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TEXTO BASEADO NAS AULAS DE DIREITO CONSTITUCIONAL II - UNICESUMAR 
 
1) A DEFESA DO ESTADO E DAS INSTITUIÇÕES DEMOCRÁTICAS 
 
 Estado de Defesa – Situações de crise (Sistema Constitucional de Crise) 
 Estado de Sítio – Situações de crise (Sistema Constitucional de Crise) 
 Forças Armadas – Instituições de defesa do país e da sociedade (ordem pública) 
 Segurança Pública – Instituições de defesa do país e da sociedade (ordem pública) 
 
SISTEMA CONSTITUCIONAL DE CRISE 
 
Princípios: 
 Natureza Excepcional – A situação para estabelecer o Estado de defesa/sítio deve ser de modo 
excepcional e não qualquer problema que não seja de grande escala. Somente em situações 
que não é possível enfrentar com as forças armadas e a segurança pública. 
 Temporariedade – Deve haver um período de vigência desse período, determinando o prazo 
do Estado de Defesa/Sítio, pelo fato da segurança jurídica. 
 Proporcionalidade – Os atos realizados durante o momento de crise, deve estar compatível 
com o fim que se deseja chegar. 
 
1.1) ESTADO DE DEFESA 
O Estado de Defesa tem sua previsão legal no art. 136 da CF/88: 
 “Art. 136. O Presidente da República pode, ouvidos o Conselho da República e o Conselho de 
Defesa Nacional, decretar estado de defesa para preservar ou prontamente restabelecer, em 
locais restritos e determinados, a ordem pública ou a paz social ameaçadas por grave e 
iminente instabilidade institucional ou atingidas por calamidades de grandes proporções na 
natureza” 
Para a Doutrina: 
“Na instauração de uma legalidade extraordinária, por certo tempo, em locais restritos e 
determinados, mediante decreto do presidente da República, ouvidos o Conselho da 
República e o Conselho de Defesa Nacional, para preservar a ordem pública ou a paz social 
ameaçadas por grave e iminente instabilidade institucional ou atingidas por calamidades 
de grandes proporções.” (SILVA, José Afonso da. Curso de Direito Constitucional Positivo. 
24 ed. São Paulo: Malheiros, 2005, p. 763-764) 
 
Tal dispositivo, por ser de natureza excepcional, deve somente ser utilizado em 
momentos/circunstâncias de extrema necessidade, onde somente as forças de segurança não seriam 
capazes de suprir tal demanda. Por este ser medida de exceção, é necessário observar os parâmetros 
constitucionais, levando em conta seus pressupostos materiais e formais. 
 
Pressupostos Materiais: Em questão de matéria, podemos encontra-la no art. 136 em seu caput, e traz 
a necessidade de: 
a) Existência comprovada de grave e iminente instabilidade institucional, que ameace a ordem pública 
e a paz social; 
b) A paz social e a ordem pública atingidas por calamidades de grandes proporções na natureza; 
 
Pressupostos Formais: Se tratando da forma de como será instaurado o Estado de Defesa, o Presidente 
da República deverá se atentar para o seguinte: 
 TEXTO BASEADO NAS AULAS DE DIREITO CONSTITUCIONAL II - UNICESUMAR 
 
a) Consulta prévia ao Conselho da República (Lei 8.041/90) e ao Conselho de Defesa Nacional (Lei 
8.183/91) – Lembrando-se que a consulta prévia é somente em relação a estes órgãos, não 
necessitando de prévia aprovação do Congresso Nacional para entrar em vigor. 
b) Decreto assinado pelo Presidente da República, pois só ele tem a autonomia de declarar Estado 
de Defesa. 
c) Tempo de duração do Estado de Defesa expresso no Decreto Presidencial, não podendo 
exceder o prazo de 30 dias e podendo somente ser prorrogado uma vez, por igual período, 
com base constitucional no §1º c/c §2º do art. 136, da CF. 
d) Indicação das medidas coercitivas que poderão ser adotadas pelo executor no Estado de 
Defesa (art. 136, §1º, inciso I). 
e) Especificação das áreas a serem abrangidas pelo estado de defesa (art. 136, §1º). 
f) Submissão do decreto presidencial à apreciação do Congresso Nacional, dentro do prazo de 
24 horas. Sendo que o Congresso terá o prazo de 10 dias para aceitar ou rejeitar o decreto (art. 
136, §4º ao §7º). 
g) Deverá ser indicado as garantias constitucionais que sofrerão restrições nesse período (art. 
136, §1º, inciso I). 
 
