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Estado-nação

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1 
E agora vamos conhecer um pouco mais sobre o Estado-nação 
 
O Estado-nação é caracterizado por ser uma determinada região com delimitações 
próprias, fronteiras que as separam de outras regiões; uma população que tenha 
identificações comuns dentro daquela localidade; um governante com poder supremo 
reconhecido dentro do território; uma moeda própria e um exército preparado para 
agir em qualquer circunstância pelo seu Estado. 
 
Dentro dessa comunidade, o indivíduo passa a ter uma referência própria e surge, com 
isso, o sentimento de pertencer àquela localidade, o que será de fundamental 
importância para o desenvolvimento do nacionalismo, que veremos mais 
detalhadamente adiante. 
 
Para alguns teóricos, ele surge a partir de 1648 com a assinatura do Tratado de 
Vestfália, também conhecido como a Paz de Vestfália. Esse tratado estabeleceu 
alguns princípios internacionais tais como o reconhecimento da soberania nacional, o 
Estado é a autoridade máxima em termos de direito, tanto nacional quanto 
internacional e a definição de que todos os Estados são iguais em direito, fortalecendo 
a soberania e estabelecendo um novo ordenamento jurídico entre os reinos europeus. 
Esse tratado encerrou a Guerra dos Trinta Anos entre Suécia e França. 
 
Vamos analisar agora alguns filósofos modernos que trataram da questão do Estado e 
sua relação com o indivíduo. 
 
John Locke (1632-1704) – para esse filósofo, os homens 
vivem no estado natureza, também chamado de estado 
de selvageria, sem nenhuma limitação de sua liberdade, 
sendo iguais uns aos outros e totalmente livres. 
 
Segundo Locke, essa liberdade é um direito natural e 
para ele os conflitos surgem quando atentados são feitos 
 
 
 
 2 
contra esse direito de liberdade. Então, os homens se associam e instituem uma 
instância que tem como objetivo organizar a sociedade constituída com regras 
comuns, utilizando-se de meios adequados para esse fim. 
 
Um poder público seria então constituído para salvaguardar o direito natural de todos, 
a liberdade. Ainda, segundo ele, os homens, no seu estado natureza, teriam plenas 
condições de se organizarem harmoniosamente, sem a necessidade de uma ordem 
política. Mas, quando sua organização natural passa a ser ameaçada, há a necessidade 
da força da lei, com todo o seu aparato. Assim, a existência do Estado está na 
necessidade de garantir a liberdade do indivíduo e, caso ele falhasse nesse princípio, 
é praticamente um dever dos cidadãos instituir uma insurreição e escolher novos 
governantes que pudessem garantir a liberdade. 
 
Uma de suas mais famosas obras é Segundo Tratado sobre o Governo 
Civil (1690), onde ele debate a fórmula do Estado Moderno. 
Fonte: Wikipedia 
 
 
 
Thomas Hobbes – (1588-1651) – Para ele, assim como Locke, 
os homens vivem no estado de natureza, exercitando 
plenamente suas liberdades e sem nenhum tipo de entrave, 
libertos de qualquer coisa que os prenda, experimentando 
todo tipo de desejo desde o medo, a inveja, a ausência de 
moral. É o que Hobbes denomina o homem vivendo a lei do 
lobo. Esse estado natureza é dual: permite ao homem 
vivenciar a sua plena liberdade, mas o condena a viver um temor constante. Para 
diminuir essa instabilidade e almejar a paz, os homens, de comum acordo, despojam-
se de suas liberdades e a transferem a uma autoridade maior que irá garantir a 
tranquilidade e o bem-estar de todos. Essa autoridade é o Estado, pondo fim à luta 
entre os indivíduos, exercendo seu poder através de leis necessárias ao seu exercício. 
 
 
 
 3 
 
Curiosamente, Hobbes não vê problemas no 
exercício de um poder que encarne a 
soberania, não devendo ser contestado por 
quem o elegeu, devendo-se “a minoria 
submeter-se à maioria”, tendo o poder de 
decisão em todas as instâncias, decidindo 
sobre o que é melhor para os indivíduos e 
para o país, retribuindo e castigando, 
quando necessário. Sua obra mais famosa 
chama-se Leviatã ou matéria, forma e poder de um estado eclesiástico e civil (1651).

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