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Aula Introducao a Parasitologia Enfermagem

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Parasitologia Básica em Enfermagem 
Profa Bianca 
Classificação dos seres vivos 
5 Reinos: (organização celular e energia) 
Monera, Protista, Plantae, Fungi e Animalia 
 
3 Domínios: (análise RNAr) 
Arqueobactéria, Eubactéria, Eucarya 
 
Parasitologia: 
•Protistas (protozoários) 
•Animalia (platelmintos, nematelmintos e artrópodes) 
Sub-divisões da Parasitologia: Organismo: 
Protozoologia Protozoários . Ex: Giardia lamblia 
Helmintologia Helmintos. Ex: Ascaris lumbricoides 
Artropodologia Artrópodes. Ex: Sarcoptes scabiei 
Relações entre seres vivos 
Intraespecífica Interespecífica 
- Sociedade: indivíduos 
têm capacidade de vida 
isolada mas preferem 
viver em sociedade. Ex: 
abelhas, cupins e 
formigas. 
- Colônia: indivíduos que 
revelam um grau de 
interdependência e se 
mostram ligados uns aos 
outros. Ex.: corais e 
esponjas. 
 
 
- Mutualismo: as 2 espécies são 
beneficiadas, porém, cada espécie só 
consegue viver na presença da outra. 
Ex: protozoários e cupins (simbiose). 
- Comensalismo: o comensal é 
beneficiado, sem causar benefício ou 
prejuízo ao outro. Ex: amebas no 
intestino delgado humano 
 - Forésia: apenas o inquilino se 
beneficia, procurando abrigo ou 
suporte no corpo de outro sem 
prejudicá-lo. Ex: mosca do berne e 
hematófagos 
- Parasitismo: tipo de relação 
desarmônica entre 2 espécies – o 
parasito e o hospedeiro. 
Parasitismo 
 “Parasitismo é toda relação ecológica desenvolvida entre 
indivíduos de espécies diferentes, em que se observa, além 
de associação íntima e duradoura, uma dependência 
metabólica de grau variável” Luis Rey. Bases da Parasitologia médica, 3ª ed. 
• É um tipo de relação desarmônica entre 2 espécies – o parasito e 
o hospedeiro. 
• É caracterizado por uma espécie que se instala no corpo de outra, 
dela retirando matéria para a sua sobrevivência e causando-lhe 
danos como conseqüência. 
• Parasitos necessitam do hospedeiro (ex: completar sua evolução, 
multiplicação ou amadurecimento de cistos e ovos); 
• Os parasitos são os agentes etiológicos das doenças parasitárias 
ou parasitoses. 
• Parasitologia é a ciência que estuda os parasitos, os hospedeiros e 
a relação entre eles. 
Parasitismo em todos os níveis: 
Pulga, ácaro e bactéria 
17 Doenças tropicais 
negligenciadas (11 
parasitárias): + de 1.4 
bilhão de pessoas 
afetadas 
Crianças com 
esquistossomose 
Proglotes de 
Taenia 
Mosquito 
transmissor de 
Malária 
Trypanosoma cruzi 
no sangue 
Filariose linfática 
(WHO / TDR) 
Paciente com 
leishmaniose 
The 17 neglected tropical diseases 
Buruli Ulcer (Mycobacterium ulcerans infection) 
Chagas disease (American trypanosomiasis) 
Cysticercosis/Taeniasis 
Dengue/Severe dengue 
Dracunculiasis (guinea-worm disease) 
Echinococcosis 
Foodborne trematode infections 
(Clonorchiasis, Fascioliasis, Opisthorchiasis, Paragonimiasis) 
Human African trypanosomiasis (Sleeping sickness) 
Leishmaniasis 
Leprosy (Hansen disease) 
Lymphatic filariasis 
Onchocerciasis (River blindness) 
Rabies 
Schistosomiasis (Bilharziasis) 
Soil transmitted helminthiases 
Trachoma 
Yaws (Endemic treponematoses) 
* 
* 
* * 
* * 
* 
* 
* 
* 
* 
Promoção e perpetuação da pobreza 
Ciclo doença x pobreza, OMS 1960 
Doença No de casos Obs 
Esquistossomose 240 milhões Pop. em risco = 600 milhões 
Ascaridíase 1 bilhão 
Tricuríase 795 milhões 
Ancilostomíase 740 milhões 
Estrongiloidíase 30-100 milhões 
Doença de Chagas 10 milhões Pop. em risco = 25 milhões 
 
Malária 250 milhões/ano Pop. em risco = 3.3 bilhões; 
Mortes/ano = 1 milhão 
Co-infecções: 
Leishmania + HIV, 
Trypanosoma cruzi + HIV 
Leishmaniose – é 
endêmica em 88 países, 
dos quais 72 são países 
em desenvolvimento 
1 DST: tricomoníase 
vaginal 
Panorama mundial de algumas doenças 
parasitárias 
(WHO / TDR) 
Sistemática 
Reunião de espécies 
próximas 
Coleção de indivíduos 
assemelhados e que geram 
descendentes férteis 
Nomenclatura 
binominal = 
gênero e 
espécie 
• Grafia 
ex: Ascaris lumbricoides (ou Ascaris lumbricoides) 
 
