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AGEPEN 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FONEMA 
 
A unidade básica da comunicação é a palavra que, por sua vez, pode ser dividida em unidades menores, como as síla-
bas e os sons. 
 
Observe as palavras: 
 
bola – mola 
 
Elas apresentam sons aproximados. No entanto, seus significados são diferentes. Cada uma delas apresenta quatro 
sons diferentes: ―bê‖, ―o‖, ―lê‖, ―a‖; ―mê‖, ―o‖, ―lê‖, ―a‖. As unidades sonoras que constituem uma palavra são chamadas de 
fonemas e simbolizadas entre barras inclinadas: /b/ /o/ /l/ /a/. 
 
Funções do fonema 
 
Como já constatado, as palavras ―bola‖ e ―mola‖ apresentam sons aproximados, mas significados diferentes. Isso ocorre 
por causa da oposição existente entre o fonema ―bê‖ e o fonema ―mê‖. Dessa forma, podemos afirmar que um fonema 
em oposição a outro estabelece distinção entre palavras e que sozinho ou acompanhado de outros fonemas, constitui 
palavras. Na escrita, os fonemas são representados por letras. 
 
Classificação das vogais 
 
Leia este poema: 
 
“Não digas nada! 
Nem mesmo a verdade 
Há tanta suavidade em nada se dizer 
E tudo se entender - 
Tudo metade 
De sentir e de ver... 
Não digas nada 
Deixa esquecer 
 
Talvez que amanhã 
Em outra paisagem 
Digas que foi vã 
Toda essa viagem 
Até onde quis 
Ser quem me agrada... 
Mas ali fui feliz 
Não digas nada.” 
 
 (Não digas nada. Fernando Pessoa) 
 
Nas palavras ali e fui do poema, a vogal i representa fonemas diferentes. Em ali, a vogal /i/ é pronunciada forte; já na 
palavra fui, a vogal i é pronunciada fraca. Isso ocorre porque em ali temos duas vogais (a e i) e em fui, temos uma vogal 
e uma semivogal (u e y). As semivogais não constituem sílabas. 
 
Assim: 
 
Vogal é o fonema produzido por uma corrente de ar que passa livremente pela boca. Na língua portuguesa, a vogal é 
a base da sílaba. Os fonemas vocálicos podem ser orais ou nasais. São orais quando o ar sai exclusivamente pela bo-
ca, e nasais, quando o ar sai simultaneamente pela boca e pelo nariz. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Quadro de vogais nasais 
 
 
Quadro de vogais orais 
 
 
As vogais ainda se classificam quanto ao timbre (abertas ou fechadas) e quanto à intensidade (átonas ou tônicas). 
 
Semivogal é o fonema produzido como vogal, mas pronunciado fraco e por isso não constitui sílaba. A semivogal sem-
pre acompanha uma vogal. Na língua portuguesa, as semivogais i e u são representadas pelos símbolos /y/ e /w/ (iode e 
vau) respectivamente. 
 
 
Além desse três, há outros encontros vocálicos importantes: 
 
O agrupamento de uma semivogal entre duas vogais. São os grupos aia, eia, oia, uia, aie, eie, oie, uie, aio, eio, oio, 
uio, uiu, em qualquer lugar da palavra - começo, meio ou fim. Eis alguns exemplos de palavras: 
 
praia, ideia, joia, imbuia, arreio, arroio, balaio, feio, tuiuiú. 
 
Foneticamente, ocorre duplo ditongo ou tritongo + ditongo, conforme o número de semivogais. 
 
Representa-se o som de i com duplo Y: ay- ya, ey-ya, representando o "y-y" um fonema apenas, e não dois como pare-
ce. A pronúncia do i é contínua em ambas as sílabas, sem o silêncio que caracteriza a mudança de sílaba. 
 
 
A palavra vaia, então, tem quatro letras (v - a - i - a) e quatro fonemas (/v/ /a/ /y/ /a/), sendo que o "y" pertence às duas 
sílabas, não havendo, no entanto, silêncio entre as duas no momento de pronunciar a palavra. 
Foneticamente, há, então, dois ditongos: ay e ya. Já em sequóia, há um tritongo (woy) e um ditongo (ya). 
 
Na separação silábica, o i ficará na sílaba anterior: prai-a, mei- a, joi-o, mai-o, fei-o, im-bui-a, tui-ui-ú. 
 
O mesmo ocorre com a semivogal W: aua, aue, aui... 
 
Pi-au-í = Representação fonética: Pi-aw-wi. Com o "w" ocorre o mesmo que ocorreu com o "y", ou seja, representa um 
fonema apenas e pertence a ambas as sílabas, não havendo o silêncio entre elas no momento de pronunciar a palavra. 
 
Ocorrem, também, na Língua Portuguesa, encontros vocálicos que ora são pronunciados como ditongo, ora como hiato. 
São eles: 
 
• Sinérese = São os agrupamentos ae, ao, ea, eo, ia, ie, io, oa, oe, ua, ue, uo. 
 
Ca-e-ta-no, Cae-ta-no; ge-a-da, gea-da; Na-tá-li-a, Na-tá-lia; du-e-lo, due-lo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
• Diérese = São os agrupamentos ai, au, ei, eu, iu, oi, ui. 
 
re-in-te-grar, rein-te-grar; re-u-nir, reu-nir; di-u-tur-no, diu-tur-no. 
 
Obs.: Há palavras que, mesmo contendo esses agrupamentos não sofrem sinérese nem diérese. Há de ter bom senso, 
no momento de se separarem as sílabas. Nas palavras rua, tia, magoa, por exemplo, é claro que só há hiato. 
 
 
* São semivogais apenas nos encontros am, em e en, em final de palavra. 
 
Consoantes são fonemas que apresentam, durante a produção, a cavidade bucal totalmente ou parcialmente fechada, 
constituindo, assim, num ponto qualquer, um obstáculo à corrente expiratória. 
 
QUADRO DAS CONSOANTES 
 
 
Dígrafos 
 
Leia o seguinte trecho: 
 
Os robozinhos para montar da série Bionicles, da Lego, acabam de ser eleitos O Brinquedo do Ano por uma associação 
de lojistas ingleses especializados em produtos para crianças. Dotados de máscaras intercambiáveis, eles lutam entre si 
dirigidos por controle remoto. Você pode escolher tanto guerreiros, como monstregos em forma de caranguejo e escor-
pião. 
 (Superinteressante. Março de 2002) 
Observe a correspondência entre sons e letras das palavras grifadas: 
 
Robozinhos – 10 letras e 9 fonemas 
Escolher – 8 letras e 7 fonemas 
Guerreiro – 9 letras e 7 fonemas 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O número de letras não coincide com o número de fonemas. Nesse caso, temos quatro dígrafos. 
 
Dígrafo é um grupo de duas letras que representam um único fonema. Podem ser: 
 
Vocálicos: 
• am e na – campo, caranguejo 
• em e en – emprego, então 
• im e in – assim e inteiro 
• om e on – ombro e ontem 
• um e un – comum e presunto 
 
ou 
 
Consonantais: 
• lh (som lhê) – galho 
• nh (som nhê) – banho 
• ch (som chê) – chuva 
• qu (som quê) – querer 
• gu (som guê) – guerra, guitarra 
• rr (som rê) – barro 
• ss, sc, xc, sç (som sê) – passo, crescer, cresça, exceto 
 
Encontro consonantal é o encontro de duas consoantes em uma palavra. No entanto, é possível perceber o som distin-
to de cada uma delas. O encontro consonantal pode ocorrer numa mesma sílaba ou em sílabas diferentes. 
 
Ex.: primavera, prato, cravo, psicologia, afta 
 
Dífonos é uma única letra representada por dois fonemas. 
 
Táxi /ks/ 
 
Encontros vocálicos é o encontro de fonemas vocálicos – vogais ou semivogais – em uma mesma sílaba ou em síla-
bas diferentes. Há três tipos de encontros vocálicos: ditongo, tritongo e hiato. 
 
Ditongo – é o encontro de uma vogal e uma semivogal numa mesma sílaba. De acordo com a posição da vogal na síla-
ba, pode ser crescente ou decrescente. 
 
• Crescente – SV + V Ex.: quase 
• Decrescente – V + SV Ex.: noite 
 
Tritongo – é o encontro de uma semivogal, uma vogal e outra semivogal numa mesma sílaba. 
 
Ex.: Paraguai 
 
Hiato – é o encontro de duas vogais. Como na língua portuguesa há somente uma vogal numa sílaba, as vogais do hiato 
formam sílabas distintas. 
 
Ex.: lua, rainha 
 
SEPARAÇÃO SILÁBICA 
 
Sílaba - conjunto de sons que pode ser emitido numa só expiração. Pode ser aberta ou fechada se terminada por vogal 
ou consoante, respectivamente. 
 
Na estrutura da sílaba existe, necessariamente, uma vogal, à qual se juntam, ou não, semivogais e/ou consoantes. 
 
Assim, não há sílaba sem vogal e esse é o único fonema que, sozinho, forma sílaba. 
 
A maneira mais fácil para separar as sílabas é pronunciar a palavra lentamente,de forma melódica. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Toda consoante precedida de vogal forma sílaba com a vogal seguinte. Merece a lembrança de que m e n podem ser 
índices de nasalização da vogal anterior, acompanhando-a na sílaba. (ja-ne-la, su-bu-ma-no, é-ti-co, tran-sa-ma-zô-ni-ca; 
mas bom-ba, sen-ti-do) 
 
Consoante inicial não seguida de vogal fica na sílaba seguinte (pneu-má-ti-co, mne-mô-ni-co). Se a consoante não se-
guida de vogal estiver dentro do vocábulo, ela fica na sílaba precedente (ap-to, rit-mo). 
 
Os ditongos e tritongos não se separam, porém no hiato cada vogal está numa sílaba diferente. 
 
