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ADVOCACIA
ADVOCACIA
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ___ VARA CÍVEL DE RIBEIRÃO PRETO/SP.
 
				________________, pessoa jurídica de direito privado, estabelecida na Rua ________, nº. ___, em _______ – CEP .__________, inscrita no CNPJ(MF) sob o nº. ____________, vem, respeitosamente à presença de Vossa Excelência, por intermédio de seu patrono regularmente constituído nos autos – instrumento procuratório anexo --, advogado inscrito na Ordem dos Advogados do Brasil, Seção da _________, sob o nº. _____, onde, em atendimento ao preceito contido no art. 39, inc. I, do CPC, indica o endereço constante do timbre desta para as intimações necessárias, para ajuizar, com fulcro no art. 148, 166, 171, 186, 927, 942, todos do Código Civil Brasileiro, a presente
AÇÃO DE ANULATÓRIA C/C REPARAÇÃO DE DANOS
(DANOS MORAIS)
COM PEDIDO DE TUTELA ANTECIPADA
contra __________, instituição financeira de direito privado, com sua sede na Av. __, nº. _______, em São Paulo(SP) – CEP nº. ________, inscrita no CNPJ(MF) sob o nº. ____________;
e solidariamente, (CC, art. 942)
EMPRESA ZETA LTDA, pessoa jurídica de direito privado, com sua sede na Av. _____, nº. ______________, em São Paulo(SP) – CEP nº. __________, inscrita no CNPJ(MF) sob o nº. _________
Síntese Fática
 	 			
A Autora nunca tivera qualquer enlace jurídico com a segunda demanda. Todavia, na data de 09 de setembro próximo passado, aquela fora surpreendida pelo apontamento de protesto da duplica mercantil nº. 335566. (doc. 01) Assim, é inegável a nulidade desse título de crédito emitido sem qualquer lastro. 
 				O apontamento para protesto fora feito pela primeira Ré, na qualidade de endossatária do título em vertente. Quanto à segunda Ré, essa procedera com o endosso à primeira demandada. 
 				Em que pese a Autora haver enviado correspondência pedindo providências para evitar o aludido protesto, ambas Promovidas foram negligentes e sequer chegaram a responder a correspondência. (doc. 02)
				Por conta desse fato, o nome da Autora fora inserto nos órgãos de restrições e, além disso, junto ao Cartório de Notas e Títulos Xista. (docs. 03/06) 
				Essa situação de pretensa inadimplência permanece até o momento, razão qual, inclusive, requer-se a análise do pedido de antecipação de tutela, além do pleito indenizatório. 	
Da Legitimidade Passiva da Ré
 				 Na espécie, colhe-se desta exordial que o Banco-Réu acolheu o título de crédito por meio de endosso translativo. A duplicata em vertente fora alvo de operação bancária denominada desconto. É dizer, por meio desse endosso a titular da duplicata, segunda Ré, mediante o recebimento de valor, transferiu seu direito sobre o título ao banco-réu. Assim, esse tornou-se novo credor em face do endosso-translativo.
				Diferente situação seria se a primeira demandada figura-se como mera procuradora da segunda Ré (endosso-mandato), maiormente para efetuar a cobrança do título (prestação de serviços). Não é a hipótese, repise-se. 
				Com efeito, cabia a instituição financeira requerida verificar a licitude do título. Ao contrário, mostrou-se negligente ao realizar a operação bancária por meio de título sem qualquer lastro de origem. Desse modo, deve ser solidariamente responsabilizada (CC, art. 942). 