• Abreviatura e repetições 
Ex: A. lumbricoides 
 
• Nome do autor + ano da publicação (uso em Sistemática) 
Ex: Trypanosoma cruzi Chagas, 1909 
 
• Sub-espécie após o nome da espécie 
Ex: Trypanosoma brucei gambiense, Trypanosoma brucei rhodesiense 
 
• Várias espécies do mesmo gênero 
Ex: Plasmodium spp. 
Nomenclatura científica = nomenclatura binominal 
Organismos unicelulares, eucariotos 
(núcleo diferenciado com organelas), 
ausência de parede celular rígida 
Parasitos de interesse médico 
Reino Protista 
Sub-reino Protozoa (protozoários) 
Reino Animalia 
Sub-reino Metazoa 
(helmintos e artrópodes) 
Giardia Ameba Toxoplasma 
Leishmania Trypanosoma Trichomonas 
Culex 
Ascaris 
Organismos multicelulares, havendo 
enorme diversidade de Filos 
Schistosoma 
 
 
Sub-reino Protozoa (protozoários) 
Filo 
Sarcomastigophora 
Sub-filo 
Mastigophora 
(flagelados) 
Sub-filo Sarcodina 
(pseudópodes) 
Filo Apicomplexa 
Classe Sporozoa 
(esporozoários) 
Filo Ciliophora 
(ciliados) 
Doença de 
Chagas 
Leishmaniose 
Tricomoníase 
Giardíase 
Amebíase 
Malária 
Toxoplasmose 
Balantidíase 
Sub-reino Metazoa 
(helmintos e artrópodes) 
Filo Platyhelminthes 
(vermes achatados) 
Classe 
Trematoda 
Classe 
Cestoidea 
Filo Nemathelminthes 
(vermes cilíndricos) 
Classe 
Nematoda 
Filo Arthropoda 
Classe 
Insecta 
Classe 
Arachnida 
Esquistossomose 
Sarna 
Carrapato 
Piolho, 
Chato, 
Barbeiro, 
Pulga, 
Mosquito, 
Mosca 
Teníase, 
Cisticercose, 
Himenolepíase 
Ascaridíase, 
Enterobíase, 
Tricuríase, 
Ancilostomíase, 
Estrongiloidíase, 
Filariose 
Parasito: é o ser vivo de menor porte que vive associado a outro ser vivo 
de maior porte, à custa ou na dependência deste. Pode ser: 
 
• Ectoparasito: vive externamente no corpo do hospedeiro. 
• Endoparasito: vive dentro do corpo do hospedeiro. 
 
Parasito acidental: é o que exerce o papel de parasito, porém 
habitualmente possui vida não-parasitária. Ex.: larvas de moscas que 
vivem em frutos ou vegetais em decomposição e acidentalmente atingem 
humanos. 
 
Parasito facultativo: é o que pode viver parasitando um hospedeiro ou 
não, isto é, pode ter hábitos de vida livre ou parasitária. 
Ex.: as larvas de moscas Sarcophagiae podem provocar miíases humanas, 
desenvolver-se em cadáveres ou ainda fezes. 
 
Parasito obrigatório: é aquele incapaz de viver fora do hospedeiro. 
Ex.: T.gondii, Plasmodium spp. 
 
 
 
 
Terminologia em Parasitologia 
Parasito oportunista: é aquele que usualmente vive no paciente sem 
provocar nenhum dano (infecção inaparente), mas em determinados 
momentos se aproveita da baixa resistência do paciente. 
 
Hospedeiro: é o organismo que alberga o parasito. 
 
Hospedeiro definitivo: é o que apresenta o parasito em sua fase de 
maturidade ou em fase de reprodução sexuada. 
Ex.: hosp def da Taenia solium é o homem 
 
Hospedeiro intermediário: é aquele que apresenta o parasito em sua 
fase larvária ou assexuada. Ex.: caramujo é hosp interm do S. mansoni. 
OBS: Pode ser chamado de Vetor, no caso de artrópodes ou moluscos 
 
Hospedeiro paratênico ou de transporte: é o hospedeiro 
intermediário no qual o parasito não sofre desenvolvimento ou 
reprodução, mas permanece viável até atingir novo hospedeiro definitivo. 
 
Parasito heteroxênico ou heteroxeno: é o que possui hospedeiro 
definitivo e intermediário. Desenvolve ciclo heteroxeno. Ex: Taenia 
soliumParasito monoxênico ou monoxeno: é o que possui apenas o 
hospedeiro definitivo. Desenvolve ciclo monoxeno. Ex: Enterobius 
vermicularis, A. lumbricoides. 
 
Parasito estenoxênico ou estenoxeno: é o que parasita espécie de 
vertebrados muito próximas. 
 
Parasito eurixeno: é o que parasita espécie de vertebrados muito 
distintas. 
 
Ciclo Evolutivo: Período compreendido entre seu estágio larvar e 
sua fase reprodutivamente madura. 
 
Antroponose: doença exclusiva de humanos. 
 