Não há a possibilidade de haver suspensão ou restrição a direito fundamental, salvo nos casos 
previstos na Constituição Federal, em seu art. 136, §1º, inciso I. E nos casos em que o estado de defesa for 
instaurado em casos de calamidade pública, permite-se a ocupação e o uso temporário de bens e serviços 
públicos. Caso haja algum dano ou/e custos, a União se responsabilizará por estes (art. 136, §1º, inciso II). 
Nesse sentido, na vigência do Estado de Defesa, é necessário com que seja observada o que está 
disposto no art. 136, §3º da CF. 
 
“Art. 136, §3º, inciso I - a prisão por crime contra o Estado, determinada pelo executor da 
medida, será por este comunicada imediatamente ao juiz competente, que a relaxará, se não 
for legal, facultado ao preso requerer exame de corpo de delito à autoridade policial; 
II - a comunicação será acompanhada de declaração, pela autoridade, do estado físico e 
mental do detido no momento de sua autuação; 
III - a prisão ou detenção de qualquer pessoa não poderá ser superior a dez dias, salvo quando 
autorizada pelo Poder Judiciário; 
IV - é vedada a incomunicabilidade do preso.” 
 
Tal ato submete-se por um duplo controle: Político e Jurisdicional. 
O controle político é exercido pelo Congresso Nacional, que é o responsável por autorizar o Estado de 
defesa (art. 49, inciso IV, e art. 136, §4º), além de fiscalizar e acompanhar as medidas feitas neste período 
(art. 140). Ao fim, também é o responsável por apreciar o relatório feito pelo Presidente da República (art. 
141, parágrafo único). 
Já o controle jurisdicional somente será exercido, caso o judiciário seja provocado, especificamente 
nos termos do art. 136, incisos II e III, fazendo então cessar o constrangimento ilegal causado por detenção 
de pessoa que ultrapassar 10 dias, bem como relaxar a prisão ilegal determinada pelo executor da medida. 
 
 
 TEXTO BASEADO NAS AULAS DE DIREITO CONSTITUCIONAL II - UNICESUMAR 
 
1.2) ESTADO DE SÍTIO 
 
1.2.1) PRESSUPOSTOS 
O Estado de Sítio encontra-se previsto na Constituição Federal, em seu art. 137: 
“Art. 137. O Presidente da República pode, ouvidos o Conselho da República e o Conselho de 
Defesa Nacional, solicitar ao Congresso Nacional autorização para decretar o estado de sítio 
nos casos de: 
 I - comoção grave de repercussão nacional ou ocorrência de fatos que comprovem a 
ineficácia de medida tomada durante o estado de defesa; 
II - declaração de estado de guerra ou resposta a agressão armada estrangeira. 
Parágrafo único. O Presidente da República, ao solicitar autorização para decretar o estado 
de sítio ou sua prorrogação, relatará os motivos determinantes do pedido, devendo o 
Congresso Nacional decidir por maioria absoluta.” 
 
