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Questões Discurssivas TGP
Aula 6 
(Questão Discursiva - MP/RJ – XXXI CONCURSO – 2009. Adaptada)
O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro, através da Promotoria de Tutela Coletiva de Ondefica, instaurou inquérito civil visando apurar notícia de má prestação do serviço público de transporte coletivo urbano por ônibus naquela cidade. No curso das investigações, restou apurado que os veículos da concessionária do serviço, Rodebem Transportes Ltda., estavam em péssimas condições, apresentando vícios capazes de expor a vida e a segurança dos usuários a graves riscos. Apurou-se, ainda, que os veículos já contavam mais de quinze anos de utilização, em que pese o contrato de concessão prever que a vida útil dos coletivos não poderia ultrapassar dez anos. No curso das investigações, o Promotor de Justiça oficiante é surpreendido com a notícia de que a concessionária firmara um Termo de Ajustamento de Conduta com a Associação de Moradores de Canavial, principal bairro servido pelas linhas operadas por aquela, visando à solução do problema. Requisitada cópia desse TAC, o Promotor de Justiça verificou que ali constavam as seguintes cláusulas:
1) A concessionária efetuará a troca de toda a frota de veículos.
2) A concessionária realizará reparos mecânicos nos veículos coletivos hoje em uso, de forma a torná-los seguros e adequados.
3) A concessionária indenizará qualquer consumidor que sofra danos materiais ou morais decorrentes da má prestação do serviço com a quantia de R$ 1000,00.
Diante desse quadro, examine as principais questões envolvidas.
R- Com efeito, o TAC foi proposto por uma associação de moradores, o que não é admitido, nos termos do art. 5°, § 6° da lei n 7347/85. A partir desse vício de legitimidade, o Promotor, ao tomar conhecimento do fato, deve promover em juízo ação anulatória do TAC, com o objetivo de desconstituir o acordo irregularmente firmado.
Aula 7
Que espécies de medidas pode o magistrado determinar a fim de garantir o cumprimento de uma ordem judicial?
R-o art. 139 do CPC/2015, no inciso IV, possibilita ao magistrado determinar "todas as medidas indutivas, coercitivas, mandamentais ou sub-rogatórias necessárias para assegurar o cumprimento de ordem judicial". O novo CPC permite, assim, que o magistrado, independentemente de provocação da parte interessada, tome providências concretas no sentido de fazer valer o que foi decidido. 
Tais medidas podem ser:
a) indutivas: são uma novidade em relação ao CPC de 1973. Não está ainda muito clara a distinção entre medidas indutivas e coercitivas. Poderíamos ter, aqui, uma medida a ser aplicada nos casos de contempt of court, ou seja, uma sanção nos casos de descumprimento de decisão judicial. Por outro lado, também seria possível conceber tais medidas como viabilizadoras de uma tutela que recaia sobre obrigação pecuniária, como é o caso da multa de dez por cento a ser acrescida às obrigações pecuniárias não adimplidas, na forma do art. 523 do CPC/2015.
b) coercitivas: são as que impõem sanção, com o objetivo de constranger o devedor ao cumprimento da obrigação. É o caso da multa imposta nas obrigações de fazer e de entrega de coisa.
c) mandamentais: são as que determinam obrigação de fazer, não fazer ou desfazer. Podem ser reforçadas pelas medidas de apoio, ou ainda viabilizadas por meio do resultado prático equivalente. Alternativamente, pode também o magistrado determinar o cumprimento por terceiro às expensas do devedor.
d) sub-rogatórias: são as que visam ao cumprimento da obrigação, independentemente da vontade do devedor, e normalmente nos casos em que há inadimplemento qualificado pelo descumprimento à ordem judicial. É o caso da penhora física ou eletrônica dos bens que vão, após a avaliação e expropriação, servir para a satisfação do credor.
2) Estabeleça a distinção jurídica entre PROCESSO e PROCEDIMENTO, discorrendo sobre as respctivas definições, caracteristicas e espécies.
R- Processo e a entidade complexa formado por um aspecto interno por uma relação jurídica e um aspecto externo formada pelo procedimento, ou seja, uma susseção ordenada de atos processuais. As caracteristicas do processo, autonomia, subjetividade e independência, ao passo que o procedimento é um conjunto de atos que devem ser praticados para que o processo consiga atingir sua finalidade.