Os dígrafos do h e do u também são inseparáveis, os demais devem ser separados. (cha-ve, ne-nhum, a-qui-lo,se-gue) 
 
Em geral, os grupos consonantais onde a segunda letra é l ou r não se separam. (bra-ço, a-tle-ta) 
 
Em sufixos terminados por consoante + palavra iniciada por vogal, há união dessa consoante final com a vogal,não se 
considerando a integridade do elemento mórfico(bi-sa-vô ≠ bis-ne-to, tran-sa-cio-nal ≠ trans-pa-ren-te). 
 
As letras duplas e os encontros consonantais pronunciados disjuntamente devem ser separados. (oc-cip-tal, ca-a-tin-ga, 
ad-vo-ga-do, dig-no, sub-li-nhar, ab-ro-gar, ab-rup-to) 
 
Na translineação, devem-se evitar separações que resultem no fim de uma linha ou no início da outra vogais isoladas ou 
termos grosseiros. (i//déi//a, cus//toso, puta//tivo, fede//ral) 
 
Dependendo da quantidade de sílabas, as palavras podem ser classificadas em: monossílaba (mono = um), dissílaba (di 
= dois), trissílaba (tri = três) e polissílaba (poli = vários / + de quatro 
 
UM NOVO JEITO DE ESCREVER 
 
Acordo vem para unificar a ortografia oficial dos países de língua portuguesa e aproximar nações 
POR MARIANA SGARIONI 
 
―A adopção de uma única ortografia entre países de língua portuguesa pode ser óptima.‖ Se este texto fosse escrito em 
Portugal, a frase anterior estaria corretíssima. Já no Brasil, a letra p (nas palavras adopção e óptima) está sobrando e 
parece um erro de digitação – apesar de todos sabermos que se trata do mesmo idioma. 
 
Do ponto de vista da ortografia, existem diferenças bastante relevantes na língua portuguesa. E não apenas entre os 
dois países. Nas outras seis nações que falam e escrevem o português (Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambi-
que, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste) ocorre o mesmo. 
 
Para acabar com essas diferenças, foi criado, em 1990, um acordo ortográfico – que deve vigorar no Brasil a partir do 
ano que vem (saiba mais sobre os próximos passos da implementação do acordo no quadro da página 7). ―A existência 
de duas grafias oficiais acarreta problemas na redação de documentos em tratados internacionais e na publicação de 
obras de interesse público‖, defendia o filólogo Antônio Houaiss, o principal responsável pelo processo de unificação 
aqui no Brasil. 
 
Originalmente, o combinado era que todos os membros da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) deve-
riam ratificar o acordo para que ele tivesse valor. Em 2004, porém, os chefes de Estado da CPLP decidiram que bastava 
a aprovação de três nações para a reforma ortográfica entrar em vigor. O Brasil, no entanto, definiu que mudaria o jeito 
de escrever somente se Portugal também o fizesse (e o ―sim‖ de Lisboa às novas normas só veio no ano passado). É 
importante ressaltar que a pronúncia, o vocabulário e a sintaxe permanecem exatamente como estão. A novidade é a 
unificação da grafia de algumas palavras. 
 
Língua internacional 
 
Daqui para a frente, a língua portuguesa (comum aos países lusófonos) tem tudo para ganhar espaço – até mesmo em 
fóruns internacionais –, pois o intercâmbio de informações e textos ficará mais fácil. Unificar a grafia também visa apro-
ximar as oito nações da CPLP, reduzir custos de produção e adaptação de livros e facilitar a difusão bibliográfica de 
novas tecnologias, bem como simplificar algumas regras (que suscitam dúvidas até entre especialistas). 
 
Do ponto de vista prático, ganha força o idioma falado no Brasil. Isso porque os portugueses terão de promover mais 
mudanças na escrita do que nós, adaptando várias palavras à grafia brasileira. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Por exemplo, acção passa a ser ação. E cai também o h inicial de herva e húmido (confira as alterações a partir da pági-
na 8). O português é a única língua com dois cânones oficiais ortográficos, um europeu e outro brasileiro, e isso não só 
dificulta nossa vida lá fora como também a dos estrangeiros que querem aprendê-lo. 
 
―Inscreve-se, finalmente, a língua portuguesa no rol daquelas que conseguiram beneficiar-se há mais tempo da unifica-
ção de seu sistema de grafar, numa demonstração de consciência da política do idioma e de maturidade na defesa, na 
difusão e na ilustração da língua da lusofonia‖, afirma Cícero Sandroni, presidente da Academia Brasileira de Letras 
(ABL). 
 
Além da unificação da grafia, o acordo propõe simplificar o idioma, no mesmo espírito do que ocorreu na década de 
1910, quando uma reforma semelhante alterou o modo de escrever palavras como pharmacia e christallino (para farmá-
cia e cristalino, sem o ph, o ch e o ll). Na época, porém, as mudanças foram encabeçadas por Portugal, que não consul-
tou o Brasil e acabou aprofundando algumas diferenças ortográficas. 
O acordo prevê simplificações (como o fim do trema), mas tem inúmeros pontos obscuros, que só serão esclarecidos 
com o lançamento de gramáticas atualizadas e um novo Vocabulário Ortográfico oficial (tarefa a cargo da Academia 
Brasileira de Letras). O professor Pasquale Cipro Neto é um dos que se manifestaram contra o documento. ―Ele não se 
limita a uniformizar a grafia: estabelece outras alterações no sistema ortográfico, várias delas para pior.‖ 
 
Tempo de adaptação 
 
Aqui no Brasil, a última grande reforma do idioma foi realizada em 1971, a fim de aproximar mais nosso jeito de escrever 
do de Portugal. 
 
Desde então foi abolido o acento diferencial em alguns vocábulos, bem como o acento grave ou circunflexo nas palavras 
derivadas de outras acentuadas – mais de dois terços dos acentos que causavam divergências foram suprimidos. Nessa 
mesma época os substantivos acôrdo e govêrno viraram acordo e governo (perderam o circunflexo que os diferenciava 
das formas verbais eu acordo e eu governo, que eram e continuam sendo pronunciadas de forma diferente). Outras pa-
lavras, como somente, propriamente, rapidamente, cortesmente, sozinho, cafezinho e cafezal, também deixaram de ser 
acentuadas. Naquela ocasião, muitas pessoas estranharam a alteração (sem falar que diversos materiais impressos, 
como livros, levaram um bom tempo até ter novas edições com o jeito certo de escrever). Até hoje, aliás, ainda há quem 
escreva êle, com o circunflexo extinto no início dos anos 1970. 
 
In: http://revistaescola.abril.com.br/edicoes/Esp_021/aberto/novo-jeito-escrever-306810.shtml 
 
 
ORTOEPIA E PROSÓDIA 
 
Observe o trecho da música de Luís Gonzaga: 
 
“Óia pru céu, meu amor, 
Vê como ele tá lindo 
Óia pra’quele balão muticor 
Qui lá no céu vai subindo” 
 
A linguagem usada por Luís Gonzaga não segue a norma padrão estabelecida pela gramática tradicional. A variedade 
da língua usada pelo autor da música não pode ser considerada errada, vez que é plenamente aceitável na linguagem 
coloquial popular. Não obstante, a norma culta determina para cada palavra, uma pronúncia mais adequada. A parte da 
gramática que estuda a adequação da pronúncia nas palavras e nas frases é a ortofonia, que se divide em ortoepia (ou 
ortoépia) e prosódia. 
 
Ortoepia é a parte da ortofonia que estuda a pronúncia correta dos fonemas. 
 
Algumas palavras que apresentam dúvidas na pronúncia: 
 
Advogado Cataclismo Meritíssimo 
Aforismo Digladiar Meteorologia 
Aterrissagem Disenteria Mortadela 
Adivinhar Empecilho Prazeroso 
BabadouroEngajamento Privilégio 
Bebedouro Estourar Proprietário 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Bandeja Estupro Prostração 
Barganha Fratricídio Reivindicar 
Beneficência, 
Beneficente 
Frustração Roubar 
Cabeçalho Lagarto Salsicha 
Cabeleireiro Manteigueira Tireóide 
Caranguejo Mendigar Umbigo 
 
Pronúncia 
correta 
Pronúncia que 
deve ser evitada 
Absoluto abissoluto 
Ignorância iguinorância 
Beneficente beneficiente 
Disenteria desinteria 
Meteorologia metereologia 
Dignitário dignatário 
Bebedouro bebedor 
Umbigo imbigo 
Seja Seje 
Pneu peneu 
Frear Freiar 
Advogado Adevogado 
Cabeleireiro cabelereiro, cabeleleiro 
 
Prosódia é a parte da ortofonia que estuda a posição correta da sílaba predominante (tônica) nas palavras. 
 
Algumas palavras que apresentam dúvidas quanto à predominância silábica: 
 
Oxítonas Paroxítonas Proparoxítonas 
Cateter Âmbar Bígamo 
Ruim Boêmia Êxodo 
Hangar Rubrica Lêvedo 
Ureter Ibero Ínterim 
Condor Fluido Réquiem 
Recém Pudico Bígamo 
Mister Gratuito Ímprobo 
Sutil Juniores Zéfiro 
Nobel Índex Quadrúmano 
Refém Celtibero Ômega 
 
 
ACENTUAÇÃO GRÁFICA 
 
Observe o comercial de um carro publicado na revista Veja, em 27/09/00: 
 
―No mínimo, você deixa seu carro novinho. 
No máximo, você ganha um carro zerinho." 
 
Apenas algumas palavras estão acentuadas, o que indica a sílaba tônica da palavra. Isso não quer dizer que as que não 
apresentam acento gráfico não tenham sílaba tônica. Assim sendo, 
 
Sílaba tônica é a sílaba proferida com uma intensidade maior do que as outras, numa palavra. Possui o acento tônico 
(ou de intensidade/prosódico). Uma palavra com mais de duas sílabas sempre terá acento tônico, mas poderá não ter 
acento gráfico. 
 
