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1 TRABALHO DO ILUMINISMO

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UNIVERSIDADE PAULISTA – unip
trabalho de introdução ao pensamento sociologico
professor hamilton gonçalves
“o iluminismo”
Trabalho acadêmico apresentado a Universidade Paulista – UNIP, solicitado pelo professor Hamilton Gonçalves, da disciplina Introdução do Pensamento Sociológico, como requisito parcial para avaliação do curso de Bacharel em Serviço Social.
BELÉM/PA - 2017
SUMARIO
INTRODUÇÃO........................................................................	01		
O QUE É O ILUMINISMO E QUANDO SURGIU.................	02
CARACTERISTICAS FUNDAMENTAIS DO ILUMINISMO	02
O Racionalismo..................................................................	02
O Naturalismo....................................................................	02
O Liberalismo.....................................................................	02
A igualdade dos homens perante a lei............................	02
O anticlericalismo..............................................................	02
AS CRITICAS DO MOVIMENTO 	DO ANTIGO................	04
O QUE O ILUMINISMO DEFENDIA......................................	04
PRINCIPAIS FILÓSOFOS ILUMINISTAS...........................	06
John Locke.........................................................................	06
Montesquieu....................................................................... 	07
Voltaire................................................................................	07
Jean-Jacques Rousseau........................................... 	07
Adam Smith........................................................................ 	08
ILUMINISMO NO BRASIL....................................................	09
CONCLUSÃO........................................................................	10
REFERENCIAS.....................................................................	11
INTRODUÇÃO
O Iluminismo surgiu em uma época de grandes transformações tecnológicas, com a invenção do tear mecânico, da máquina a vapor, e entre outras. Período em que marca o fim da transição entre feudalismo e capitalismo foi um movimento intelectual que surgiu durante o século XVIII na Europa, que defendia o uso da razão (luz) contra o antigo regime (trevas)  e pregava maior liberdade econômica e política. Este movimento promoveu mudanças políticas, econômicas e sociais, baseadas nos ideais de liberdade, igualdade e fraternidade. O Iluminismo tinha o apoio da burguesia, pois os pensadores e os burgueses tinham interesses comuns. 
 	O apogeu deste movimento foi atingido no século XVIII, e passou a ser conhecido como o Século das Luzes. O Iluminismo foi mais intenso na França, onde influenciou a Revolução Francesa através de seu lema: Liberdade, igualdade e fraternidade. Também teve influência em outros movimentos sociais como na independência das colônias inglesas na América do Norte e na Inconfidência Mineira, ocorrida no Brasil. 
 	Para os filósofos iluministas, o homem era naturalmente bom, porém, era corrompido pela sociedade com o passar do tempo. Eles acreditavam que se todos fizessem parte de uma sociedade justa, com direitos iguais a todos, a felicidade comum seria alcançada. Por esta razão, eles eram contra as imposições de caráter religioso, as práticas mercantilistas, contrários ao absolutismo do rei, além dos privilégios dados a nobreza e ao clero. 
O QUE É O ILUMINISMO E QUANDO SURGIU:
O Iluminismo foi uma ideologia revolucionaria que transformou a mentalidade humana, surgiu no século XVIII conhecido como século das luzes, nessa época o homem procurava saber mais sobre a razão, liberdade de expressão e o pensamento. Essa ideologia revolucionária ia contra os costumes da época onde as pessoas tinha uma ideia totalmente diferente, onde diziam que o homem era o centro do universo (Antropocentrismo) e queria provar isso por meio da razão. As pessoas que apoiavam o iluminismo acreditavam que somos todos iguais, portanto deveríamos ter os mesmos direitos e deveres, liberdade para enfrentar qualquer tipo de religião, independente qual fosse.
CARACTERISTICAS FUNDAMENTAIS DO ILUMINISMO:
As ideias iluministas caracterizavam-se por alguns princípios fundamentais, a saber: o racionalismo, o naturalismo, o liberalismo, a igualdade perante a lei e o anticlericalismo:
O racionalismo consiste na ênfase dada ao uso da razão. Os iluministas rejeitavam o pensamento teológico, buscando para tudo uma explicação racional. Não obstante, afirmavam que a razão somente seria utilizada corretamente se fosse iluminada (ou esclarecida) pelas luzes do conhecimento. Portanto, uma pessoa ignorante não saberia usar a própria razão. Daí a afirmação, recorrente entre os filósofos do período, de que o governo seria exercido pela minoria esclarecida (ou seja, pela burguesia).
