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Abordagens de Ensino para Surdez

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Abordagens
ABORDAGENS DE ENSINO NA EDUCAÇÃO DA PESSOA COM SURDEZ
ABORDAGENS DE ENSINO NA EDUCAÇÃO DA PESSOA COM SURDEZ
Rosimar Bortolini Poker
Ter conhecimento sobre a história, bem como sobre as filosofias e métodos educacionais criados para os alunos com surdez, permite a compreensão da relação existente entre o comprometimento lingüístico dessa população, a qualidade das suas interações interpessoais e o seu desenvolvimento cognitivo. A história serve de suporte para que seja feita uma análise crítica das conseqüências de cada filosofia ou método de ensino no desenvolvimento destas crianças, contextualizando as práticas vigentes.
Inicialmente a sociedade tinha uma idéia muito negativa da surdez, enfatizando sempre os seus aspectos negativos. Segundo Goldfeld (1997), na antiguidade os surdos foram percebidos de diversas formas: com piedade e compaixão, como pessoas castigadas pelos deuses ou como pessoas enfeitiçadas. Por isso mesmo, foram abandonadas ou sacrificadas.
Para Goldifeld (1997), a crença de que a pessoa com surdez era uma pessoa primitiva fez com que persistisse até o século quinze a idéia de que ele não poderia ser educado. Sendo assim, tais pessoas viviam totalmente à margem da sociedade e não tinham nenhum direito assegurado. Só a partir do século dezesseis é que se tem notícias dos primeiros educadores de pessoas com surdez.
De acordo com Reis (1992), Fornari afirma que "Cardano foi o primeiro a afirmar que o surdo deveria ser educado e instruído, afirmando que era crime não instruir um surdo - mudo".
A partir daí, vários educadores se propuseram a criar diferentes metodologias para ensinar as crianças com surdez. Alguns se baseavam apenas na linguagem oral, ou seja, a língua auditiva -oral utilizada em seu país. Outros, diferentemente, pesquisaram e defenderam a língua de sinais, que se constitui em uma língua espaço-visual criada através de gerações pelos próprios surdos. Outros ainda criaram alguns códigos visuais com o objetivo de manter a comunicação com seus alunos com surdez. Até hoje existem diversas correntes teóricas a respeito da educação do aluno com surdez.
Conforme Goldfield (1997), no século dezesseis, na Espanha, o monge beneditino Pedro Ponce de Leon (1520 - 1584) desenvolveu uma metodologia de educação para crianças com surdez que incluía datilologia (representação manual das letras do alfabeto), escrita e oralização, e criou uma escola de professores de surdos. Em 1620, Juan Martin Pablo Bonet publicou, também na Espanha, um livro que tratava do alfabeto manual de Ponce de Leon.
Em 1750, na França, surge Abade Charles Michel de L'Epée que aprende com as pessoas surdas a língua de sinais criando os "Sinais Metódicos". Teve grande sucesso na educação das pessoas com surdez transformando sua casa em uma escola pública. L'Epée e seu seguidor Sicard defendiam que todos as pessoas com surdez, independentemente de seu nível social, deveriam ter direito à educação pública e gratuita.
Na Alemanha, nesta mesma época, com Samuel Heinick, surge a filosofia educacional Oralista que defende que o ensino da língua oral, e a rejeição à língua de sinais, é a melhor forma de educar o aluno com surdez. Heinick funda a primeira escola pública para crianças com surdez baseada no oralismo.
Em 1817 Thomas Hopkins Gallaudet, junto com Laurent Clerc, fundou a primeira escola permanente para alunos com surdez nos EUA, que utilizava como forma de comunicação o francês sinalizado, adaptado para o inglês. A partir de 1821, todas as escolas públicas americanas passaram a caminhar na direção da ASL (Língua de Sinais Americana). Em 1864 foi fundada a primeira universidade nacional para surdos, a Universidade Gallaudet.
Apesar da disseminação da língua de sinais, a partir de 1860, com os avanços tecnológicos que facilitavam a aprendizagem da fala pelas pessoas com surdez, o método oral ganhou força.
Ainda segundo Goldfield (1997), o mais importante defensor do Oralismo foi Alexander Graham Bell, que exerceu grande influência no resultado da votação do Congresso Internacional de Educadores de Surdos, realizado em Milão no ano de 1880. No Congresso, foi colocado em votação qual método deveria ser utilizado na educação dos surdos. O Oralismo venceu e o uso da língua de sinais foi oficialmente proibido. Ressalta-se que foi negado aos professores surdos o direito de votar.
No início do século vinte a maior parte das escolas em todo o mundo deixa de usar a língua de sinais. A oralização passa a ser o principal objetivo da educação das crianças surdas e, para aprenderem a falar, passavam a maior parte do seu tempo nas escolas recebendo treinamento oral. O ensino das disciplinas escolares foi deixado para segundo plano levando a uma queda significativa no nível de escolarização dos alunos com surdez.