Ex.:mínimo, deixa, você, zerinho, máximo, novinho. 
 
Quanto à posição do acento tônico nas palavras com mais de duas sílabas, as palavras podem ser: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Oxítonas 
– quando a sílaba tônica é a última. 
Ex.: bambu, ruim, baú. 
 
Paroxítonas 
– quando a sílaba tônica é a penúltima. 
Ex.: ônix, safira, avaro. 
 
Proparoxítona 
– quando a sílaba tônica é a antepenúltima. 
Ex.: lêvedo, álibi, âmago. 
MONOSSÍLABOS 
 
Os monossílabos podem ser: 
 
• Átonos – quando se apóiam em outras palavras. São emitidos fracamente, como se fossem sílabas átonas. Quando 
estão isolados, são palavras sem sentido. 
 
Ex.:artigos, pronomes oblíquos, preposições junções de preposições e artigos, conjunções, pronome relativo que. 
 
• Tônicos – são autônomos e emitidos fortemente como se fossem uma sílaba tônica. 
 
Os monossílabos tônicos terminados em a(s), e(s) e o(s) recebem acento gráfico (agudo ou circunflexo). Nessa regra 
incluem-se as formas verbais, tais como pô-lo, dê-me. 
 
REGRAS DE ACENTUAÇÃO 
 
Oxítonas 
 
São acentuadas as palavras oxítonas terminadas em -a, -e, -o, seguidas ou não de -s. Ainda são acentuadas aquelas 
que terminam em -em, -ens e as formas verbais, tais como fazê-lo, amá-lo. 
 
Paroxítonas 
 
São acentuadas as paroxítonas terminadas em: 
 
-i, –is _ júri 
-u, -us – vírus 
-l – útil 
-n – hífen, éden 
-r – néctar 
-x – tórax 
-ã, -ãs, -ão, -ãos – órgão, ímã 
-ps – bíceps 
ditongo – história 
 
Obs.: Não são acentuadas as paroxítonas terminadas em -ens, como nuvens, itens, hifens. 
 
Atenção para o que mudou! 
 
Prescinde-se de acento circunflexo nas formas verbais paroxítonas que contêm um e tónico/tônico oral fechado em hiato 
com a terminação -em da 3ª pessoa do plural do presente do indicativo ou do conjuntivo, conforme os casos: creem 
deem (conj.), descreem, desdeem (conj.), leem, preveem, redêem (conj.), releem, reveem, tresleem, veem. 
 
Prescinde-se igualmente do acento circunflexo para assinalar a vogal tónica/tonica fechada com a grafia o em palavras 
paroxítonas como enjoo, substantivo e flexão de enjoar, povoo, flexão de povoar, voo, substantivo e flexão de voar, etc. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Muito poucas paroxítonas deste tipo, com as vogais tónicas/tônicas grafadas e e o em fim de sílaba, seguidas das con-
soantes nasais grafadas m e n, apresentam oscilação de timbre nas pronúncias cultas da língua, o qual é assinalado 
com acento agudo, se aberto, ou circunflexo, se fechado: pónei e pônei; gónis e gônis, pénis e pênis, ténis e tênis; bónus 
e bônus, ónus e ônus, tónus e tônus, Vénus e Vênus. 
 
Proparoxítona 
 
São acentuadas todas as palavras proparoxítonas. 
 
Ex.: cáfila, cédula, máquina, lógica. 
 
Fique atento à mudança! 
 
Levam acento agudo ou acento circunflexo as palavras proparoxítonas, reais ou aparentes, cujas vogais tónicas/tônicas 
grafadas e ou o estão em final de sílaba e são seguidas das consoantes nasais grafadas m ou n, conforme o seu timbre 
é, respectivamente, aberto ou fechado nas pronúncias cultas da língua: académico / acadêmico, anatómico / anatô-
mico, cénico / cênico, cómodo / cômodo, fenómeno / fenômeno, género/gênero, topónimo / topônimo; Amazónia 
/ Amazônia, António / Antônio, blasfémia / blasfêmia, fémea / fêmea, gémeo / gêmeo, génio / gênio, ténue / tênue. 
 
Ditongos abertos 
 
As palavras oxítonas com os ditongos abertos grafados -éi, éu ou ói, podendo estes dois últimos ser seguidos ou não de 
-s: anéis, batéis, fiéis, papéis; céu(s), chapéu(s), ilhéu(s), véu(s); corrói (de correr), herói(s), remói (de remoer), sóis. 
 
Fique atento à mudança! 
 
Não se acentuam graficamente os ditongos representados por ei e oi da sílaba tónica/tônica das palavras paroxítonas, 
dado que existe oscilação em muitos casos entre o fechamento e a abertura na sua articulação: assembleia, boleia, 
ideia, tal como aldeia, baleia, cadeia, cheia, meia; coreico, epopeico, onomatopeico, proteico; alcaloide, apoio (do 
verbo apoiar), tal como apoio (subst.), Azoia, hoia, boina, comboio (subst.), tal como comboio, comboias, etc. 
(do verbo comboiar), dezoito, estroina, heroico, introito, jiboia, moina, paranoico, zoina. 
 
Hiatos 
 
Quando o i e o u tônico, sozinhos ou seguidos de -s, forem o segundo elemento de um hiato, receberão acento. 
 
Ex.: saída, baú, saúva, egoísta. 
 
Obs.: Não recebem acento os hiatos seguidos de l, m, n, r, z que não introduzem sílabas, e nem os seguidos de nh na 
sílaba seguinte. 
 
Ex. 1: ainda, ruim, paul. 
Ex. 2: rainha, tainha, bainha. 
 
ACENTUAÇÃO GRÁFICA DE ALGUNS VERBOS 
 
Os verbos ter e vir na 3
ª
 pessoa do singular do presente do indicativo não recebem acento. No entanto, na 3
ª
 pessoa do 
plural do presente do indicativo, esses verbos recebem acento circunflexo. 
 
Ex.:ele tem – eles têm ele vem – eles vêm 
 
Não obstante, os verbos derivados de ter e vir recebem acento agudo na 3
ª
 pessoa do singular do presente do indicativo 
e acento circunflexo na 3
ª
 pessoa do plural do presente do indicativo. 
 
Ex.:ele detém – eles detêm 
 ele provém – eles provêm 
 
TREMA 
 
O trema, sinal de diérese, é inteiramente suprimido em palavras portuguesas ou aportuguesadas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Obs.: Conserva-se, no entanto, o trema em palavras derivadas de nomes próprios estrangeiros: hübneriano, de Hübner, 
mülleriano,de Müller, etc. 
 
Acento dos grupos gue/gui 
 
Fique atento à mudança! 
 
Os verbos aguir e redarguir prescindem do acento agudo na vogal tónica/tônica grafada u nas formas rizotóni-
cas/rizotônicas seguidas de e e i: arguis, argui, argúem. O verbos do tipo de aguar, apaniguar, apaziguar, apropinquar, 
averiguar, desaguar, enxaguar, obliquar, delinquir e afins, seguem a mesma orientação. 
 
Acento diferencial 
 
Fique atento à mudança! 
 
Prescinde-se, quer do acento agudo, quer do circunflexo, para distinguir palavras paroxítonas que, tendo respectivamen-
te vogal tónica/tônica aberta ou fechada,são homógrafas de palavras proclíticas. Assim, deixam de se distinguir pelo 
acento gráfico: para (á), flexão de parar, e para, preposição; pela(s) (é), substantivo e flexão de pelar, e pela(s), combi-
nação de per e la(s); pelo (é), flexão de pelar, pelo(s) (é), substantivo ou combinação de per e lo(s); polo(s) (ó), substan-
tivo, e polo(s), combinação antiga e popular de por e lo(s);etc. 
 
 
ORTOGRAFIA 
 
Na língua portuguesa não há correspondência precisa entre letra e fonema, vez que várias letras podem representar um 
único fonema. De fato, não existe uma ―fórmula pronta‖ que resulte numa orientação única para facilitar a aprendizagem 
da correta grafia de língua portuguesa. No entanto, existem algumas regras que auxiliam na aquisição desse conheci-
mento. 
 
 
Letras G e J 
 
► Emprega-se j: 
 
 nas palavras de origem árabe, africana ou indígena. 
Ex.: acarajé, jibóia, pajé, alforje 
 
 nos verbos terminados em -jar ou -jear: 
Ex.: sujar, granjear 
 
 nas palavras derivadas de outras que já possuem j: 
Ex.: nojo – nojento; cereja – cerejeira 
 
► Emprega-se g: 
 
 palavras terminadas em -agem, -igem, -ugem: 
Ex.: garagem, vertigem, ferrugem 
 
Exceções.: pajem, labujem, lajem 
 
 palavras terminadas em -ágio, -égio, -ígio, -ógio, -úgio: 
Ex.: plágio, colégio, prodígio, relógio, refúgio. 
 
 palavras derivadas de outras que já possuam g: 
Ex.: selvagem – selvageria 
 
Obs.: O substantivo viagem escreve-se com g. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Letras S e Z 
 
► Emprega-se s: 
 
 palavras derivadas de outras que já possuam s: 
Ex.: vaso – vasilhame; preso – presídio 
 
 na conjugação dos verbos pôr, querer e seus derivados: 
Ex.: pusesse, quisera 
 
 após ditongo aberto: 
Ex.: pausa, aplauso, pouso 
 
 palavras formadas pelos sufixos -esa, -isa, -oso: 
Ex.: formoso, poetisa, baronesa 
 
 palavras formadas com o sufixo -isar, quando a palavra primitiva for grafada com s: 
Ex.: pesquisa – pesquisar; análise – analisar 
 
 nomes relacionados com verbos cujos radicais terminam em: 
 
ND- compreender – compreensão 
RG- imergir – imersão 
Rt- converter – conversão 
CORR- percorrer – percurso 
PEL- impelir- impulso 
SENT- consentir- consenso 
 
► Emprega-se z: 
 
 palavras derivadas de outras que já possuam z: 
Ex.: raiz – enraizar 
 
 palavras formadas com o sufixo -izar, quando a palavra primitiva não for grafada com s: 
Ex.: real – realizar 
 
 palavras formadas pelos sufixos -ez e -eza, formador de substantivos abstratos: 
Ex.: real – realeza; belo – beleza; timidez 
 
Letras X e CH 
 
► Emprega-se x: 
 
 geralmente após ditongo: 
Ex.: trouxa, peixe, caixa 
 
 após a sílaba me-: 
Ex.: mexerico, mexicano 
 
Exceção: mecha (substantivo) 
 
 após a sílaba en-: 
Ex.: enxame, enxerido, enxoval 
 
Exceção: encher e seus derivados, encharcar e seus derivados, enchumaçar e seus derivados e enchova. 
 
 palavras de origem africana ou indígena: 
Ex.: orixá, xavante, abacaxi 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
► Emprega-se ch: 
 
 em determinadas palavras por razões etimológicas: 
Ex.: chuchu, archote, flecha, chumbo, pechincha. 
 
