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ADVOCACIA
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA __ VARA CÍVEL DA CIDADE _________
				___________, brasileiro, casado, maior, empresário, inscrito no CPF(MF) sob o nº. _________, residente e domiciliado na Rua _______, nº. ________, em _________ e, ______________, brasileiro, casada, maior, dentista, inscrito no CPF(MF) sob o nº. _______, residente e domiciliado na Rua ______, nº. ____, em ______, comparece, com o devido respeito à presença de Vossa Excelência, intermediado por seu mandatário ao final firmado -- instrumento procuratório acostado -- causídico inscrito na Ordem dos Advogados do Brasil, Seção do Paraná, sob o nº. 332211, com seu endereço profissional consignado no timbre desta, onde, em atendimento à diretriz do art. 39, inciso I, da Legislação Instrumental Civil, indica-o para as intimações necessárias. para ajuizar, com fulcro nos arts. 186, 927 e 944, todos do Código Civil Brasileiro; art. 5º, incs. V e X da Carta Política c/c Art. 14 do Código de Defesa do Consumidor, a presente 
AÇÃO DE REPARAÇÃO DE DANOS
(danos materiais e morais)
Contra ______________, pessoa jurídica de direito privado, estabelecida na Av. _______, nº. _________, em __________ – CEP nº. __________, inscrita no CNPJ(MF) sob o nº. _____________________ 
e, solidariamente, ____________, pessoa jurídica de direito privado, com sua sede na Rua _________, nº. ___________, em São Paulo (SP) – CEP nº. _________, inscrita no CNPJ(MF) sob o nº. ____________, 
em decorrência das justificativas de ordem fática e de direito abaixo delineadas.
SÍNTESE FÁTICA	
				Os Autores celebraram com a operadora de turismo (“primeira Ré”) contrato de prestação de serviços na data de 00/00/000, cujo objetivo era realizar viagem em lua-de-mel, o que se atesta pelo contrato e certidão de casamento ora imersos nos autos (docs. 01/02). Para tanto, pagaram a quantia de R$ 0.000,00( .x.x.x. ). O pacote turístico tinha como destino as Serras Gaúchas. 
								
 				Previa-se no pacote, de cinco (5) dias, a utilização de serviço aéreo e rodoviário, inclusive traslado ao Hotel das Tantas. (doc. 03) 
 				Os Autores foram ao local de traslado na hora e dia marcado. Contudo, ultrapassado mais de 3(três) horas, perceberam que não seriam transportados como assim ficou acordado. Em seguida esses mantiveram contato com a primeira Ré, a qual, para total surpresa dos Autores, nada tinha registrado com respeito ao pacote adquirido. Restou-lhes, lógico, cancelar toda a viagem, muito antes já programada. 
 				Os Promoventes somente compraram o referido pacote em razão do preço bem inferior ao praticado pelo mercado. Veja a propósito outros anúncios similares. (docs. 04/07) É dizer, foram “seduzidos” pela empresa GRUPO TANTAS (“segunda Ré”). Essa foi quem intermediou e anunciou a aquisição do referido produto, emitindo, para tanto, o “cupom” de desconto.(doc. 08) Não bastasse isso, foi a mesma que recebera os valores das parcelas, o que se comprova por meio dos extratos ora carreados. (docs. 09/15) 
				Diante do quadro fático ora narrado, destaca-se que os préstimos ofertados pelas Rés foram extremamente deficitários, ocasionando, sem sombra de dúvidas, quebra de contrato e danos aos Promoventes, porquanto gerou sentimentos de desconforto, constrangimento, aborrecimento e humilhação, comprometendo, por completo, o propósito de lua-de-mel a que foram dispostos. 	
			
DO LITISCONSÓRCIO PASSIVO
 				
Não há dúvidas que o caso em tela devolve a apreciação segundo os ditames da Legislação Consumerista, visto que houvera relação de consumo na hipótese fática em estudo. 