O Oralismo dominou até a década de sessenta quando William Stokoe publicou um artigo demonstrando que a Língua de Sinais constituía-se em uma língua com as mesmas características das línguas orais.
A partir daí, surgiram outras pesquisas demonstrando a importância da língua de sinais na vida da pessoa com surdez bem como revelando a insatisfação por parte das pessoas surdas com a abordagem oral.
Em 1968, surge a filosofia da Comunicação Total que utiliza todas as formas de comunicação possíveis na educação dos surdos, acreditando-se que a comunicação e não apenas a língua, deve ser privilegiada.
Conforme Goldfield (1997), a partir da década de setenta, percebeu-se que a língua de sinais deveria ser utilizada independentemente da língua oral. Surge assim a filosofia Bilíngue, que desde a década de oitenta vem se disseminando por todos os países do mundo.
No Brasil, a educação das pessoas com surdez teve início em 1857, ao ser fundada a primeira escola especial no Rio de Janeiro por um professor surdo francês, Hernest Huet, com o apoio de D. Pedro II, e que hoje tem o nome de Instituto Nacional de Educação de Surdos (INES), que utilizava a língua de sinais.
Segundo Goldfield (1997), o INES em 1911, seguindo a tendência mundial, passou a assumir a abordagem oralista, apesar da forte resistência dos alunos que continuavam a utilizar de forma proibida a língua de sinais nos corredores e pátios da escola.
A Comunicação Total chega ao Brasil no fim da década de setenta e, na década seguinte começa o Bilinguismo, que surge com as pesquisas da Professora linguista Lucinda Ferreira Brito, sobre a Língua Brasileira de Sinais.
Métodos de ensino para alunos com surdez
Durante o decorrer dos séculos tem-se proposto uma variedade de abordagens e métodos para a educação dos alunos com surdez. A maioria deles fundamenta-se em substituir a audição perdida por um outro canal sensorial, como a visão, o tato, ou aproveitando os restos da audição existentes.
O aspecto dos métodos que tem sido mais problemático é a ausência de trabalhos, ou afirmação de que existe um único método para todas as crianças com surdez. Para aquelas que têm resíduos auditivos, pode ser oferecido um acesso para o código da fala dentro de uma abordagem oral. Diferentemente, para aqueles que não têm razoável resíduo ou mesmo grande dificuldade em desenvolver a oralidade, a Língua de Sinais constitui-se na língua mais adequada para o sujeito interagir com o meio.
A querela existente entre os defensores dos diferentes métodos ou abordagens demonstra que há diferentes formas de enfrentar as consequências da surdez respeitando-se cada pessoa e sua família. O professor, junto com os pais, deve explorar e buscar alternativas para cada aluno, no sentido de provocar o desenvolvimento pleno de suas potencialidades.
Os métodos de ensino dividem-se em três abordagens principais que produziram muitas formas de se trabalhar com o aluno surdo. São elas: Oralismo, Comunicação Total e Bilinguismo.
Oralismo
De acordo com Goldfield (1997) o Oralismo ou filosofia oralista visa a integração da criança com surdez na comunidade de ouvintes, dando-lhe condições de desenvolver a língua oral (no caso do Brasil, o português).Para alguns defensores desta filosofia, a linguagem restringe-se à língua oral sendo por isso mesmo esta, a única forma de comunicação dos surdos. Acreditam assim que para a criança surda se comunicar é necessário que ela saiba oralizar.
Para Goldfield, o Oralismo concebe a surdez como uma deficiência que deve ser minimizada por meio da estimulação auditiva que possibilitaria a aprendizagem da língua portuguesa e levaria a criança surda a integrar-se na comunidade ouvinte, desenvolvendo sua personalidade como a de alguém que ouve. Isto significa que o objetivo do Oralismo é fazer a reabilitação da criança surda em direção à normalidade.
A educação oral requer um esforço total por parte da criança, da família e da escola. De acordo com os seus defensores, para se obter um bom resultado, é necessário:
- Envolvimento e dedicação das pessoas que convivem com a criança no trabalho de reabilitação todas as horas do dia e todos os dias do ano;
- Início da reabilitação o mais precocemente possível, ou seja, deve começar quando a criança nasce ou quando se descobre a deficiência;
- Não oferecer qualquer meio de comunicação que não seja a modalidade oral. O uso da língua de sinais tornará impossível o desenvolvimento de hábitos orais corretos;
- A educação oral começa no lar e, portanto, requer a participação ativa da família, especialmente da mãe;
- A educação oral requer participação de profissionais especializados como fonoaudiólogo e pedagogo especializado para atender sistematicamente o aluno e sua família;
- A educação oral requer equipamentos especializados como o aparelho de amplificação sonora individual.
Para alcançar os seus objetivos, a filosofia oralista utiliza diversas metodologias de oralização: método acupédico, método Perdoncini, método verbo-tonal, entre outros. Essas metodologias se baseiam em pressupostos teóricos diferentes e possuem, em certos aspectos, práticas diferentes. O que as tornam comum é o fato de defenderem a língua oral como a única forma desejável de comunicação da pessoa surda, rejeitando qualquer forma de gestualização, especialmente a Língua de Sinais.
