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Responsável Técnico: Dágilla Cristina Ceriolli CRF:000 Procedimento Operacional PadrãoGLICOSE-PP NOME DO PROCEDIMENTO Dosagem de Glicose FUNDAMENTO DO MÉTODO Somente para uso in vitro, a glicose oxidase catalisa a oxidação da glicose para ácido glicônico e peróxido de hidrogênio. Essa reação resulta através do peroxido de hidrogênio um complexo de cor vermelha (quinoneimina), cuja absorbância medida em 505 nm, é diretamente proporcional à concentração de glicose na amostra. APLICAÇÃO CLÍNICA A dosagem da Glicose no sangue é empregada na avaliação do metabolismo da glicose (controle de produção, consumo e armazenamento), diagnosticando os diversos estados de hiper e hipoglicemias. A doença mais comumente associada aos distúrbios da glicose no sangue é o diabetes mellitus, que se caracteriza pela hiperglicemia (elevação da taxa de - Padrão de Glicose: Solução padrão contendo 100 mg/dL de glicose em glicose sangüínea), MATERIAL OU AMOSTRA DO PACIENTE Preparo do Paciente Colher sangue pela manhã após jejum 8 horas, diante de orientações médicas que podem ser alteradas até 12 horas de jejum. Amostra Soro ou plasma colhido recentemente e não hemolisado, Todas as amostras são consideradas potencialmente infectantes, portanto sugerimos manuseá-las seguindo as normas estabelecidas de Biossegurança. Amostras utilizadas Plasma, Soro, Líquor e Líquidos Ascítico, Pleural e Sinovial. Estabilidade da amostra Nas amostras fluoretadas, a estabilidade da glicose é de 3 dias entre 2 a 8°C, não havendo contaminação bacteriana. Considerando a rejeição da amostra os anticoagulantes heparina, EDTA, oxalato e fluoreto não interferem na reação de dosagem. REAGENTE UTILIZADO - GLICOSE PP Componentes do kit Conservar entre 2-8C. 1- Padrão - Contém glicose 100 mg/dL. O Padrão é rastreável ao Standard Reference Material – SRM 917 do National Institute of Standards and Technology – NIST. 2- Reagente de Cor - Contém tampão fosfato pH 7,5 fenol 5,0 mmol/L, glicose oxidase 10000 U/L, peroxidase 1000 U/L, 4-aminoantipirina 0,4 mmol/L e azida sódica 7,7 mmol/L. EQUIPAMENTOS Procedimento Técnico Manual Espectrofotômetro (leitura em 500 +/- 20 nm); Tubos e pipetas; Banho-Maria a 37 °C; Cronômetro. Procedimento Técnico Automatizado Citar nome, modelo e o local onde se encontra o equipamento; Fazer referência ao manual ou POP para utilização do mesmo. Procedimento alternativo Indicar o equipamento alternativo e os respectivos procedimentos para medição dos ensaios. Enumerar as diferenças esperadas quando procedimentos manuais substituem automatizados. CUIDADOS E PREUCAÇÕES Aplicar os cuidados habituais de segurança na manipulação dos reagentes e amostra biológica. Recomendamos o uso das Boas Práticas de Laboratórios Clínicos para a execução do teste. De acordo com as instruções de biossegurança, todas as amostras devem ser manuseadas como materiais potencialmente infectantes. O Reagente de Cor (2) contêm azida sódica como conservante. Evitar contato com os olhos, pele e mucosa. Não aspirar ou ingerir. Não pipetar diretamente do frasco do Reagente de Cor (2) para evitar contaminação. Descartar os reagentes e as amostras de acordo com as resoluções normativas locais, estaduais e federais de preservação do meio ambiente. PROCEDIMENTO DETALHADO Procedimento Manual 1-Separar 3 tubos confome abaixo: Branco Teste Padrão Amostra ----- 0,01 mL ----- Padrão (nº 2) ----- ----- 0,01 mL Reagente 1 1,0 mL 1,0 mL 1,0 mL 2- Misturar vigorosamente e colocar em banho-maria a 37 ºC durante 10 minutos. O nível da água no banho deve ser superior ao nível dos reagentes nos tubos de ensaio. 