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Conteúdo:
Farmacocinética. Farmacologia pediátrica e geriátrica.
Habilidades e Competências:
Entender a farmacologia e correlacionar conceitos básicos. Compreender a interferência dos parâmetros farmacocinéticos no efeito das drogas. Diferenciar biodisponibilidade de bioequivalência. Entender as alterações nos parâmetros farmacocinéticos dos pacientes pediátricos e geriátricos.
Conceitos e princípios básicos em farmacologia. Farmacocinética
CONCEITOS E PRINCÍPIOS BÁSICOS EM FARMACOLOGIA
Vamos conceituar alguns pontos importantes. 
Fármaco: estrutura química conhecida; propriedade de modificar uma função fisiológica já existente. Não cria função.
Medicamento: fármaco com propriedades benéficas, comprovadas cientificamente.
Todo medicamento é um fármaco, mas nem todo fármaco é um medicamento.
Droga: substância que modifica a função fisiológica com ou sem intenção benéfica.
Remédio: substância animal, vegetal, mineral ou sintética; procedimento (ginástica, massagem, acupuntura, banhos); fé ou crença; influência: usados com intenção benéfica.
Placebo: tudo o que é feito com intenção benéfica para aliviar o sofrimento: fármaco/medicamento/droga/remédio (em concentração pequena ou mesmo na sua ausência), a figura do médico (feiticeiro).
Nocebo: efeito placebo negativo. O "medicamento" piora a saúde.
Meia-vida: a meia-vida (T1/2) é o tempo necessário para que a concentração plasmática de determinado fármaco seja reduzida pela metade. Supondo então que a concentração plasmática atingida por certo fármaco seja de 100 mcg/mL e que sejam necessários 45 minutos para que esta concentração chegue a 50 mcg/mL, a sua meia-vida é de 45 minutos.
Biodisponibilidade: indica a quantidade de drogas que atinge seu local de ação ou um fluido biológico de onde tem acesso ao local de ação. É uma fração da droga que chega à circulação sistêmica.
Clearance ou depuração: é a medida da capacidade do organismo em eliminar um fármaco. Esta medida é dada pela soma da capacidade de biotransformação de todos os órgãos metabolizados. Assim, se um fármaco é biotransformado nos rins, fígado e pulmòes, o clearance total é a soma da capacidade metabolizadora de cada um desses órgãos, isto é, é a soma do clearance hepático com o clearance renal com o clearance pulmonar.
A escolha da dose bem como seus ajustes de doses dependem de situações fisiológicas do paciente, como idade, sexo, peso, gestação, problemas renais e hepáticos, essas informações são provenientes da Farmacocinética.
A farmacocinética corresponde o que o organismo faz com a droga e abrange os processos de absorção, distribuição, biotransformação e excreção.
FARMACOCINÉTICA
Ciência que estuda o movimento dos fármacos dentro do organismo.
A menos que o fármaco seja administrado para obter efeito local, ou tenha sido administrado diretamente na circulação sanguínea, necessita fazer um primeiro movimento de aproximação do sítio de ação, indo do local de aplicação até a corrente circulatória, a esse movimento damos o nome de absorção.
ABSORÇÃO DE DROGAS
Se um fármaco não é devidamente absorvido suas ações ficam comprometidas. A absorção pode ser intencionalmente retardada, por meio de complexação do fármaco com outro composto que o retém no sítio de administração, modificação estrutural ou forma farmacêutica empregada.
Para que um fármaco seja absorvido esse precisa ser administrado pelas vias de administração; essas são inúmeras e de acordo com a escolha da via o efeito acontece mais rápido ou mais lento da droga.
As vias são divididas em vias enterais, quando o fármaco entra em contato com qualquer segmento do trato digestivo (via sublingual, bucal, oral e retal) e vias parenterais que não utilizam o tubo digestivo, essas compreendem as vias acessadas por injeção (intravenosa, intramuscular, subcutânea etc).
Cada via pode ser abordada por diversos métodos de administração (injeção, deglutição, infusão, instilação, inalação, fricção, etc.) e pode ser usadas variadas formas farmacêuticas.
Exemplos de formas farmacêuticas: 
Comprimido: forma sólida que contém o produto ativo com ou sem diluentes. Absorção gástrica.