O naturalismo dos iluministas refletia sua crença na perfeição da Natureza. Esta deveria ser imitada pela sociedade humana, dentro da interpretação – feita pelos iluministas – do que seria natural. Assim, da mesma forma que os fenômenos da Natureza são regidos por leis determinadas, também as relações entre os homens deveriam ser reguladas por normas naturais. Encaixa-se nessa linha de pensamento a afirmação de que o homem possui direitos naturais, retomando, nos aspectos político e social, o antigo conceito romano de Jus Naturale.
O liberalismo é o reconhecimento da liberdade como um direito natural do homem. Essa liberdade se exerceria nos níveis político, econômico e intelectual, o que levava os iluministas a condenar o absolutismo, o intervencionismo e a intolerância. Mas não se tratava de uma liberdade absoluta, sendo limitada pelos valores morais e pelo respeito aos direitos dos demais integrantes do corpo social. 
A igualdade dos homens perante a lei. Dentro desse raciocínio, a lei não poderia privilegiar alguém com base em seu nascimento ou condição social. Todavia, a igualdade defendida pelos iluministas era apenas civil (ou jurídica), não se estendendo ao plano econômico; e também não eliminava o menosprezo que a burguesia sentia em relação às classes populares. 
O anticlericalismo foi também uma característica do iluminismo. Quase todos os filósofos do período eram teístas, isto é, acreditava em um Deus criador do Universo. Mas voltava-se contra a Igreja (especialmente a Igreja Católica) por dois motivos principais: um era filosófico (a Igreja colocava a fé acima da razão); o outro, político-ideológico (a Igreja apoiava o absolutismo, justificando-o pela teoria do direito divino). Havia ainda um argumento de ordem racional: se Deus está presente na Natureza, a Igreja torna-se uma instituição dispensável. Para o homem cumprir os desígnios divinos, bastaria ter uma vida virtuosa, sem se ater a crenças e rituais.
A igreja tinha uma influência enorme na vida das pessoas, e como ela ensinava as pessoas a ler e a escrever, ela usava deste poder para ensinar algumas ideias à população que não levavam em conta o uso da razão. Como por exemplo, quando ela dizia que “A mil chegarás, mas de dois mil não passarás”. E que a Terra era o centro do Universo. Com o tempo os filósofos iluministas foram exigindo mais liberdade de expressão que era outra característica do movimento iluminista. As pessoas nesta época não poderiam manifestar crenças religiosas que não fossem a católica. 
Outra característica era o absolutismo dos reis. Naquela época ninguém poderia discordar do rei, porque se não ou era preso ou morto. Isso tudo acabou com o iluminismo. 
Nessa época a sociedade se dividia em: Clero: Alto clero e baixo clero. Nobreza e Povo. O clero e a nobreza tinham privilégios que o povo não conhecia. Muito pelo contrario. Pagavam impostos para manter o clero e a nobreza. Portanto existiam diferenças sociais muito grandes. Por tanto as características principais do iluminismo são: a liberdade o uso da razão a igualdade e a fraternidade entre os povos. 
Os filósofos iluministas queriam que a população se tornasse mais racionais usando de analisecientifica e critica para explicar as coisas da vida. Filósofos como Rene Descartes, Voltaire, Montesquieu, Diderot, Rousseau e Isaac Newton foram alguns dos participantes deste movimento que mudou a maneira do povo enxergar suas realidades. Muitos Reis depois passaram a ser auxiliados por esses filósofos. Ai se tornaram Déspotas Esclarecidos. Portanto ai eles pararam de perseguir, matar e mandar prender, para abrir escolas, hospitais e assim melhorar a vida da população que o passou a ver como de certa forma um "amigo". Isso adiou a queda de muitos Reis. 