				Com esse enfoque, é altamente ilustrativo transcrever o magistério de Arnaldo Rizzardo, in verbis:
“. . . como é sabido, constitui a duplicata um título com cláusula à ordem, o que acarreta a possibilidade de sua circulação. (...) O endossatário pode ser acionado por vícios do título, porquanto recebeu-o sem a devida averiguação de sua autenticidade e veracidade. O Superior Tribunal de Justiça adota essa solidariedade passiva: ‘O Banco que recebe por endosso duplicata sem causa e a leva a protesto responde pelo dano que causa ao indicado devedor e pelas despesas processuais com as ações que o terceiro foi obrigado a promover, ressalvado o direito do banco de agir contra o seu cliente’. É que, reafirmando orientação da Corte, justifica o voto do relator: ‘O Banco comercial que recebe por endosso duplicata sem causa e a leva a protesto contra o indicado devedor responde pelo dano a este causado, uma vez que corre o risco do exercício de sua atividade. Também porque age com descuido ao receber o título causal sem correspondência com a efetiva operação de compra e venda ou prestação de serviço’.” (In, Títulos de Crédito. Editora Forense. Rio de Janeiro, 2006, p. 235)
				É ancilar a orientação jurisprudencial nesse tocante:
APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DECLARATÓRIA DE INEXISTÊNCIA DE RELAÇÃO JURÍDICA. DUPLICATA SEM ACEITE PROTESTADA. AUSÊNCIA DE NEGÓCIO JURÍDICO SUBJACENTE. DECLARAÇÃO DE INEXISTÊNCIA DE RELAÇÃO JURÍDICA ENTRE O EMITENTE E O SACADO. LEGITIMIDADE E RESPONSABILIDADE DO ENDOSSATÁRIO PELO PROTESTO. ENDOSSO-TRANSLATIVO. PROTESTO INDEVIDO. DANO MORAL. QUANTUM. REDUÇÃO. TERMO INICIAL CORREÇÃO MONETÁRIA E JUROS DE MORA. RESPECTIVAMENTE DATA DO ARBITRAMENTO E DATA DA CITAÇÃO (RESPONSABILIDADE CONTRATUAL). RECURSO CONHECIDO E PARCIALMENTE PROVIDO. 
1 - O Colendo Superior Tribunal de Justiça, em sede de Recurso Especial repetitivo, cujo tema circunscreveu-se à responsabilidade de quem recebe título de crédito por endosso translativo e leva-o a protesto, distinguiu o endosso-translativo do endosso-mandato, bem como a duplicata sem causa ("fria" ou simulada) e aquela cujo negócio jurídico subjacente, posteriormente, tenha se desfeito ou tenha sido descumprido, concluindo que o "endossatário que recebe, por endosso translativo, título de crédito contendo vício formal, sendo inexistente a causa para conferir lastro a emissão de duplicata, responde pelos danos causados diante de protesto indevido, ressalvado seu direito de regresso contra os endossantes e avalistas" (RESP 1213256/RS, Rel. Ministro LUIS FELIPE SALOMÃO, SEGUNDA SEÇÃO, julgado em 28/09/2011, DJe 14/11/2011).2 - Hipótese em que o endossatário, que recebeu duplicata sem aceite por meio de endosso-translativo, mesmo sem a comprovação da causa apta a conferir lastro à emissão do título, encaminhou-o ao cartório de protesto, o que foi efetivado, portanto, indevidamente. 3 - Comprovado que o título foi emitido sem lastro, mantém-se a sentença que condenou solidariamente o endossatário e o endossante/emitente, ambos inseridos no pólo passivo da ação, pelo dano moral decorrente do protesto indevido, que se opera in re ipsa, independentemente da prova do prejuízo. Precedentes do STJ. 4 - Diante dos critérios balizadores já consagrados pela doutrina e jurisprudência e das circunstâncias do caso concreto, especialmente considerando que o protesto indevido perdurou por 99 (noventa e nove) dias, cuja cessação da ilegalidade apenas se deu após decisão que antecipou os efeitos da tutela determinando a suspensão dos efeitos do protesto, conforme depreende-se do Ofício de fl. 63, tem-se razoável a metade do valor fixado pelo Juízo de origem, que atende às peculiaridades da presente hipótese o valor de R$ 15.000,00 (quinze mil reais).5 - Quanto ao termo inicial dos juros moratórios da indenização por dano moral, aplica-se, no caso de responsabilidade extracontratual, a data do evento danoso (Súmula nº 54 do STJ) e, no caso de responsabilidade contratual, a data da citação (art. 405 do CPC), ressalvado o entendimento pessoal do relator, para o qual esse entendimento somente se aplica às indenizações por dano material, computando-se