Aula 8
DIREITO PROCESSUAL CIVIL. REGULAMENTAÇÃO DO PROCESSO ELETRÔNICO PELOS ÓRGÃOS DO PODER JUDICIÁRIO. É possível que o tribunal local defina, por meio de resolução que regulamente o processo eletrônico no âmbito de sua respectiva competência, ser de responsabilidade do autor a digitalização dos autos físicos para continuidade da tramitação do processo em meio eletrônico. Isso porque, nessa hipótese, a regulamentação está em consonância com o art. 18 da Lei 11.419/2006, o qual prevê que os “órgãos do Poder Judiciário regulamentarão esta Lei, no que couber, no âmbito de suas respectivas competências”. REsp 1.374.048-RS, Rel. Min. Humberto Martins, julgado em 21/5/2013 (Informativo nº 0524).
R-Competência privativa da União para normas de processo e competência concorrente dos Estados para normas de procedimento. Peculiaridades do Tribunal local. Necessidade de regulamentação específica, caso a caso, sobretudo durante a etapa de transição dos autos físicos para os autos eletrônicos.
aula 10
1) Eduardo promove, em face da Fazenda Pública Estadual, ação visando a condenação do réu a fornecer remédios para tratamento de doença (AIDS). Na inicial postula, ainda, a concessão de tutela antecipada, diante do risco de dano irreparável. O juiz, ao examinar inicial concede a tutela reclamada, que foi objeto de recurso por parte do réu. Indaga-se:
a) É admissível a concessão de tutela antecipada em face da Fazenda Pública Estadual? Justifique.
R- Sim. Nas situações previstas no art. 300 do CPC, a tutela antecipada pode ser concedida contra o Estado quando envolve a demanda direitos fundamentais, como o direito à saúde, que deve ser prestado pelo Estado, por princípio constitucional.
b) Como se comporta a jurisprudência do STJ sobre a possibilidade ou não de concessão de tutela antecipada em face do Estado?
R- A jurisprudência já se manifestou positivamente na possibilidade de antecipação de tutela antecipada sem que haja ofensa ao princípio do contraditório. Necessário lembrar que a antecipação da tutela sem a oitiva da parte contrária é possível apenas em casos excepcionais, pois o juiz terá, como elementos de informação, apenas a visão unilateral do fenômeno apresentada pelo autor.
2) Discorra sobre as medidas a serem tomadas pelo magistrado, no caso de descomprimento judicial de acordo com o art 139 do CPC/2015.
R- O juíz poderá determinar medidas que tem por objetivo de constranger, convencer e estimular aquela parte a cumprir o quanto antes a descisão judicial, e podem ser medidas indutivas , coercitivas, mandamentais e sub-rogatórias.
Aula 1
Helena e Marcílio pretendem se divorciar de forma consensual. São pais de 02 filhos menores, absolutamente incapazes, e, por isso, deverão promover a medida judicial para chancelar o acordo de vontades. Indaga-se:
a) A tutela reclamada em juízo é da jurisdição contenciosa ou não contenciosa (voluntária)? Justifique.
R) Ela é da jurisdição não contenciosa (voluntária). Nessa, não há lide, não há partes, não há sentença solucionando conflito algum, ela apenas chancela ou homologa a vontade das partes dentro de determinadas condições previstas na lei.
b) O ato judicial é uma decisão solucionando lide? Justifique.
R) Não, porque não é deduzida em juízo uma pretensão, de regra, com possibilidade de resistência. A sentença homologatória do ato das partes não faz coisa julgada material.
Aula 2 
1ª Questão: Regina, brasileira, solteira, com seis filhos menores, desempregada, residente na comunicada carente de sua cidade, procura certo órgão de atuação da Defensoria Pública, narrando que durante uma incursão policial na comunidade, uma de suas filhas, Ana, de apenas cinco anos de idade, foivítima de uma bala perdida e apesar de socorrida, morreu logo ao chegar ao Hospital Municipal local. A Defensora Pública, diante do relato e após verificar as condições sócio-econômicas de Regina, decide ajuizar ação buscando indenização junto ao Estado. INDAGA-SE: 
a) A Defensoria Pública é órgão criado para servir de instrumento de acesso à justiça? Justifique a resposta? Aponte o fundamento legal.
R) Sim, as Defensorias Públicas visam efetivar o acesso à justiça, inclusive para os hipossuficientes, tendo em vista que nossa Carta Magna aponta o acesso à justiça como um direito fundamental. 
b) O prazo em dobro concedido à Defensoria Pública infringe o princípio da igualdade das partes? Justifique.
