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Sucessão e Fertilização Post Mortem

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FACULDADE ESTÁCIO
7º Período, Direito 
DIREITO CIVIL VI
Sucessão e Fertilização "Post Mortem"
O presente trabalho tem como objetivo analisar os aspectos legais do ordenamento jurídico brasileiro com relação ao filho concebido post mortem, por meio de técnicas de fecundação artificial homóloga.
Trabalho elaborado por:
Simone Fragoso
Renata Vais
Adriana Vidolim
Camila 
Curitiba, abril de 2017.
Caso baseado em fatos reais.
Roberto, casado com Kátia, em 2009 descobriu ser portador de grave forma de câncer. Ao ser informado sobre que uma das consequências do tratamento poderia ser uma possível infertilidade, Roberto, em decisão conjunta com sua esposa, resolve armazenar seu sêmen em clínica de Curitiba para que, recuperando-se, pudesse dar continuidade ao projeto parental sonhado pelo casal. No entanto, Roberto não se recuperou e acabou morrendo no início de 2010. Kátia, certa de que gostaria de ter um filho de seu finado marido procurou a clínica onde o material biológico estava armazenado a fim de realizar procedimento de fertilização ‘in vitro’. Como seu marido não havia autorizado expressamente a realização da fertilização ‘post mortem’, a clínica se negou a realizar o procedimento, respaldada por entendimento do Conselho Federal de Medicina. Kátia, certa de que esse era o desejo de seu marido, propôs ação em face da Clínica para obter a realização do procedimento. Em liminar, foi-lhe assegurada a realização do procedimento e em 22/06/2011 nasceu a filha do casal Luiza Roberta. 
Assista ao vídeo com reportagem com o médico Lidio Jair Centra (que realizou o procedimento em Kátia) e explique: o que é reprodução humana assistida e quais são os principais procedimentos utilizados. Link da reportagem: http://www.youtube.com/watch?v=MIAZjDAp3vY&feature=related 
É a fecundação do óvulo com o espermatozóide por procedimentos medicos feitos em clinicas autorizadas e especializadas, formanndo assim o embrião, para casais com problemas de infertilidade, desde o procedimento mais simples ( inseminação intrauterina) ate a mais complexa como a fertilização in vitro ( mais conhecido como bebê de proveta).
 Os principais procedimentos utilizados no Brasil são: 
Inseminação Artificial = técnica de reprodução assistida através da qual os espermatozóides, previamente recolhidos e tratados, são transferidos para o interior do aparelho genital feminino por meio de uma cânula. 
Inceminação homologada: quando é usado material genético do proprio casal.
Inseminação Heteróloga: quando o material genetico é obtido atraves de doadores anonimos. 
b) Fertilização In Vitro = técnica de reprodução assistida através do qual se dá a fecundação de óvulo in vitro ( fora do dorpo da mulher), ou seja, os gametas masculino e feminino são previamente recolhidos e colocados em contato in vitro. O embrião resultante é transferido para o útero ou para as trompas. 
GIFT – Técnica que consiste na transferência do gameta masculino e feminino diretamente na tuba uterina da mulher. Essa técnica encontra o apoio da Igreja Católica, quando os gametas utilizados são do próprio casal;
TV-TEST – Técnica que transfere por via vaginal um embrião já formado, em estágio pré-nuclear, na altura das tubas uterinas;
ICSI – É talvez a técnica mais conhecida popularmente, trata da realização de uma fertilização in vitro através da inoculação de um espermatozóide no interior de um ovócito, seguida da transferência via vaginal do embrião (pré-embrião) formado;
O IAIU – Ocorre pela colocação via vaginal, de espermatozóides diretamente na altura da tuba uterina.
Outras técnicas complementares da RA são:
Doação de óvulos, sêmen, embriões; congelamento de material biológico reprodutivo e de embriões; diagnóstico genético pré-implantatório, entre outros.
Há legislação específica que regulamente a reprodução humana assistida no Brasil? Qual(is)?
Sim, a Lei da biosegurança 11.105/05 , Lei 9.263/96 e art. 226 § 7º CF.
 Resoluções do Conselho Federal de Medicina que regula as normas éticas a respeito dos procedimentos médicos a serem utilizados na utilização de técnicas de reprodução assistida. 
Resolução Normativa n. 1358/92, do Conselho Federal de Medicina. 
Essa Resolução assegura o sigilo no procedimento, a não comercialização do corpo humano e de gametas, prevê o consentimento informado nos casos de fertilização in vitro, limita o número de receptores por doação, delimita um prazo máximo para o desenvolvimento de um embrião fora do corpo, proíbe também a comercialização. 