Este artigo nos indica 4 pressupostos matérias que podem levar a decretação do Estado de Sítio: a) a 
existência de comoção grave de repercussão nacional; b) a ocorrência de fatos que comprovem a ineficácia 
de medida tomada durante o estado de defesa; c) a existência de estado de guerra declarada; d) a agressão 
armada estrangeira. 
Havendo um ou mais destes pressupostos materiais para a decretação do Estado de Sítio, é necessário 
passar por um procedimento pré-estabelecido pela CF. 
Primeiramente deve haver a consulta ao Conselho da República (art. 90, inciso I) e ao Conselho de 
Defesa Nacional (art. 91, §1º, inciso II). Após, diferente do Estado de Defesa, deve passar a proposta pelo 
Congresso Nacional ANTES de entrar em vigor, sendo o CN responsável pela instauração ou não do Estado 
de Sítio. Somente então o Presidente da República decretara o Estado de Sítio, se assim for aprovadopelo 
Congresso. No mesmo decreto deverá constar o seu prazo de duração, não superior a trinta dias, quando 
este for decretado com base no inciso I do art. 137 (art. 138, §1º). Também, no decreto, será indicada as 
normas necessárias para a sua execução e quais as garantias fundamentais ficarão suspensos. 
 
1.2.2) DIREITOS FUNDAMENTAIS 
Para Zulmar Fachin: 
“A decretação do estado de sítio não acarreta a suspensão de direitos fundamentais. Todavia, 
podem ser suspensas algumas garantias de direitos fundamentais, conforme previsão da 
própria Constituição Federal (art. 139)” (FACHIN, Zulmar. Curso de Direito Constitucional, 
6ª ed. Rio de Janeiro: Forense, 2013, p.550) 
 
Nas palavras de Celso Ribeiro Bastos e Ives Gandra Martins, o instituto do estado de sítio é: 
“medida de emergência, que consiste na cessação temporária das garantias constitucionais. 
Com o estado de sítio não se suspendem os direitos fundamentais; o que se suspende são 
as garantias desses direitos” (BASTOS, Celso Ribeiro; MARTINS, Ives Gandra. Comentários 
a Constituição do Brasil. São Paulo: Saraiva, 1995, v.6, p. 106) 
 
De acordo com a Constituição Federal, em seu art. 139 e incisos seguintes, as medidas a serem tomadas 
nos casos do inciso I do art. 137, são as seguintes: 
“Art. 139. Na vigência do estado de sítio decretado com fundamento no art. 137, I, só 
poderão ser tomadas contra as pessoas as seguintes medidas: 
I - obrigação de permanência em localidade determinada; 
II - detenção em edifício não destinado a acusados ou condenados por crimes comuns; 
 TEXTO BASEADO NAS AULAS DE DIREITO CONSTITUCIONAL II - UNICESUMAR 
 
III - restrições relativas à inviolabilidade da correspondência, ao sigilo das comunicações, à 
prestação de informações e à liberdade de imprensa, radiodifusão e televisão, na forma da 
lei; 
IV - suspensão da liberdade de reunião; 
V - busca e apreensão em domicílio; 
VI - intervenção nas empresas de serviços públicos; 
VII - requisição de bens. 
 
1.2.3) FUNCIONAMENTO DO CONGRESSO NACIONAL 
O funcionamento do Congresso Nacional neste período não será afetado e permanecerá em pleno 
funcionamento, acompanhando e fiscalizando as execuções das medidas a serem tomadas neste período 
(art. 140) 
 
1.3) FORÇAS ARMADAS 
 
1.3.1) COMPONENTES, COMANDO e MISSÃO 
De acordo com a Constituição Federal em seu art. 142, os componentes, o comando e a missão das 
forças armadas são: 
“Art. 142. As Forças Armadas, constituídas pela Marinha, pelo Exército e pela Aeronáutica, 
são instituições nacionais permanentes e regulares, organizadas com base na hierarquia e 
na disciplina, sob a autoridade suprema do Presidente da República, e destinam-se à defesa 
da Pátria, à garantia dos poderes constitucionais e, por iniciativa de qualquer destes, da lei 
e da ordem.” 
 
