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Principais características da Constituição de 1934: • O direito a educação para todos • O ensino religioso facultativo, onde era respeitada a confissão do aluno • O primeiro presidente da república a ser eleito por voto indireto • Criação da justiça do trabalho e Justiça eleitoral • A possibilidade de nacionalização das empresas estrangeiras • Obrigatoriedade e gratuidade no ensino primário para todos, inclusive à adultos. • Proibição da distinção salarial baseada em idade, sexo, nacionalidade ou estado civil • Sistema eleitoral com voto secreto, inclusive o voto feminino e obrigatoriedade a maiores de 18 anos. • Existência do sistema Legislativo, Executivo e Judiciário. • Nacionalização de recursos mineiras presentes no subsolo brasileiro Ação integralista Brasileira A AIB foi um movimento político com inspirações fascistas, surgindo em 1930 com mudanças de regimes autoritários que ocorria na Europa. Após um período na Itália com contatos de líderes fascistas o idealizador da AIB se juntou a simpatizantes e grupos de intelectuais que eram de acordo com as ideias, devido a repercussão causada em outubro daquele mesmo ano é lançado um manifesto integralista onde Plínio Salgado funda a AIB. Os idealizadores do movimento pregavam a defesa do nacionalismo com bases mais culturais do que econômicas e do corporativismo, visto como um auxílio para organização do estado e da sociedade, em combate com valores liberais e rejeição do socialismo como uma organização social. Contudo, eram diferentes do fascismo e nazismo alemão, por não segregar outras raças. Ao contrário deste tipo de pensamento a AIB considerava a miscigenação como constituinte da nação Brasileira. Com o lema "Deus, pátria e família" deixavam claro seu posicionamento com a constituição cristã, nacionalista e conservadora. Seus hábitos e expressões tinham como marca uma saudação parecida com a do nazismo em apresentações públicas, com um sinal que tinha como representação a palavra "Anauê" que tinha como significado "Você é meu irmão" em Tupi. Ao ser lançado a presidência anos mais tarde o mesmo não se mantém ao cargo devido ao golpe do estado novo realizado por Vargas e apesar de apoio ao golpe o presidente mandar fechar todos os partidos políticos, inclusive o AIB que anos mais tarde o seu criador se refugia em Portugal até a redemocratização de 1945 fundando um novo partido, que tem como objetivo reviver os ideais do AIB. Chamado partido da Representação popular (PRP). Aliança nacional libertadora Com a criação da AIB fundamentos políticos contrários ao de extrema direita foram surgindo, em combate a esse posicionamento surge a ANL em março de 1935 com o objetivo de combater o fascismo em âmbito nacional. A frente se reunia antigos tenentes insatisfeitos com as ações do governo de Vargas e por isso buscavam novos rumos para política nacional. O grupo lançou um programa básico de organizações onde tinha como ponto principal a suspenção de pagamento da dívida externa, a nacionalização de empresas estrangeiras, a reforma agrária aos pequenos e médios proprietário a garantia de amplas liberdades democráticas e a constituição de um governo popular, sem deixar em evidência a forma como chegariam a esse governo. Em março do mesmo ano de sua criação é lançado o comitê diretório nacional tendo como presidente Herculino Cardoso e o vice Amoreti Osório. A presidência de honra foi dada ao Luis Carlos Prestes que estava na União Soviética, mas reverenciado com grande honra no Brasil devido sua atuação na década anterior quando tentou derrubar o governo. Em abril de 1935 Luis Carlos Prestes retorna ao Brasil clandestinamente quando se torna responsável por tomar providências necessárias para formas de revolução armada. Em julho de 1935 os aliancistas criaram uma série de manifestações em homenagem aos levantes onde alguns manifestantes leram um manifesto que defendia a queda do governo Getúlio Vargas, devido a isso Vargas aciona as diretrizes da lei de segurança nacional que coloca o movimento como algo clandestino no Brasil. Devido a isso a ANL acaba perdendo a força por ser mantida na maior parte por apoios populares que davam fôlego ao movimento. Nesse momento de retrações militares passam a encabeçar movimento golpistas chamado de Intentona comunista que não passou de uma tentativa frustrada de derrubar o governo vanguardista. A partir destas situações o governo encabeçou uma onda repressora contra os setores de esquerda. A ANL acaba se encerrando e deixando com que uma onda de anticomunismo tomasse conta de vários setores da sociedade. Não por acaso era o mesmo "fantasma comunista" que perdurou por dois anos dando lastra ao golpe que instituiria o Estado novo. Intetona Comunista A intetona comunista, também conhecida como "Revolta vermelha de 35" e levante comunista foi uma tentativa de golpe no governo de Getúlio Vargas no dia 23 de novembro de 1935 pelo Partido comunista do Brasil. O objetivo era a retirada do atual presidente e após o acontecimento assumir o poder do país. Após de diversos episódios pelo país o governo Vargas decretou estado de guerra e ampliou o poder executivo, do qual abriu caminho para o Estado novo, futuro golpe que Getulio Vargas implementou na época. Os acontecimentos causados diante disso culminou a prisão de Luís Carlos e a deportação de sua esposa Olga Benário para Alemanha onde foi morta em um campo de concentração nazista. Plano Cohen No dia 30 de setembro de 1937 foi feito o envio de um plano ao governo, anunciado na rádio "Hora do Brasil" o pronunciamento tinha como intenção dar orientações específicas e detalhes sobre sequestros que planejavam. Logo após o acontecimento o governo entrou com um pedido de decreto de estado de guerra no congresso nacional, sendo atendimento em menos de 24 horas após a solicitação. O pedido concedia ao governo suspender os direitos constitucionais, de forma que Getúlio começou uma perseguição aos comunistas, teoricamente implantado ao plano, além de seus rivais políticos. Algumas semanas depois o congresso nacional do Rio de Janeiro foi cercado por Vargas e no dia 10 de novembro Vargas deu um golpe de estado, implementando a nova constituição chamada de "Estado novo". O acontecimento foi marcado pelo cancelamento das eleições e passou a vigorar a constituição de 1937, que concentrava o poder no chefe executivo, assim como a supressão de partidos políticos e com o estado de emergência a autorização de Vargas a invadir qualquer casa. O plano tinha como intenção dar ainda mais poder a Vargas, sendo em 1945 revelado pelo general Goés que o documento era uma farsa entregue ao Mourão Filho que alegou a destinação ao AIB. Goés explicou ainda que o plano tinha como intenção justificar a permanência de Vargas no poder, o deixando livre para governar sem problemas com a oposição. O plano comunista descrevia ações onde militares seriam eliminados, presos libertos, e depredação de lugares públicos e privados, além do sequestro dos ministros de estado, o presidente do Supremo tribunal e dos presidentes das câmaras do senado. O objetivo era fingir que os comunistas estavam tentando tomar o poder em uma revolução, aproveitando a fragilidade da população com medo dos acontecimentos na justificativa de que Getúlio Vargas deveria permanecer no poder para controle da situação.
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