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UNINTER EURICO DE ALMEIDA CAVALCANTE NETO – RU 1015614 RELATÓRIO DE ESTÁGIO DE GESTÃO ESCOLAR MAIRIPORÃ 2016 CENTRO UNIVERSITARIO INTERNACIONAL UNINTER EURICO DE ALMEIDA CAVALCANTE NETO – RU 1015614 CENTRO UNIVERSITARIO INTERNACIONAL RELATÓRIO DE ESTÁGIO DE GESTÃO ESCOLAR Relatório de Estagio Supervisionado de Gestão Escolar apresentado a UTA Organização Escolar do curso de Pedagogia do Centro Universitário Internacional UNINTER. MAIRIPORÃ 2016 1 – INTRODUÇÃO O presente trabalho é resultado das observações feitas durante o Estagio supervisionado em Gestão. A pratica de estagio dentro da unidade escolar tem por objetivo proporcionar ao aluno um contato direto com as situações/problemas dentro da escola. Tal situação faz com que o aluno torne... “um investigador preocupado em aproveitar as atividades comuns da sala de aula e delas extrair respostas que orientem sua prática pedagógica com alunos” (Kenski, 1991, p. 41). Ao observarmos as funções do pedagogo/diretor, temos que destacar sua importância dentro da unidade escolar, pois é dele sua responsabilidade de organizar e articular o trabalho pedagógico dentro da escola. “Quem, então, pode ser chamado de pedagogo? O pedagogo é o profissional que atua em várias instâncias da prática educativa, direta ou indiretamente ligadas à organização e aos processos de transmissão e assimilação de saberes e modos de ação, tendo em vista o objetivo de formação humana previamente definida em sua contextualização histórica”. (LIBÂNEO, 2001, p.161). Podemos também notar quais são as diferenças entre as gestões de adiminstração e trabalharemos como principio a Gestão Democrática, sendo o modelo proposto pela LDB nº 9394/1996 conforme os artigos; Art. 3º - O ensino será ministrado com base nos seguintes princípios: [...] VIII – gestão democrática do ensino publico na forma desta Lei e da legislação dos sistemas de ensino; [...] Art. 14º - Os sistemas de ensino definirão as normas de gestão democrática do ensino público na educação básica, de acordo com as suas peculiaridades e conforme os seguintes princípios: I – participação dos profissionais da educação na elaboração do projeto pedagógico da escola; II – participação das comunidades escolar e local em conselhos escolares ou equivalentes; [...]. A entrevista/conversa foi feita com a Vice-Diretora Alzira Vilas Boas Terin responsável pela escola, alguns professores e outros funcionários da unidade escolar. 2 – DESENVOLVIMENTO O Estagio Supervisionado em Gestão Escolar foi realizado na Escola Municipal Professora Nancy de Freitas Rolim, situada à Rua Diamante, nº 283, no bairro Estância Santo Antonio, CEP 07600-000, localizada na cidade de Mairiporã, no Estado de São Paulo, inscrita no CNPJ 03.263.825/0001-97. Contato com a escola pode ser realizado através dos telefones 11 4419-7854 / 11 99860-2025 e do E-mail escola@escola.com.br. Infraestrutura; Água filtrada Água da rede publica Fossa Lixo destinado à coleta periódica Acesso à internet Dependências; 5 salas de aula 1 sala brinquedoteca 1 sala de laboratório de informática 1 cozinha Banheiro para alunos (masculino/feminino) Refeitório Pequeno pátio coberto Pequeno pátio descoberto 1 banheiro secretaria 1 sala Diretoria/Secretaria Equipamentos; Computadores administrativos Computadores para alunos Copiadora Impressora Equipamento de som TV Aparelho de DVD Retroprojetor Projetor Multimídia (data show completo) Caracterização equipe pedagógica; 1 escrituraria (afastada) 1 ajudante geral (concursada) 1 ajudante geral (terceirizada) 1 merendeira 1 auxiliar de merendeira 1 diretora (afastada) 1 vice-diretora 1 professora readaptada 1 professora remanejada 4 professores Ed. Infantil 3 professores Ed. Fundamental A escola oferta o atendimento nos níveis educação infantil e ensino fundamental I, nos períodos matutino e vespertino. Horário de funcionamento das 07 ás 17:30hs, de segunda a sexta-feira. A recepção dos alunos é feita pela funcionária (professora readaptada, devido a escrituraria estar com licença medica), que recebe os alunos vindos acompanhados pelos pais/responsáveis e os que utilizam o transporte coletivo (micro ônibus fornecido pela prefeitura), já a saída fica cada professor responsável pela sua turma. A instituição atende a um numero total de 193 alunos, desse numero apenas 01 aluno em processo de inclusão (deficiência auditiva). Usando como critérios para organização das turmas somente a faixa etária do aluno. Cada