As ideais iluministas defendiam o NACIONALISMO, ou seja, a criação das nações e a quebra do velho regime Feudal. Daí a independência dos Estados Unidos da América do Norte em relação à Inglaterra e logo em seguida a Independência dos Estados Unidos do Brasil, em relação a Portugal. Na Europa, como não podia deixar de ser ocorre o mesmo fenômeno, quer seja a criação das Nações: Portugal, Espanha, França, Holanda, etc. É desta mesma época o movimento literário Romantismo, que se inspira nos ideais Iluministas. O Nacionalismo tinha como característica o Amor à Pátria amada. No Brasil, o Nacionalismo espelha-se no Índio, Índio-guerreiro, valente e forte. Essas fortes ideias iluministas levaram os Estados Unidos da América do Norte e o Brasil à Independência. Lembrar sempre que o estilo de época literário Romantismo está ligado aos ideais iluministas, quer seja no Brasil, quer seja na Europa. 
O verdadeiro interesse do Iluminismo é a quebra do velho sistema feudal, saída da idade das trevas para as artes, para o renascimento cultural, renascimento das cidades porque já era um processo histórico, as cidades já estavam crescendo em torno da Itália, devido ao comércio das especiarias para o preparo dos alimentos, e ao comércio do artesanato, renascer cidades é a queda do Rei e a independência de todos esses países que nós conhecemos hoje, as Nações. Enfim, igualdade, liberdade e fraternidade, que não existia no feudalismo. 
Na Visão do homem – Para os teóricos do Iluminismo o homem é naturalmente bom e todos nascem iguais. É corrompido pela sociedade, em consequência das injustiças, opressão e escravidão. A solução é transformar a sociedade, garantindo a todos a liberdade de expressão e culto e fornecendo mecanismos de defesa contra o arbítrio e a prepotência.
Organização da sociedade – Deve ser norteada pelo princípio da busca da felicidade. Cabe ao governo garantir os “direitos naturais”: liberdade individual, direito de posse, tolerância, igualdade perante a lei. A doutrina do liberalismo político substitui a noção de poder divino pela concepção do Estado como criação do homem e entregue ao soberano mediante um contrato, o contrato social. 
AS CRITICAS DO MOVIMENTO DO ANTIGO REGIME ERAM EM VÁRIOS ASPECTOS COMO:
Absolutismo Monárquico 
Mercantilismo
Autonomia intelectual.
O ILUMINISMO COMBATIA:
Assim, o Iluminismo combatia:
O Absolutismo Monárquico: porque protegia a nobreza e mantinha seus privilégios. O absolutismo era considerado injusto por impedir a participação da burguesia nas decisões políticas, inviabilizando a realização de seus ideias;
O Mercantilismo: porque a intervenção do Estado na vida econômica era considerada prejudicial ao individualismo burguês, à livre iniciativa e ao desenvolvimento espontâneo do capitalismo;
A Autonomia Intelectual: defendia pelo individualismo e pelo racionalismo burguês. Assim, à burguesia não interessava apenas a religião. Ela desejava o avanço da ciência e das técnicas, que favoreciam os transportes, as comunicações, a medicina, etc.
O QUE O ILUMINISMO DEFENDIA:
A liberdade econômica, ou seja, sem a intervenção do estado na economia.
O Antropocentrismo, ou seja, o avanço da ciência e da razão.
O predomínio da burguesia e seus ideais.
Segundo o sociólogo Lucien Goldman, os princípios do Iluminismo estão relacionados ao comércio, uma das principais atividades econômicas da burguesia. Assim, o Iluminismo defendia:
Igualdade: no comércio, isto é, no ato de compra e venda todas as eventuais desigualdades sociais entre compradores e vendedores não tinham importância. Na compra e venda o que importava era a igualdade jurídica dos participantes do ato comercial. Por isso, os iluministas defendiam que todos deveriam ser iguais perante a lei. Ninguém teria, então, privilégios de nascença, como os da nobreza. Entretanto, a igualdade jurídica não significava igualdade econômica. No plano econômico, a maioria dos iluministas acreditava que a desigualdade correspondia à ordem natural das coisas.