 				
 			 	São, pois, em face disso, ambas as Rés solidariamente responsáveis:
 	CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR 
		
Art. 2º Consumidor é toda pessoa física ou jurídica que adquire ou utiliza produtos ou serviço como destinatário final.
Art. 3º Fornecedor é toda pessoa física ou jurídica, pública ou privada nacional ou estrangeira, bem como os entes despersonalizados, que desenvolvem atividades de produção, montagem, criação, construção, transformação, importação, exportação, distribuição ou comercialização de produtos ou prestação de serviços.
	
Art. 18 - Os fornecedores de produtos de consumo duráveis ou não duráveis respondem solidariamente pelos vícios de qualidade ou quantidade que os tornem impróprios ou inadequados ao consumo a que se destinam ou lhes diminuam o valor, assim como por aqueles decorrentes da disparidade, com a indicações constantes do recipiente, da embalagem, rotulagem ou mensagem publicitária, respeitadas as variações decorrentes de sua natureza, podendo o consumidor exigir a substituição das partes viciadas.
 				Portanto, deve ser afastada qualquer pretensão de ilegitimidade passiva de uma das partes que figuram no polo passivo desta ação, pois, nos termos do art. 18, do CDC, é solidária a responsabilidade de todos os que tenham intervindo na cadeia de fornecimento do produto, pelos vícios que este apresentar.
 			Comentando tal dispositivo, ensina Zelmo Denari:
" 	Preambularmente, importa esclarecer que no pólo passivo desta relação de responsabilidade se encontram todas as espécies de fornecedores, coobrigados e solidariamente responsáveis pelo ressarcimento dos vícios de qualidade e quantidade eventualmente apurados no fornecimento de bens ou serviços. Assim, o consumidor poderá, à sua escolha, exercitar sua pretensão contra todos os fornecedores ou contra alguns, se não quiser dirigi-la apenas contra um. Prevalecem, in casu, as regras da solidariedade passiva, e por isso, a escolha não induz concentração do débito: se o escolhido não ressarcir integralmente os danos, o consumidor poderá voltar-se contra os demais, conjunta ou isoladamente. Por um critério de comodidade e conveniência o consumidor, certamente, dirigirá sua pretensão contra o fornecedor imediato, quer se trate de industrial, produtor, comerciante ou simples prestador de serviços. Se o comerciante , em primeira intenção, responder pelos vícios de qualidade ou quantidade - nos termos previstos no §1º do art. 18 - poderá exercitar seus direitos regressivos contra o fabricante, produtor ou importador, no âmbito da relação interna que se instaura após o pagamento, com vistas à recomposição do status quo ante." (In: GRINOVER, Ada Pellegrini e outros. Código Brasileiro de Defesa do Consumidor comentado pelos autores do anteprojeto, 2a ed. Rio de Janeiro: Forense Universitária, p. 99-100).
 				Na mesma sorte de entendimento seguem as lições de Cláudia Lima Marques, a qual, sobre o tema em vertente, professa que:
“ 	O art. 3º do CDC bem especifica que o sistema de proteção do consumidor considera como fornecedores todos os que participam da cadeia de fornecimento de produtos e da cadeia de fornecimento de serviços ( o organizador da cadeia e os demais partícipes do fornecimento direto e indireto, mencionados genericamente como ‘toda pessoa física ou jurídica, pública ou privada, nacional ou estrangeira, bem como os entes despersonalizados, que desenvolvem atividades de ( ...) prestação de serviços’), não importando sua relação direta ou indireta, contratual ou extracontratual, com o consumidor.”(In, Manual de Direito do Consumidor, RT, 2008, pág. 82). 
				De outro bordo, ainda sob a égide do Código de Defesa do Consumidor, verifica-se que:
CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR
Art. 7º- Os direitos previstos neste Código não excluem outros decorrentes de tratados ou convenções internacionais de que o Brasil seja signatário, da legislação interna ordinária, de regulamentos expedidos pelas autoridades administrativas competentes, bem como dos que derivem dos princípios gerais do direito, analogia, costumes e eqüidade.
