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09/09/15 1 GONIOMETRIA Antonie5a Cláudia DEFINIÇÃO GONIOMETRIA • O termo é derivado do grego, onde gonion significa ângulo e metron significa medida. • Portanto, um goniômetro é um instrumento usado para mensurar ângulos. • Aplicado às ciências médicas, o goniômetro é uPlizado para medir os ângulos criados pela interseção dos eixos longitudinais dos ossos ao nível das arPculações. Goniometria -‐ ObjePvos • Em saúde, a GONIOMETRIA tem dois objePvos principais: – Avaliar a posição de uma arPculação no espaço. Neste caso, trata-‐se de um procedimento estáPco que se uPliza para objePvar e quanPficar a ausência de mobilidade de uma arPculação. – Avaliar o arco de movimento de uma arPculação em cada um dos três planos no espaço. Neste caso, trata-‐ se de um procedimento dinâmico que se uPliza para objePvar e quanPficar a mobilidade de uma arPculação. Aplicação na Medicina • Em ortopedia, traumatologia e reumatologia, a goniometria se aplica a descrever a presença de desvios a nível do sistema osteoarPcular com fins diagnósPcos prognósPcos, terapêuPcos e de invesPgação. Aplicação na indústria biomédica • Na indústria biomédica, a goniometria se aplica na fabricação e desenho de aparatos de medição, de instrumental cirúrgico, de próteses e órteses. Aplicação em Fisioterapia • UPliza-‐se para determinar o p o n t o d e i n í c i o d o tratamento, avaliar sua progressão ao longo do tempo, moPvar o paciente, estabelecer um prognósPco, modificar o tratamento ou estabelecer alta, e por fim avaliar uma sequela. 09/09/15 2 GONIÔMETRO • Goniômetros são produzidos em uma variedade de tamanhos e formas, e são comumente fabricados em plásPco ou metal. GONIÔMETRO • Possuem um corpo e dois braços (ou barras), um fixo e um móvel. • O corpo de um goniômetro é na realidade um transferidor de 180o ou 360o . • A escala do transferidor pode estar expressa em divisões a cada 1o , a cada 5o, ou a cada 10o. • O ponto central do corpo se chama eixo. GONIÔMETRO GONIÔMETRO • O braço fixo forma uma só peça com o corpo e é por onde se empunha o instrumento. • O braço móvel g ira livremente ao redor do eixo do corpo, e se realiza a medição em graus s o b r e a e s c a l a d o transferidor. GONIÔMETRO Limitações • Os goniômetros apresentam duas grandes limitações: 1. O alinhamento sobre a supericie corporal deve se realizar por esPmaPva visual dos pontos anatômicos, um proximal para o braço fixo, um distal para o braço móvel e outro que corresponde ao eixo de movimento da arPculação. GONIÔMETRO Limitações 2. D e v i d o a o f a t o d o goniômetro necessitar ser segurado com as duas mãos, uma para o braço fixo e outra para o braço móvel, o examinador não pode efetuar corretamente a estabilização manual do segmento prox imal da arPculação que se avalia. 09/09/15 3 GONIOMETRIA Métodos de Medição • N o s é c u l o X X f o r a m d e s c r i t o s fundamentalmente dois métodos para medir o arco de movimento de uma arPculação: – método 180-‐0 – método do zero neutro. O Método 180 -‐ 0 • Foi o primeiro método uPlizado para medir o a rco de mov imento arPcular. • Estabelece que a posição de início da medição é 180o. • Dev ido a que e s t a nomenclatura resultava em confusão, caiu em desuso e não mais se uPliza atualmente. Método do Zero Neutro • Neste caso, a posição para aferição começa a parPr da posição zero, também conhecida como posição neutra. É considerado como padrão