensibilidade, degeneração e atrofia. Pode haver também proliferação de tecido conjuntivo fibroso e formação de abscessos. - Tratamento: Antibioticoterapia, anti-inflamatórios, compressas quentes, suporte, descarte(se o agente for a brucelose) • Epididimite - Inflamação do epidídimo - Em ovinos a Brucella ovis é a causadora de epididimite - Maioria dos casos é unilateral - Epidídimo apresenta-se aumentado de volume, consistência firme e a superfície de corte revela focos de necrose de caseificação e calcificação - É uma infecção traumática e ascendente • Vesiculite - Inflamação da vesícula seminal - Causa: Brucella abortus, Actinomyces pyrogenes, traumas - Sintomas: Dor e aumento de volume, aumento de consistência, leucócitos no sêmen, relutância ao acasalamento, hiperemia, - Tratamento: Antibioticoterapia, anti-inflamatórios iv- Alterações neoplásicas - As neoplasias testiculares são as mais comuns em cães velhos, touros e nas demais espécies. - Os tumores são derivados das células especializadas presentes nos testículos. - Maior predisposição em testículos ectópicos - Pode ser uni ou bilateral • Leydigoma ou Tumor de células intersticiais • Sertolinoma ou Tumor das células de Sertoli • Seminoma - Esses tumores podem ser secretores ou produtores de hormônios sexuais - Sinais clínicos: Aumento de volume testicular, ausência de dor, baixa incidência de metástase - Diagnostico: Palpação escrotal e ultrassonografia, aspiração e biopsia - Tratamento: Orquiectomia bilateral ou descarte do animal → Para neoplasias secretoras: Principalmente Sertolinomas - São hormonalmente ativos - Ocorre a síndrome de feminização: - Sinais Dermatológicos: Alopecia simétrica não pruriginosa, hiperpigmentação e hiperqueratose. - Sinais Genitais: Alopecia de prepúcio, prepúcio pendular, ginecomastia, atrofia peniana, atrofia prostática ou metaplasia escamosa, atrofia do testículo contra-lateral. - Sinais hematológicos: Mielotoxicidade, trombocitopenia, anemia, processos hemorrágicos, linfocitose reativa, apatia, fraqueza, petéquias, inapetências(anorexia), mucosas pálidas • Teratoma - Tumor formado por vários tipos de células germinativas - São células pluripotentes - São massas e cistos que podem conter dentes, pelo, ossos, cartilagens - São malignos v- Alterações progressivas • Varicocele - Dilatação e tortuosidade das veias do plexo pampiniforme, causa falha na drenagem venosa, gerando acumulo de sangue e consequente formação de trombos - É uma degeneração testicular - Causa: Não é conhecida, pode ser uma massa abdominal que comprime a veia testicular - Diagnostico: Exame físico por inspeção, aumento de volume, palpação dolorosa, atrofia testicular, ultrassonografia - Tratamento: Orquiectomia • Hiperplasia prostática benigna(HPB) - É o aumento do volume prostático com a idade - É mediada pela Di-hidroxitestosterona - Sintomas: Normalmente não há sinais. Tenesmo, descarga prepucial hemorrágica, hematúria, hematospermia - Diagnostico: Sintomas e ultrassonografia - Tratamento: Orquiectomia bilateral, medicamentos antiandrógenos inibidor(Finasteride e Acetato de Osaterona)
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