Cápsulas: forma sólida em que o produto está contido em invólucro de gelatina. Absorção intestinal.
Drágea: forma sólida, revestida por invólucro gastrorresistente que não permite a dissolução imediata no estômago, só liberando o princípio ativo no suco intestinal. Absorção gastrointestinal.
Pílula: formas pequenas e globulares feitas com sacarose, lactose ou outros polissacarídeos, embebidas pelo produto medicinal e secas em temperaturas abaixo de 40°C. Têm uso oral.
www.sistemanervoso.com
ATENÇÃO 
A escolha da forma farmacêutica influencia na velocidade de absorção da droga. Por exemplo, um xarope é mais rapidamente absorvido que um comprimido, pois este já se encontra dissolvido (partículas pequenas).
ADMINISTRAÇÃO ENTERAL
Dentre as vias enterais a mais utilizada é a oral, em face à comodidade de aplicação de modo a atingir de forma mais gradual as concentrações plasmáticas, o que minimiza a intensidade dos efeitos adversos. Fármacos administrados por este via sofrem obrigatoriamente metabolismo de primeira passagem (passagem obrigatória pelo fígado).
A absorção oral de fármacos requer sua prévia dissolução no suco gástrico, precedida por desintegração no caso de formas sólidas, em seguida cai no intestino delgado onde é extremamente vascularizado sendo absorvido, pela veia porta vai par ao fígado onde será metabolizado por enzimas específicas e através das veias subepáticas sai do fígado e parte para o coração e pulmões sendo esses responsáveis pela distribuição das drogas para todos os tecido (sítios de ação). A via oral é a via mais longa e consequentemente a mais demorada. A alimentação influencia na absorção oral de drogas, pois se o estômago estiver “cheio”, mais demora para a droga ser dissolvida pelo suco gástrico e consequentemente demora para ser absorvida.
IMPORTANTE
Drogas lipossolúveis são facilmente absorvidas, pois a membrana plasmática é lipoprotéica.
O aumento do pH do suco gástrico dificulta a absorção de ácidos fracos no estômago. Retardo ou aceleração de esvaziamento gástrico afetam a velocidade de absorção nos primeiros segmentos intestinais.
As formas farmacêuticas empregadas por essa via são: comprimido, cápsula, drágea, soluções, xaropes, suspensões, emulsões, elixires. 
IMPORTANTE
O intestino delgado é o local de maior absorção de drogas por suas características: extenso, cheio de vilosidades e principalmente altamente vascularizado.
A via bucal não é quase utilizada, salvo para administração de fármacos de efeitos locais, porque há dificuldade de conservar soluções ou outras formas farmacêuticas em contato com a mucosa oral devido à ação diluidora da saliva. As formas farmacêuticas mais empregadas compreendem soluções, géis, colutórios, cremes e dispositivos intra-orais.
A colocação sob a língua – via sublingual – permite a retenção por tempo mais prolongado. A rica vascularização propicia rápida absorção de pequenas doses. Sua principal vantagem é permitir a chegada do fármaco à circulação sem sofrer inativação pelos sucos digestivos e metabolismo de primeira passagem. A absorção acontece pela veia tributária da jugular, onde os medicamentos vão direto ao coração. As formas farmacêuticas são geralmente comprimidos que devem ser dissolvidos inteiramente pela saliva, não podendo ser deglutidos.
A Via retal pode ser utilizada em pacientes que apresentam vômito, estão inconscientes ou não podem deglutir, como as crianças pequenas. Protege fármacos suscetíveis da inativação gastrintestinal e hepática, pois apenas 50% do fluxo venoso retal têm acesso à circulação porta. As formas farmacêuticas empregadas são soluções, suspensões (administradas através de enemas) e supositórios. Os métodos de administração são aplicação e enemas.
ADMINISTRAÇÃO PARENTERAL
Os fármacos para serem administradospor essas vias necessitem ter características obrigatórias como: Isotonicidade, pH compatível com o local de aplicação, estéril e não ser tóxica.
Por via cutânea se absorvem medicamentos para efeitos tópicos e sistêmicos e também toxinas. A pele íntegra funciona como barreira, sendo a absorção muito lenta, por isso é fundamentalmente utilizada para obtenção de efeitos locais. Mesmo a absorção de pequenas quantidades pode gerar reações de hipersensibilidade local ou sistêmica a alguns medicamentos. A absorção cutânea é facilitada pela pele com algum ferimento (cortes, queimaduras, ulcerações...), pois a camada de queratina é exposta facilitando a penetração de drogas. Os métodos de administração incluem aplicação, fricção e banhos.