		
Parágrafo único - Tendo mais de um autor a ofensa, todos responderão solidariamente pela reparação dos danos previstos nas normas de consumo.
Art. 25 - É vedada a estipulação contratual de cláusula que impossibilite, exonere ou atenue a obrigaçãode indenizar prevista nesta e nas Seções anteriores.
§ 1º - Havendo mais de um responsável pela causação do dano, todos responderão solidariamente pela reparação prevista nesta e nas Seções anteriores.
	
Art. 34 – O fornecedor do produto ou serviço é solidariamente responsável pelos atos de seus prepostos ou representantes autônomos. 
				Desse modo, em sendo incidente a Legislação Consumerista, o site de compras coletivas (“segunda Ré”), responsável pela venda do pacote turístico responde pelos danos advindos de defeitos na prestação de serviços, ainda que sequer tenha sido prestado por empresas diferente. 
				Se há solidariedade, cabe ao consumidor, ora Autores, escolher a quem dirigir a ação. Quaisquer considerações acerca da ilegitimidade passiva, eventualmente levantada, por tais motivos deverá ser rejeitada. 
 				Nesse rumo:
AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MATERIAIS E MORAIS. RELAÇÃO DE CONSUMO. VENDA DE PACOTE TURÍSTICO. FALHA NA PRESTAÇÃO DOS SERVIÇOS. APLICAÇÃO DO CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR. RESPONSABILIDADE SOLIDÁRIA E OBJETIVA. DEVER DE INDENIZAR. QUANTUM INDENIZATÓRIO. DANOS MATERIAIS. VALOR ADEQUADO. DANOS MORAIS. REDUÇÃO. VIABILIDADE. HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS. CORREÇÃO. LITIGÂNCIA DE MÁ-FÉ. IMPERTINÊNCIA. RECURSO PARCIALMENTE PROVIDO. 
"A responsabilidade civil das agências de turismo por suposto defeito ou falha na prestação de serviços se sujeita aos preceitos do artigo 14 do CDC. A empresa vendedora do pacote turístico responde solidariamente pelos danos causados ao consumidor, porque esta é prestadora de todos os serviços integrantes do pacote de viagem. ". Nos termos do artigo 20, inciso III, do CDC, revela-se justa a redução do preço cobrado pela metade, já que a estrutura física oferecida pelo empreendimento mostrou-se dissociada da propaganda ofertada. Em se tratando de danos morais, o montante da indenização deve ser suficiente para compensar o dano e a injustiça que a vítima sofreu, proporcionando-lhe uma vantagem com a qual poderá atenuar parcialmente seu sofrimento. A reparação moral tem função compensatória e punitiva. A primeira, compensatória, deve ser analisada sob os prismas da extensão do dano e das condições pessoais da vítima. A finalidade punitiva, por sua vez, tem caráter pedagógico e preventivo, pois visa desestimular o ofensor a reiterar a conduta ilícita. A fixação do quantum indenizatório deve ser feita com prudente arbítrio, observadas as circunstâncias do caso, para que não haja enriquecimento à custa do empobrecimento alheio, mas também para que o valor não seja irrisório. Em havendo condenação, os honorários advocatícios devem ser fixados entre o mínimo de 10% (dez por cento) e o máximo de 20% (vinte por cento) sobre o valor daquela, atendidos o grau de zelo do profissional, o lugar de prestação do serviço, a natureza e importância da causa, o trabalho realizado pelo advogado e o tempo exigido para o seu serviço. "A aplicação de penalidades por litigância de má-fé exige dolo específico, perfeitamente identificável a olhos desarmados, sem o qual se pune indevidamente a parte que se vale de direitos constitucionalmente protegidos (ação e defesa)". VVP. : APELAÇÃO. INDENIZAÇÃO. PACOTE TURÍSTICO. FALHA NA PRESTAÇÃO DO SERVIÇO. DANO MORAL. PATAMAR DE RAZOABILIDADE. Na fixação do valor da indenização por danos morais, devem ser levadas em consideração a capacidade econômica do agente, seu grau de culpa ou dolo, a posição social ou política do ofendido e a intensidade da dor sofrida por este. (TJMG; APCV 1.0183.12.005688-6/001; Rel. Des. Edison Feital Leite; Julg. 10/07/2014; DJEMG 18/07/2014)
NÃO HÁ DECADÊNCIA DO PEDIDO
CDC, art. 27
				
A hipótese em vertente trata de defeitos na prestação de serviços(inadimplemento contratual). Não incide, por este ângulo, o prazo estipulado no art. 26 da lei consumerista, mas, em verdade, aquele prazo de 5 anos previsto no art. 27 desta mesma citada Lei. 