Letras SS e Ç 
 
► Emprega-se ç: 
 
 palavras derivadas de outras que já possuam ç e em palavras de origem indígena árabe e africana: 
Ex.:embaçado, açaí, miçanga, caçula. 
 
 geralmente após ditongo: 
Ex.: beiço, louça, traição 
 
 na conjugação de verbos terminados em -ecer e -escer: 
Ex.: cresço, desço. 
 
Escreveremos com -ção as palavras derivadas de vocábulos terminados em -to, -tor, -tivo e os substantivos formados 
pela posposição do -ção ao tema de um verbo (Tema é o que sobra, quando se retira a desinência de infinitivo - r - do 
verbo). 
 
Portanto deve-se procurar a origem da palavra terminada em -ção. Por exemplo: Donde provém a palavra conjunção? 
Resposta: provém de conjunto. Por isso, escrevemo-la com ç. 
 
Exemplos: 
 erudito = erudição 
 exceto = exceção 
 setor = seção 
 intuitivo = intuição 
 redator = redação 
 ereto = ereção 
 educar - r + ção = educação 
 exportar - r + ção = exportação 
 repartir - r + ção = repartição 
 
► Emprega-se ss: 
 
 substantivos derivados de verbos terminados em -eder e -edir: 
Ex.:ceder – cessão; agredir – agressão 
 
 Nomes relacionados com verbos com radicais terminados em: 
 
GRED- regredir- regresso 
CED- interceder- intercessão 
MET- intrometer- intromissão 
PRIM- oprimir- opressão 
 
Escrevem-se com S ou SS: 
 
Substantivos derivados de verbos terminados em: 
 
• TER - converter- conversão 
• TIR- demitir- demissão 
• DER- compreender- compreensão 
• DIR- progredir- progressão 
• MIR- reprimir- repressão 
 
Exceção: reter- retenção, abster- abstenção. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Cuidado com a escrita de E e I. A simples troca de E e I modifica completamente o sentido de muitas palavras. Observe: 
 
 
ALMEIDA, N. T. Gramática da língua portuguesa para concursos, vestibulares, ENEM, colégios técnicos e militares. São Paulo: Saraiva, 2003. p.26 
 
 
 
DAS MINÚSCULAS E MAIÚSCULAS 
 
1º) A letra minúscula inicial é usada: 
 
a) Ordinariamente, em todos os vocábulos da língua nos usos correntes. 
b) Nos nomes dos dias, meses, estações do ano: segunda-feira; outubro; primavera. 
c) Nos bibliónimos/bibliônimos (após o primeiro elemento, que é com maiúscula, os demais vocábulos, podem ser escri-
tos com minúscula, salvo nos nomes próprios nele contidos, tudo em grifo): O Senhor do paço de Ninães, O Senhor 
do paço de Ninães, Menino de engenho, Árvore e Tambor ou Árvore e Tambor. 
d) Nos usos de fulano, sicrano, beltrano. 
e) Nos pontos cardeais (mas não nas suas abreviaturas): norte, sul (mas: SW sudoeste). 
f) Nos axiónimos/axiônimos e hagiónimos/hagiônimos (opcionalmente, neste caso, também com maiúscula): senhor 
doutor Joaquim da Silva, bacharel Mário Abrantes, o Cardeal Bembo; santa Filomena (ou Santa Filomena). 
g) Nos nomes que designam domínios do saber, cursos e disciplinas (opcionalmente, também com maiúscula): portu-
guês (ou Português), matemática (ou Matemática); línguas e literaturas modernas (ou Línguas e Literaturas Moder-
nas). 
 
2º) A letra maiúscula inicial é usada: 
 
a) Nos antropónimos/antropônimos, reais ou fictícios: Pedro Marques; Branca de Neve, D. Quixote. 
b) Nos topónimos/topônimos, reais ou fictícios: Lisboa, Luanda, Maputo, Rio de Janeiro; Atlântida, Hespéria. 
c) Nos nomes de seres antropomorfizados ou mitológicos: Adamastor; Neptuno/ Netuno. 
d) Nos nomes que designam instituições: Instituto de Pensões e Aposentadorias da Previdência Social. 
e) Nos nomes de festas e festividades: Natal, Páscoa, Ramadão, Todos os Santos. 
f) Nos títulos de periódicos, que retêm o itálico: O Primeiro de Janeiro, O Estado de São Paulo (ou S. Paulo). 
g) Nos pontos cardeais ou equivalentes, quando empregados absolutamente: Nordeste, por nordeste do Brasil, Norte, 
por norte de Portugal, Meio-Dia, pelo sul da França ou de outros países, Ocidente, por ocidente europeu, Oriente, por 
oriente asiático. 
h) Em siglas, símbolos ou abreviaturas internacionais ou nacionalmente reguladas com maiúsculas, iniciais ou mediais 
ou finais ou o todo em maiúsculas: FAO, NATO, ONU; H2O, Sr., V. Exª. 
i) Opcionalmente, em palavras usadas reverencialmente, aulicamente ou hierarquicamente, em início de versos, em 
categorizações de logradouros públicos: (rua ou Rua da Liberdade, largo ou Largo dos Leões), de templos (igreja ou 
Igreja do Bonfim, templo ou Templo do Apostolado Positivista), de edifícios (palácio ou Palácio da Cultura, edifício ou 
Edifício Azevedo Cunha). 
 
Obs.: As disposições sobre os usos das minúsculas e maiúsculas não obstam a que obras especializadas observem 
regras próprias, provindas decódigos ou normalizações específicas (terminologias antropológica. geológica, bibliológica, 
botânica, zoológica etc.), promanadas de entidades científicas ou normalizadoras, reconhecidas internacionalmente. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
GRAFIA CERTA DE CERTAS PALAVRAS 
 
 AFIM / A FIM DE 
 
Afim – semelhança; parentesco; afinidade. 
 
 São duas pessoas afins. 
 
A fim de – com o propósito de; com o objetivo de; com a finalidade de. 
 
 Estou a fim de passar no vestibular. 
 
 DIA-A-DIA/ DIA A DIA 
 
Dia-a-dia – substantivo. 
 
 O dia-a-dia é que preocupa. 
 
Dia a dia - locução adverbial = dia por dia. 
 
 Fazemos tarefas dia a dia. 
 
 AO ENCONTRO DE / DE ENCONTRO A 
 
Ao encontro de (= aproximação) 
 
 As minhas ideias vão ao encontro das suas. 
 
De encontro a (= posição contrária) 
 
 As minhas ideias, infelizmente, vão de encontro às suas. 
 
 PORQUÊ/ PORQUE/ POR QUÊ/ POR QUE 
 
Porquê – substantivo = equivalente a ―o motivo‖; ―a causa‖. 
 
 Sei o porquê do choro. 
 
Porque - conjunção= a oração equivale a ―por esta razão‖ 
 
 Faltei porque estava doente. 
 
Por quê – no fim do período ou seguido de pausa. 
 
 Você faltou por quê? Se não entendeste por quê, a obrigação era perguntar. 
 
Por que 
 
a) Nas interrogativas diretas. 
 Por que faltaste à aula ontem? 
 
b) Nas interrogativas indiretas. 
 Perguntaram por que faltaste à aula ontem. 
 
c) Quando igual a ― motivo pelo qual‖; razão. 
 Bem sabes por que não compareci. 
 
d) Quando igual a ―por qual‖. 
 Bem sabes por que motivo não compareci. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 SE NÃO/ SENÃO 
 
Se não 
Conjunção + advérbio = caso não. 
 Se não pagas, não entras. 
 
Pronome + advérbio. Se não = não se. 
 O que se não deve dizer. 
 
Senão 
1. substantivo = defeito. 
 Ela não tem um senão de que possa falar. 
 
2. mas também. 
 Não só me ajudou, senão defendeu-me. 
 
3. palavra de exclusão = exceto 
 A quem, senão a meu pai, devo recorrer? 
 
4. depois de palavra negativa ou como segundo elemento dos pares aditivos não ou senão, não só... senão (também). 
 Não me amoles senão eu grito. 
 Ninguém te viu, senão todos já saberiam. 
 Não só me ajudou, senão também me hospedou. 
 
5. Caso contrário 
 Estude, senão não passará no concurso. 
 
 A PAR/ AO PAR 
 
A par – bem informado , ciente. 
 
 Estava a par do fato. 
 
Ao par – usado para indicar relação de equivalência ou igualdade entre valores financeiros. 
 
