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MANDADO DE SEGURANÇA repressivo

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EXMO. SR MINISTRO PRESIDENTE DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL 
DEPUTADO ..., brasileiro, estado civil..., Deputado Federal, inscrito no RG sob o nº... e no CPF sob o nº ..., residente e domiciliado endereço: Rua..., nº... na cidade ..., Estado..., - documentos anexos -, vem à presença deste Juizo e nos termos da Lei 12.016/2009;
AÇÃO CONSTITUCIONAL DE MANDADO DE SEGURANÇA INDIVIDUAL REPRESSIVO
em desfavor do Exmo. Sr. Presidente da Câmara dos Deputados (autoridade coatora), em razão dos fatos e fundamentos expostos que a seguir passa a expor:
I. FATOS
O Mandado de Segurança aqui formulado visa tem como objeto se ater ao fato ocorrido na Câmara dos Deputados que discutiu o Projeto de Lei X, que de acordo as disposições do Código Interno da casa, a sua tramitação passou pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania e sendo declarada inconstitucional por violar disposições do art. 30, I e ainda entendimento do STF na sumula 645. 
O presidente da Câmara dos Deputados é a quem incube conduzir as votações, submetendo as matérias ao Plenário as seguintes prerrogativas: submeter a discussão e votação a matéria a isso destinada, bem como estabelecer o ponto da questão que será objeto da votação; anunciar o resultado da votação e declarar a prejudicialidade. O projeto já se encontra disposto para votação em plenário, em função da inconstitucionalidade, esta presente ação tem caráter repressivo contra ato do coator, presidente da Câmara, para que seja suspensa a tramitação de votação do Projeto de Lei X.
 Ainda assim, o Projeto de Lei foi levado à Plenário violando os procedimentos, colocando em pauta com inobservância dos procedimentos legislativos previstos no art. 59 da CRFB/88.
II – DOS DIREITOS
Em razão da urgência que se dá uma providencia de suspensão do Projeto de Lei x já que o mesmo foi submetido ao Plenário da Câmara dos Deputados sem que houvesse atendidos esses requisitos previstos em Constituição, a presente ação evidencia a necessidade de urgência para apreciação, seguida da medida prevista na Lei 12.016/09, de modo a preservar o direito do impetrante a não ter que atuar na discussão e votação de proposição conduzida de maneira contrária ao texto constitucional.
Nos termos do art. 7º, III, da Lei n. 12.016/2009, a concessão de medida liminar em sede de mandado de segurança requer a presença, concomitante, de dois pressupostos autorizadores: a) que haja relevância nos argumentos da impetração; e b) que do ato impugnado possa resultar a ineficácia da ordem judicial, caso seja concedida ao final.
Neste sentido é certo a concessão de medida cautelar, uma vez apresentado no caso os requisitos da fumus boni iuris devido ao flagrante inconstitucional quando não obedecido o rito do procedimento legislativo nos termos do art. 59 da CRFB/88. E do perigo da demora, periculum in mora que visa assegurar a efetividade da prestação jurisdicional em face das mazelas do tempo que possa prejudicar o resultado útil da demanda, já que o projeto de lei foi submetido à Plenário para ser votado.
Ainda de acordo com o que dispõe a Constituição da Republica que prevê em seu artigo 5º, LXIX, que com a finalidade de proteger de forma preventiva ou repressiva o direito liquido e certo, não amparado habeas corpus ou habeas data, quando o responsável pela ilegalidade ou abuso de poder for autoridade pública ou agente de pessoa jurídica no exercício, a concessão do mandado de segurança. Desta forma, cabe a medida de segurança de caráter repressivo visto que o ato de inconstitucionalidade quanto à tramitação do PL X exprime a conduta administrativa já realizada, a fim de reparar o erro cometido.
	O parlamentar tem a legitimidade para impetrar mandado se segurança, como decidiu o STF:
EMENTA: CONSTITUCIONAL. PODER LEGISLATIVO: ATOS: CONTROLE JUDICIAL. MANDADO DE SEGURANÇA. PARLAMENTARES. I. - O Supremo Tribunal Federal admite a legitimidade do parlamentar - e somente do parlamentar - para impetrar mandado de segurança com a finalidade de coibir atos praticados no processo de aprovação de lei ou emenda constitucional incompatíveis com disposições constitucionais que disciplinam o processo legislativo. II. - Precedentes do STF: MS 20.257/DF, Ministro Moreira Alves (leading case) (RTJ 99/1031); MS 20.452/DF, Ministro Aldir Passarinho (RTJ 116/47); MS 21.642/DF, Ministro Celso de Mello (RDA 191/200); MS 24.645/DF, Ministro Celso de Mello, "D.J." de 15.9.2003; MS 24.593/DF, Ministro Maurício Corrêa, "D.J." de 08.8.2003; MS 24.576/DF, Ministra Ellen Gracie, "D.J." de 12.9.2003; MS 24.356/DF, Ministro Carlos Velloso, "D.J." de 12.9.2003. III. - Agravo não provido. 
 A propositura da ação de mandado de segurança depende da existência de um direito liquido e certo. A expressão refere-se a aquele ato ilegal ou abusivo que pode ser demonstrado de plano, mediante prova meramente documental. 
Presentes os requisitos legais, requer-se o deferimento de liminar para que seja imediatamente suspensa a tramitação do Projeto de Lei X, de modo a preservar o direito do impetrante a não ter que atuar na discussão e votação de proposição conduzida de maneira contrária ao texto constitucional.
III. DOS PEDIDOS
Ante o exposto, o autor apresenta os seguintes pedidos:
Notificação da autoridade coatora apontada para prestação de informações;
 Concessão de liminar para que seja suspenso o processo de votação do Projeto de Lei, em tramitação na Câmara dos Deputados, até que se julgue o mérito do presente mandado de segurança nos termos do art. 7º, III da Lei n° 12.016/2009;
 Requer-se a procedência da ação e concessão em definitivo da segurança para que Projeto de Lei X seja arquivado, preservando-se o direito líquido e certo do Impetrante em não ter que atuar na discussão e votação de proposição conduzida de forma evidentemente inconstitucional;
 Declaração de ilegalidade do ato que designou a votação e, por conseguinte, determinou que o Projeto de Lei estivesse em pauta, a fim de que o parlamentar possa exercer o direito individual de se abster de participar de uma votação manifestamente inconstitucional
 Os procuradores dos Impetrantes declaram a autenticidade das cópias dos documentos que instruem esta inicial, em que os fatos alegados já encontram-se devidamente comprovados conforme anexo (ANEXO I);
 Notificação da autoridade coatora apontada para prestação de informações;
 Intimação do órgão de execução do Ministério Público Federal (Procurador-Geral da República) para analisar o interesse público de sua intervenção nos atos desse procedimento;
 Intimação do Advogado-Geral da União;
Valor da causa de R$... 
	Nestes Termos, pede deferimento.
	Belo Horizonte/MG, 5 de Junho de 2017.
 ADVOGADO
 Assinatura do Advogado/OAB.

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