professor teve seu direito de escolha através de sua pontuação (contagem de pontos somados ao tempo de serviço, cursos e etc.) ou remoção. A escola segue o calendário escolar definido pelas supervisoras de ensino e pela Secretaria da Educação. Na unidade escolar tem o programa “MAIS EDUCAÇÃO” projeto constituído pela Portaria Interministerial nº 17/2007 e regulamentado pelo Decreto 7.083/10, constitui-se como estratégia do Ministério da Educação para induzir a ampliação da jornada escolar e a organização curricular na perspectiva da Educação Integral. A escola fez a adesão ao programa e, de acordo com o projeto educativo em curso, optaram por desenvolver atividades de acompanhamento pedagógico; educação ambiental; esporte e lazer; direitos humanos em educação; cultura e artes e cultura digital. O estagio foi realizado no período de 26 a 29 de Abril e de 03 a 13 de Maio de 2016, no período da manhã. 2.1 – DESCRIÇÕES DAS ATIVIDADES DO DIRETOR/PEDAGOGO A vice-diretora da unidade escolar foi um cargo designada pela Secretária de Educação Municipal, e junto a sua equipe de professores e funcionários conseguem de forma harmônica buscar uma autonomia na gestão escolar. Podemos observar que a atividade do diretor, vai alem de simplesmente coordenar a equipe escolar, podendo ser algo muito complexo... “diretor coordena, organiza e gerencia todas as atividades da escola, auxiliado pelos demais componentes do corpo de especialistas e de técnicos administrativos, atendendo às leis, regulamentos e determinações de órgãos superiores do sistema de ensino e às decisões no âmbito da escola assumidas pela equipe escolar e pela comunidade.” (LIBÂNEO, 2008, p.128). E dentro de suas atribuições tais como; atendimento aos pais visita as salas de aulas (conversa com alunos), realização e fiscalização de documentos; encaminhamentos de alunos ao CEMAD (Centro Municipal de Apoio e Desenvolvimento), ao Conselho Tutelar Municipal (excesso de faltas e problemas comportamentais), reuniões de APM (Associação de Pais e Mestres), Conselho de Escola e outras necessárias emergenciais, organização da escola e acompanhar o trabalho pedagógico da escola. Sendo sua concepção como profissional de administrar pessoas (adultos/funcionários e crianças/alunos) dentro das regras estabelecidas em uma instituição de ensino. Mas temos que observar as responsabilidades e as exigências de um diretor/pedagogo. I - atuar com ética e compromisso com vistas à construção de uma sociedade justa, equânime, igualitária; II - compreender, cuidar e educar crianças de zero a cinco anos, de forma a contribuir, para o seu desenvolvimento nas dimensões, entre outras, física, psicológica, intelectual, social; III - fortalecer o desenvolvimento e as aprendizagens de crianças do Ensino Fundamental, assim como daqueles que não tiveram oportunidade de escolarização na idade própria; IV - trabalhar, em espaços escolares e não escolares, na promoção da aprendizagem de sujeitos em diferentes fases do desenvolvimento humano, em diversos níveis e modalidades do processo educativo. (BRASIL, DCN, 2006, p.2). Suas ações voltadas para a inclusão de alunos (as) é de encaminhamento ao psicólogo, fonoaudiólogo e os acompanhamentos necessários ao CEMAD; além de atividades diferenciadas para inclusão deles com os colegas, professores e toda a escola. 2.2 – DIMENSÕES DO TRABALHO DO DIRETOR/PEDAGOGO Dentro de suas dimensões esta a de acompanhar o HTPI (horáriode trabalho pedagógico individual) e o HTPC (horários de trabalho pedagógico coletivo) HTPI; são horas em que cada professor fica dentro da unidade escolar, onde aproveita esse tempo para corrigir as atividades/cadernos, planejar as aulas e até mesmo atender alguns pais/responsáveis quando se faz necessário. HTPC; são horas que os professores junto à diretora/pedagoga resolvem e conversam sobre o andamento da unidade escolar, cada professor traz a situação/problema e em conjunto tomam as decisões (ex. tema festa junina, passeios que serão realizados durante o ano, rendimento dos alunos e etc.). O processo de formação continuada é realizado com cursos em convocação da Secretaria Municipal da Educação a todos os funcionários (professores, merendeiras e ajudantes gerais). O conselho de classe é conduzido pelo diretor/pedagogo, onde é feita uma reunião por turma, anotando as dificuldades, notas e possíveis encaminhamentos. Todos os professores da escola em um dia final de bimestre, sentam e conversam sobre os problemas de aprendizagem dos