Tolerância religiosa ou filosófica: na realização do ato comercial, não importavam as convicções religiosas ou filosóficas dos participantes do negócio. Do ponto de vista econômico, a burguesia compreendeu que seria irracional excluir compradores ou vendedores em função de suas crenças ou convicções pessoais. Fosse mulçumano, judeu, cristão ou ateu, a capacidade econômica das pessoas definia-se pelo ter e não pelo ser.
Liberdade pessoal e social: a atividade comercial burguesa só poderia desenvolver-se numa economia de mercado, ou seja, era preciso que existisse o livre jogo da oferta e da procura. Por isso, a burguesia se opôs à escravidão humana e passou a defender uma sociedade livre. Afinal sem trabalhadores livres, que recebessem salários, não podiam haver mercado comercial.
Propriedade privada: comércio só era possível entre os proprietários de bens ou de dinheiro. O proprietário podia comprar ou vender porque tinha o direito de usar e dispor livremente de seus bens. Assim, a burguesia defendia o direito à propriedade privada, que característica essencial da sociedade capitalista.
As ideias liberais do Iluminismo se disseminaram rapidamente pela população. Alguns reis absolutistas, com medo de perder o governo - ou mesmo a cabeça passou a aceitar algumas ideias iluministas. Estes reis eram denominados Déspotas Esclarecidos, pois tentavam conciliar o jeito de governar absolutista com as ideias de progresso iluministas. Alguns representantes do despotismo esclarecido foram: Frederico II, da Prússia; Catarina II, da Rússia; e Marquês de Pombal, de Portugal.
PRINCIPAIS FILÓSOFOS ILUMINISTAS:
 John Locke (1632 – 1677): John é considerado o “pai do iluminismo”. Sua obra mais conhecida é “Ensaio sobre o entendimento humano”, de 1689. Mas “Dois tratados sobre o governo”, do mesmo ano, também é considerada uma das melhores. Ele negava a ideia de que Deus tinha o poder sobre o destino dos homens e afirmava que a sociedade que moldava o ser humano para o bem ou para o mal. Ele foi um dos principais representantes da revolução ideológica iluminista e teve como principal obra o Segundo tratado do governo civil. Para ele, contemporâneo da Revolução Gloriosa, os homens possuem a vida, a liberdade e a propriedade como direitos naturais. Para preservar esses direitos, deixaram o “estado de natureza” e estabeleceram um contrato entre si, criando o governo e a sociedade civil. Assim, os governos teriam por finalidade respeitar os direitos naturais e, caso não o fizessem, caberia à sociedade civil o direito de rebelião contra o governo tirânico. Para Locke, “[...] ao governante não lhe caberia jamais o direito de destruir, de escravizar, ou de empobrecer propositadamente qualquer súdito; as obrigações das leis naturais não cessam, de maneira alguma, na sociedade; tornam-se até mais fortes em muitos casos”. Sobre o entendimento humano, definiu sua filosofia, afirmando que todo o conhecimento se faz com a própria capacidade intelectual do homem e se desenvolve mediante sua atividade. O filósofo negava assim, o direito dos governantes ao autoritarismo e à aplicação do direito divino, além de outras prerrogativas fundamentadas em preconceitos. 
Montesquieu (1689 – 1755): Ele fez parte da primeira geração de iluministas. Defendia a ideia da “divisão” do governo em três poderes independentes (Legislativo, Executivo e Judiciário) em sua obra mais conhecida e importante “O espírito das leis”, de 1748. O equilíbrio entreos três poderes poderia conceber um Estado onde as leis não seriam desrespeitadas em favor de um único grupo. A independência desses poderes era contrária a do governo absolutista, onde o rei tinha completa liberdade de interferir, criar e descumprir as leis. Antes mesmo de a sociologia surgir, Montesquieu levantou questões sociológicas, e foi considerado um dos precursores da sociologia.