R) Não, o prazo em dobro reforça o princípio da igualdade, tratando desigualmente os desiguais. Isso se chama “isonomia material”. 
c) Analisando o quadro de evolução histórica do Direito Processual Civil, em que fase nos encontramos? Qual a preocupação do processualista moderno? Justifique as respostas.
R) Atualmente, nosso Direito Processual Civil encontra-se na fase “instrumentalista” e a preocupação do processualista moderno é encarar o processo como um instrumento para viabilização das pretensões do direito material e não como um fim em si mesmo. 
Aula 3
Mário promove ação em face de Companhia Real de Sapatos para postular a condenação do réu a lhe pagar indenização por danos morais e materiais. Citado, o réu apresenta como peça de resistência a existência de cláusula compromissória entre as partes na convenção de arbitragem. Em função disso, o processo deve ser extinto sem resolução de mérito. Após a análise da situação, responda:
a) O réu tem razão em sua defesa? Por quê?
R) Sim. O estabelecimento da cláusula compromissória, quando alegada pelo réu em sua defesa, inibe a atuação do Poder Judiciário. Nesse caso, a solução do conflito ocorrerá pela arbitragem prevista na lei nº 9.307/1996.
b) O juiz pode conhecer de ofício a convenção de arbitragem para extinguir o processo sem resolução do mérito? Por quê?
R) Não. Essa é uma das únicas hipóteses do elenco do artigo 337 do NCPC/2015 que o juiz não pode conhecer de ofício (parágrafo 5º). A outra arguição é de incompetência relativa: considera-se que a falta de arguição do compromisso resulta em renúncia à arbitragem – um direito das partes.
Aula 4
Arnaldo pretende promover ação visando a condenação do réu a lhe pagar o valor de R$ 10.000,00 (Dez mil reais) e contrata um advogado que adota o procedimento comum. Ao despachar a inicial, o juiz ordena a remessa dos autos a um dos juizados especiais cíveis, tendo em vista o valor da causa.
a) Agiu corretamente o Juiz? Justifique.
R) Não. A competência em relação ao valor da causa, quando não se extrapola o valor máximo dos juizados especiais cíveis, é relativa (CPC, art. 63, caput). Sendo relativa, não poderia ser conhecida de ofício pelo magistrado (súmula 33 do STJ).
Aula 5 e Aula 9
Victor procura um advogado e relata que foi lesado por Lauro. Narra que Lauro indevidamente se nega a restituir o imóvel que lhe cedeu a título de comodato e que precisa retomar a coisa para fins de alojar novamente a sua família, em conta que perdeu o imóvel que residia em razão de chuvas e ventanias fortíssimas como foi amplamente noticiado na imprensa escrita e falada. Indaga-se:
a) Como o advogado deve orientar Victor, em conta que foi contratado para promover a medida judicial cabível? Justifique a resposta.
R- O advogado deve orientar o seu cliente a promover ação de conhecimento, mas antes deverá notificar o comodatário para desocupar o imóvel no prazo previsto contratualmente ou, se não previsto, no prazo de praxe de 30 dias. Feita a notificação e permanecendo inerte o comodatário, então, deverá promover a ação de reintegração de posse, porque ficará caracterizado o esbulho pela não restituição da coisa.
b) Qual o tipo de tutela jurisdicional deverá ser promovido por Victor através de seu advogado? Justifique a resposta.
R- A medida judicial se materializa em uma ação de conhecimento, o instrumento de realização do seu direito material. Ela é um direito fundamental à tutela jurisdicional, mas não, efetivamente, direito a um processo e a um julgamento de mérito. As reformas processuais deram nova redação ao art. 463 do CPC/1973, retirando a expressão “mérito”, porque a decisão judicial pode não chegar ao exame do mérito, como nos casos de extinção do processo sem resolução de mérito, por faltar, por exemplo, as condições para o correto exercício da ação. A fórmula foi mantida no art. 494 do NCPC.