O comando das Forças Armadas é exercido pelo Presidente da República (art. 84, inciso XIII). Portanto, 
o poder militar está subordinado ao poder civil. 
Zulmar Fachin traz acerca da missão das forças armadas como: 
“As Forças Armadas destinam-se à defesa da Pátria, à garantia dos poderes constitucionais 
e, por iniciativa de qualquer um desses, à garantia da lei e da ordem. Por poderes 
constitucionais, aludidos pela Constituição Federal, devem-se entender o Presidente da 
República, o Presidente do Congresso Nacional e o Presidente do Supremo Tribunal 
Federal.” (FACHIN, Zulmar. Curso de Direito Constitucional, 6ª ed. Rio de Janeiro: Forense, 
2013, p.552) 
 
1.3.2) PRINCÍPIOS ESSÊNCIAIS – DISCIPLINA E HIERARQUIA 
 
“A hierarquia implica vinculação do subordinado à autoridade superior” (FACHIN,2013) e de acordo 
com o art. 142 da CF, a autoridade superior é o Presidente da República. 
Art. 142. As Forças Armadas, constituídas pela Marinha, pelo Exército e pela Aeronáutica, 
são instituições nacionais permanentes e regulares, organizadas com base na hierarquia e 
na disciplina, sob a autoridade suprema do Presidente da República, e destinam-se à defesa 
da Pátria, à garantia dos poderes constitucionais e, por iniciativa de qualquer destes, da lei e 
da ordem. 
 
“A disciplina decorre do poder disciplinar vigente na administração pública, que faculta à autoridade 
superior, exigir condutas legais de seus subordinados, bem como punir as infrações praticadas por esses.” 
(FACHIN, 2013). 
 
 TEXTO BASEADO NAS AULAS DE DIREITO CONSTITUCIONAL II - UNICESUMAR 
 
Na lição de Seabra Fagundes: 
“Onde há hierarquia, com superposição de vontades, há, correlativamente, uma relação de 
sujeição objetiva, que se traduz na disciplina, isto é, no rigoroso acatamento, pelos elementos 
dos graus inferiores da pirâmide hierárquica, às ordens, normativas ou individuais, emanadas 
dos órgãos superiores. A disciplina é, assim, um corolário de toda organização hierárquica” 
(FAGUNDES, Seabra. As Forças Armadas na Constituição. Rio de Janeiro, 1955, p.23) 
 
1.3.3) HABEAS CORPUS 
 
No art. 142, §2º diz: “§ 2º - Não caberá habeas corpus em relação a punições disciplinares militares.”. 
Mas a própria Constituição no seu art. 5, inciso LXVIII, garante a alguém/qualquer pessoa sem acepção, a 
possibilidade de impetrar o HC caso seja lesionado seu direito de liberdade de locomoção por causa injusta 
ou abuso de poder. 
Por mais que pareça que ambos os preceitos positivados na Constituição entrem em conflito, é 
necessário entender que não, e deste modo há a necessidade de harmoniza-las, visto que ambas possuem 
validade jurídica. 
 
1.3.4) SERVIÇO MILITAR OBRIGATÓRIO 
 
O art. 143 em seu caput, traz que o serviço militar é obrigatório nos termos da lei e em seu §2º traz 
uma exceção à essa obrigatoriedade, dizendo que em tempos de paz, as mulheres e os eclesiásticos ficarão 
isentos de prestar o serviço obrigatório, ficando sujeitos apenas a outros encargos que a lei atribuir. Ao 
inverso, nos tempos de guerra, estes podem ser obrigados a passar pelo serviço militar. 
O art. 5º, inciso VIII traz uma ressalva importante: 
VIII - ninguém será privado de direitos por motivo de crença religiosa ou de convicção 
filosófica ou política, salvo se as invocar para eximir-se de obrigação legal a todos imposta 
e recusar-se a cumprir prestação alternativa, fixada em lei. 
 
Na doutrina de Zulmar Fachin, ele alega que: 
“Essa escusa é um direito que será concedido a quem, em tempo de paz, após o alistamento, 
alegar imperativo de consciência, motivado por crença religiosa ou por convicção filosófica 
ou política. Nesse sentido, cabe às Forças Armadas, na forma da lei, atribuir serviço 
alternativo ao alistado.” (FACHIN, Zulmar. Curso de Direito Constitucional, 6ª ed. Rio de 
Janeiro: Forense, 2013, p.555) 
 
1.4) SEGURANÇA PÚBLICA 
 
Consiste na preservação da ordem pública; incolumidade das pessoas e do patrimônio. 
“Art. 144 – A segurança pública, dever do Estado, direito e responsabilidade de todos, é 
exercida para a preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas e do 
patrimônio, através dos seguintes órgãos: I – polícia federal; II – polícia rodoviária federal; III 
– polícia ferroviária federal; IV – polícias civis; V – polícias militares e corpos de bombeiros 
militares.” 
 