alunos. A escola tem a APM (associação de pais e mestres) que arrecada a contribuição voluntaria dos pais, onde o valor arrecadado é para ser usado em compras de materiais e até mesmo melhorias no prédio escolar, a prestação de contas do dinheiro é feita junto a um escritório de contabilidade (contratado em particular) e posterior divulgado em reuniões e através de mural na secretaria da escola. As reuniões de pais são bimestrais sempre em dois turnos (manhã e tarde), sendo convocados por bilhetes via agenda do aluno ou por telefone, onde a pauta é definida em HTPC com os professores, as reuniões acontecem em dois momentos; primeiro momento é feita uma reunião com todos os pais para discutir diversos assuntos (reforçando as regras da escola, informativos da APM e etc.), depois tirando algumas duvidas; segundo momento os pais se dirigem para a sala do seu filho, onde a reunião é conduzida pelo professor responsável da sala, com as informações de cada aluno (notas, rendimento, faltas e problemas comportamentais). Cada professor tem a liberdade de escolher sua dinâmica de acordo com seus “problemas” e objetivos de conduzir a reunião. As reuniões tem uma boa participação dos pais, a escola esta sempre fazendo o possível para garantir suas participações. A escola trabalha de acordo com o calendário escolar definido e enviado pela Secretaria Municipal da Educação, nele contem as datas de reuniões bimestrais e dias letivos. O diretor/pedagogo tem em suas ações semanais e diárias o atendimento aos pais junto com professores em HTPI, horário de HTPC e em emergência o atendimento imediato, tomando as providencias cabíveis. Em ações de gestão democrática esta sempre direcionando as reuniões de APM, Conselho de Escola, Conselho de Classe e Reuniões Pedagógicas. A comunidade esta sempre participativa nas atividades da escola, tais como datas comemorativas (dia das mães, dos pais e festa junina), palestras pedagógicas e reuniões... “a participação é o principal meio de assegurar a gestão democrática da escola, possibilitando o envolvimento de profissionais e usuários no processo de tomada de decisões e no funcionamento da organização escolar. Além disso, proporciona um melhor conhecimento dos objetivos e metas, estrutura e organização e de sua dinâmica, das relações da escola com a comunidade, e favorece uma aproximação.” (LIBÂNEO, 2004, p.12). A escola apresenta uma demanda oscilante de desafios (muitos alunos saem e retornam da escola, dificuldade de aprendizagem) durante todo o ano. Onde o diretor/pedagogo mais uma vez mostra sua competência em suas habilidades. 2.3 – GESTÃO DEMOCRATICA NA UNIDADE ESCOLAR A escola acaba usando uma gestão democrática, onde todos os funcionários envolvidos, junto à comunidade ao redor da escola podem e deve participar das decisões pertinentes a escola... “as concepções de gestão escolar refletem diferentes posições políticas e concepções ao papel da escola e da formação humana na sociedade. Portanto o modo como uma escola se organiza e se estrutura tem um caráter pedagógico, ou seja, dependem os objetivos mais amplos sobre a relação da escola com a conservação ou transformação social.” (LIBÂNEO, 2004, p. 124-125). Os professores são incentivados a buscarem algo novo, e até mesmo podendo compartilhar com os outros profissionais desde uma simples salada de frutas (atividade proposta pela professora do infantil), onde a professora teve o apoio da diretora, podendo usar o dinheiro da APM (compra de frutas, copos descartáveis e etc.) para realizar a atividade. Os professores com mais liberdade em buscar uma maneira mais fácil de passar o conteúdo proposto, e de até mesmo junto à diretora/pedagoga de tratar assunto referente à faltas dos alunos, podendo entrar em contato direto com a família, fazendo com que os mesmos sintam-se mais confortáveis no ambiente escolar. A escola proporcionando uma autonomia na gestão consegue abranger muito mais conteúdo, deixando que a própria comunidade torne-se mais presente. Não é uma coisa fácil de fazer, mas sua importância pode contribuir com esse processo, e exige medidas corajosas... “outro aspecto importantíssimo do problema da participação da comunidade na escola, e que requer medidas corajosas, refere-se ao provimento de condições para que os membros das camadas exploradas participem da vida escolar. Não basta permitir formalmente que os pais de alunos participem da administração da escola; é preciso que haja condições materiais propiciadoras dessa participação.” (PARO, 2001a, p 13). 