Em resumo o Oralismo consiste em fazer com que a criança receba a linguagem oral através da leitura orofacial e amplificação sonora, enquanto se expressa através da fala. Gestos, Língua de Sinais e alfabeto digital são expressamente proibidos.
Comunicação Total
Define-se como uma filosofia que requer a incorporação de modelos auditivos, manuais e orais para assegurar a comunicação eficaz entre as pessoas com surdez. Tem como principal preocupação os processos comunicativos entre surdos e surdos, e entre surdos e ouvintes.
Esta filosofia se preocupa também com a aprendizagem da língua oral pela criança surda, mas acredita que os aspectos cognitivos, emocionais e sociais não devem ser deixados de lado só por causa da aprendizagem da língua oral. Defende assim a utilização de qualquer recurso espaço - visual como facilitador da comunicação.
Segundo Ciccone (1990), os profissionais que defendem a Comunicação Total concebem o surdo de forma diferente dos oralistas: ele não é visto só como alguém que tem uma patologia que precisa ser eliminada, mas sim como uma pessoa, e a surdez como uma marca que repercute nas relações sociais e no desenvolvimento afetivo e cognitivo dessa pessoa.
Diferentemente do Oralismo, a Comunicação Total acredita que o aprendizado da língua oral não assegura o pleno desenvolvimento da criança surda.
Ciccone (1990) demonstrou que muitas crianças que foram expostas sistematicamente à modalidade oral de uma língua, antes dos três anos de idade, conseguiram aprender está língua mas, no desenvolvimento cognitivo, social e emocional, não foram bem sucedidas.
Uma diferença marcante entre a Comunicação Total e as outras abordagens educacionais constitui-se no fato de que a Comunicação Total defende a utilização de qualquer recurso linguístico, seja a língua de sinais, a linguagem oral ou códigos manuais, para propiciar a comunicação com as pessoas com surdez.
A Comunicação Total valoriza a comunicação e a interação e não apenas a língua. Seu objetivo maior não se restringe ao aprendizado de uma língua.
Outro aspecto a ser salientado é que esta filosofia respeita a família da criança com surdez. Acredita que cabe à família o papel de compartilhar valores e significados, formando, junto com a criança, através da possibilidade da comunicação, sua subjetividade.
Os defensores da filosofia da Comunicação Total recomendam então o uso simultâneo de diferentes códigos como: a Língua de Sinais, a datilologia, o português sinalizado, etc. Todos esses códigos manuais são usados obedecendo à estrutura gramatical da língua oral, não se respeitando a estrutura própria da Língua de Sinais.
Nesse sentido a Comunicação Total acredita que esse bimodalismo pode atenuar o bloqueio de comunicação existente entre a criança com surdez e os ouvintes. Tenta evitar que as crianças sofram as consequencias do isolamento.
Tal abordagem compreende, então, que a criança seja exposta:
- ao alfabeto digital;
- a língua de sinais;
- a amplificação sonora;
- ao português sinalizado.
A abordagem da Comunicação Total chegou ao Brasil na década de setenta e vem sendo adotada em escolas mais recentemente. Os Estados Unidos é o maior representante desta abordagem. Sofreu muitas críticas, uma vez que não trouxe os benefícios esperados no âmbito do desempenho acadêmico das crianças com surdez no que se refere ao seu processo de escolarização (leitura e escrita).
Bilinguismo
É uma filosofia que vem ganhando força na última década principalmente no âmbito nacional. Na Suécia já existem trabalhos nesta perspectiva há um bom tempo. No Uruguai e Venezuela verifica-se a presença desta abordagem nas propostas de ensino das instituições públicas. Na Inglaterra existem estudos iniciais e, na França, aparece nas propostas das escolas que trabalham especificamente na educação dos alunos surdos.
Configura-se, no caso do Brasil, como uma proposta recente defendida por linguistas voltados para o estudo da Língua de Sinais. Ainda não foi feita uma avaliação crítica pois, de maneira geral, não foi efetivamente implantada.
Parte do princípio que o surdo deve adquirir como sua primeira língua, a língua de sinais com a comunidade surda. Isto facilitaria o desenvolvimento de conceitos e sua relação com o mundo. Aponta o uso autônomo e não simultâneo da Língua de Sinais que deve ser oferecida à criança surda o mais precocemente possível. A língua portuguesa é ensinada como segunda língua, na modalidade escrita e, quando possível, na modalidade oral. Contrapõe-se às propostas da Comunicação Total uma vez que não privilegia a estrutura da língua oral sobre a Língua de Sinais.
De acordo com Brito (1993) no bilingüismo a língua de sinais é considerada uma importante via para o desenvolvimento do surdo, em todas as esferas de conhecimento, e, como tal, “propicia não apenas a comunicação surdo – surdo, além de desempenhar a importante função de suporte do pensamento e de estimulador do desenvolvimento cognitivo e social”.