Possui duas categorias: 
Polícia Administrativa: Polícia ostensiva, cuja a finalidade é a prevenção do crime. 
Polícia Judiciária: Polícia de investigação, cuja a finalidade é a repressão do crime. 
 
 TEXTO BASEADO NAS AULAS DE DIREITO CONSTITUCIONAL II - UNICESUMAR 
 
1.4.1) POLÍCIAS FEDERAIS 
 
A polícia federal é um órgão mantido pela União, dividindo-se em polícia federal, polícia rodoviária 
federal, polícia ferroviária federal. 
POLÍCIA FEDERAL (art. 144, §1º, inciso I a IV) 
a) Apurar infrações penais contra a ordempública e social ou em detrimento de bens, serviços e 
interesses da União ou de suas entidades autárquicas e empresas públicas; 
b) Apurar outras infrações penais cuja prática tenha repercussão interestadual ou internacional e 
exija a repressão uniforme, nos termos da lei; 
c) Prevenir e reprimir o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, o contrabando e o 
descaminho, sem prejuízo da ação fazendária e de outros órgãos públicos nas respectivas áreas 
de competência; 
d) Exercer as funções de polícia marítima, aeroportuárias e de fronteiras; 
e) Exercer, com exclusividade, as funções de polícia judiciária da União; 
 
POLÍCIA RODOVIÁRIA FEDERAL 
Tem a função de realizar o patrulhamento ostensivo das rodovias federais. 
 
POLÍCIA FERROVIÁRIA FEDERAL 
Tem a função de realizar o patrulhamento ostensivo das ferrovias federais. 
 
1.4.2) POLÍCIAS ESTADUAIS 
As polícias estaduais estão sob responsabilidade dos Estados membros da Federação, e são compostas 
por polícia civil, polícia militar e corpo de bombeiros militar. 
 
POLÍCIA CIVIL 
São dirigidas por um delegado de polícia de carreira e estão subordinados aos governos dos respectivos 
Estados. Exercem as funções de polícia judiciária e a apuração de infrações penais. 
 
 TEXTO BASEADO NAS AULAS DE DIREITO CONSTITUCIONAL II - UNICESUMAR 
 
2º BIMESTRE 
 
2) CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE 
2.1) INCONSTITUCIONALIDADE 
 
A Constituição é o conjunto normativo maior do ordenamento jurídico e todas as demais leis 
infraconstitucionais, pelo fato do princípio hierárquico, devem estar em conformidade e submetida a 
Constituição Federal. Caso haja alguma desconformidade entre a norma elaborada pelo constituinte (CF) e 
uma norma elaborada pelo poder constituído. 
“A inconstitucionalidade é a desconformidade entre uma norma da Constituição e outra 
infraconstitucional. Ela nasce de uma relação entre normas jurídicas de dois planos 
normativos distintos, sendo um o da Constituição.” (FACHIN, Zulmar. Curso de Direito 
Constitucional, 6ª ed. Rio de Janeiro: Forense, 2013, p.146) 
 
