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16/03/2017 1 Mecanismos microbianos de patogenicidade Mecanismos de patogenicidade dos microrganismos • Patogenicidade: capacidade de um microrganismos causar doença superando a defesa do hospedeiro • Virulência microbiana - A virulência mede a intensidade da patogenicidade: os microrganismos patogênicos podem ser mais virulentos ou menos virulentos - O grau de virulência está diretamente relacionado à capacidade de um microrganismo de causar doença • Doenças infecciosas são aquelas causadas por microrganismos. • É preciso que o hospedeiro entre em contato físico com um micróbio patogênico e/ou com seus produtos tóxicos. 16/03/2017 2 Etapas da patogenicidade • Acesso ao hospedeiro (portas de entrada). • Adesão ao tecido. • Invasão do hospedeiro e evasão das defesas. • Lesão das células dos hospedeiros. • Membranas mucosas • Pele • Via parenteral Portas de entrada 16/03/2017 3 Membranas Mucosas • Trato respiratório: gotículas de umidade e partículas de pó. Ex.: doença como resfriado comum, pneumonia, gripe sarampo, varicela. É a porta de entrada mais comum. • Trato gastrintestinal: alimento, água e mãos contaminadas. Ex.: poliomielite, cólera, hepatite A, febre tifóide, shigelose (disenteria bacilar). • Trato geniturinário: transmitidos sexualmente. Ex.: DSTs (HIV, verrugas genitais, herpes, sífilis, gonorréia) Portas de entrada Pele • Íntegra é impenetrável • Abertura na pele: folículos pilosos e ductos de glândula sudoríparas Via Parenteral • Quando os tecidos sobre a pele ou as membranas da mucosa são penetradas ou lesadas • Punções, injeções, picadas, cortes, cirurgias Porta de entrada preferencial • Se os microrganismos obtêm acesso ao corpo pela porta de entrada não preferencial, a doença pode não ocorrer Portas de entrada 16/03/2017 4 16/03/2017 5 • Adesinas - Superfície bacteriana - Ligam-se especificamente a receptores da superfície de células hospedeiras - Podem ser glicoproteínas ou lipoproteínas - Receptor de manose é o mais comum Adesão ao tecido (Aderência) • Comunidade estruturada de células de microrganismos aderidas a uma superfície inerte ou viva. • São mais resistentes à ação de antibióticos. 16/03/2017 6 • Fagocitose bem sucedida - destruição do invasor • Fatores que contribuem na capacidade de evasão do sistema imune: - Cápsulas - Componentes da parede celular - Enzimas - Variação antigênica Invasão do hospedeiro Cápsulas • Impede a fagocitose • Aumenta a virulência da espécie • Streptococcus pneumoniae (pneumonia pneumocócica); Klebsiella pneumoniae (pneumonia bacteriana); Haemophilus influenzae (pneumonia e meningite em crianças) • Algumas linhagens possuem cápsulas e outras não Invasão do hospedeiro 16/03/2017 7 Componentes da parede celular • Substâncias que aumentam a virulência de certas bactérias • Exemplos: - Proteína M: fixa nas células do hospedeiro e auxilia na resistência a fagocitose. Ex.: Streptococcus pyogeneses - Fímbrias: permite o crescimento dentro das células do hospedeiro. Ex.: Neisseria gonorrhoeae. - Ceras: resiste à digestão intracelular. Ex.: Mycobacterium tuberculosis. Invasão do hospedeiro Invasão do hospedeiro 16/03/2017 8 Enzimas • A produção de enzimas aumenta a virulência bacteriana - Leucocidinas: destroem os leucócitos - Hemolisinas: lisa as hemácias - Coagulases: coagulam o fibrinogênio - Quinases: degradam a fibrina e dissolvem os coágulos formados para isolar a infecção - Colagenase: rompe o colágeno (tecido conjuntivo) - Hialuronidase: destrói o ácido hialurônico (união celular) Invasão do hospedeiro Lesão das células do hospedeiro • Lesão direta: multiplica no interior das células • Uso do nutriente do hospedeiro: produção de sideróforos (captura de ferro em substâncias como hemoglobina) • Produção de toxinas • Induzindo reações de hipersensibilidade 16/03/2017 9 Lesão das células do hospedeiro Produção de Toxinas • Substâncias venenosas • Toxemia: presença de toxinas no sangue • Podem ser divididas: exotoxinas e endotoxinas Exotoxinas: produzidas no interior bacteriano e liberadas no meio circundante (Gram +) - Citotoxinas, neurotoxinas e enterotoxinas - Antitoxinas: anticorpos produzidos contra exotoxinas - Toxóides: exotoxinas alteradas em laboratório, inativadas pelo calor ou quimicamente (formaldeído ou iodo). Não causam doença, mas ativam o sistema imunológico. Vacinas tétano e difteria. Lesão das células do hospedeiro Endotoxinas: são parte da porção externa da parede celular (Gram -) - Membrana externa: Lipoproteínas, fosfolipídios e lipopolissacarídeos (LPS) - Lipídio A do LPS 16/03/2017 10 Produção de toxinas Exotoxinas • Superantígenos (tipo I): provocam resposta imunológica muito intensa. Ex.: toxina estafilocócica (síndrome do choque tóxico). • Toxinas que rompem membranas (tipo II): leucocidinas (estafilococos, estreptococos e pneumococos), hemolisinas e toxinas formadoras de poros (estreptolisina O). • Toxinas A-B (tipo III): inibem a síntese proteica. Ex.: toxina diftérica. 16/03/2017 11 Exotoxinas: superantígenos • Toxina da Síndrome do Choque Tóxico (TSST-1) • Staphylococcus aureus • Síndrome do Choque Tóxico ou da pele escaldada Exotoxinas A-B 16/03/2017 12 • São parte da porção externa da parede celular (Gram -) • Lipídio A do LPS • Liberadas após a morte da bactéria, ação de anticorpos e antibióticos • Sintomas: calafrios, febre, fraqueza, dores, choque, disfunção de múltiplos órgãos. Endotoxinas 16/03/2017 13 Portas de saída • Trato respiratório: tosse ou espirro • Trato gastrintestinal: saliva ou fezes • Trato urogenital: secreções da vagina ou pênis • Artrópodes e seringas são portas de saída para patógenos do sangue 16/03/2017 14 Mecanismos microbianos de patogenicidade
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