Para os bilinguistas os surdos formam uma comunidade, com cultura e língua próprias, tendo assim, uma forma peculiar de pensar e agir que devem ser respeitadas.
Existem duas vertentes dentro da filosofia Bilíngüe. Uma defende que a criança com surdez deve adquirir a língua de sinais e a modalidade oral da língua, o mais precocemente possível, separadamente. Posteriormente, a criança deverá ser alfabetizada na língua oficial de seu país. Outra vertente acredita que se deve oferecer num primeiro momento apenas a língua de sinais e, num segundo momento, só a modalidade escrita da língua. A língua oral neste caso fica descartada.
Segundo Quadros (1997), o bilingüismo é uma proposta de ensino usada por escolas que se propõem a tornar acessível à criança duas línguas no contexto escolar. Os estudos têm apontado para essa proposta como sendo a mais adequada para o ensino das crianças surdas, tendo em vista que considera a línguade sinais como língua natural e parte desse pressuposto para o ensino da língua escrita.
A preocupação do bilingüismo é respeitar a autonomia das línguas de sinais organizando-se um plano educacional que respeite a experiência psicossocial e linguística da criança com surdez.
Quando o professor ouvinte conhece e usa a Língua de Sinais, tem condições de comunicar-se de maneira satisfatória com seu aluno surdo. A introdução da Língua de Sinais no currículo de escolas para surdos é um indício de respeito a sua diferença. É o que caracteriza uma escola inclusiva para esse alunado.
O aluno surdo para se desenvolver necessita então de professores altamente participativos e motivados para aprender e tornar fluente a linguagem. Só assim, ou seja, respeitando e considerando às suas necessidades educacionais, é que será possível proporcionar o pleno desenvolvimento emocional e cognitivo e a efetiva inclusão e participação do aluno surdo no meio social.
BibliografiaO Intéprete e a sua Importância
Libras I
INTÉRPRETE E SUA IMPORTÂNCIA:
Oficina de Multiplicadores de Interpretação da LIBRAS
Tiago M. Saretto
Intérprete – Pessoa que interpreta de uma língua (língua fonte) para outra (língua alvo) o que foi dito.
Língua fonte – É a língua que o intérprete ouve ou vê para, a partir dela, fazer a tradução e interpretação para a outra língua (a língua alvo).
Língua alvo – É a língua na qual será feita a tradução ou interpretação.
Intérprete de língua de sinais – Pessoa que interpreta de uma dada língua de sinais para outro idioma, ou deste outro idioma para uma determina língua de sinais.
O que envolve o ato de interpretar?
Envolve um ato COGNITIVO-LINGÜÍSTICO, ou seja, é um processo em que o intérprete estará diante de pessoas que apresentam intenções comunicativas específicas e que utilizam línguas diferentes. O intérprete está completamente envolvido na interação comunicativa (social e cultural) com poder completo para influenciar o objeto e o produto da interpretação. Ele processa a informação dada na língua fonte e faz escolhas lexicais, estruturais, semânticas e pragmáticas na língua alvo que devem se aproximar o mais apropriadamente possível da informação dada na língua fonte. Assim sendo, o intérprete também precisa ter conhecimento técnico para que suas escolhas sejam apropriadas tecnicamente. Portanto, o ato de interpretar envolve processos altamente complexos.
O intérprete de libras é o profissional que domina a língua de sinais e a língua falada do país e que é qualificado para desempenhar a função de intérprete. No Brasil, o intérprete deve dominar a língua brasileira de sinais e língua portuguesa. Ele também pode dominar outras línguas, como o inglês, o espanhol, a língua de sinais americana e fazer a interpretação para a língua brasileira de sinais ou vice-versa (por exemplo, conferências internacionais).
Além do domínio das línguas envolvidas no processo de tradução e interpretação, o profissional precisa ter qualificação para atuar como tal. Isso significa ter domínio dos processos, dos modelos, das estratégias e técnicas de tradução e interpretação. O profissional intérprete também deve ter formação específica na área de sua atuação (por exemplo, a área da educação).
Realizar a interpretação da língua falada para a língua sinalizada e vice-versa observando os seguintes preceitos éticos:
a) Confiabilidade (sigilo profissional);
b) Imparcialidade (o intérprete deve ser neutro e não interferir com opiniões próprias);
c) Discrição (o intérprete deve estabelecer limites no seu envolvimento durante a atuação);
d) Distância profissional (o profissional intérprete e sua vida pessoal são separados);
e) Fidelidade (a interpretação deve ser fiel, o intérprete não pode alterar a informação por querer ajudar ou ter opiniões a respeito de algum assunto, o objetivo da interpretação é passar o que realmente foi dito).
O aluno com surdez
O ALUNO COM SURDEZ
 