Voltaire (1694 – 1778): Crítico polêmico da religião e da Monarquia. Defendia a liberdade intelectual. Sua obra mais importante foi “Ensaio sobre os costumes”, de 1756. Crítico da religião e da Monarquia, Voltaire é o homem símbolo do movimento iluminista. Foi um grande agitador, polêmico e propagandista das ideias iluministas, defendeu uma monarquia esclarecida, um governo baseado nas ideias dos filósofos. Para ele, a interferência religiosa nos assuntos políticos estabelecia a criação de governos injustos e legitimadores do interesse de uma parcela restrita da sociedade. Sem defender o radical fim das monarquias de sua época, acreditava que os governos deveriam se inspirar pela razão tomando um tom mais racional e progressista.
Jean-Jacques Rousseau (1712-1778): Defensor da pequena burguesia queria a participação do  povo na política por meio de eleições. Sua obra mais importante foi “Do Contrato Social”. Que criticava a civilização ao apontar que ela expropria a bondade inerente ao homem. Para ele, a simplicidade e a comunhão entre os homens deveriam ser valorizadas como itens essenciais na construção de uma sociedade mais justa. Entretanto, esse modelo de vida ideal só poderia ser alcançado quando a propriedade privada fosse sistematicamente combatida. Ele redigiu alguns verbetes para a Enciclopédia. Suas ideias eram por vezes contrárias as dos seus colegas iluministas, o que lhe rendeu a fama de briguento. Sua principal obra foi “Discurso sobre a origem e os fundamentos da desigualdade entre os homens”. Esses primeiros pensadores causaram grande impacto na Europa de seu tempo. No entanto, é de suma importância destacar como a ação difusora dos filósofos Diderot e D’Alembert foi fundamental para que os valores iluministas ganhassem tamanha popularidade. Em esforço conjunto, e contando com a participação de outros iluministas, esse dois pensadores criaram uma extensa compilação de textos da época reunidos na obra “Enciclopédia”.
Adam Smith (1723 – 1790): Principal representante do conjunto de ideias chamado liberalismo econômico. Sua principal obra foi “A riqueza das nações”.
Foi um importante filósofo e economista escocês do século XVIII, em plena época do Iluminismo, Adam Smith tornou-se um dos principais teóricos do liberalismo econômico. Sua principal teoria baseava-se na ideia de que deveria haver total liberdade econômica para que a iniciativa privada pudesse se desenvolver, sem a intervenção do Estado. A livre concorrência entre os empresários regularia o mercado, provocando a queda de preços e as inovações tecnológicas necessárias para melhorar a qualidade dos produtos e aumentar o ritmo de produção.
 
As ideias de Adam Smith tiveram uma grande influência na burguesia europeia do século XVIII, pois atacavam a política econômica mercantilista promovida pelos reis absolutistas, além de contestar o regime de direitos feudais que ainda persistia em muitas regiões rurais da Europa. A teoria de Adam Smith foi de fundamental importância para o desenvolvimento do capitalismo nos séculos XIX e XX.
ILUMINISMO NO BRASIL:
As últimas décadas dos séculos XVIII, também chamado de Século das Luzes, foram marcadas por grandes revoluções. Tudo isso aconteceu por influência das ideias iluministas, que combatiam o absolutismo monárquico e o poder da Igreja Católica. Os pensadores iluministas pregavam o uso da razão e da experiência para alcançarem o verdadeiro conhecimento.
As minas de metais e pedras preciosas no Brasil eram as geradoras de lucros para Portugal. A Coroa continuava cobrando impostos que deveriam ser pagos a qualquer custo. Como a arrecadação das cem arrobas anuais já estava atrasada, o então secretário colonial Matinho de Melo e Castro determinou ao governador das Minas, Visconde de Barbacena, que não poupasse esforços para cobrar os impostos atrasados. Caso o Visconde de Barbacena não conseguisse coletar p total da quantia atrasada, ele estava autorizado a recolher todo o ouro disponível até alcançar o equivalente ao débito. Se mesmo assim não fosse possível atingir a meta da Coroa, seria decretada a DERRAMA, que era a cobrança dos impostos atrasados feita a cada contribuinte de Minas Gerais. Tal medida afetaria todos os habitantes da região, desde os pequenos e humildes comerciantes até os grandes proprietários de minas.