ouro. GONIOMETRIA Posição do Examinado • O examinado deverá estar vesPdo de forma que a vesPmenta não atrapalhe a avaliação goniométrica. • Deverá senPr-‐se acomodado em confortável. • Deve-‐se padronizar a posição que será feita a medida para facilitar futura comparação de resutados. • Sempre uPlizar uma posição que garanta a possibilidade de alcançar o maior arco de movimento fisiológico. GONIOMETRIA Posição do examinado GONIOMETRIA Posição do Examinado • De acordo com a arPculação e do Ppo de movimento que será examinado, o paciente pode estar de pé em posição neutra ou em posições alternaPvas: sentado, em decúbito ventral (DV), em decúbito dorsal (DD). • A posição do paciente deve permiPr que a arPculação examinada seja colocada em 0o. • Quando isso não for possível, devido à presença de sequelas, deve-‐se colocar numa posição mais próxima possível de 0o. 09/09/15 4 GONIOMETRIA Palpação dos pontos anatômicos • Os pontos anatômicos são eminências ósseas palpáveis que se uPlizam como ponto de referência para o alinhamento dos braços do goniômetro. • A idenPficaçãoacurada destes pontos necessita do conhecimento da anatomia de supericie. TÉCNICA PARA EXAME GONIOMÉTRICO • O exame goniométrico deverá seguir os seguintes passos: 1. Explicação do método 2. Posição do examinado 3. Estabilização do segmento proximal 4. Palpação e idenPficação dos pontos ósseos 5. Alinhamento do goniômetro com os pontos ósseos 6. Medição do arco de movimento arPcular 7. Leitura do resultado da medição 8. Registro da medição GONIOMETRIA MMSS GONIOMETRIA – GLENOUMERAL OMBRO -‐ Flexão FLEXÃO: 0-‐180° (AAOS) Posição: De pé ou sentado, braço aduzido. Eixo: Localizar o acrômio e medir aproximadamente dois dedos abaixo dele. Barra fixa: Em direção ao solo. B a r r a móve l : A companha o movimento de flexão do ombro, lateral ao úmero, na direção do epicôndilo lateral, para cima. • EXTENSÃO: 0°-‐ 60°(AAOS) OMBRO -‐ Hiperextensão Posição: De pé ou sentado, braço aduzido. Eixo: Localizar o acrômio e medir aproximadamente dois dedos abaixo dele. Barra fixa: Em direção ao solo. Barra móvel: Acompanha o movimento de hiperextensão do ombro, lateral ao úmero, na direção do epicôndilo lateral, para trás. 09/09/15 5 ABDUÇÃO: 0°-‐180° (AAOS) OMBRO -‐ Abdução Posição: De pé, com braço aduzido. Eixo: Localiza o acrômio e mede aproximadamente dois dedos abaixo dele, segue em direção a espinha da escápula. Barra fixa: Em direção ao solo posteriormente. B a r r a mó v e l : A c omp a n h a o movimento de abdução, na região dorsal. ADUÇÃO HORIZONTAL: 0°-‐ 40°(Marques, 2003); 0°-‐50/75° (Magee, 2002); 0°-‐30°(Palmer & Apler, 2000). OMBRO – Adução Horizontal Posição: Sentado. Eixo: Com o braço estendido anteriormente, coloca-‐se o eixo sobre o acrômio. Barra fixa: Em direção ao úmero anteriormente (para frente). Barra móvel: Paralela ao úmero, segue em direção a linha média do corpo (para dentro). ROTAÇÃO INTERNA: 0°-‐ 70°(AAOS) OMBRO – Rotação Interna Posição: Posição em decúbito dorsal, com o braço abduzido a 90° e cotovelo em flexão de 90°, em supinação. Eixo: No olécrano. Barra fixa: Paralela ao solo em direção à cabeça. Barra móvel: Fica entre o rádio e a ulna e acompanha o 3º metacarpo. ROTAÇÃO EXTERNA: 0°-‐90°(AAOS) OMBRO – Rotação Externa Posição: Posição em decúbito dorsal, com o braço abduzido a 90° e cotovelo em flexão de 90°, em supinação. Eixo: No olécrano. Barra fixa: Paralela ao solo em direção ao tronco. Barra móvel: Fica entre o rádio e a ulna e acompanha o 3º metacarpo. GONIOMETRIA – COTOVELO COTOVELO – Flexão FLEXÃO: 0-‐150o (AAOS) Posição: De pé ou sentado. Eixo: Epicôndilo lateral do úmero na região do cotovelo com braço aduzido. Barra fixa: Lateral ao úmero em direção ao acrômio. Barra móvel: Paralela ao antebraço, acompanha o movimento de flexão. 