Aula 6 Microbiota normal do corpo humano

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23/03/2017 
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Microbiota normal do corpo 
humano 
Microbiota normal nos seres humanos 
• Relação íntima e complexa do ser humano com os 
microrganismos: 
 absorção de nutrientes 
 síntese de vitaminas (K e B12) 
 ativação do sistema imunológico 
 proteção contra colonização por micróbios patogênicos 
 
• Número de células humanas x número de células microbianas 
 10 trilhões x 100 trilhões 
 
• Microbiota em estado de fluxo contínuo: 
 idade, dieta, estado hormonal, higiene pessoal e saúde 
(uso de antibióticos – ex.: colite pseudomembranosa associada à 
antibioticoterapia causada pelo Clostridium difficile) 
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Resultados da exposição de um indivíduo a um 
microrganismo 
• Colonização permanente (sem interferência nas funções 
normais do corpo) 
 
• Colonização de maneira transitória 
 
• Produzir uma doença: 
 fatores microbianos: proliferação, produção de toxinas 
 resposta imune do hospedeiro 
 
• Patógenos estritos: Mycobacterium tuberculosis, Neisseria 
gonorrhoeae, Salmonella typhi, vírus da raiva 
 
• Patógenos oportunistas: Staphylococcus aureus, Escherichia 
coli, Candida albicans 
Relação microrganismo x hospedeiro: Simbiose 
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Distribuição da microbiota normal 
• Trato respiratório e cabeça 
 
• Trato gastrointestinal 
 
• Sistema geniturinário 
 
• Pele 
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• Sítios livres de microrganismos: 
 fluido cerebrospinal, sangue, bexiga, útero, ouvido médio, 
seios paranasais e rins. 
Distribuição da microbiota normal 
Fatores que influenciam a distribuição: 
 temperatura 
 pH 
 água 
 oxigenação 
 nutrientes 
 sistema imunológico 
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Microbioma 
• A comunidade microbiana varia em locais 
diferentes do corpo de uma mesma 
pessoa. 
• Bactérias de um local específico do corpo 
de diferentes pessoas têm características 
em comum. 
• Microbioma de uma pessoa saudável varia 
de uma pessoa doente. 
 
Microbiota da pele 
• Pele: primeira linha de defesa 
 
• Fatores que dificultam o crescimento 
microbiano: 
 pH baixo 
 baixa umidade 
 ácidos graxos nas secreções sebáceas 
 secreção de lisozima pelas glândulas sudoríparas 
 
• Organismos comumente encontrados na superfície da pele: 
 Propionibactérias 
 Corinebactérias 
 Staphylococcus aureus 
 Staphylococcus epidermidis 
 Candida, Malassezia 
 
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Microbiota da superfície dos olhos 
• Controle da microbiota da conjuntiva: 
 secreção de lisozima pelas lágrimas 
 
• Conjuntiva é colonizada por: 
 Staphylococcus epidermidis 
 S. aureus 
 Propionibacterium 
 Corynebacterium 
 Streptococcus 
Microbiota do trato respiratório 
• Controle da microbiota: remoção mecânica (muco e cílios) e 
lisozima na mucosa nasal 
• Nariz: corinebactérias, estafilococos (S. epidermidis, S. aureus) e 
estreptococos. 
• Nasofaringe: Streptococcus 
pneumoniae (cepas avirulentas) 
 
• Laringe, traqueia e bronquíolos são 
geralmente estéreis. Colonização 
transitória com secreções do trato 
respiratório superior 
 
• Introdução em sítios normalmente 
estéreis (seios da face, ouvido 
médio, cérebro) 
 
 
 
 
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Microbiota da boca 
• Controle da microbiota: remoção mecânica (saliva e 
descamação das células epiteliais) 
• Na ausência de dentes, a maioria dos microrganismos são 
aeróbios e anaeróbios facultativos, posteriormente são 
anaeróbios. 
• População microbiana diversa: 
 Streptococcus, Lactobacillus, Actinomyces, Veillonella, 
Neisseria, Haemophilus, Fusobacterium, Treponema, 
Staphylococcus, Corynebacterium e Candida 
• Varia nos diferentes sítios anatômicos 
• Saliva contém substâncias antimicrobianas 
• Streptococcus mutans causa cárie dentária 
 
 
Microbiota do trato gastrointestinal 
• Colonizado com micróbios ao nascimento 
 
• Colonização ocorre diariamente com a alimentação 
 
• No esôfago: microbiota transitória 
 
• No estômago: presença de ácido clorídrico e enzimas digestivas 
– escassez de microrganismos 
 bactérias acidotolerantes (Lactobacillus e Streptococcus) 
 Helicobacter pylori 
 Uso de drogas que neutralizam a produção de ácidos 
 gástricos 
 
 
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Microbiota do trato gastrointestinal 
• Intestino delgado: diversas 
bactéria, fungos e parasitas 
 
Duodeno: influência do ambiente ácido 
do estômago e ação inibitória da bile 
 
Jejuno: enterococos, lactobacilos e 
corinebactérias 
 
Íleo: bactérias anaeróbias e anaeróbias 
facultativas 
 
 
 
 
 
• Intestino grosso: predomina bactérias anaeróbias 
(Bacteroides, Fusobacterium, Bifidobacterium, Clostridium) 
seguidas de bactérias anaeróbias facultativas (Escherichia coli, 
Proteus, Klebsiella, Lactobacillus) 
Microbiota do sistema geniturinário 
• Uretra anterior e vagina: colonizadas permanentemente com 
micróbios 
 
• Bexiga urinária: pode ser colonizada transitoriamente com 
bactérias que migram de modo ascendente a partir da uretra 
(eliminação: atividade antibacteriana das células uroepiteliais e 
jato urinário) 
 
• Uretra: lactobacilos, estreptococos e Staphylococcus 
coagulase-negativos 
 Uretrite: Neisseria gonorrhoeae e Chlamydia trachomatis 
 
 
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Microbiota do sistema geniturinário 
• Vagina: drasticamente influenciada por fatores hormonais 
 Estrógeno materno: lactobacilos (6 semanas) 
 Níveis reduzidos de estrógeno: estafilococos, 
estreptococos e Enterobacteriaceae 
 Produção de estrógeno (puberdade): lactobacilos, 
estafilococos, estreptococos, Enterococcus, Gardnerella. 
 Menopausa: número de lactobacilos novamente 
diminuem 
 
Causa comum de vaginite: N. gonorrhoeae, Trichomonas 
vaginalis, Candida albicans e C. glabrata