a mora a partir do arbitramento da indenização por danos morais, quando é fixada a obrigação líquida e certa, em quantia atual, proporcional e razoável, visando à satisfação da vítima e responsabilização do autor da lesão. Nada obstante, embora mantendo respeitosa mas convicta divergência - Por entender que a aplicação da Súmula nº 54 do STJ, bem como do art. 405 do CC/2002, aos danos morais afronta a literalidade do art. 407 do CC/2002 (antigo art. 1.064) - Adota-se a posição uniforme da Corte Superior responsável pela uniformização da interpretaçãodo direito federal, o que se faz em harmonia aos princípios da igualdade e segurança jurídica. 6 - Recurso conhecido e parcialmente provido. (TJES; APL 0005874-66.2011.8.08.0006; Segunda Câmara Cível; Rel. Des. Álvaro Manoel Rosindo Bourguignon; Julg. 08/04/2014; DJES 16/04/2014)
DECLARATÓRIA. Inexigibilidade de título cambial (duplicatas) cumulada com pedido de indenização por danos morais, precedida de medidas cautelares de sustação de protesto Pretensões julgadas procedentes em primeiro grau de jurisdição, arbitrando a indenização em valor equivalente a 100 (cem) salários mínimos. PROTESTO Duplicata mercantil apontada por indicação após endosso translativo para a instituição financeira. Endosso-translativo que não se confunde com o endosso-mandato Hipótese clara de responsabilidade solidária entre a sacadora do título e as empresas de factoring, bem como a instituição financeira que descontou algumas das duplicatas, sem o cuidado de checar a existência de efetivo lastro mercantil antes do apontamento a protesto. DANO MORAL Caracterização. Arbitramento dentro de parâmetros de razoabilidade e proporcionalidade Inadmissibilidade de indexação com base no salário mínimo Redução para o valor de R$ 20.000,00 (vinte mil reais) a ser suportado, solidariamente, por todos os co-réus. Correção monetária que começa a fluir da data de publicação da sentença (Súmula nº 362 do S.T.J.) Sentença reformada nesse aspecto Apelações parcialmente providas. (TJSP; EDcl 0012661-33.2002.8.26.0554/50000; Ac. 7414461; Santo André; Décima Segunda Câmara de Direito Privado; Rel. Des. Jacob Valente; Julg. 30/10/2013; DJESP 16/04/2014)
 					Por esses motivos, a primeira demandada deve igualmente ser responsabilizada civilmente, maiormente em face dos ditames contidos na Legislação Substantiva Civil. (CC, art. 942)
Do dever de indenizar
 				É cediço que a duplicata mercantil constitui título de crédito fundamentalmente causal. Por esse note, deve apresentar-se vinculada ao negócio subjacente que lhe deu causa, emitido em decorrência da compra e venda mercantil.
 				Aqui, ao revés disso, a duplicata não tem origem lícita; sequer houve negócio jurídico entabulado entre a Autora e quaisquer das partes demandadas. 
 				De bom alvitre destacar que toda e qualquer prova em contrário ao quanto aqui asseverado, deverá ser provado pelas partes requeridas. 
				Nesse sentido:
RECURSO INOMINADO. PROTESTO. ENDOSSO TRANSLATIVO. AUSÊNCIA DE COMPROVAÇÃO DA HIGIDEZ DO TÍTULO. INEXIGIBILIDADE DO DÉBITO. DANO MORAL. 
Tratando-se de endosso translativo, conforme consignado na certidão do tabelião de protestos, não há falar em ilegitimidade passiva do recorrente. Ausência de prova, ônus do banco, em sentido contrário, ou seja, de que se tratava de endosso mandato. Não havendo prova da higidez do crédito, é de se ter como ilegal o protesto. O dano moral da pessoa jurídica só se caracteriza na hipótese de lesão à sua honra objetiva, imagem, conceito, boa fama, etc. , do que se cogita no caso dos autos, na medida em que teve contra si três títulos protestados indevidamente. Recurso desprovido. Unânime. (TJRS - RecCv 43890-42.2013.8.21.9000; Uruguaiana; Primeira Turma Recursal Cível; Rel. Des. Pedro Luiz Pozza; Julg. 08/04/2014; DJERS 14/04/2014)
				No mais, é comezinho que qualquer anotação de protesto em nome de pessoa jurídica traz prejuízos. Assim, na espécie não se traduz como mero sentido de dissabor momentâneo. Vai muito além disso. 
			
 				Nesse passo, a negligência e ilicitude em liça ficaram cabalmente demonstradas de pronto. Por esse norte, é patente o dever de indenizar. 