09/09/15 6 HIPEREXTENSÃO: 0 à 10º (AAOS) COTOVELO -‐ Hiperextensão Posição: De pé ou sentado. Eixo: Epicôndilo lateral do úmero na região do cotovelo com braço aduzido. Barra fixa: Lateral ao úmero em direção ao acrômio. Barra móvel: Paralela ao antebraço, a companha o mov imento de hiperextensão. GONIOMETRIA -‐ PUNHO PUNHO -‐ Pronação PRONAÇÃO: 0°-‐80° (AAOS) Posição: sentado, ombro 0, cotovelo flePdo 90º para evitar rotação do ombro, antebraço e punho em 0. Eixo: Sobre a arPculação do punho, na direção da linha do 3° dedo, colocando o goniômetro na parte posterior do antebraço. Barra fixa: paralela a linha longitudinal do úmero. Barra móvel: Oposta à barra fixa, acompanha o movimento de pronação. SUPINAÇÃO: 0°-‐80° (AAOS). PUNHO – Supinação Posição: sentado, ombro 0, cotovelo flePdo 90º para evitar rotação do ombro, antebraço e punho em 0. Eixo: Sobre a arPculação do punho, na direção da linha do 3° dedo, colocando o goniômetro na parte anterior do antebraço. Barra fixa: Voltado para o solo ou paralela ao solo. Barra móvel: Oposta à barra fixa e a c omp a n h a r s e u mo v ime n t o , acompanha o movimento de supinação. PUNHO -‐ Flexão FLEXÃO: 0°-‐80° (AAOS) Posição: Braço aduzido, antebraço flePdo em 90°, punho reto. Eixo: Na projeção do osso piramidal (borda ulnar do punho, ligeiramente a frente da apófise esPlóide da ulna). Barra fixa: Em direção ao antebraço. Barra móvel: Na direção do 5° metacarpo acompanhando o seu movimento de flexão (mão caída). EXTENSÃO: 0°-‐70° (AAOS). PUNHO -‐ Extensão Pos i ção : pac i en te sen tado , antebraço apoiado sobre uma mesa. Eixo: Na projeção do osso piramidal (borda ulnar do punho, ligeiramente a frente da apófise esPlóide da ulna). Barra fixa: Em direção ao antebraço. Barra móvel: Na direção do 5° metacarpo acompanhando o seumovimento de extensão (para cima). 09/09/15 7 PUNHO – Desvio Ulnar DESVIO ULNAR: 0°-‐30° (AAOS). Posição: Braço em adução, antebraço apoiado com a mão reta, em prono. Eixo: colocado sobre a projeção s upe rfi c i a l do o s so c ap i t a t o (eminência óssea palpável entre a base do 3º metacarpo e o rádio) Barra fixa: Sobre o antebraço. B a r r a mó v e l : A c omp a n h a o movimento na direção da linha do 3° metacarpo. DESVIO RADIAL: 0°-‐20° (AAOS) PUNHO – Desvio Radial Posição: paciente sentado, antebraço em pronação apoiado sobre uma mesa. Eixo: colocado sobre a projeção s upe rfi c i a l do o s so c ap i t a t o (eminência óssea palpável entre a base do 3º metacarpo e o rádio) Barra fixa: alinhado com o antebraço B a r r a mó v e l : A c omp a n h a o movimento na direção da linha do 3° metacarpo. GONIOMETRIA -‐ MMII GONIOMETRIA -‐ QUADRIL Posição: decúbito dorsal com membros inferiores estendidos, terminando o movimento com flexão de joelho Eixo: sobre o trocânter maior. Braço fixo: linha lateral do tronco Braço móvel: linha lateral da coxa alinhado ao centro do côndilo lateral do fêmur. QUADRIL -‐ Flexão FLEXÃO: 0°-‐ 120° (AAOS) Posição: decúbito ventral com membros inferiores estendidos, pelve estabilizada (EIAS no mesmo nível) Eixo: sobre o trocânter maior Braço fixo: linha