O Código Civil Brasileiro fala em reprodução humana assistida apenas no art. 1.597 quando trata da presunção de filiação dos filhos concebidos a partir da utilização dessas técnicas: 
“Art. 1.597. Presumem-se concebidos na constância do casamento os filhos: 
 III - havidos por fecundação artificial
3- As técnicas de reprodução humana assistida podem ser realizadas sem anuência do marido? Em caso afirmativo, quais as consequências para a filiação? 
De acordo com o Código Civil , em seu art. 1597, III, presume-se concebido na constância do casamento o filho oriundo de inseminação artificial homóloga, mesmo que falecido o marido. Portanto, com a utilização da inseminação artificial homóloga post mortem, o filho nascido terá direito ao reconhecimento da filiação, mesmo que seu pai biológico já tenha falecido. 
Que fundamentos podem ter sido utilizados pelo juiz para conceder a liminar para Kátia? Você concorda com eles? 
A reprodução assistida homóloga post mortem é o meio artificial de reprodução em que a mulher se utiliza, para fecundar seu óvulo, dos gametas que foram doados, em vida, pelo marido ou companheiro.
 No Brasil, não existe legislação proibitiva sobre a inseminação post mortem, não existe nenhuma proibição expressa do uso dessa técnica no Brasil, a tendência doutrinária e jurisprudencial é no sentido de não privar o casal de seu direito de decidir o melhor momento e a melhor técnica reprodutiva a serem utilizados para atender aos interesses dos cônjuges e dos filhos.
CONCLUSÃO:
O principal objetivo do trabalho, foi identificar e analisar os aspectos legais do ordenamento jurídico brasileiro com relação ao filho concebido post mortem,usando técnicas de fecundação artificial , trazendo à luz, as normas técnicas do Conselho Federal de Medicina, a legislação contida no Direito Sucessório e as garantias estabelecidas nos Direitos Fundamentais, que buscam assegurar o direito de igualdade entre os filhos, e o direito de herança ao pós concebido, sendo filho dos mesmos pais, e portanto, possuidor de igualdade de condições na relação familiar e sucessória..
No meio jurídico iniciou-se uma importante discussão em consequência do Direito de Sucessão de um filho concebido após a morte de seu pai, o que levou muitos doutrinadores a um conflito, após a morte do titular do sêmen, visto que, ela irá imputar aos demais filhos, uma imposição de perda relacionada ao seus direitos sucessórios. 
Desta forma, o vigente Código Civil Brasileiro reconheceu por presunção à paternidade dos filhos havidos mediante a técnica de fecundação artificial homóloga post mortem, garantindo a igualdade de direitos e proibição de discriminações entre os filhos, ao analisar a relação familiar e a vontade dos pais, com base nos princípios fundamentais estabelecidos em nossa Constituição Federal, garantindo a igualdade entre as pessoas, sendo que o Princípio da Dignidade da Pessoa Humana é o mais amplo, estando estabelecido através do artigo 1º, III, CF/88.
A legislação pátria atual ainda não regulamenta especificamente a reprodução humana pela técnica de inseminação artificial post mortem, gerando dúvidas e conflitos especialmente no campo do direito sucessório, daquele que vier a ser concebido após a morte de seu genitor, trazendo consequências jurídicas que nem sempre são bem aceitas no âmbito familiar, vistoque, provocará grandes alterações nos direitos de família e sucessão.
O direito de família engloba a garantia plena de desenvolvimento de todos os seus membros, para que possam ser realizados os anseios e interesses afetivo de cada um, assim como, os direitos fundamentais garantidos pela nossa Carta magna, com o objetivo de manter a família uniforme, duradoura e feliz.
Bibliografia:
GONÇALVES, Roberto Carlos. Direito Civil Brasileiro: Direito das Sucessões. 6ª edição. v.7. São Paulo: Editora Saraiva, 2012.
VENOSA, Sílvio de Salvo. Direito Civil: Direito das Sucessões. 10ª edição. v.7. São Paulo: editora Atlas, 2010.
MOTA, Manoela. Inseminação Artificial Post Mortem. Disponível em: http://repositorio.uniceub.br/bitstream/123456789/342/3/20657903.pdf. acessado em 02 de junho de 2014.
http://www.youtube.com/watch?v=MIAZjDAp3vY&feature=related
file:///C:/Users/admin/Downloads/Biblioteca_928793.pdf 
http://www.vix.com/pt/bdm/bebe/planejamento/materia/medica-explica-como-funcionam-as-tecnicas-de-reproducao-assistida
http://www.webartigos.com/artigos/heranca-sucessao-dos-herdeiros-colaterais/53931/
http://www.webartigos.com/artigos/heranca-sucessao-dos-herdeiros-colaterais/53931/
Varios artigos distribuídos na internet em sites direcionados para as áreas juridicas, publicados por doutrinadores, operadores e acadêmicos de direito.

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