				Urge demonstrar alguns julgados com esse propósito de entendimento:
APELAÇÃO CÍVEL. PROCESSUAL CIVIL. AÇÃO ANULATÓRIA DE TÍTULO CAMBIAL CUMULADA COM INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS E MATERIAIS. Responsabilidade civil. Instituição financeira. Duplicata. Protesto indevido. Endosso­translativo. Danos morais caracterizados. Valor arbitrado que atende aos critérios de razoabilidade e proporcionalidade. Caráter punitivo e pedagógico. Apelação conhecida e desprovida. Sentença mantida. (TJCE; AC 0619062­35.2000.8.06.0001; Sexta Câmara Cível; Rel. Des. Paulo Airton Albuquerque Filho; DJCE 17/03/2014; Pág. 41)
APELAÇÃO. ANULATÓRIA DE DUPLICATA. PRELIMINAR. DEFEITO DE REPRESENTAÇÃO PROCESSUAL. INEXISTENTE. COMPRA E VENDA DE COMBUSTÍVEL. QUITAÇÃO NÃO COMPROVADA. ORIGEM DO DÉBITO NÃO DEMONSTRADA- AUSÊNCIA DE ACEITE NA DUPLICATA, BEM COMO DE COMPROVANTE DE ENTREGA DE MERCADORIAS. PROVA TESTEMUNHAL QUE NÃO ESCLARECE QUE OS PRODUTOS INDICADOS NAS NOTAS FISCAIS FORAM DE FATO RECEBIDOS PELO AUTOR. INCUMBÊNCIA DO REQUERIDO, NOS TERMOS DO ART. 333, INCISO II, DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL. RECURSO CONHECIDO E PROVIDO. 
1- Não há que se falar em defeito na representação processual da empresa apelante, se o seu contrato social encontra-se juntado na ação cautelar de sustação de protesto em apenso aos autos principais. 2- a duplicata é título de crédito causal, sendo imprescindível à sua emissão a prévia existência de compra e venda mercantil. 3- a ação declaratória de nulidade de título é ação de índole negativa. Assim negada pela sacada de duplicata mercantil não aceita a existência de relação negocial que emprestasse respaldo à sua emissão, o ônus da prova acerca da existência da causa válida e efcaz a autorizar o saque do título transfere-se à pretensa credora. E, não produzida a respectiva prova pela emitente, impõe-se declarado inexistente o débito representado na cártula, com a sua conseqüente anulação. (TJMS; APL 0819993-66.2012.8.12.0001; Campo Grande; Terceira Câmara Cível; Rel. Des. Marco André Nogueira Hanson; DJMS 13/03/2014; Pág. 26)
				Ademais, é consabido que o abalo suportado pela empresa autora, seja mesmo na esfera moral, pode ser alvo de pleito indenizatório.
Súmula 227(STJ) - A pessoa jurídica pode sofrer dano moral.
 				Dessa forma, o agir ilícito das requeridas revela inexistir qualquer óbice para se reconhecer o dever de indenizar. É dizer, uma vez que o abalo suportado pela Autora se enquadra como dano moral in re ipsa, prescinde de prova quanto à ocorrência de prejuízo concreto, inclusive quanto às pessoas jurídicas. 
				Nesse sentido:
RECURSO DE APELAÇÃO. DIREITO CIVIL E DO CONSUMIDOR. CONTA CORRENTE ENCERRADA. INSCRIÇÃO NO SERASA. INEXISTÊNCIA DE PROVA DO DÉBITO. ÔNUS DO RÉU. ART. 330. II, DO CPC. DANO MORAL IN RE IPSA. PREJUÍZO DECORRENTE DE NEGATIVA DE CRÉDITO. RECURSO DE APELAÇÃO IMPROVIDO. RECURSO ADESIVO DO AUTOR. QUANTUM INDENIZATÓRIO SUFICIENTE. MANUTENÇÃO. ADEQUAÇÃO AO ART. 944, CAPUT, DO CÓDIGO CIVIL. APELO ADESIVO IMPROVIDO. 