				Neste sentido:
JUIZADOS ESPECIAIS. CONSUMIDOR. PRELIMINAR DE DECADÊNCIA AFASTADA. FURTO NO INTERIOR DO VEÍCULO EM ESTACIONAMENTO. OBRIGAÇÃO DE REPARAÇÃO DOS DANOS MATERIAIS. DANOS MORAIS NÃO CONFIGURADOS. SENTENÇA REFORMADA. RECURSOS CONHECIDOS E PARCIALMENTE PROVIDOS. 
1. O furto de veículos no interior do estacionamento disponibilizado pelo fornecedor caracteriza falha na prestação do serviço, qualificada como fato do produto, nos termos do artigo 14 do CDC, prescrevendo a pretensão à reparação pelos danos causados no prazo de cinco anos, conforme artigo 27 do mesmo diploma legal. Não há que se falar aqui em decadência pelo vício do produto (art. 26 do CDC). Preliminar afastada. 2. A conduta do fornecedor de disponibilizar área de estacionamento tem por finalidade angariar ou oferecer comodidade à clientela, por isso, responde objetivamente pelos danos decorrentes da inadequada guarda do veículo. Nesse sentido é Súmula nº 130 do STJ. A empresa responde, perante o cliente, pela reparação de dano ou furto de veículo ocorridos em seu estacionamento. 3. O furto do veículo causou prejuízos ao patrimônio do consumidor, devendo o fornecedor restituí-lo pelos danos materiais sofrido. 4. O fato, apesar de causar aborrecimentos, não sujeita o consumidor a qualquer constrangimento ou situação vexatória, nem mesmo afeta sua imagem, honra ou intimidade, qualificando-se como fato ordinário, inserido nas contingências da vida social, não podendo, pois qualificar-se como ofensa aos seus atributos pessoais, não caracterizando dano moral, merecendo nesse ponto reparo a sentença recorrida. 5. Preliminar afastada. Recurso conhecido e parcialmente provido. (TJDF - Rec 2012.01.1.152883-6; Ac. 676.347; Primeira Turma Recursal dos Juizados Especiais do Distrito Federal; Relª Juíza Giselle Rocha Raposo; DJDFTE 17/05/2013; Pág. 157)
NO MÉRITO	
3.1. – DEFEITO NA PRESTAÇÃO DOS SERVIÇOS 
				Como anteriormente frisado, a hipótese reclama a incidência do Código de Defesa do Consumidor, uma vez houvera relação de consumo. Nessas circunstâncias, a responsabilidade do “fornecedor”, ora Rés, em decorrência de vício na prestação do serviço, é objetiva, nos exatos termos do art. 14 do CDC que assim dispõe:
Art. 14 – O fornecedor de serviços responde, independente da existência da culpa, pela reparação dos danos causados aos consumidores por defeitos relativos à prestação de serviços, bem como informações insuficientes ou inadequadas sobre sua função e riscos. 