Simone Ghedini Costa Milanez
 
A deficiência auditiva é a diminuição da acuidade para ouvir sons, devido a fatores que afetam o ouvido externo (OE), médio (OM) ou interno (OI), ou ainda, lesões no nervo auditivo. Com base nesta definição e em dados de exames audiológicos, as conseqüências destes prejuízos, o tipo de intervenção que é possível e, o provável sucesso desta intervenção, é determinado por vários fatores, dentre os quais destacamos a localização da deficiência auditiva, as causas da deficiência auditiva, a época de instalação da deficiência auditiva, o grau da deficiência auditiva em decibéis (dB), a estabilidade do limiar e a coexistência de outros fatores.
 
1- Quanto à localização da deficiência auditiva:
 
A perda auditiva pode resultar de problemas em qualquer uma das partes do sistema auditivo (OE, OM, e OI) individualmente ou em combinação.
 
2- Quanto às causas da deficiência auditiva:
 
Podem ser divididas de acordo com a época de acometimento do sistema auditivo:
- Causas pré-natais: o distúrbio ocorre antes do nascimento, ainda na vida intra-uterina. Estão envolvidos fatores genéticos e hereditários, doenças adquiridas pela mãe (rubéola, toxoplasmose, sífilis, citomegalovírus), drogas ototóxicas, fumo e álcool, exposição a raio X e consangüinidade.
- Causas peri-natais: quando a audição é acometida durante o nascimento ou nas primeiras horas de vida. Os fatores relacionados são anóxia de parto, baixo peso, traumatismo de parto, prematuridade e pós-maturidade, entre outros.
- Causas pós-natais: o acometimento do sistema auditivo ocorre após o nascimento. Dentre estas causas destacamos as doenças infecto-contagiosas adquiridas pela criança, tais como sarampo, meningite, caxumba, medicamentos ototóxicos, otites recorrentes e traumatismo crânio-encefálico.
 
3- Quanto à época de instalação da deficiência auditiva:
 
- Deficiência auditiva congênita: a criança nasce com a perda de audição em decorrência de fatores pré e peri-natais.
- Deficiência auditiva adquirida: o indivíduo adquire a perda de audição no transcorrer da vida (causas pós-natais). Pode ocorrer antes do período de aquisição da linguagem oral (pré-lingual) ou após o mesmo (pós-lingual).
 
4- Quanto ao grau da deficiência auditiva em dB:
 
           A deficiência auditiva pode ser classificada de acordo com os limiares tonais obtidos durante a realização da audiometria tonal. No Quadro 1, podemos visualizar a classificação segundo quatro autores.
 
Quadro 1 – Classificação da surdez quanto ao grau de comprometimento, indicado pela perda em dB.
	Autores Classificação
	Streng (1960)
	Davis & Silvermam (1985)
	OMS (1980)
	Boothroyd (1982)
	Normal
	 
	0-25
	0-25
	0-15
	Prejuízos brandos
	20-30
	 
	 
	 
	Leve
	30-40
	26-40
	26-40
	15-30
	Moderado
	40-60
	41-70
	41-55
	31-60
	Severo
	60-80
	71-90
	56-90
	61-90
	Profundo
	Acima de 80
	Acima de 90
	Acima de 90
	Acima de 90
 
 
DEFICIÊNCIA AUDITIVA E O DESENVOLVIMENTO DA COMUNICAÇÃO
 
1-      Características da comunicação oral na deficiência auditiva leve:
- Percebe todos os sons da fala;
- Adquiri a linguagem oral espontaneamente;
- O problema é tardiamente descoberto;
- Dificilmente é colocado o aparelho de amplificação sonora individual (AASI).
 
2- Características da comunicação oral na deficiência auditiva moderada:
- Geralmente há atraso na aquisição da linguagem oral;
- Apresenta alterações articulatórias (trocas na fala);
- Não percebe todos os sons da fala com mesma clareza;
- Dificuldade em perceber a fala em ambientes ruidosos;
- Indicação de AASI;
- São crianças desatentas e com dificuldade no aprendizado da leitura e da escrita.
 
3- Características da comunicação oral na deficiência auditiva severa:
- Dificilmente adquiri fala e linguagem espontaneamente;
- Pode adquirir vocábulos isolados se a família estiver atenta;
- Pode perceber sons fortes;
- Utiliza-se da leitura orofacial (LOF);
- Indicação do uso do AASI.
 
4- Características da comunicação oral na deficiência auditiva profunda:
- Nãodetecta os sons da fala o que impede o desenvolvimento da linguagem oral;
- Detecta ruídos muito intensos (bombas, motores potentes);
- Podem usar gestos indicativos e ou representativos;
- Usam fala jargonada;
- Indicação AASI e LIBRAS.
 
APARELHOS DE AMPLIFICAÇÃO SONORA INDIVIDUAIS
 
O uso do AASI tem como finalidade a amplificação sonora, da forma mais satisfatória e adequada possível, facilitando a audição do surdo. É o instrumento utilizado para facilitar a educação e o desenvolvimento psico-social e intelectual do aluno surdo.
 
1- Aparelhos Retroauriculares
 
Todos os seus componentes estão colocados em uma pequena caixa que se adapta atrás do pavilhão auricular, preso ao molde por meio de um tubo plástico. São encontrados em vários tamanhos e cores e possuem espaço suficiente para acomodar vários controles. São indicados para qualquer grau de perda auditiva.
 
2- Aparelhos Intra-aurais
 
Os componentes estão inseridos na área da concha e meato acústico externo do usuário e, depois de confeccionados, servem anatomicamente para o usuário. O circuito é montado de acordo com as características da perda auditiva e são esteticamente mais aceitos por serem de menor tamanho. O som é mais natural, pois seu efeito é direcional e a saída do receptor é mais próxima à membrana do tímpano.
 