Zoonoses: doenças que são naturalmente transmitidas entre 
humanos e animais vertebrados. 
Glossário obtido no site http://www.parasitologia.org.br/estudos_glossario_Z.php, e que foi extraído do livro Parasitologia 
Dinâmica do autor David Pereira Neves, Ed Atheneu, São Paulo, 2006. Capítulo 61, p. 465-468. 
 
 
Reservatório: é qualquer local, vegetal, animal ou humano onde vive e 
multiplica-se um agente etiológico e do qual é capaz de atingir outros 
hospedeiros. Ex.: os humanos são os reservatórios do S. mansoni, o 
gambá é o reservatório do T. cruzi. 
 
Vetor: é um artrópode, molusco ou veículo que transmite um parasito 
entre dois hospedeiros. 
 
Sinantropia: é a habilidade de certos animais silvestres (mamíferos, 
aves, insetos) de freqüentar habitações humanas; isto é, são capazes de 
circular entre os ambientes silvestres, rural e urbano, muitas vezes, 
veiculando patógenos. 
 
Infecção: penetração e desenvolvimento ou multiplicação de um agente 
etiológico no organismo humano ou animal, podendo ser vírus, bactéria, 
protozoário, helminto, etc. 
 
Infestação: é o alojamento, desenvolvimento e reprodução de 
artrópodes na superfície do corpo, nas vestes ou na moradia de humanos 
ou de animais. 
 
Patogenia : Corresponde à capacidade de um parasito causar danos 
aos organismos de um hospedeiro. 
 
Eventos em sequência 
Mudanças nas características 
morfológicas e fisiológicas 
Ex: Balantidium coli 
Ciclo biológico (ou evolutivo) 
Perpetuação na natureza 
PROTOZOÁRIOS: 
Formas de resistência ou 
vegetativa, proliferativa ou não 
 
HELMINTOS: 
Estágios: Ovo – larva (embrião) 
– adulto 
Podem ser dióicos, com 
dimorfismo sexual 
trofozoíto cisto 
Ex: Schistosoma 
ovo 
adultos 
Ex: Giardia 
Tipos de ciclo biológico dos parasitos 
• Monoxeno – exige 1 único 
hospedeiro 
• Estenoxeno – infecta 1 ou poucas 
espécies muito próximas 
homem 
Ex: Ascaris Ex: Toxoplasma 
Várias espécies 
• Monoxeno – exige 1 único 
hospedeiro 
• Eurixeno – infecta inúmeras 
espécies de hospedeiros 
Tipos de ciclo biológico dos parasitos 
• Heteroxeno – exige 2 ou mais 
hospedeiros 
• Estenoxeno – infecta 1 ou poucas 
espécies muito próximas 
• Heteroxeno – exige 2 ou mais 
hospedeiros 
homem 
Ex: T. solium 
porco 
Ex: Diphyllobothrium 
crustáceo peixe 
homem 
Transmissão dos parasitos 
• Oral e/ou fecal-oral. Ex: carne crua, vegetais mal lavados, 
água contaminada, solo contaminado 
 
• Cutânea - por penetração ativa (ex: larva filarióide) ou 
inoculação passiva (ex: picadas de insetos) 
 
• Mucosa ou conjuntiva 
 
• Transplacentária 
 
• Sexual 
 
• Transfusional 
Estabelecimento da doença parasitária 
• Número de formas infectantes 
• Adaptação do parasito ao hospedeiro – localização de nicho 
nutricional, replicação e perpetuação 
• Grau de virulência do parasito 
• Estado nutricional do hospedeiro 
• Idade do hospedeiro 
• Co-infecções no hospedeiro 
• Estado imunológico do hospedeiro x evasão da resposta 
imune 
Protozoário em célula hospedeira 
Inibição da fusão com o lisossomo 
para favorecer a infecção 
Eosinófilos 
atacando 
Schistosoma 
Resposta 
imune em ação 
• Ação espoliativa : o parasito absorve nutrientes ou sangue do 
hospedeiro; acarretado por perda direta de nutrientes (P.e. Gên. 
Taenia), tecidos sólidos ou hematofagismo (P.e. ancilostomídeos). 
 
• Ação tóxica: produção de enzimas ou metabólitos que podem lesar o 
hospedeiro. 
 
• Ação traumática: trauma no hospedeiro Ex: Taenia solium com escólex 
que se fixa à mucosa intestinal. 
 
• Ação mecânica: obstrução ou compressão dos tecidos do hospedeiro. 
Ex: Ascaris 
 
• Ação irritativa:presença do parasita no organismo do hospedeiro 
 
Mecanismos de agressão: patogenia 
Diagnóstico 
• Exame clínico de sinais e/ou sintomas e anamnese – não 
permitem diagnóstico definitivo 
• Testes laboratoriais : 
1) Pesquisa macroscópica: piolhos e pulgas 
2) Pesquisa microscópica: exame em fezes, sangue, raspado 
cutâneo, recuperação de helmintos na superfície cutânea, 
biópsia tegumentar 
3) Testes imunológicos: detecção de antígenos e/ou anticorpos 
4) Técnicas moleculares 
• Exames de Imagem

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