 As moedas dos dois países têm o câmbio praticamente ao par. 
 
 
 
DO HÍFEN EM COMPOSTOS, LOCUÇÕES 
E ENCADEAMENTOS VOCABULARES 
 
1º) Emprega-se o hífen nas palavras compostas por justaposição que não contêm formas de ligação e cujos elementos, 
de natureza nominal, adjetival, numeral ou verbal, constituem uma unidade sintagmática e semântica e mantêm acen-
to próprio, podendo dar-se o caso de o primeiro elemento estar reduzido: 
 
ano-luz, arce-bispo, arco-íris, decreto-lei, és-sueste, médico-cirurgião, rainha-cláudia, tenente-coronel, tio-
avô, turma-piloto; alcaide-mor, amorperfeito, guarda-noturno, mato-grossense, norte-americano, porto-
alegrense, sul-africano; afro-asiático, cifro-luso-brasileiro, azul-escuro, luso-brasileiro, primeiro-ministro, 
primeiro-sargento, primo-infeção, segunda-feira; conta-gotas, finca-pé, guarda-chuva. 
 
 
Obs.: Certos compostos, em relação aos quais se perdeu, em certa medida, a noção de composição, grafam-se agluti-
nadamente: girassol, madressilva, mandachuva, pontapé, paraquedas, paraquedista, etc. 
 
2º) Emprega-se o hífen nos topónimos/topônimos compostos, iniciados pelos adjetivos grã, grão ou por forma verbal 
ou cujos elementos estejam ligados por artigo: Grã-Bretanha, Grão-Pará; Abre-Campo; Passa-Quatro, Que-
bra-Costas, Quebra-Dentes, Traga-Mouros, Trinca-Fortes; Albergaria-a-Velha, Baía de Todos-os-Santos, En-
tre-os-Rios, Montemor-o-Novo, Trás-os-Montes. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Obs.: Os outros topónimos/topônimos compostos escrevem-se com os elementos separados, sem hífen: América do 
Sul, Belo Horizonte, Cabo Verde, Castelo Branco, Freixo de Espada à Cinta, etc. O topónimo/topônimo Guiné- Bissau é, 
contudo, uma exceção consagrada pelo uso. 
 
3º) Emprega-se o hífen nas palavras compostas que designam espécies botânicas e zoológicas, estejam ou não 
ligadas por preposição ou qualquer outro elemento: abóbora-menina, couve-flor, erva-doce, feijão-verde; benção-
de-deus, erva-do-chá, ervilha-de-cheiro, fava-de-santo-inâcio, bem-me-quer (nome de planta que também se 
dá à margarida e ao malmequer); andorinhagrande, cobra-capelo, formiga-branca; andorinha-do-mar, cobra-
d'água, lesma-de-conchinha; bem-te-vi (nome de um pássaro). 
 
4º) Emprega-se o hífen nos compostos com os advérbios bem e mal, quando estes formam com o elemento que se 
lhes segue uma unidade sintagmática e semântica e tal elemento começa por vogal ou h. No entanto, o advérbio 
bem, ao contrário de mal, pode não se aglutinar com palavras começadas por consoante. Eis alguns exemplos 
das várias situações: bem-aventurado, bemestar, bem-humorado; mal-afortunado, mal-estar, mal-humorado; 
bem-criado (cf. malcriado), bem-ditoso (cf. malditoso), bem-falante (cf malfalante), bem-mandado (cf. mal-
mandado). bem-nascido (cf. malnascido) , bem-soante (cf. malsoante), bem-visto (cf. malvisto). 
 
Obs.: Em muitos compostos, o advérbio bem aparece aglutinado com o segundo elemento, quer este tenha ou não vida 
à parte: benfazejo, benfeitor, benquerença, etc. 
 
5º) Emprega-se o hífen nos compostos com os elementos além, aquém, recém e sem: além-Atlântico, além-mar, além-
fronteiras; aquém-fiar, aquém-Pireneus; recém-casado, recém-nascido; sem-cerimônia, sem-número, sem-
vergonha. 
 
6º) Nas locuções de qualquer tipo, sejam elas substantivas, adjetivas, pronominais, adverbiais, prepositivas ou conjunci-
onais, não se emprega em geral o hífen, salvo algumas exceções já consagradas pelo uso (como é o caso de água-
de-colónia, arco-da-velha, cor-de-rosa, mais-que-perfeito, pé-de-meia, ao deus-dará, à queima-roupa). Sirvam, pois, 
de exemplo de emprego sem hífen as seguintes locuções: 
a) Substantivas: cão de guarda, fim de semana, sala de jantar; 
b) Adjetivas: cor de açafrão, cor de café com leite, cor de vinho; 
c) Pronominais: cada um, ele próprio, nós mesmos, quem quer que seja; 
d) Adverbiais: à parte (note-se o substantivo aparte), à vontade, de mais (locução que se contrapõe a de menos; note-
se demais, advérbio, conjunção, etc.), depois de amanhã, em cima, por isso; 
e) Prepositivas: abaixo de, acerca de, acima de, a fim de, a par de, à parte de, apesar de, aquando de, debaixo de, 
enquanto a, por baixo de, por cima de, quanto a; 
f) Conjuncionais: afim de que, ao passo que, contanto que, logo que, por conseguinte, visto que. 
 
7º) Emprega-se o hífen para ligar duas ou mais palavras que ocasionalmente se combinam, formando, não propriamente 
vocábulos, mas encadeamentos vocabulares (tipo: a divisa Liberdade-Igualdade-Fraternidade, a ponte Rio Niterói, o 
percurso Lisboa-Coimbra-Porto, a ligação Angola-Moçambique, e bem assim nas combinações históricas ou ocasio-
nais de topónimos/ topônimos (tipo: Austria-Hungria, Alsácia-Lorena, Angola-Brasil, Tóquio- Rio de Janeiro, etc.). 
 
DO HÍFEN NAS FORMAÇÕES POR PREFIXAÇÃO, 
RECOMPOSIÇÃO E SUFIXAÇÃO 
 
1º) Nas formações com prefixos (como, por exemplo: ante-, anti-, circum-, co-, contra-, entre-, extra-, hiper-, infra-, 
intra-, pós-, pré-, pró-, sobre-, sub-, super-, supra-, ultra-, etc.) e em formações por recomposição, isto é, com 
elementos não autónomos ou falsos prefixos, de origem grega e latina (tais como: aero-, agro-, arqui-, auto-, hio-, 
eletro-, geo-, hidro-, inter-, macro-, maxi-, micro-, mini-, multi-, neo-, pan-, pluri-, proto, pseudo, retro-,semi-, 
tele-, etc.), só se emprega o hífen nos seguintes casos: 
 
a) Nas formações em que o segundo elemento começa por h: anti -higiénico/anti-higiênico, circum-hospitalar, co-
herdeiro, contra -harmónico/contra-harmônico, extra-humano, pré-história, sub-hepático, super-homem, ul-
trahiperbólico; arqui-hipérbole, eletro-higrómetro, geo-história, neo-helénico/neo-helênico, pan-helenismo, 
semi-hospitalar. 
 
Obs.: Não se usa, no entanto, o hífen em formações que contêm em geral os prefixos des- e in- e nas quais o segundo 
elemento perdeu o h inicial: desumano, desumidificar, inábil, inumano, etc. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
b) Nas formações em que o prefixo ou pseudoprefixo termina na mesma vogal com que se inicia o segundo elemento: 
anti-ibérico, contra-almirante, infra-axilar, supra-auricular; arqui-irmandade, auto-observação, eletro-ótica, 
micro-onda, semi-interno. 
 
Obs.: Nas formações com o prefixo co-, este aglutina-se em geral com o segundo elemento mesmo quando iniciado 
por o: coobrigação, coocupante, coordenar, cooperação, cooperar, etc. 
 
c) Nas formações com os prefixos circum- e pan-, quando o segundo elemento começa por vogal, m ou n (além de h, 
caso já considerado atrás na alínea a): circum-escolar, circum-murado, circum-navegação; pan-africano, pan-
mágico, pan-negritude. 
d) Nas formações com os prefixos hiper-, inter- e super-, quando combinados com elementos iniciados por r: hiper-
requintado, inter-resistente, super-revista. 
e) Nas formações com os prefixos ex- (com o sentido de estado anterior ou cessamento),sota-, soto-, vice- e vizo-: ex-
almirante, ex-diretor, ex-hospedeira, ex-presidente, ex-primeiro-ministro, ex-rei; sota-piloto, soto-mestre, vi-
cepresidente, vice-reitor, vizo-rei. 
f) Nas formações com os prefixos tónicos/tônicos acentuados graficamente pós-, pré- e pró-, quando o segundo ele-
mento tem vida à parte (ao contrário do que acontece com as correspondentes formas átonas que se aglutinam com 
o elemento seguinte): pós-graduação, pós-tónico/pós-tônicos (mas pospor); préescolar, pré-natal (mas prever); 
pró-africano, pró-europeu (mas promover). 
 
2º) Não se emprega, pois, o hífen: 
 
a) Nas formações em que o prefixo ou falso prefixo termina em vogal e o segundo elemento começa por r ou s, devendo 
estas consoantes duplicar-se, prática aliás já generalizada em palavras deste tipo pertencentes aos domínios científi-
co e técnico. Assim: antirreligioso, antissemita, contrarregra, contrassenha, cosseno, extrarregular, infrassom, 
minissaia, tal como hiorritmo, hiossatélite. eletrossiderurgia, microssistema, microrradiografia. 
b) Nas formações em que o prefixo ou pseudoprefixo termina em vogal e o segundo elemento começa por vogal diferen-
te, prática esta em geral já adotada também para os termos técnicos e científicos. Assim: antiaéreo, coeducação, ex-
traescolar, aeroespacial, autoestrada, autoaprendizagem, agroindustrial, hidroelétrico, plurianual. 
 