§ 1º - O serviço é defeituoso quando não fornece a segurança que o consumidor dele pode esperar, levando-se em consideração as circunstâncias relevantes entre as quais:
I – o modo de seu fornecimento;
II – o resultado e os riscos que razoavelmente dele se esperam; 	
III – a época que foi fornecido; ( . . . )	
				Ainda o mesmo Código prevê expressamente no artigo 23 que “ a ignorância do fornecedor sobre os vícios de qualidade por inadequação dos produtos e serviços não o exime da responsabilidade. “
				As Rés comprometeram-se contratualmente a transportarem os Autores nas horas marcadas, nos dias estabelecidos e até o lugar indicado. Todavia, nada disso ocorreu.
			
				A negligência das Promovidas no atendimento aos Autores, sobretudo no repasse de informações desencontradas, horários divergentes do contratado e ausência efetiva dos préstimos contratados, caracteriza defeito na prestação de serviços, gerando, conseqüentemente, o dever de indenizar. 
 				É de toda conveniência não perder de vista o entendimento jurisprudencial:
RECURSO INOMINADO. REPARAÇÃO DE DANOS. 
Aquisição de pacote de serviço estético em site de compras coletivas. Impossibilidade de agendamento com a empresa responsável pela execução da oferta. Direito à restituição do valor pago. Inaplicabilidade, contudo, do art. 42, parágrafo único, do CDC ao caso concreto. Danos morais inocorrentes. Mero descumprimento contratual. Sentença mantida. Recurso desprovido. (TJRS; RecCv 44061-96.2013.8.21.9000; Porto Alegre; Segunda Turma Recursal Cível; Rel. Des. Alexandre de Souza Costa Pacheco;Julg. 11/06/2014; DJERS 16/06/2014)
RECURSO INOMINADO. CONSUMIDOR. REPARAÇÃO DE DANOS. PACOTE TURÍSTICO ADQUIRIDO PELA INTERNET. LEGITIMIDADE DO SITE DE COMPRAS COLETIVAS. CANCELAMENTO POR PARTE DOS AUTORES. PAGAMENTO TOTAL DA COMPRA. RESTITUIÇÃO DEVIDA. PROPAGANDA ENGANOSA E FALHA NO DEVER DE INFORMAÇÃO. DANO MORAL CONFIGURADO. SENTENÇA MANTIDA. 
A empresa recorrente é legítima para figurar no pólo passivo da lide. É considerada integrante da cadeia de fornecedores e assim solidariamente responsável pelos prejuízos enfrentados pelos requerentes. Os autores, em razão da falta de informações na oferta adquirida, cancelaram o pacote de viagem. A confirmação de cancelamento foi enviada por e-mail. Em que pese anunciado o reembolso, não houve restituição dos valores pagos. Sentença que determina restituição dos valores pagos e arbitra dano moral em R$ 2.000,00. Dano moral ocorrente, em virtude da falha no dever de informação (art. 6º, III, do CDC) e prática de publicidade enganosa (art. 37, §1º e §3º do CDC). Recurso improvido. (TJRS; RecCv 4323-67.2014.8.21.9000; Porto Alegre; Segunda Turma Recursal Cível; Relª Desª Ana Cláudia Cachapuz Silva Raabe; Julg. 14/05/2014; DJERS 19/05/2014)
CONSUMIDOR. VIAGEM INTERNACIONAL. SITE DE COMPRAS COLETIVAS. COMPRA DAS PASSAGENS AÉREAS E HOTEL. PRELIMINAR DE ILEGITIMIDADE PASSIVA DA RECORRENTE AFASTADA. RESPONSABILIDADE SOLIDÁRIA DAS RÉS. RESPONSABILIDADE OBJETIVA. INCIDÊNCIA DO ART. 14, CAPUT, DO CDC. CANCELAMENTO DAS PASSAGENS POR PARTE DA COMPANHIA AÉREA. DESCUMPRIMENTO CONTRATUAL. NÃO DEVOLUÇÃO DOS VALORES PAGOS E NÃO REALOCAÇÃO DOS CONSUMIDORES EM OUTRA COMPANHIA AÉREA. AUTORES QUE NÃO PUDERAM REALIZAR A VIAGEM. DIREITO À RESTITUIÇÃO DOS VALORES PAGOS. DANO MORAL CONFIGURADO. QUANTUM INDENIZATÓRIO MANTIDO. Afastada a ilegitimidade passiva da recorrente, tendo em vista que, estabelecida parceria entre o site de compra coletiva e a companhia aérea, ambas devem responder pela falha na prestação do serviço, na forma de responsabilidade solidária. O