A via respiratória pode ser usada para obtenção de efeitos locais ou sistêmicos; sua absorção é alta devido ser uma via de local altamente vascularizado (alvéolos pulmonares). Os compostos inalados podem estar sob a forma de gás ou contidos em pequenas partículas líquidas ou sólidas, geradas por nebulização ou aerossóis. Uma desvantagem dessa via é a potencial irritação da mucosa, ocasionada por várias substâncias.
Vias das mucosas – vias conjuntival, rinofaríngea, orofaríngea e geniturinária – essas são usualmente empregadas para a obtenção de efeitos locais. As formas farmacêuticas incluem soluções, comprimidos ou óvulos vaginais, geléias, cremes e pomadas. Os métodos utilizados são instilação e aplicação.
A via intravenosa propicia a obtenção de efeito imediato e níveis plasmáticos inteiramente previsíveis, pois a absorção não é necessária. Pode apresentar inúmeras desvantagens como formação de bolo (administração rápida ocasionando a chegada em excesso de droga nos tecidos), administração acidental de partículas ou de ar na veia, irreversibilidade de alguns efeitos indesejáveis, flebite, infecções, trombose.
CURIOSIDADE
A via intravenosa é a única via que apresenta absorção nula (pois a medicação não necessita percorrer nenhum caminho para atingir a circulação sistêmica; e biodisponibilidade total (nada se perde tudo é administrado direto na veia).
A absorção pela via intramuscular é geralmente rápida, havendo pronto início dos efeitos terapêuticos. É considerada mais segura que a via endovenosa. A aplicação é feita com seringas num ângulo de 90° graus para atingir o músculo. A absorção ocorre pelos vasos sanguíneos e linfáticos que circulam o local de aplicação, a barreira que a droga terá que atravessar é a parede do endotélio. Apresenta com desvantagem ser uma via dolorida e suporta menos volume que a via endovenosa. O ângulo de aplicação é de 90°.
Importante! Devemos tracionar o êmbolo da seringa após a introdução da agulha ao tecido subcutâneo para observarmos se “pegamos” vasos, caso isso tenha ocorrido temos que retirar a seringa e agulha do paciente, desprezar todo conteúdo (medicamento), seringa e agulha e preparar uma nova medicação; pois estamos querendo administrar pela via I.M e não E.V. 
Vias subcutânea e submucosa são vias de absorção rápida, pois o fármaco tem que ultrapassar células endoteliais para chegada à corrente circulatória. Os medicamentos formam uma pápula ou depósito e vão sendo liberados lentamente para os tecidos. Suporta menos volumes em comparação a intramuscular (0,5 à 2ml). Pode apresentar, dor local, fibrose e infecções. A administração é num ângulo de 45°.
A via intradérmica é considerada a via de testes diagnósticos e vacinação. Suporta volume até 0,1 ml e o ângulo de administração é de 10 a 15°.
A via intraperitoneal é altamente vasculariza o que confere alta absorção, é temível sua utilização no homem por medo de se formar aderências e surgimento de infecções.
A via intratecal (espaço subaracnoidiano e ventrículos cerebrais) é utilizada para administrar fármacos que não atravessam a barreira encefálica como alguns antibióticos; é uma via que necessita de técnica especial para administração. Mais frequentemente a via subaracnoidiana é acessada na medula para raquianestesia.
A via peridural utiliza o espaço delimitado pela dura-máter que circunda a medula, sendo alternativa à via subaracnoidiana para anestesia de medula espinhal e raízes nervosas.
A via intracardíaca e intra-arterial são raramente utilizadas pois necessitam de técnicas especializada para aplicação.
Por via intra-articular são administrados fármacos no interior da cápsula articular.
A escolha da via é determinada pelo objetivo terapêutico e por características próprias do fármaco.