IMPLANTE COCLEAR
 
O Implante Coclear (IC) é um dispositivo que proporciona às pessoas com perda auditiva profunda uma audição útil e uma maior habilidade quanto à comunicação. Sua função é levar diretamente ao nervo auditivo a informação sonora previamente transformada em sinais elétricos, conferindo ao usuário maior consciência sonora, melhora na leitura orofacial, no controle da voz e na discriminação verbal.
 
TÉCNICAS E RECURSOS USADOS PARA A COMUNICAÇÃO COM O ALUNO COM SURDEZ
 
1- Leitura orofacial (LOF)
 
A leitura orofacial é definida como a capacidade de compreender uma mensagem falada por meio de pistas visuais a partir do movimento de lábios e expressão da face (Kozlowski, 1997). A LOF é difícil e permite apenas uma compreensão limitada da mensagem. Dependente das capacidades sensoriais, da capacidade que o indivíduo pode ter para utilizar e associar códigos verbais e não-verbais, da memória, da atenção e de processos lingüísticos. Os códigos utilizados podem ser fornecidos pelo locutor, pela mensagem e pelo meio ambiente (Erber, 1974).
No processo de aprendizagem da leitura orofacial, devemos considerar alguns aspectos importantes que podem interferir ou influenciar o processo: percepção visual, meio ambiente, fatores de facilitação, códigos não-verbais, idade e a motivação.
A leitura orofacial é um comportamento que pode ser aprendido. Os estudos e atuações práticas têm demonstrado que, muitas vezes, a única possibilidade de a criança surda poder ter acesso à língua oral é por meio da leitura orofacial.
 
2- Desenvolvimento da Função Auditiva
 
Após 1945, quando os aparelhos de amplificação sonora individual foram difundidos, é que se tornou totalmente aceita a reabilitação auditiva.
Mesmo aumentando a amplificação dos sons, por meio do aparelho de amplificação sonoro individual (AASI), a criança ainda ouve um som distorcido, uma vez que determinadas lesões na cóclea ou vias auditivas comprometem a identificação e discriminação de determinados tipos de sons, principalmente os relacionados com a linguagem oral.
Em alguns casos, o sinal auditivo que a criança surda recebe não é suficiente para compreender por completo a recepção lingüística, mas aumenta a possibilidade, principalmente, quando associada à informação de outros meios sensoriais, como no caso da leitura orofacial.
Cada aluno surdo pode aproveitar o treinamento auditivo, independente do seu grau da perda auditiva. Entretanto, quanto maior a perda auditiva, maiores serão as suas dificuldades para aproveitar a audição residual para se comunicar.
Em muitos casos, o sucesso do treinamento auditivo só pode ser medido em termos de percepção. É considerado o principal componente do processo de reabilitação do indivíduo. O objetivo não é melhorar a audição, mas estimular os resíduos auditivos do indivíduo que tenha alguma perda auditiva, para que desta forma, contribua na melhora dos seus processos comunicativos.
 
3- Treinamento fonoarticulatório
 
A articulação é a parte mecânica da emissão dos sons e palavras, sendo um meio necessário para a expressão oral. As emissões orais estão vinculadas a um conjunto de atuações do sistema respiratório e do digestivo, possibilitando a articulação dos fonemas com qualidade vocal.
Adquirir e desenvolver a fala exige, principalmente, a audição na medida em que os aspectos articulatórios e prosódicos contidos na fala pressupõem a retenção de uma imagem acústica que possibilitará o monitoramento da própria fala.
Em função da dificuldade auditiva, o aluno surdo fica impossibilitado de desenvolver padrões adequados, exigindo para isso um treinamento de fala que envolve componentes essenciais: respiração, voz, ritmo da fala, entonação e articulação dos fonemas, vogais, consoantes e suas combinações.
Desta forma, o professor deve adequar a seleção do fonema e da palavra para cada aluno, respeitando o seu desenvolvimento e suas necessidades. Normalmente, o treino específico das estruturas fonoarticulatórias deve ser realizado por profissionais da área de fonoaudiologia. Mas é de fundamental importância que esse trabalho deva estar vinculado com as atividades escolares.
 
4- Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS)
 
Estudos recentes apontam a Língua Brasileira de Sinais como o principal meio de comunicação da pessoa surda com perda auditiva profunda, visto que, se constitui em uma língua viso-espacial adquirida naturalmente por essa população. Além disso, sua aquisição promove o desenvolvimento cognitivo – lingüístico – emocional paralelo ao verificado na criança ouvinte, bem como a construção de uma auto-imagem positiva do sujeito como indivíduo surdo.
Inicialmente a língua de sinais foi considerada como sendo agramatival, ilógica e, portanto, inferior à língua oral. Entretanto, trabalhos lingüísticos iniciados por Stokoe (1960), demonstraram que toda Língua de Sinais é uma língua completa com características morfológicas, sintáticas, semânticas e pragmáticas, sendo assim, autônoma na sua estrutura.
Geralmente, o estabelecimento do sistema lingüístico da pessoa surda ocorre a partir da informação visual. Assim, a Língua de Sinais se constitui em um elemento insubstituível ao desenvolvimento da simbolização e da conceitualização, sendo por isso mesmo, fundamental para o processo de escolarização. Além disso, a Língua de Sinais oferece ao surdo a chance de sentir que pertence a uma comunidade, que tem uma identidade própria.
O acesso à Língua de Sinais dependerá do envolvimento da família com falantes nativos da Língua de Sinais e, também da escola, que poderá usar tal língua como instrumento efetivo de comunicação com os alunos com surdez.
Temática: Surdez_conceituação, causas e classificação
 