3º) Nas formações por sufixação apenas se emprega o hífen nos vocábulos terminados por sufixos de origem tupi-
guarani que representam formas adjetivas, como açu, guaçu e mirim, quando o primeiro elemento acaba em vogal 
acentuada graficamente ou quando a pronúncia exige a distinção gráfica dos dois elementos: amoré-guaçu, anajá-
mirim, andá-açu, capim-açu, Ceará-Mirim. 
 
 
 
Formas variantes 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ALMEIDA, N. T. Gramática da língua portuguesa para concursos, vestibulares, ENEM, colégios técnicos e militares. São Paulo: Saraiva, 2003. p.27 
 
ORTOGRAFIA OFICIAL 
 
Emprego da letra Z (fonema Z) 
 
● Substantivos abstratos derivados de adjetivos: 
 
Pobre – Pobre__a 
Belo – Bele__a 
Altivo – Altive__ 
Ácido – acide__ 
 
● Aumentativos e diminutivos: 
 
Copá__io 
Papel__inho 
Homen__arrão 
Animai__inhos 
Coraçõe__inhos 
 
● Verbos terminados em ZER e ZIR: 
 
Fa__er 
Tra__er 
Di__zer 
Apra__er 
Adu__ir 
Fran__ir 
Condu__ir 
Produ__ir 
 
Exceto: 
Co___er 
Tran__ir (repassar, assombrar, penetrar) 
 
● Sufixo IZAR (em nomes sem S): 
 
Finali__ar 
Reali__ar 
Centrali__ar 
Ideali__ar 
Morali__ar 
 
Cuidado: 
catequese = catequizar 
síntese = sintetizar 
hipnose = hipnotizar 
 
● Desinência TRIZ (formadora de feminino); 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Embaixatri__ 
Imperatri__ 
Atri__ 
 
Emprego da letra S (fonema /z/): 
 
● Adjetivos que indicam origem: 
 
Burguê__ 
Francê__ 
Inglê__ 
Camponê__ 
 
● Desinências de feminino ESA/ ISA: 
 
Barone__a 
Marque__a 
Japone__a 
Poeti__a 
Sacerdoti__a 
Profeti__a 
 
● Em todas as formas do verbo PÔR e QUERER: 
 
Pu__ Qui__ 
Pu__emos Qui__emos 
Pu__era Qui__era 
Pu__este Qui__este 
 
● Adjetivos terminados em OSO (A): 
 
Aquo__o (a) 
Melo__o (a) 
Jeito__o (a) 
Gosto__o (a) 
Sebo__o (a) 
Vaido__o (a) 
 
● Depois de ditongos: 
 
Cau__a 
Coi__a 
Lou__a 
Náu__ea 
Aplau__o 
Clau__ura 
Sou__a 
Neu__a 
 
Empregos das letras S e SS (fonemas /z/ e /s/) 
 
Substantivos derivados de verbos terminados em: 
 
● ENDER 
 
Defender – Defe__a 
Empreender – Empre__a 
Surpreender – Surpre__a 
Despender – Despe__a 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Compreender – Compreen__ão 
Repreender – Repreen__ão 
 
● ERGIR 
 
Imergir – Imer__ão 
Submergir – Submer__ão 
 
● ERTER 
 
Inverter – Inver__ão 
Perverter – Perver__ão 
 
● PELIR 
 
Repelir – Repul__a 
Compelir – Compul__ão 
 
● CORRER 
 
Discorrer – Discur__o 
Percorrer- Percur__o 
 
● CEDER 
 
Ceder- Ce___ão 
Conceder – Conce__ão 
 
● GREDIR 
 
Agredir – Agre__ão 
Regredir – Regre__o 
 
● PRIMIR 
 
Exprimir – Expre___ão 
Comprimir – Compre___ão 
 
● TIR 
 
Permitir – Permi___ão 
Discutir – Discu___ão 
 
Emprego da letra X (fonema /x/) 
 
● Depois de ditongo: 
 
Cai__a 
Quei__o 
Amei__a 
Bai__o 
Pai__ão 
 
Exceção: 
Recau___utar 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Depois das sílabas iniciais: 
 
● Me 
 
Me__ilão 
Exceto: Me___a, Me___oação 
● La 
 
La___ante 
 
● Li 
 
Li__a 
Li__o 
 
● Lu 
 
Lu__o 
Lu__úria 
 
● Gra 
 
Gra__a 
Gra__eiro 
Engra __ate 
 
● Bru 
 
Bru___a 
 
 
SIGNIFICAÇÃO DAS PALAVRAS 
 
Observe os trechos abaixo: 
 
―Descubra a química que existe entre a medicina e você.‖ 
(Superinteressante, maio/2004) 
 
―Os mecanismos do olfato e de seus efeitos no cérebro envolvem intrincadíssimos sistemas que, para serem dec ifrados, 
requerem perícia em diversas áreas: química, física, biologia molecular, fisiologia, neurociência ...‖ 
 
(Superinteressante, maio/2004) 
 
Em comum nos dois excertos é a palavra química. No entanto, tal palavra é empregada em sentidos diferentes, por 
estarem em contextos diferentes. 
 
Campo semântico 
 
Denomina-se de campo semântico o conjunto de empregos/usos de uma palavra num determinado contexto, ou seja, 
são as diversas acepções que uma mesma palavra assume dentro de situações diferentes. No primeiro trecho, a palavra 
química assume o significado de ―entendimento‖, ―boa interação‖; já no segundo, significa ―ciência‖. 
 
Polissemia 
 
―É a capacidade que uma palavra tem de assumir diferentes significações ou sentidos.‖ 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
HIPÔNIMOS E HIPERÔNIMOS 
 
Hiperonímia é a palavra que possui um sentido genérico, em relação a outras de sentido mais restrito, específico. 
 
Ex.:fruta é hiperônimo de laranja, banana, maçã. 
 
Hiponímia é a palavra que possui um sentido mais restrito, específico quando relacionada a outras de sentido mais ge-
ral. 
 
Ex.: homem, mulher e criançasão hipônimos de ―ser humano‖ 
 
SINÔNIMOS E ANTÔNIMOS 
 
Sinonímia é a relação existente entre palavras que possuem significados semelhantes. 
 
Ex.:―A legalização da ‗morte piedosa‘ na Holanda faz o mundo inteiro se perguntar: nós temos o direito de escolher como 
e quando nossa vida vai acabar?‖ (morte piedosa = eutanásia) 
(Superinteressante, março/2001) 
 
Antonímia é relação existente entre palavras que possuem significados opostos, contrários. 
 
Ex.:―Goiana morta em desastre aéreo está viva.‖ 
 (Veja, 11.10.2000) 
 
Obs.: Não existem sinônimos perfeitos. 
 
HOMÔNIMOS, HOMOGRÁFOS, HOMÓFONOS E PARÔNIMOS 
 
Homonímia é a relação existente entre palavras que possuem significado diferente, mas grafia e pronúncia iguais. 
 
Ex.: 
nós (pronome) – nós (plural de nó) 
mato(bosque)–mato (verbo) 
livre (solto) – livre(verbo livrar) 
rio (verbo rir) – rio (curso de água natural) 
amo (verbo amar) – amo (servo) 
canto (ângulo) – canto (verbo cantar) 
fui (verbo ser) – fui (verbo ir) 
 
Homografia é a relação existente entre palavras que possuem grafia igual, mas significado e pronúncia diferentes. 
 
Ex.:O governo brasileiro tenta vencer a inflação. 
 Eu governo com responsabilidade meus assuntos. 
 
Homofonia é a relação existente entre palavras que possuem pronúncia igual, mas grafia e significado diferentes. 
 
Ex.:O prisioneiro estava triste em sua cela. 
 A sela estava sobre o cavalo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Paronímia é a relação existente entre palavras semelhantes na pronúncia e na grafia, mas com significado diferentes. 
 
Ex.:Muito se lutou contra o tráfico negreiro. 
 Hoje, pela manhã, o tráfego estava um horror. 
 
 
 
MORFOLOGIA 
 
DEFINIÇÃO 
 
Em lingüística, morfologia é o estudo da estrutura, da formação e da classificação das palavras. A peculiaridade da mor-
fologia é estudar as palavras olhando para elas isoladamente e não dentro da sua participação na frase ou período. A 
morfologia está agrupada em dez classes, denominadas classes de palavras ou classes gramaticais. São elas: Substan-
tivo, Artigo, Adjetivo, Numeral, Pronome, Verbo, Advérbio, Preposição, Conjunção e Interjeição. 
 
Palavras denotativas 
 
Série de palavras que se assemelham ao advérbio. A NGB considera-as apenas como palavras denotativas, não perten-
cendo a nenhuma das 10 classes gramaticais. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Classificam-se em função da ideia que expressam: 
 
 Adição - ainda, além disso etc. (Comeu tudo e ainda queria mais) 
 Afastamento - embora (Foi embora daqui) 
 Afetividade - ainda bem, felizmente, infelizmente (Ainda bem que passei de ano) 
 Aproximação - quase, lá por, bem, uns, cerca de, por volta de etc. (É quase 1h a pé) 
 Designação - eis (Eis nosso carro novo) 
 Exclusão - apesar, somente, só, salvo, unicamente, exclusive, exceto, senão, sequer, apenas etc. (Todos saíram, 
menos ela / Não me descontou sequer um real) 
 Explicação - isto é, por exemplo, a saber etc. (Li vários livros, a saber, os clássicos) 
 Inclusão - até, ainda, além disso, também, inclusive etc. (Eu também vou / Falta tudo, até água) 
 Limitação - só, somente, unicamente, apenas etc. (Apenas um me respondeu / Só ele veio à festa) 
 Realce - é que, cá, lá, não, mas, é porque etc. (E você lá sabe essa questão?) 
 Retificação - aliás, isto é, ou melhor, ou antes etc. (Somos três, ou melhor, quatro) 
 Situação - então, mas, se, agora, afinal etc. (Afinal, quem perguntaria a ele?) 
 