3 – PLANO DE AÇÃO A escola apresenta um excesso de número de faltas dos alunos. O que fazer com os alunos faltosos? Para onde encaminhar? Ao deparar com esses problemas, o diretor/pedagogo deve levar em consideração a quantidade de faltas, se foi justificada e se atingiu o limite de ausências levando sempre em consideração que tal medida é preventiva, para não prejudicar o rendimento escolar do aluno, e seguir os seguintes passos; 1º- O professor comunica à direção e estes procuram uma solução com o aluno (registrar); 2º- Persistindo o problema, devem ser convocados os pais ou responsáveis por telefone ou outro meio de comunicação necessário (registrar); 3º- Se o aluno continuar faltando após estes procedimentos, deve encaminhar o caso, via oficio, juntamente com todos os relatórios, ao Conselho Tutelar Municipal para as providências cabíveis conforme prioriza o ECA (Estatuto da Criança e Adolescente). “... Art. 56. Os dirigentes de estabelecimento de ensino fundamental comunicarão ao Conselho Tutelar os casos de: I. maus tratos envolvendo seus alunos; II. Reiteração de faltas injustificadas e de evasão escolar, esgotados os recursos escolares; III elevados níveis de repetência.” OBS: Todos os procedimentos adotados pela escola necessitam ser detalhadamente anotados em livro de registro de ocorrências. Tendo como objetivo, o regresso do aluno á unidade escolar, para continuidade de suas atividades. Deixando claro aos responsáveis/pais que a escola é o melhor lugar para o aluno. 4 – CONSIDERAÇÕES FINAIS O diretor/pedagogo é chamado para representar a comunidade na construção do Projeto Político Pedagógico, levando em consideração todos que envolvem o ambiente escolar. A sociedade vem cobrando cada vez mais de um diretor/pedagogo, de modo que o mesmo deve sempre buscar novos conhecimentos. Muito mais do que administrar pessoas, ou toda a infraestrutura de uma escola, o diretor/pedagogo, tem em suas mãos o poder de fazer a diferença em cada aluno. Não podendo ficar somente atrás da cadeira de diretor, ou de simplesmente dar vistos nas propostas pedagógicas dos professores, espera que o mesmo traga novos conhecimentos trabalhe a valorização humana de cada um e ajude cada vez mais como mediador entre a escola e a comunidade escolar. Segundo Vitor Paro, professor titular da Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo (USP) “... Diretor que não decidem tudo sozinhos e professores que trabalhamem parcerias e currículo que considera o aluno, sujeito do seu próprio aprendizado, são os elementos fundamentais na construção de uma escola democrática. Um modelo de ensino que, ao estimular o trabalho coletivo, forma cidadãos autônomos e críticos”. 5 – REFERÊNCIAS Retirado da internet: Entrevista com Vitor Paro – professor da Faculdade de Educação da USP. Disponível em: <http://gestaoescolar.abril.com.br/comunidade/entrevista-vitor-paro-professor-faculdade-educacao-usp-680062.shtml>. Acesso em: 22 de maio de 2016. Repensando a Gestão Escolar a partir do Estagio supervisionado – Gerlúcio Bezerra Pereira. Disponível em: <http://dspace.bc.uepb.edu.br/jspui/bitstream/123456789/4800/1/PDF%20-%20Gerlúcio%20Bezerra%20Pereira.pdf>. Acesso em: 23 de maio de 2016 O estágio, enquanto elemento curricular obrigatório do curso de Pedagogia. Disponível em: <http://ava.grupouninter.com.br/claroline176/courses/U8752D14107/document/aulas/aula1/pag04.swf>. Acesso em: 23 de maio de 2016. Livro: BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília. 1988. Diretrizes Curriculares Nacionais para o Curso de Graduação em Pedagogia, Licenciatura. Conselho Nacional de Educação. Ministério da Educação. Brasília, 2006. ECA – Estatuto da Criança e Adolescente - LEI Nº 8.069, DE 13 DE JULHO DE 1990. FREIRE, Paulo. apud NAVARRO, I.P. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Básica, Conselhos Escolares: democratização da escola e construção da cidadania /elaboração Ignez Pinto Navarro... [ et al.] Brasília: MEC, SEB, 200 LIBÂNEO, J. C. Organização e gestão escolar: teoria e prática. 4. ed. Goiânia: Alternativa, 2001 PARO, V.H. Gestão democrática da escola pública. São Paulo: Ática, 2005. SILVA, Monica C. Vieira; URBANETZ, Sandra Terezinha. O estágio no curso de pedagogia. Vol. 2: Editora IBPX Artigo: FELDEN, Eliane de Lourdes; LIMA, Geruza; KRAMER, Graciele Denise; WEYH, Laís Francine. O PEDAGOGO NO CONTEXTO CONTEMPORÂNEO: DESAFIOS E RESPONSABILIDADES
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