A deficiência auditiva, trivialmente conhecida como surdez, consiste na perda parcial ou total da capacidade de ouvir, isto é, um indivíduo que apresente um problema auditivo. Trata-se de uma deficiência sensorial que pode acarretar sérias dificuldades no que se refere ao processo de aquisição e ao desenvolvimento de linguagem.
De acordo com o Decreto nº 5.626 de 22 de dezembro de 2005:
Art. 2o  - Considera-se pessoa surda aquela que, por ter perda auditiva, compreende e interage com o mundo por meio de experiências visuais, manifestando sua cultura principalmente pelo uso da Língua Brasileira de Sinais - Libras.
Considera-se deficiência auditiva a perda bilateral, parcial ou total, de quarenta e um decibéis (dB) ou mais, aferida por audiograma nas frequências de 500Hz, 1.000Hz, 2.000Hz e 3.000Hz.
É considerado surdo todo o indivíduo cuja audição não é funcional no dia-a-dia, e considerado parcialmente surdo todo aquele cuja capacidade de ouvir, ainda que deficiente,é funcional com ou sem prótese auditiva.
A deficiência auditiva é uma das deficiências contempladas e integradas nas necessidades educativas especiais (n.e.e.); necessidades pelas quais a escola tanto proclama.
É importante que se saiba que Disacusia significa a perda da capacidade auditiva, em menor ou maior grau e que pode ter um caráter transitório ou definitivo.
As principais causas pode ser divididas em:
Pré-natais:
- Causas endógenas que são as que ocorrem no momento da concepção e são herdadas dos pais, como, por exemplo, temos a otosclerose e algumas síndromes.
- Causas exógenas que são consequências de alterações no tecido uterino nos primeiros três meses de gestação. Destacam-se embriopatias tendo a Rubéola como principal responsável, toxoplasmose, citomegalovírus, diabetes, sífilis congênita, irradiação, hipóxia, drogas ototóxicas, alcoolismo materno, anestesias prolongadas eritoblastose fetal (que é a destruição das hemácias do bebê  pelo soro materno, incompatibilidade sanguínea fator Rh (-) negativo para a mãe e (+) positivo para o bebê.
Perinatais: Ocorrências durante o trabalho de parto: a icterícia neonatal, sofrimento fetal com contrações interinas intensas e prolongadas, estrangulamento do cordão umbilical, traumatismo obstétrico (uso inadequado de fórceps), parto traumático, quedas na retirada do bebê, anóxia/hipóxia que atinge diretamente a cóclea, lesando o nervo acústico que é particularmente sensível à influência de oxigenação, parto prematuro, drogas ototóxicas, infecção materna externa na hora  do parto (Herpes).
Pós-natais: Todas as ocorrências após o nascimento e que podem ser chamadas de surdez adquirida: Hipóxia/anóxia, infecção, drogas ototóxicas, doenças como: sarampo, caxumba infantil, meningite encefalite, intoxicações medicamentosas, exposição do ouvido à poluição sonora.
Tipos de perdas:
Imagem: CÉSAR & CEZAR. Biologia. São Paulo, Ed Saraiva, 2002
http://www.afh.bio.br/sentidos/Sentidos3.asp
 
Quanto ao local da lesão pode-se ter:
Disacusia de transmissão ou perda indutiva – determinada por algumas patologias localizadas no ouvido externo/médio, como, por exemplo: corpo estranho no ouvido (grãos, insetos, introduzidos no conduto auditivo), malformações da orelha, perfuração da membrana timpânica.
Disacusia Neurossensorial – local da lesão é determinada na cóclea e/ou no nervo coclear.
Disacusia Neural se a alteração ocorrer no nervo acústico.
Disacusia Mista – afeta ao mesmo tempo o ouvido médio e o ouvido interno.
A intensidade ou volume dos sons é medida em unidades chamadas decibéis abreviadas para dB. Sessenta dB é a intensidade do som de uma conversa, e cento e vinte dB a de um avião a jato. Se uma pessoa “perder” 25 dB de volume, poderá ter dificuldades de audição. Perder 95 dB pode ensurdecer totalmente uma pessoa.
A diminuição da audição (surdez) produz uma redução na percepção dos sons e dificulta a compreensão das palavras.
É difícil imaginar o que perdem aqueles que têm surdez.
Portanto, para ilustrar, examinaremos a tabela a seguir:
 
	EXEMPLOS DE DECIBÉIS
	Qualidade do som
	Decibéis
	Tipo de Ruído.
	Muito baixo
	0-20
	Farfalhar das folhas.
	Baixo
	20-40
	Conversação silenciosa.
	Moderado
	40-60
	Conversação normal.
	Alto
	60-80
	Ruído médio de fábrica ou trânsito.
	Muito alto
	80-100
	Apito de guarda e ruído de caminhão.
	Ensurdecedor
	100-120
	Ruído de discoteca e de avião decolando.
 