cancelamento das passagens aéreas poucos dias antes da viagem internacional, a não realocação dos autores em outra companhia aérea, a negativa da devolução dos valores pagos e o descumprimento contratual, configuram a falha na prestação dos serviços, nos termos do art. 14, caput, do CDC. Não realizada a viagem, devida a restituição dos valores pagos. Por outro lado, configurado o agir ilícito das rés diante do descumprimento contratual, que gerou sentimento de frustração e quebra de expectativa dos autores, que não conseguiram viajar, não usufruíram das férias planejadas com antecedência e não comemoraram o aniversário de 70 anos da primeira autora em buenos aires, cabível a indenização por danos morais, porquanto ultrapassado o mero dissabor e o desrespeito com o consumidor. Quantum indenizatório fixado em sentença - R$ 4.000,00 para a doraci e R$ 2.000,00 para cada um dos demais - Compatível com a natureza e circunstâncias do caso concreto, bem como adequada à reparação do dano sofrido. Sentença de improcedência mantida por fundamento diverso. Recurso improvido. (TJRS; RecCv 46989-20.2013.8.21.9000; Porto Alegre; Segunda Turma Recursal Cível; Relª Desª Vivian Cristina Angonese Spengler; Julg. 30/04/2014; DJERS 06/05/2014)
CONSUMIDOR QUE ADQUIRIU DOIS NOTEBOOKS EM SITE DE COMPRAS COLETIVAS, PARA ENTREGA PELO VENDEDOR, MAS NÃO RECEBEU OS PRODUTOS NEM A DEVOLUÇÃO DO DINHEIRO. 
Reclamação contra duas pessoas jurídicas. Alegações de ilegitimidade passiva de ambas, rejeitadas na sentença, que as condenou solidariamente a indenizar moralmente o reclamante com o valor de três mil reais e a restituir o valor pago pelos produtos, com juros desde a citação e correção monetária desde a propositura da ação. Recurso apenas do wms supermercado Brasil, pedindo exclusão de sua condenação ou redução dos valores fixados na sentença. Na contestação, a empresa ora recorrente chegou a afirmar que a mercadoria foi entregue à transportadora, mas que não chegou ao destino. Em conclusão, a situação revela pagamento por produtos que não foram entregues, não tendo havido devolução do dinheiro do consumidor, em situação que perdura há mais de um ano, tendo afirmado o reclamante que tentou muitas vezes solução administrativa. Danos demonstrados. Diminuição do valor da reparação que não merece acolhida. Dano moral configurado, havendo ato indevido, prejuízo e aflição notórios e nexo causal. Valor da reparação moral (solidariamente), que se mostra adequado e proporcional à situação dos autos, entre ofendido, ofensor e o ato indevido causador do dano, capaz atender aos critérios de sanção, reparação e pedagogia. Restituição de valores pertinente, refletindo o dinheiro do consumidor que não lhe foi devolvido, com juros e correção. Recurso improvido. Sentença mantida por seus próprios fundamentos. Custas pagas. Honorários advocatícios, a encargo do recorrente e em favor do recorrido, arbitrados em dez por cento do valor da condenação, ante as peculiaridades do caso, o esforço requerido para responder ao recurso, nos moldes do artigo 20, § 3º, alíneas a a c do CPC, em face da natureza e importância da causa, do trabalho realizado pelo advogado e do tempo exigido para o serviço. (TJAC; Rec. 0016875-11.2012.8.01.0070; Ac. 8.355; Segunda Turma Recursal; Rel. Juiz José Augusto Cunha Fontes da Silva; DJAC 30/04/2014; Pág. 65)
3.2. – DOS DANOS OCASIONADOS
				Com efeito, a situação em estudo, agravada porquanto o pacote era destinado à luz-de-mel dos Autores, causou aos mesmos abalo interno, sujeitando-os à forte apreensão, sensação de abandono e desprezo. 				