Outra discurssivas
A 3ª câmera de Direito Civil do TJ de santa Catarina confirmou sentença da comarca de Blumenau que condenou o médico ginecologista Gilbran ao pagamento de R$: 30 mil por danos morais e estéticos a uma paciente, devido á falta de esclarecimentos acerca dos ricos de uma vídeoparascopia, que resultou em uma perfuração de intestino. Em primeiro grau, a sentença afastou suposto erro médico. Porém tal julgado condenou o ginecologista por não comprovar que informou a paciente dos riscos do tratamento para a retirada de cisto no ovário ou da alternativa de uma cirurgia convencional. Para o relator do processo, desembargado Macus Túlio Sartorato ao confirmar a sentença “é evidente o dever da informação, pois uma vez ciente dos riscos do método vídeolaparoscópico, a paciente poderia escolher a cirurgia convencional.” O acórdão conclui que “ao optar por procedimento cirúrgico sem cientificar o paciente acerca das possíveis complicações, o profissional assume o risco de responder por eventual dano decorrente do ato”. A decisão foi unânime. Indaga-se: 
A) No caso em tela seria viável uma composição extrajudicial? Explique a autocomposição. Justifique a resposta. 
R: Sim, a autocomposição é considerada legítimo meio alternativo de solução dos conflitos, estimulado pelo direito mediante as atividades consistentes na conciliação, de modo geral, pode se disser que e admitida em interesse material.
B) Como seria a mediação neste caso? É preciso haver o mediador? Justifique 
R: A mediação e um método em que a presente uma terceira pessoa chamada de mediador.
A 18ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais julgou apelação interposto á sentença que, nos autos da ação de resolução de contrato cumulada com indenização por danos morais e materiais, ajuizada por Ubirajara da Silva em face de Helth Assistência Médica e Hospitalar S/C, julgou o autor carecedor da ação relativamente ao pedido de resilição e improcedente no que tange aos danos morais e materiais. Na sentença, o juiz de primeiro grau asseverou que a resilição unilateral do contrato depende de prévia notificação, o que não ocorreu no caso dos autos. Assim, julgou o autor carecedor da ação no que tange ao pedido de “cancelamento” do contrato de plano de saúde. Diante do caso, pergunta-se: 
A) A expressão carência de ação é tecnicamente correta? Justifique. 
R: Sim, a expressão carência de ação e usual e significa a falta de uma das condições da ação.
B) Comente a teoria da asserção comparando-a no caso concreto. Justifique? 
R: A teoria da asserção e uma análise mais profunda do caso concreto identificando os pressupostos da condição da ação, legitimidade, interesse de agir e possibilidade jurídica do pedido na falta de algum requisito o juiz julga causa de mérito de improcedência. 
Carlos Alberto promove demanda em face de uma empresa jornalística, requerendo a concessão de liminar para que a mesma publique uma retratação de noticia divulgada na semana anterior que lhe envolvia. O magistrado determinou a citação do réu para, somente após, analisar o requerimento de antecipação dos efeitos da tutela. Em resposta, a empresa aduziu que não seria possível a concessão da liminar, dado ao caráter da irreversibilidade dos seus efeitos. Indaga-se: como o magistrado devera decidir?
R: O magistrado terá de decidir utilizando o principio da ponderação, analisando a quem será mais difícil de suporta a medida.Pedro promove ação de conhecimento em face de Francisco. Na petição inicial postula o reconhecimento de ser indenizado a titulo de danos morais, decorrente de ofensa à sua honra, no valor de R$: 40.000,00(quarenta mil reais) o feito correu regularmente e o juiz proferiu decisão condenando o réu a pagar o valor constante no pedido. Houve recurso e a decisão, do órgão coletivo de 2° grau, foi de rejeição unânime. Do acórdão, o vencido interpôs recurso especial, que foi anadmitido. Insurgiu-se contra a inadmissão, dentro do prazo, sem utilizar todo o prazo recursal, através de agravo de instrumento, portanto de forma tempestiva. Surge, então, a lei 12.322, de 09.09.2010, que cria o agravo nos próprios autos, que entra em vigor dentro do prazo do recurso já oferecido pelo vencido. Indaga-se: A) A lei nova tem aplicação no presente caso? Justifique a resposta. 
R: Não, pois a lei processual não retroage como a lei penal mesmo que seja mais benéfica, de acordo com o CPC quando uma nova norma processual entra em vigor ela atinge os processos em curso no ponto em que este se encontra sendo utilizados todos os atos processuais já praticados pela norma anterior. 
B) Como se posiciona o E. STJ sobre a questão. Cite jurisprudência sobre a matéria. 
R: A norma processual atinge o processo em curso no ponto em que se encontra sendo utilizados os atos processuais já praticados pela lei anterior art.1211 do CPC.

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