Fonte: http://www.bd.com/resource.aspx?IDX=3593
Absorção em pacientes pediátricos
A pediatria é considerada o alvo da medicina, pois a maioria das drogas é testada e feita um ajuste de dose para as crianças. Pacientes pediátricos apresentam inúmeras alterações farmacocinéticas, que os fazem pacientes de atenção especial quanto à administração de drogas. Essas alterações constam de:
- Alterações do pH gastrointestinal
- Esvaziamento gástrico
- Enzimas gástricas
- Ácidos biliares & função biliar
- Flora gastrointestinal 
- Interação Fórmula/alimentos
SAIBA MAIS........
Biodisponilidade é a quantidade disponível da droga que atinge a circulação de maneira inalterada.
A biodisponibilidade pode ser afetada pelo grau de dissolução das formas farmacêuticas, ou seja, nem tudo que administro pela boca chega na circulação sistêmica, sendo assim pode-se dizer que a biodisponibilidade desta droga é baixa.
DISTRIBUIÇÃO DE DROGAS
Após as drogas serem absorvidas, no sangue elas se dividem em duas porções, uma porção fica livre no plasma e de fácil distribuição para os tecidos e outra aderida a proteínas plasmáticas principalmente albumina. Existem outros locais de ligação das drogas como albumina, bilirrubina, alfa1-ácido glicoproteína, mas a maioria das drogas ligam-se a proteína plasmática albumina, como se fosse um depósito de droga.
Inúmeros fatores influenciam na distribuição de drogas como: fluxo sangüíneo, reservatório de drogas e ligação a proteínas plasmáticas.
Pacientes obesos que apresentam excesso de lipídeo na circulação, esse dificulta a ligação das drogas a proteína plasmática, alterando sua característica de distribuição, onde a droga será deslocada para plasma e tecidos apresentando inúmeros efeitos colaterais.
Pacientes que se encontram num quadro de hipoalbuminemia essa característica de distribuição também se altera, onde esta se deslocará para o plasma e tecidos levando ao aparecimento de inúmeros efeitos colaterais.
Há dois locais que apenas drogas de caráter lipossolúvel e de peso molecular menor que 1000u conseguem atravessar: a barreira hematoencefálica e a barreira placentária.
Distribuição em pacientes pediátricos:
Características das crianças que afetam distribuição das drogas: 
- Menor composição Corporal.
- Menor quantidade de água total e fluido extracelular.
- Barreiras hematoencefálica e placentária imaturas.
- Menor quantidade de tecido adiposo & músculo esquelético.
- Menor ligação às Proteínas.
- Menor quantidade de albumina, bilirrubina, 1-ácido glicoproteína.
METABOLIZAÇÃO DE DROGAS
Drogas e toxinas são agentes estranhos ao organismo.
O organismo converte as drogas em formas menos ativas e aumenta a sua hidrossolubilidade para melhorar a eliminação.
As drogas podem ser metabolizadas em diversos locais como pulmão, sangue, saliva, intestino e fígado.
O fígado é o principal órgão metabolizador de drogas, nele se concentra enzimas denominadas citocromo P-450 responsáveis pela metabolização de drogas.
As enzimas CYP3A4 presentes no intestino também têm papel de metabolizadoras de drogas.
O fígado pode também converter pró-drogas (inativas) na sua forma activa.
Essa metabolização de drogas podem ocorrer por dois tipos:
- Reação de fase I: pelo sistema do Citocromo P450 localizado no retículo endoplasmático dos hepatócitos, através de cadeia transportadora de electrons, a drogaliga-se ao sistema CP450 e entra em oxidação ou redução. Essas reações de fase I podem ser de vários tipos (Hidrólise, Oxidação, Redução, Demetilação, Metilação e Metabolismo da Álcool-desidrogenase).
- Reação de fase II: Grupo Polar é conjugado com a droga e resulta no aumento da polaridade da droga. Tipos de reação de fase II (conjugação da glicina, conjugação glucorónido e conjugação do sulfato)
Metabolização em pacientes pediátricos
Crianças até aproximadamente 14 meses de vida apresentam o fígado imaturo, onde o as enzimas CP450 encontram-se em menor número, dificultando a metabolização de drogas e consequentemente sua eliminação.
SAIBA MAIS
Existem drogas que alteram a característica de metabolização de drogas pelo fígado, essas podem ser denominadas em:
- Indutoras enzimáticas: induzem o metabolismo hepático diminuindo a meia-vida das drogas. Ex: o antibiótico Tetraciclina é indutor enzimático, assim devemos evitar a associação com contracptivos orais pois diminui seu tempo de ação podendo causar gravidez indesejada.