 
As ideias iluministas chegaram ao Brasil no século XVIII. Muitos brasileiros das classes mais altas da sociedade iam estudar em universidades da Europa e entravam em contato com as teorias e pensamentos que se desenvolviam em território europeu. Ao retornarem ao país, após os estudos, estas pessoas divulgavam as ideias do iluminismo, principalmente, nos centros urbanos.
 
A principal influência do iluminismo, principalmente francês, pôde ser notada no processo de Inconfidência Mineira (1789). Alguns inconfidentes conheciam as propostas iluministas e usaram como base para fundamentar a tentativa de independência do Brasil.
 
As principais ideias iluministas que influenciaram os inconfidentes foram: 
 -Fim do colonialismo;
- Fim do absolutismo;
- Substituição da monarquia pela República;
- Liberdade econômica (liberalismo);
- Liberdade religiosa, de pensamento e expressão.
 
Mesmo não obtendo o sucesso desejado, que seria a Independência do Brasil, os inconfidentes conseguiram difundir ainda mais as ideias do iluminismo entre as camadas urbanas da sociedade brasileira. Os ideais iluministas foram de fundamental importância na formação política do Brasil.
As ideias iluministas tiveram visível influência nos assim chamados movimentos de libertação nacional, a Inconfidência Mineira (1789), Conjuração Baiana (1794) e a Revolução Pernambucana de 1817. Tais ideias chegaram até nós através dos livros de Rosseau, Montesquieu, Locke e outros pensadores liberais que eram contrabandeados (pois a sua simples posse era crime), de intelectuais brasileiros que estudaram na Europa (notadamente em Montpélier- França) e através da Maçonaria instituição que, em sua busca pelos ideais de liberdade, fraternidade e igualdade, teve importante papel no processo de independência do Brasil.
CONCLUSÃO
Concluímos que o Iluminismo foi um grande marco na historia, sendo um dos principais impulsos para a liberdade intelectual e filosófica da humanidade que vivia as rédeas da igreja do autoritarismo. A excelente iniciativa dos filósofos que lutaram pelos benefícios, nos faz refletir que pra algo ser mudado deve se dar o primeiro passo, mesmo que ele seja lento e relutante. Se o conhecimento é algo que constrói, esta construção é infinita, afinal a razão humana tem muito a ser explorada. 
A proposta do Iluminismo era trazer luz para a humanidade, colocando a "razão" no centro da atividade do homem. Os iluministas queriam trazer o mundo racional, de forma que todos pudessem se expressar, como quisessem.
De certa forma, a mentalidade de "ordem e progresso", de "progresso a qualquer custo" também se origina do Iluminismo.  Não por acaso, o imperialismo na África, na América Latina e demais países colonizados fundamentou-se em princípios "morais", "éticos" e "científicos" de origem iluminista.  Se não fosse eles hoje seriamos apenas servos da realeza.
Sabemos que todo o poder emana do povo, conforme dispõe nosso texto constitucional. Reivindicar, observar, exigir o cumprimento de nossos direitos executando assim nossos deveres. Não esquecendo para tanto, que têm as disposições do artigo 5° da Constituição Federal Brasileira a aplicabilidade imediata, podendo desta forma qualquer cidadão através do Poder Judiciário, exigir que determine a sua observância. De momento, sabemosque os princípios iluministas analisados – Igualdade, Liberdade e a Fraternidade -, na sua versão moderna, expressos no “caput” do artigo 5° da constituição Federal, são a sustentação dos Direitos e Garantias Fundamentais no nosso, como em qualquer Estado Democrático de Direito, cabendo aos Poderes do Estado, traçar políticas para sua fiel proteção em seus mais variados aspectos. Sendo assim, encerramos esta singela abordagem, cientes da complexidade do tema e de algumas conseqüências no ordenamento jurídico nacional, deixando maiores indagações e o devido aprofundamento em futuras pesquisas.
BIBLIOGRAFIA:
VICENTINO, Claudio. História geral/Claudio Vicentino. – Ed.atual. e ampl.- São Paulo: Scipione, 1997.
PEDRO, Antônio. História da civilização ocidental: geral e Brasil, integrada/Antonio Pedro; (ilustrações de José Vitor Mazzeo Viana). – São Paulo: FTD, 1997.

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