 
PROCESSOS DE FORMAÇÃO DE PALAVRAS 
 
• Raiz - morfema lexical originário, irredutível, geralmente monossilábico, que contém o núcleo significativo comum às 
palavras cognatas ou de mesma família. Por sofrerem muitas alterações e serem de difícil delimitação, as análises 
trabalham basicamente com os radicais. 
 
• Radical - morfema lexical que se opõe aos outros de derivação e flexão numa palavra (galo, galinha, galináceo). Al-
guns vocábulos são constituídos apenas por radical (lápis, mar, hoje). Na prática, pode-se fazer distinção entre diver-
sos níveis de radicais, sendo o radical primário a raiz (desregularizar - desregulariz > regulariz > regul> reg - são 4 ní-
veis de radicais ditos primário, secundário ...) 
 
• Vogal temática - vogal que, em alguns casos, agrega-se ao radical, preparando-o para receber as desinências. Nos 
verbos, indicam a conjugação verbal (1ª -a, 2ª -e, 3ª -i), e são átonas (-a, -e, -o) nos nomes. 
 
• Tema - união de radical mais vogal temática. Nos nomes, o tema é mais evidente em derivados de verbos (caça-dor / 
ferve-nte). 
 
 
 
Formas atemáticas - terminadas em cons. ou vog. tônica (mar, café), constituem-se apenas de radical. 
• Desinências - apóiam-se ao radical para marcar as flexões gramaticais. Podem ser nominais ou verbais: 
 
 nominais - indicam flexões de gênero e número dos nomes (gat-a e gato-s) 
 verbais - indicam tempo e modo (modotemporais) ou pessoa e número (número-pessoais) dos verbos. 
 
• Afixos - morfemas derivacionais (gramaticais) agregados ao radical para formar palavras novas. 
 
 prefixo - antes do radical (infeliz) 
 sufixo - depois do radical (felizmente) 
 
• Vogal e consoante de ligação - elementos mórficos insignificativos que surgem para facilitar ou até possibilitar a 
pronúncia de determinadas construções (silv-í-cola, pe-z-inho, pobre-t-ão, gas-eificar, rat-i-cida, rod-o-via)· 
 
• Alomorfes - são as variações que os morfemas sofrem (amaria - amaríeis; feliz - felicidade). 
 
 
 
 Cegalla divide os elementos estruturais: raiz/ radical / tema (elementos básicos e significativos)+ afixos / desinências / 
VT (elementos modificadores da signficação dos primeiros) + vogal e consoante de ligação (elementos de ligação, 
eufônicos, não são morfemas) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 nomes terminados por r, z, s (oxítonas) ou apresentam vogal temática só no plural (anima-i-s) 
 
 grau não é flexão, por que os elementos que o caracterizam não são desinências. Os sufixos usados na construção 
de graus podem sofrer flexões (menin-inh-a-s) 
 
MORFEMAS 
 
Unidades mínimas de significação, integrantes da palavra, que não admitem subdivisão em unidades significativas me-
nores. Quanto à significação, podem ser: 
 
• morfemas lexicais (lexemas ou semantemas) de significação externa, série aberta. 
• morfemas gramaticais (gramemas ou formantes) de significação interna, relacionados ao universo lingüístico, série 
fechada. 
 
Resumo esquemático: 
 
• Vogais temáticas 
 
Conj. VT VT alom. Exemplos 
1ª. A- E / O falei, falou (pret. perf. Ind.) 
2ª. E- I /temia (pret. imp.. Ind.), temido (Part.) 
3ª. I- E partes, parte, partem (pres. Ind.) 
 
Observações 
 1a. pessoa do singular do presente do Indicativo e todo o presente do Subjuntivo têm VT = ø 
 o elemento o da 1a. pessoa do singular do presente do Indicativo é DNP 
 os elementos e e a do presente do subjuntivo são DMT 
 
• DMT Indicativo 
 
Tempo DMT DMT alom. Exemplos 
Pres. - - amo, amas 
Pretérito perfeito- - amei, amaste 
Imp. (1a. conj.) VA VE (vós) 
amava, amáveis 
Imp (2ª e 3ª conj.) 
A E (vós) 
temia, temíeis 
+-que-perf RA (át.) RE (vós) 
amara, amaríeis 
Futuro Pres. 
RA(tôn.) 
RE (eu, nós, vós) 
amará, amarei 
Futuro Prét. RIA RIE (vós) 
amaria, amaríeis 
 
• DMT Subjuntivo 
 
Tempo DMT DMT alom. Exemplos 
Pres. (1ª conj.) E - ame, ames 
Pres. (2ª conj.) A - tema, parta 
Imp. SSE - amasse, partisse 
Futuro R - amar, amares 
 
• DNP Geral 
 
Pessoa DNP DNP alom. Exemplos 
1ª sing. O / ø I / U sei, vou, sou 
2ª sing. S ES amares, andares 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3ª sing. Ø - ama, temeria 
1ª pl. MOS -amássemos, tememo s 
2ª pl. IS DES amais, amardes 
3ª pl. M EM, nasalidade + O amarem, amarão 
 
• DNP Pretérito perfeito IndicativoPessoa DNP DNP alom. Exemplos 
1ª. sing. I ø amei, temi, fiz, pus 
2ª. sing. STE - amaste, temeste 
3ª. sing. U ø amou, temeu, fez, pôs 
1ª. pl. MOS - amamos, tememos 
2ª. pl. STES - amastes, temestes 
3ª. pl. RAM - amaram, temeram 
 
• Formas nominais 
 
DMT DMT alom. Exemplos 
Infinitivo R - amar, temer, partir 
Gerúndio NDO - amando, vendendo 
Particípio DO 
TO, STO, SO, 
etc. amado, feito, visto 
 
Observações 
 DNP para pretérito perfeito do Indicativo é cumulativa (indica também modo e tempo) 
 DNP alomórfica no pretérito perfeito é marcada pela sua ausência na 1ª e 3ª pessoas do singular (fiz, fez, pus, pôs, 
disse, trouxe) 
 
Significado das palavras através dos elementos mórficos 
 
Pode-se identificar o significado de algumas palavras através de seus elementos estruturadores. Assim, o conhecimento 
de palavras cognatas auxilia não só na delimitação dos elementos mórficos, mas também na descoberta do significado 
de um vocábulo desconhecido. 
 
Aqui seguem algumas palavras com seus elementos formadores e sua significação. Entretanto, a quantidade de prefi-
xos, sufixos e radicais é grande e seus significados também múltiplos, merecendo um estudo mais aprofundado. 
 
Prefixos: 
 
 Ambi duplicidade:ambíguo, ambidestro 
 bene/bem muito bom : beneficente,benfeitor 
 Cis do lado de cá, aquém: Cisplatino 
 De de cima para baixo: decrescer, declive 
 Justa ao lado: justaposição 
 Ob em frente: obstáculo 
 Per movimento através, perfurar: percorrer 
 Pro para frente, em lugar de: progresso, pronome, prólogo 
 Sesqui um e meio: sesquicentenário 
 vice/vis no lugar de, inferior a: vice-presidente, visconde 
 Anfi em torno, duplicidade: anfiteatro, anfíbio 
 arqui/arc/arque/arce superioridade: arcebispo, arcanjo, arqueduque 
 Cata de cima para baixo: catálogo 
 Dis dificuldade, mau estado, disenteria, dispnéia 
 Endo/end interior, movimento, para dentro, envenoso. endovenoso 
 Epi superior, posterioridade epiderme, epitáfio, epílogo 
 eu/ev bem, bom: eufonia, evangelho, eufemismo 
 Hipó inferior, escassez: hipocrisia, hipodérmico 
 sin/sim/si simultaneidade, companhia,sinfonia, sílaba 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
• Sufixos: 
 
Por sua natureza formadora, podem ser nominais, verbais e adverbiais. 
 
Nominais (substantivos e adjetivos): 
 agente, profissão - vendedor, inspetor, padeiro, manobrista, bibliotecário 
 ação ou resultado de ação - martelada, aprendizagem, matança, casamento, formatura 
 qualidade, estado - maldade, patriotismo,surdez, delicadeza, loucura 
 doença, inflamação - cefaléia, anemia,apendicite, tuberculose 
 lugar - oratório, bebedouro, principado, orfanato, padaria 
 ciência, técnica, doutrina - geografia, estética, cristianismo 
 feito de, parece com - argênteo, ósseo, aquilino 
 coleção, aglomeração - cafezal, arvoredo, cabeleira 
 aumentativo - bocarra, cabeçorra, casarão, homenzarrão 
 diminutivo - riacho, viela, camarim, portinhola, homúnculo 
 
Verbais: 
 verbos freqüentativos (que se repete) - espicaçar, pestanejar 
 verbos diminutivos (ação diminutiva) - petiscar, chuviscar, pinicar 
 verbos incoativos (início de ação ou passagem para novo estado ou qualidade) - amanhecer, florescer 
 verbos causativos (ação que deve ser praticada ou dar certa qualidade a uma coisa) - canalizar, debilitar, esquentar 
 
Adverbiais: 
 -mente - felizmente, bondosamente 
 
Radicais: 
O significado de alguns radicais. 
 