- Inibidoras enzimáticas: inibem o metabolismo hepático aumentando a meia-vida das drogas. Ex: a Cimetidina (anti-ulceroso) é inibidor enzimático, assim se associadas por exemplo com um AINES inibidor de Prostaglandina E2 gástrica, potencializará ainda mais seus efeitos lesivos na mucosa gástrica.
EXCREÇÃO DE DROGAS
Etapa final da droga no organismo.
As drogas podem ser excretadas por:
 Via renal (são excretadas substâncias polares e hidrossolúveis) pelo processo de filtração glomerular, reabsorção tubular e posterior secreção tubular.
Substâncias lipofílicas são metabolizadas para serem transformadas em polares para serem excretadas.
Via respiratória (são excretadas substâncias gasosas. Ex: álcool).
Suor.
Saliva.
 Via biliar (circulação entero-hepática: reabsorção intestinal. Ex: cloranfenicol, eritromicina)
Substâncias de peso molecular inferior a 500u (ex: esteróides) são removidos do sangue por excreção na bile e por fim nas fezes. Transferindo do plasma para bile por um gradiente de concentração. Pequena porção é excretada.
Todo órgão possui corrente de entrada (fluxo arterial) e corrente de saída (fluxo venoso). Capacidade de depuração do órgão (clearence).
Excreção em pacientes pediátricos
Esses apresentam:
A filtração glomerular imatura, valores dos adultos atingidos pelos 3 anos de idade.
Recém-nascido apresentam fluxo sanguíneo renal, filtração glomerular e função tubular diminuídas, o que atrasa a eliminação das drogas.
Saiba +.....
Administração de antibióticos aminoglicosidos, cefalosporinas, penicilinas devem obedecer intervalos entre doses superior à de adultos.
FARMACOLOGIA GERIÁTRICA
Os idosos apresentam maior número de sintomas de doenças, necessitando utilizar mais drogas, o que ocasiona maior risco de efeitos colaterais.
IDOSOS APRESENTAM:
 Alterações farmacocinéticas.
 Alterações farmacodinâmicas.
ALTERAÇÕES FARMACOCINÉTICAS NO IDOSO:
 Quanto à Absorção:
 pH gástrico.
 Fluxo esplênico.
 Esvaziamento gástrico.
 Divertículos aumentam o risco para síndromes de má absorção intestinal.
Quanto à distribuição:
 Maior percentual de gordura (15% à 30%), maior distribuição drogas lipossolúveis.
 Menor percentual de água e menor absorção drogas hidrossolúveis.
 Menores níveis de albumina e maior fração livre de drogas.
Quanto ao metabolismo:
 Menor volume no fígado.
 Menor concentração de enzimas hepáticas.
 Doenças hepáticas (associação de drogas).
Quanto à excreção:
 Menor número de glomérulos funcionantes e menor número de glomérulos totais.
 Perda de parênquima renal.
Diminuição da renina/aldosterona e menor excreção renal.
 Diminuição da taxa de filtração glomerular.
ALTERAÇÕES FARMACODINÂMICAS NO IDOSO:
(aparecem mais ou menos aos 70 anos)
Menor ação do sistema nervoso autônomo (hipotensão ortostática, disfunções vesical e intestinal).
Menor controle postural ( alterações barorreceptores).
 Dificuldades de termorregulação.
 Menor capacidade de cognição.
 Menor intolerância a glicose e resistência a insulina.
 Resposta imunitária diminuída.
 Receptores  e  adrenérgicos em menor número.
 Receptores colinérgicos reagem menos a ações de drogas (atropina).
Referências bibliográficas
GOLAN, D.E. et.al. Princípios de Farmacologia: A Base fisiopatológica da farmacoterapia. Rio de janeiro: Guanabara Koogan, 2005. (PLT)
GOODMAN, L.S., GILMAN. As Bases farmacológicas de terapêutica. 11.ed. Rio de Janeiro : McGraw-Hill, 2006.
GOLDENZWAIG, N. R. S. Administração de Medicamentos na Enfermagem (2007/2008). 7 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2008.
FUCHS,F. e WANNMACHER,L. Farmacologia Clínica: fundamentos da terapêutica racional. 2ed., Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1998.

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