lateral do tronco Braço móvel: linha lateral da coxa alinhado ao centro do côndilo lateral do fêmur QUADRIL -‐ Extensão EXTENSÃO: 0°-‐ 30° (AAOS) 09/09/15 8 Posição: decúbito dorsal com MMII estendidos e rotação neutra de quadril. Eixo: sobre a EIAS do lado que se examina. Braço fixo: alinhado com a EIAS oposta. Braço móvel: face anterior da coxa, alinhado à patela. QUADRIL -‐ Abdução ABDUÇÃO: 0°-‐ 45° (AAOS) Posição: decúbito dorsal com membro inferior estendido e rotação neutra de quadril, e membro inferior contralateral em abdução. Eixo: EIAS do quadril examinado Braço fixo: entre as espinhas ilíacas ântero-‐ superiores. Braço móvel: face anterior da coxa, alinhado à patela. QUADRIL -‐ Adução ADUÇÃO: 0°-‐ 30° (AAOS) Posição: sentado, com quadril e coxa apoiados e joelhos 90o, pernas e pés sem apoio. Eixo: sobre o centro da patela. Braço fixo: perpendicular ao solo, com o pino sobre o centro da patela. Braço móvel: sobre a face anterior da perna, com o alinhamento entre os maléolos do tornozelo. QUADRIL – Rotação Externa ROTAÇÃO EXTERNA: 0°-‐ 45° (AAOS) Posição: sentado, com quadril e coxa apoiados e joelhos 90o, pernas e pés sem apoio. Eixo: sobre o centro da patela. Braço fixo: perpendicular ao solo, com o pino sobre o centro da patela. Braço móvel: sobre a face anterior da perna, com o alinhamento entre os maléolos do tornozelo. QUADRIL – Rotação Interna ROTAÇÃO INTERNA: 0°-‐ 45° (AAOS) Posição: decúbito dorsal com os membros inferiores em posição 0o Eixo: sobre o côndilo femoral externo. Braço fixo: sobre a linha arPcular lateral da coxa alinhado ao trocanter maior do fêmur Braço móvel: sobre a linha lateral da perna, alinhado ao maléolo lateral JOELHO -‐ Flexão FLEXÃO: 0°-‐ 135° (AAOS) JOELHO -‐ Extensão Posição: decúbito ventral com os membros inferiores em posição 0o, e fêmur estabi l i zado com uma almofada embaixo. Eixo: colocado sobre o côndilo femoral externo. Braço fixo: sobre a linha arPcular lateral da coxa alinhado ao trocanter maior do fêmur. Braço móvel: sobre a linha lateral da perna, alinhado ao maléolo lateral EXTENSÃO: 0°-‐ 10° (AAOS) 09/09/15 9 Posição: decúbito dorsal com joelho a 0o e tornozelo a 90o. Membro inferior estabilizado sobre a cama. Eixo: colocado sobre o maléolo externo. Braço fixo: sobre a linha média lateral da perna. Braço móvel: se alinha com a linha média longitudinal do quinto metarso. TORNOZELO – Flexão Plantar FLEXÃO PLANTAR: 0°-‐ 50° (AAOS) Posição: decúbito ventral com o joelho flePdo 90o. Eixo: sobre o maléolo externo. Braço fixo: sobre a linha lateral da perna, alinhado com a cabeça da ibula. Braço móvel: alinhado com a linha média longidudinal do quinto metatarso. TORNOZELO -‐ Dorsiflexão DORSIFLEXÃO: 0°-‐ 20° (AAOS) TORNOZELO -‐ Inversão Posição: decúbito ventral com os pés fora da cama, MI estabilizado em posição 0o, arPculação subtalar 0o. Eixo: sobre a inserção do tendão de aquiles no calcâneo. Braço fixo: se alinha com a linha média longitudinal da perna. Braço móvel: se alinha com a linha média longitudinal do calcâneo. INVERSÃO: 0°-‐ 35° (AAOS) TORNOZELO -‐ Eversão Posição: decúbito ventral com os pés fora da cama, MI estabilizadoem posição 0o, arPculação subtalar 0o. Eixo: sobre a inserção do tendão de aquiles no calcâneo. Braço fixo: se alinha com a linha média longitudinal da perna. Braço móvel: se alinha com a linha média longitudinal do calcâneo. EVERSÃO: 0°-‐ 15° (AAOS)
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