		Tais fatos, pois, ultrapassam os meros dissabores ou aborrecimentos comumente verificados pelos passageiros de transporte aéreo e utilização de hotel, configurando efetivo abalo moral. 
	A responsabilidade do dano moral, alçada ao plano constitucional pela redação conferida no art. 5º, incs. V e X, da Constituição Federal, e também estatuída na Legislação Substantiva Civil, em seus artigos 186 combinado com 927, exige do julgador a condenação do ofensor, obedecendo-se aos princípios da razoabilidade e da proporcionalidade. 
	Nesse diapasão, impõe-se que o magistrado atente às condições financeiras das Rés, dos ofendidos(empresário e dentista bem sucedidos na cidade de Curitiba/PR) e do bem jurídico lesado, assim como à intensidade e duração do sofrimento, e à reprovação da conduta do agressor, não se olvidando, contudo, que o ressarcimento da lesão ao patrimônio moral do indivíduo deve ser suficiente para recompor os prejuízos suportados.
	Na situação em apreço, demonstrada a abusividade do ato praticado pelas Rés e a gravidade potencial da falta cometida; o caráter coercitivo e pedagógico da indenização; os princípios da proporcionalidade e razoabilidade; tratando-se de dano moral puro; e que a reparação não pode servir de causa a enriquecimento injustificado; merecido e conveniente que Vossa Excelência, no mínimo, imponha, a título de reparação de danos morais, o valor de R$ 15.000,00 (quinze mil reais), quantia essa que se mostra adequada para o caso em apreço.
DOS PEDIDOS E REQUERIMENTOS
					
Em arremate, requerem os Promoventes que Vossa Excelência se digne de tomar as seguintes providências:
a) Determinar a citação das Requeridas, por carta, com AR, para, querendo, apresentarem defesa;
b) pede, mais, sejam os pedidos JULGADOS PROCEDENTES, condenando as Rés, solidariamente, a pagarem aos Autores: 
1) a quantia de R$ 6.345,00(seis mil, trezentos e quarenta e cinco reais) a título de danos materiais, correspondentes à devolução dos valores pagos(repetição indébito) a título da contratação dos serviços imperfeitos, assim como condená-las a suportar o ônus de sucumbência; 
2) à guisa de danos morais, o valor mínimo de R$ 15.000,00(quinze mil reais);
3) incidirão sobre os valores acima, juros moratórios legais de 12% a.a., a contar do evento danoso (00/11/2222), além de correção monetária pelo IGP-M; 
Súmula 43 doSTJ – Incide correção monetária sobre dívida por ato ilícito a partir da data do efetivo prejuízo.
Súmula 54 do STJ – Os juros moratórios fluem a partir do evento danoso, em caso de responsabilidade extracontratual. 
4) com o pedido de inversão do ônus da prova, protesta provar o alegado por todos os meios de prova em direitos admitidos, maiormente pelos depoimento pessoal dos representantes legais das Rés, o que desde já requer, sob pena de confesso.
 				Concede-se à causa o valor de R$ ____________
 Respeitosamente, pede deferimento.
				_____________, _____ de _______ do ano de _________.
_________________
 Advogado - OAB
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