Classificação das perdas auditivas de acordo com o grau (elaboração de Davis e Silverman):
	CLASSIFICAÇÃO DA SURDEZ
	Classificação
	Média
	Característica
	Normal
	0 a 25 dB
	 
	Leve
	26 a 40 dB
	Não recebe os fonemas da forma como são,  isto altera a compreensão das palavras; voz fraca e distante não é ouvida – criança considerada “desatenta”; a aquisição da linguagem é “normal/lenta”; poderá apresentar dificuldade na leitura e/ou escrita.
	Moderada
	41 a 70 dB
	Percebe a voz com certa intensidade; pode ocorrer atraso na linguagem e alteração articulatória; discriminação difícil em lugares ruidosos.
	Severa
	71 a 90 dB
	Identifica ruídos familiares (predominantemente graves); percebe voz forte (grave); família necessita orientação precoce para auxiliar o rendimento da criança: compreensão verbal associada a grande aptidão visual.
	Profunda
	Acima de 90 dB
	Não percebe a voz humana sem um estímulo adequado; não há feedback auditivo; maior facilidade para perceber as pistas visuais.
 
Devido a irregularidade das curvas, adota-se a combinação de dois termos, por exemplo: leve a moderada ou severo-profunda.
Pode haver ainda a perda unilateral (em apenas um dos lados) ou bilateral (nos dois ouvidos) e que ainda pode haver graus de perda diferentes em cada um dos ouvidos.
Quando a deficiência auditiva é moderada, temos o que se chama Hipoacusia. Se for uma perda acentuada ocorrerá a Disacusia ou surdez. Segundo Manacorda (1991) é no Oriente Médio que se origina a noção de escola como local para a educação dos jovens.
I. Essa primeira noção de escola, construída no Oriente Médio vai se estender, posteriormente, para a Grécia e Roma.
II. Manacorda (1991) observa que temos que ter muito cuidado com as palavras família, educação, escola, pois essas palavras, na Antiguidade, eram utilizadas com significados muito diferentes dos que utilizamos atualmente. Historicamente, a Educação foi confiada, primeiramente, à família que, sempre que pode, contratou educadores aos seus filhos. A partir dessas informações nós podemos concluir que os primeiros filhos que foram “educados” por profissionais que se dedicavam a esse trabalho foram os filhos dos poderosos: dos faraós, dos reis, imperadores, senadores romanos.
III. Uma das referências mais antigas que encontramos sobre o trabalho pedagógico está na “Odisséia”, um dos principais poemas épicos da Grécia Antiga, atribuído ao poeta Homero, que viveu no século VIII antes de Cristo (a.C). No poema “Odisséia”, Homero faz referência à personagem de Mentor, o tutor que tem a função de disciplinar o jovem Telêmaco, filho de Ulisses. Repare que no poema de Homero o tutor tem a função de disciplinar o jovem. Read (1973) observa que na Antiguidade a palavra “disciplina” possuía, originalmente, o mesmo significado que a palavra Educação, e era entendida como sendo a instrução dada ao discípulo por um mestre sobre qualquer assunto, quando a Educação ainda era uma prática pessoal. 
 
Assinale a alternativa correta:
Escolha uma:
a. Corretas  a I, II e III;
b. Corretas apenas a II e III;
c. Corretas apenas a I e III;
d. Corretas apenas a I e II;
Questão 2
Ainda não respondida
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Texto da questão
Em suas pesquisas, Manacorda (1991) concluiu que a Educação como prática social se inicia no período histórico da Antiguidade, mais precisamente nas cortes da antiga Mesopotâmia, no Oriente Médio, o que atualmente se considera o território do Iraque.
I) Segundo Manacorda (1991) é no Oriente Médio que se origina a noção de escola como local para a educação dos jovens.
II) Essa primeira noção de escola, construída no   Oriente Médio vai se estender, posteriormente, para a Grécia e Roma.
III) Manacorda (1991) observa que temos que ter muito cuidado com as palavras família, educação, escola, pois essas palavras, na Antiguidade, eram utilizadas com significados muito diferentes dos que utilizamos atualmente.Historicamente, a Educação foi confiada, primeiramente, à família que, sempre que pode, contratou educadores aos seus filhos. A partir dessas informações nós podemos concluir que os primeiros filhos que foram “educados” por profissionais que se dedicavam a esse trabalho foram os filhos  dos poderosos: dos faraós, dos reis, imperadores, senadores romanos.
Assinale a única alternativa correta:
Escolha uma:
a. Corretas apenas as alternativas I e II;
b. Corretas apenas as alternativas II e III;
c. Todas as alternativas estão corretas.
d. Corretas apenas as alternativas I e III;
DIDATICA PERGINTAS DA VAP1

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