3- Determinar as absorbâncias do teste e padrão em 505 nm ou filtro verde (490 a 520 nm), acertando o zero com o branco. A cor é estável por 60 minutos. CÁLCULOS Absorbância do teste Glicose (mg/dL) = x 100 Absorbância do padrão Unidade de medida mg/Dl LINEARIDADE A reação é linear até 500 mg/dL. Para valores maiores, diluir a amostra com solução de NaCL 150 mmol/L (0,85%) e realizar uma nova determinação. Multiplicar o valor obtido pelo fator de diluição empregado. VALORES DE REFERÊNCIA E VALORES CRÍTICOS Valores de referência Plasma: (jejum de 8 horas): 70 a 99 mg/dL – Glicemia de jejum normal 100 a 125 mg/dL – Glicemia de jejum alterada maior ou igual a 126 mg/dL – Provável Diabetes Mellitus Líquor: 2/3 da glicemia quando a medição é realizada em amostras colhidas simultaneamente. Valores críticos Plasma: >400 mg/dL <40 mg/Dl CONTROLE DE QUALIDADE Parte da gestão de qualidade focada nos requisitos no controle da qualidade dos processos analíticos. Possibilita avaliar a precisão e a exatidão dos métodos analíticos. Consiste no acompanhamento, na supervisão e na avaliação do sistema de qualidade para garantir que cada parte do exame seja de boa qualidade e boa eficiência. Materiais Identificar os materiais de controle interno e externo da qualidade, citando fabricante e número de catálogo. Descrever as Instruções de preparo e freqüência da utilização dos mesmos. Referenciar POP para limpeza e secagem dos materiais utilizados. Controle Interno Descrever a calibração periódica de pipetas, equipamentos utilizados, controle de temperatura ambiente e geladeiras para armazenamento dos kits. Citar a utilização de soros controles (nível normal –código --------- e patológico –código -------) nas análises realizadas juntamente com a freqüência da utilização dos mesmos. Descrever o procedimento de verificação de novos lotes de controles e reagentes. Citar POP para controle interno. Controle Externo Descrever os procedimentos utilizados nas avaliações de qualidade feitas por programas de comparação entre laboratórios ou outros controles de qualidade: SIGNIFICADO CLINICO A glicose é a principal fonte de carboidrato do organismo e sua concentração sanguínea está intimamente ligada à ação da insulina. Valores elevados de glicose ocorrem nos vários tipos de diabetes primárias, nos estados de intolerância à glicose e nas diabetes secundárias a várias doenças (hipertireoidismo, hiperpituitarismo e hiperadrenocorticismo, entre outras). OBSERVAÇÃO Os resultados deverão ser usados em conjunto com informações disponíveis da avaliação clínica e outros procedimentos diagnósticos. REFERÊNCIAS Bergmeyer HU. Methods of Enzimatic Analysis, 3a. edição, Vol VI, Deerfield Beach: VCH, 1986:178-184. Blaedel WJ, Uhl JM. Clin Chem 1975;21:119-124. Young DS. Effects of Preanalytical Variables on Clinical Laboratory Tests, 1a edição, Washington: AACC pPress, 1993. Inmetro – Boas Práticas de Laboratório Clínico e Listas de Verificação para Avaliação, Rio de Janeiro: Qualitymark eds, 1997. Sachs DB Bruns DE, Goldstein DE, Maclaren NK, McDonald JM, Parrot M. Clin Chem 2002;48:436-72. Tietz NW. Fundamentals of Clinical Chemistry, Philadelphia: W.B. Saunders, 1970:154-166. Tonks DB Quality Control in Clinical Laboratories, Warner-Chilcot Laboratories, Diagnostic Reagent Division, Scarborough, Canada, 1972. Westgard JO, Barry PL, Hunt MR, Groth T. Clin Chem 1981;27:493-501.
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