Há algumas formas de manifestação do controle de constitucionalidade. Quanto ao momento, há duas 
hipóteses: preventivo ou sucessivo. 
O controle PREVENTIVO tem por objetivo impedir com que o projeto de lei inconstitucional seja 
introduzido no ordenamento jurídico de forma a afrontar a Constituição. É feita por órgãos estatais como a 
Comissão de Constituição e Justiça e no veto do Presidente da República. 
“Controle prévio ou preventivo é aquele que se realiza anteriormente à conversão de um 
projeto de lei em lei e visa a impedir que um ato inconstitucional entre em vigor. (...) No 
Brasil há, igualmente, oportunidade para o controle prévio, de natureza política, 
desempenhado: (i) pelo Poder Legislativo, no âmbito das comissões de constituição e 
Justiça, existentes nas casas legislativas em geral, que se manifestam usualmente, no início 
do procedimento legislativo, acerca da constitucionalidade da espécie normativa em 
tramitação. (ii) pelo Poder Executivo, que poderá apor seu veto ao projeto aprovado pela 
casa legislativa, tendo por fundamento a inconstitucionalidade do ato objeto de deliberação, 
impedindo, assim, sua conversão em lei”. (BARROSO, Luís Roberto. O controle de 
constitucionalidade no direito brasileiro. 6ª ed. São Paulo: Saraiva, 2012) 
 
Porém, quando a norma inconstitucional passa de maneira equivocada por esse controle preventivo, 
cabe ao judiciário, através do controle SUCESSIVO, apontar a inconstitucionalidade da norma e julgar acerca 
desta. 
“A concretização do direito constitucional através de um controle judicial da 
constitucionalidade serve, em última instância, para a clareza do direito e para a manutenção 
de uma ordem jurídica coerente." (HABERMAS, Jurgen. Direito e democracia. Rio de Janeiro: 
Tempo Brasileiro, 1997, v.I, p. 302) 
 
2.1.1) ESPÉCIES DE INCONSTITUCIONALIDADE 
Formal: Ocorre quando uma norma foi elaborada por um órgão incompetente (inconstitucionalidade 
orgânica), ou mesmo se fora competente, não observou o procedimento/forma legal 
(inconstitucionalidade formal) previsto pela Constituição. 
Material: Independente se o órgão foi competente (constitucionalidade orgânica) e se o 
procedimento está de acordo com o exigido (constitucionalidade formal), caso o conteúdo da lei seja 
incompatível com o conteúdo da Constituição, será inconstitucional. 
 
 TEXTO BASEADO NAS AULAS DE DIREITO CONSTITUCIONAL II - UNICESUMAR 
 
Total: Ocorre quando toda a lei é comprometida pela inconstitucionalidade, ou seja, de nada poderá 
ser aproveitada. Ocorre geralmente quando há uma inconstitucionalidade formal, pois o fato de não ser 
feita por órgão competente ou por procedimento exigido, anula totalmente a norma. 
Parcial: Ocorre quando a lei, no geral, é constitucional, porém alguns dispositivos afrontam a 
Constituição. Sendo assim, será declarada a inconstitucionalidade apenas nos artigos que contrariarem a 
Constituição. 
 
2.1.2) RELAÇÃO DE DEPENDÊNCIA 
Entre artigos 
 Arrastamento ou Atração – Quando considera-se uma norma inconstitucional e esta tem 
incidência em outras normas, leva-se a inconstitucionalidade às normas ligadas a ela. 
 
2.1.3) MOTIVOS (art. 34, VII e 35, IV) 
 Ação – Quando o agente público pratica determinado ato que seja inconstitucional. “O agente 
produz um ato normativo que, de algum modo, contraria a Constituição. A 
inconstitucionalidade nasce de um comportamento positivo, de um fazer, de um agir do órgão 
estatal” (FACHIN, Zulmar, 2013). A inconstitucionalidade por ação desmistifica a ideia de que 
a inconstitucionalidade se dá através apenas de lei. 
 Omissão – É quando a Constituição é contrariada pela inércia de uma agente, de quem tinha 
o dever de agir. Ou seja, a CF impõe com que o ato seja praticado, mas o agente assim não o 
faz. 
 Intervenção 
 
2.1.4) MOMENTO 
 Originário – É o ato normativo que desde sua criação já é inconstitucional. 
 Superveniente – O ato nasce constitucional, porém por alguma emenda ou interpretação nova 
da Constituição, passa a ser inconstitucional. Ou seja, quando foi publicado estava em perfeito 
acordo com a lei maior, porém, devido a mudanças constitucionais, tal lei passa a andar em 
desacordo.

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