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Vitaminas lipossolúveis

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Vitaminas lipossolúveis
São quatro as vitaminas lipossolúveis: A, D, E e K, que são absorvidas no trato gastrointestinal juntamente com as gorduras da dieta, sem valor energético; o organismo não é capaz de sintetizá-las ou sintetiza em quantidades insuficientes; sendo necessárias em pequenas quantidades, devem ser fornecidas pelos alimentos (Roncada, 1998).
Vitamina A (retinol)
Aproximadamente 40 milhões de crianças em idade pré-escolar foram consideradas deficientes de vitamina A, das quais 13 milhões já com algum dano ocular. A cada ano, ao redor de meio milhão de crianças perdem totalmente a visão, tornando-se cegas por causa da deficiência de vitamina A. Falhas no crescimento também são comuns em crianças com deficiência de vitamina A, sendo que esta carência pode influenciar o sistema imunológico; por isso, ela é essencial na manutenção e resistência às infecções, tanto que em crianças desnutridas sua deficiência leva a um maior risco de diarreia , doenças respiratórias e sarampo (Angelis,1999).
Estudos têm evidenciado que a suplementação vitamínica em crianças que apresentam esta deficiência diminui a mortalidade e a morbidade por sarampo (Barclay e cols., 1987).
O estímulo ao aleitamento materno e a inclusão de vegetais verdes e amarelos na dieta do lactente após o quinto mês de vida, sem dúvida, são as medidas mais eficazes para prevenir deficiências de vitamina A no primeiro ano de vida (Sommer,1987; Food 1993).
Fontes: é encontrada em alta quantidade no fígado, gema de ovos, leite integral, queijos, manteiga, abóbora, manga, cenoura, mamão, pimentão, couve, agrião, espinafre e outros.
Vitamina D (calciferol)
A vitamina D é mais apropriadamente chamada de pró-hormônio do que vitamina. A exposição à luz solar geralmente provê as necessidades de vitamina D. Quando a pele é incapaz de prover quantidades suficientes deste hormônio vital, é necessária sua ingestão a partir da dieta (Hollick,1989).
É essencial para a manutenção do metabolismo mineral normal, principalmente a homeostase do cálcio e do fósforo, atuando sobre o intestino delgado (estimulando a absorção do cálcio e fósforo dos alimentos pela mucosa), nos ossos (facilitando a mineralização óssea, especialmente na fase de crescimento) e nos rins (auxiliando na reabsorção do cálcio e fósforo dos túbulos renais).
A deficiência de vitamina D em crianças se manifesta como raquitismo, doença associada com malformação de ossos devido a deficiente mineralização da matriz orgânica. Entre as manifestações gerais da deficiência desta vitamina, ainda, podem-se citar irritabilidade, sudorese, palidez e retardo de crescimento (Hollick, 1989).
Fontes: manteiga, creme de leite, gema de ovos e fígado. As melhores fontes são os óleos de fígado dos peixes. Atualmente as margarinas, leites e produtos alimentícios infantis são enriquecidos com vitaminas A e D.
Vitamina E (tocoferol)
A deficiência de vitamina E pode causar disfunções neurológicas, miopatias e atividade anormal das plaquetas. Nos recém-nascidos, principalmente prematuros e com baixo peso, a deficiência causa anemia hemolítica (Roncada,1998).
É possível, segundo alguns estudos, que para o recém-nascido de baixo peso (RNBP) seja necessária uma suplementação. Esta se torna mais claramente indicada quando existe ministração concomitante de ferro (2 a 3 mg/kg/dia). Provavelmente, em RN e lactentes aleitados ao seio não há necessidade de suplementação.
Fontes: óleo de germe de trigo, óleo de girassol, sementes, amêndoas, amendoim, gema de ovos, espinafre e grãos de soja. A vitamina E é instável aos alcalinos, luz ultravioleta e oxigênio, é destruída quando em contato com gorduras rançosas, chumbo e ferro. O congelamento e a fritura destroem o tocoferol. 
A quantidade de vitamina E existente no leite materno é, aparentemente, suficiente para suprir as necessidades infantis (Herman, 1981).
Vitamina K
Essencial para a síntese de protrombina, que é elemento fundamental na formação do coágulo sanguíneo. Portanto, sua falta impede a coagulação sanguínea e causa hemorragia, difícil de ser controlada. A vitamina K influi, ainda, na síntese de proteínas presentes no plasma, ossos e rins.
Os recém-nascidos podem apresentar deficiência de protrombina nos primeiros dias de vida e serem suscetíveis à doença hemorrágica do recém-nascido; nesses casos é necessária a administração de vitamina K, logo após o parto, para prevenir a doença (Herman, 1981).
A suplementação materna com doses elevadas de vitamina K antes do parto resulta em elevação nos níveis de vitamina K no sangue do cordão umbilical, no leite materno e no sangue do neonato aos cinco dias de vida (Motohara e cols., 1990).
Na criança maior a deficiência de vitamina K surge em razão de fatores que afetam a absorção ou utilização de gorduras, ou fatores que limitam sua síntese no intestino, como, por exemplo, o uso prolongado de antibióticos (Segre,1998). 
Fontes: a vitamina K está presente, de forma abundante, em vegetais folhosos de cor verde-escura, como a couve, espinafre, alface e nos brócolis, encontrando-se em menores concentrações no fígado de boi e porco. A vitamina K é resistente a perdas por cocção.
As necessidades vitamínicas de um individuo variam de acordo com fatores como idade, clima e atividade que desenvolve e estresse é submetido.
Sendo assim a melhor forma de se prevenir a carência das vitaminas é manter um equilíbrio na alimentação e caso não consiga todas elas através da comida deve fazer uma suplementação com orientação profissional. (Motohara e cols., 1990).
Referências Bibliográficas
Angelis, RC. Fome oculta, impacto para a população do Brasil. São Paulo: Atheneu; 1999; 18: 94-95.
Barclay, AJG et al. Vitamin A supplements and mortality related to measles: A randomized clinical trial. Br Med J 1987; 294:294.
Food and Nutrition Board. National Research Council, NAS: Recommended Dietary Allowances, 10a ed. Washington, DC, National Academy Press, 1989.
Hollick, MF. Vitamin D: biosynthesis, metabolism, and mode of action. In: Degroot, LJ et. al. Endocrinology. New York: Grune & Stratton, 1989, p. 902-926.
Motohara, K, Takagi, S, Kiyota, Y et al. Oral supplementation of vitamin K for pregnant women and effects on level of plasma vitamin K and PIVRA-II in the neonate. J Pediatr Gastroenterol Nutr 1990; 11: 32-36.
Roncada, MJ. Vitaminas Lipossolúveis. In: Dutra de Oliveira, JE e Manchini, JS. Ciências Nutricionais. São Paulo: Sarvier, 1998, p. 167-190.
Segre, CAM. Vitamina K. In: Nóbrega, FJ. Distúrbios da Nutrição. Rio de Janeiro: Revinter, 1998, p.348-349.
Sommer, A. La malnutrición causa ceguera. Salud Mundial, mayo, 1997. P. 20-22.
UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÀ
CURSO DE GRADUAÇÃO EM NUTRIÇÃO
ATIVIDADE ESTRUTURADA
Vitaminas Lipossolúveis
Elisa Dos Santos Mota
Camila Silva Moraes Cruz
Sara Ribeiro Maron Da Costa
Atividade apresentada ao Curso de
 Graduação em Nutrição da Universidade
 Estácio de Sá como parte das atividades
 da disciplina Nutrição Humana.
Campos dos Goytacazes-RJ
2017

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