Recurso de apelação do banco bradesco s/a. Inexistência de comprovação da inadimplência imputada ao apelado, proveniente de acúmulo de taxas de manutenção de conta corrente não encerrada corretamente. Ônus que lhe incumbia, por força do art. 333, II, do CPC. Provado o acontecimento danoso, bem como a responsabilidade do réu no referido evento, o dano moral fica evidenciado sem a necessidade de qualquer outra prova, prevalecendo o entendimento de que basta a demonstração do nexo de causalidade entre o dano e a conduta do ofensor para que surja o dever de indenizar. Inscrição no SERASA. Demonstração de que fornecedores da pessoa jurídica da qual o autor é sócio se negaram a aprovar crédito por conta da inscrição no órgão restritício, fato este não refutado pela instituição financeira. Situação apta a provocar aflição superior ao mero aborrecimento. Recurso de apelação improvido. Recurso adesivo do autor. Valor da indenização que deve proporcionar à vítima satisfação na justa medida do abalo sofrido, produzindo no agente do ilícito impacto suficiente para dissuadi-lo de igual procedimento, forçando-o a adotar cautela maior em situações como a descrita nestes autos. Manutenção do valor de r$10.000,00 (dez mil reais) arbitrado na sentença apelada, por estar de acordo com o art. 944, caput, do Código Civil. Recurso adesivo improvido. (TJPE;APL 0190873-86.2012.8.17.0001; Sexta Câmara Cível; Rel. Des. Cândido José da Fonte Saraiva de Moraes; Julg. 09/04/2014; DJEPE 15/04/2014)
				 Não bastasse isso, as instituições financeiras são sabedoras que tal fraude é comum e, assim, deveriam redobrar os cuidados na realização dos contratos, certificando-se de que as pessoas interessadas não estejam praticando atos ilícitos, que possam prejudicar terceiros de boa-fé, como no caso. 
 		É verdade que a dinâmica das transações diárias praticamente inviabiliza que todas as medidas de precaução sejam realizadas. Não é menos verdade que existem diversas formas de falsificação que dificultam, cada vez mais, a identificação. Ingressa-se, no entanto, em área de arbítrio da instituição financeira, que ao optar por meios vulneráveis de contratação assume o risco por eventual contratação fraudulenta.
 				Com efeito, é incontestável o dever de ambas Requeridas serem condenadas a reparar os danos morais ocasionados. 
Da Tutela Antecipada 				
 Sem sombra de dúvidas aqui estão presentes os requisitos e pressupostos para a concessão da tutela antecipada. Existe prova inequívoca e verossimilhança das alegações, além do fundado receio de dano irreparável ou de difícil reparação.
Desse modo, a Autora vem requerer, sem a oitiva prévia da parte adversa, que lhe seja conferida tutela antecipada nos seguintes termos (CPC, art. 273): 
 
a) independente de qualquer caução ou outra garantia, pede que seja cancelado o protesto do título em debate, expedindo-se, para tanto, ofício ao respectivo cartório que lavrou o protesto nesse sentido, ordenando, mais, que abstenha de prestar qualquer informação positiva do aludido protesto, até ulterior deliberação deste juízo;
b) igualmente seja oficiado à Serasa, determinando que essa se abstenha de prestar informação negativa referente ao título antes descrito;
c) subsidiariamente, requer que seja conferida a Autora prestar caução fidejussória, com o fito do pronto atendimento da tutela antecipada almejada.
Pedidos e Requerimentos
 				Em arremate, a Autor pede e requer que sejam tomadas as seguintes providências:
a) Determinar a citação das Requeridas, por carta, com AR, para, querendo, apresentar defesa;
b) pede, mais, sejam os pedidos JULGADOS PROCEDENTES, condenando as Promovidas, solidariamente, a: 
(1) antes anulando-se o título cambial em espécie, ratificando, por conseguinte, a tutela antecipada pleiteada, que sejam as promovidas condenadas a pagarem indenização, à guisa de danos morais, não menos que 30(trinta) vezes o valor do título cambial em liça; 
2) requer seja conferida a incidência sobre o valor indenizatório juros moratórios legais de 12% a.a., a contar do evento danoso(00/11/2222), além de correção monetária pelo IGP-M; 
Súmula 43 do STJ – Incide correção monetária sobre dívida por ato ilícito a partir da data do efetivo prejuízo.
Súmula 54 do STJ – Os juros moratórios fluem a partir do evento danoso, em caso de responsabilidade extracontratual. 
3) com o pedido de inversão do ônus da prova, protestar provar o alegado por todos os meios de prova em direitos admitidos, por mais especiais que sejam, sobretudo com a oitiva de testemunhas, depoimento pessoal dos representante legal da Ré, o que desde já requer, sob pena de confesso.
Dá-se à causa o valor de R$ ____________
Respeitosamente, pede deferimento.
___________, __ de _______ do ano de _____.
______________________________________
Advogado(a)
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