► 1º. elemento: 
 
 acrópole, acrofobia - alto 
 agricultura - campo 
 anemômetro - vento 
 apicultura - abelha 
 asterisco, asteróide - estrela 
 cacofonia - mau 
 caligrafia - belo 
 eneágono - nove 
 equivalência - igual 
 filologia, filarmônica - amigo 
 fisionomia, fisiologia - natureza 
 fotofobia, fotosfera - fogo/luz 
 heterossexual, heterogêneo - outro 
 isósceles - igual 
 locomotiva - lugar 
 megalomaníaco - grande 
 misantropo - ódio 
 mitologia - fábula 
 necropsia - morto 
 onomatopéia - nome 
 ornitologia - ave 
 oxítono - agudo/penetrante 
 pan-americano - todos 
 patologia - sentimento/doença 
 peleografia - antigo 
 pirotecnia - fogo 
 pisciforme - peixe 
 plutocracia - riqueza 
 pneumático - ar/sopro 
 quiromancia - mão 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 retângulo - reto 
 tipografia - figura/marca 
 
► 2º. elemento: 
 
 anagrama - escrita/letra 
 antropofagia - ato de comer 
 astronomia - lei/regra 
 autônomo, metrônomo - que regula 
 barítono, monótono - tensão/tom 
 bibliofilia - amizade 
 cartomancia - adivinhação 
 centrífugo - que foge ou faz fugir 
 demagogo - que conduz/leva 
 democracia - poder 
 diálogo, psicólogo - palavra/estudo 
 frutífero - que produz ou faz 
 helicóptero - asa 
 heterodoxo - que opina 
 heterogêneo - que gera 
 lobotomia - corte/divisão 
 microscópio - examinar/ver 
 monarca - que comanda 
 neurastenia - debilidade 
 nevralgia - dor 
 ovíparo - que produz 
 xenofobia, hidrofobia - ódio/temor 
 
PROCESSOS DE FORMAÇÃO DE PALAVRAS 
 
As palavras estão em constante processo de evolução, tornando a língua um fenômeno vivo que acompanha o homem. 
Alguns vocábulos caem em desuso (arcaísmos), outros nascem (neologismos) e muitos mudam de significado com o 
passar do tempo. 
 
Em Língua Portuguesa, em função da estruturação e origem das palavras, pode-se chegar à seguinte divisão: 
 
• palavras primitivas - não derivam de outras (casa, flor) 
• palavras derivadas - derivam de outras (casebre, florzinha) 
• palavras simples - só possuem um radical (couve, flor) 
• palavras compostas - possuem mais de um radical (couve-flor, aguardente) 
 
Para a formação das palavras portuguesas, é necessário o conhecimento dos seguintes processos de formação: 
 
• Composição - junção de radicais. São dois tipos de composição, em função de ter havido ou não alteração fonética. 
 
 justaposição - sem alteração fonética (girassol, sexta-feira) 
 aglutinação - alteração fonética, com perda de elementos (planalto, pernalta). 
 
Gera perda da delimitação vocabular e a existência de um único acento fônico 
 
• Derivação - palavra primitiva (1 radical) acrescida, geralmente, de afixos. São cinco tipos de derivação. 
 
 prefixal - acréscimo de prefixo à palavra primitiva (in-feliz, des-leal) 
 sufixal - acréscimo de sufixo à palavra primitiva (feliz-mente, leal-dade) 
 
O parassintética ou parassíntese – acréscimo simultâneo de prefixo e sufixo, ao mesmo tempo, à palavra primitiva 
(en+surdo+ecer / a+benção+ado / en+forca+ar). Por esse processo se forma essencialmente verbos, de base substanti-
va ou adjetiva; mas há parassintéticos de outras classes (subterrâneo, desnaturado) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Observação 
Se com a retirada do prefixo ou do sufixo não existir aquela palavra na língua, houve parassíntese (infeliz existe e feliz-
mente existe, logo houve prefixação e sufixação em infelizmente; ensurde não existe e surdecer também não existe, logo 
ensurdecer foi formada por parassíntese); o regressiva ou deverbal - redução da palavra primitiva (frangão > frango ga-
jão > gajo, rosmaninho > rosmano, sarampão > sarampo, delegado >delega, flagrante > flagra, comunista>comuna). Cria 
substantivos, que denotam ação, derivados de verbos, daí ser chamado também derivação deverbal (amparo, choro, 
vôo, corte, destaque, conserva, fala, pesca, visita, denúncia etc.). 
 
Observação 
 
Para determinar se a palavra primitiva é o verbo ou o substantivo cognato, usa-se o seguinte critério: 
 
► substantivo denotando ação constitui-se em palavra derivada do verbo, mas se o substantivo denotar objeto ou subs-
tância será primitivo (ajudar > ajuda, estudar > estudo ≠ planta > plantar, âncora > ancorar) 
 
 imprópria ou conversão - alteração da classe gramatical da palavra primitiva ("o jantar" - de verbo para substantivo,"é um judas" - de substantivo próprio a comum, damasco por Damasco) 
 
• Hibridismo - são palavras compostas, ou derivadas, constituídas por elementos originários de línguas diferentes 
(automóvel e monóculo- gr e lat / sociologia, bígamo, bicicleta - lat e gr / alcalóide, alcoômetro - ár. e gr. / caiporismo - 
tupi e gr. / bananal - afric e lat. / sambódromo - afric e gr / burocracia - fran e gr) 
 
• Onomatopéia - reprodução imitativa de sons (pingue-pingue, zunzum, miau, zinzizular) 
 
• Abreviação vocabular - redução da palavra até o limite de sua compreensão (metrô, moto, pneu, extra) 
 
• Siglonimização - formação de siglas, utilizando as letras iniciais de uma seqüência de palavras (Academia Brasileira 
de Letras - ABL). A partir de siglas, formam-se outras palavras também (aidético, petista, uergiano) 
 
 
ESTUDO DO ARTIGO 
 
É a palavra variável que tem por finalidade individualizar, isto é, indicar a coisa, essa individualização ou indicação pode 
ser feita de duas maneiras; ou de maneira precisa, definida, ou de maneira imprecisa, indefinida. 
 
A própria conceituação de artigo leva-nos aos dois subgrupos. 
 
Definidos: o, a, os, as. 
 
Indefinidos: um, uma, uns, umas. 
 
Do ponto de vista sintático, o artigo é um termo que funciona sempre como adjunto adnominal. 
 
O artigo pode ser confundido com: 
 
Pronome oblíquo. 
Pronome demonstrativo. 
Preposição. 
Numeral. 
 
Coisa linda, atenção! 
 
1. artigo contra pronome oblíquo. 
 
Os pronomes oblíquos átonos o, a, os, as atuam como complemento de verbo, logo acompanham um verbo, e não um 
substantivo. 
 
 O livro é este aqui, eu o trouxe agora. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2. artigo contra demonstrativo. 
 
Os pronomes demonstrativos o, a, os, as aparecem em alguns casos: antes de pronome relativo que, antes da preposi-
ção de e quando substitui um termo ou uma frase inteira ( somente o demonstrativo o atua nesse terceiro caso, vindo 
normalmente acompanhados dos verbos ser ou fazer). Tais pronomes podem ser substituídos por aquele, aquela, aqui-
lo, isso, isto. 
 
A verdade é que uma turma só é boa de seus componentes também o ( isso= bons) forem. 
 
 João, eu soube que você brigou com a sua namorada. 
 
 José Carlos, eu não o fiz ( perceba que, nessa frase, o pronome o refere-se ao ato de brigar com a namorada, po-
dendo ser substituído, inclusive, pela palavra isso – Eu não fiz isso. 
 
 Mas que melhor metafísica que a ( aquelas) delas. 
 
 São poucos os que mandam e muitos os que obedecem. 
 
03. artigo contra preposição. 
 
A preposição vem indicando locução adjetiva. 
 
 Barco a vela. 
 
Locução adverbial. 
 
 Ali as coisas eram ditas a meia voz 
 
Locução prepositiva. 
 
 A despeito de. 
 
Ligando verbos e nomes a seus complementos. 
 
 Isto é útil a todos. 
 
Ligando verbo a verbo. 
 
 Votei a correr. 
 
Quando é invariável. 
 
 Iremos a Manaus. 
 
Quando inicia oração. 
 
 Sou favorável a que se tome isso 
 
4. artigo contra numeral. 
 
O numeral um ou uma indica quantidade correspondente à unidade e admite o acompanhamento das palavras só, so-
mente ou apenas. 
 
 José Carlos flauzino gastou um litro de álcool para sair. ( só, somente, apenas um litro). 
 
 Quantas flores você ganhou? 
 
 ____ ganhei, uma! 
 
Coisa linda, cuidado! 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Em ¨ José Carlos Flauzino entrou na livraria para comprar um livro de psicologia.¨ temos de entender tal vocábulo como 
artigo indefinido. Mas é possível colocar só, somente, apenas antes de um. Sempre observe o contexto. 
 
5. artigo contra pronome indefinido. 
 
Os pronomes indefinidos um, uma, uns, umas não vem acompanhando um substantivo, vem substituindo-o. Normal-
mente, na mesma frase, aparece o pronome outro. 
 
 Uns chegam, outros saem. 
 
Coisa linda, muito cuidado! 
 
Existem alguns casos em que o artigo vem antes de: 
 
1. advérbio seguido de adjetivo. 
 
 Ele é o mais divertido do programa. 
 
2. antes de numeral.( substituindo substantivo) 
 
 Tio, tia e filha bebiam. Os três eram engraçados. 
 
3. antes de pronome de tratamento. ( mesmo). 
 
 José Carlos Flauzino passou na prova. O mesmo não aconteceu com o Paulo. 
 
4. antes de pronomes possessivos. ( substituindo substantivo). 
 
 Não direi nada a teu tio, porém ao meu. 
 
5. antes de pronome de tratamento. ( senhor, senhora, senhorita) 
 
 A senhora é muito bonita. 
 
6. antes de pronome interrogativo.( que) 
 
 O que você quer com ela? 
 
7. antes de pronome indefinido. ( outro, demais). 
 
 Não fale nada à outra colega. 
 
8. antes de pronome relativo ( na locução o ( a) qual). 
 
 As mulheres as quais fumam... 
 
9. antes de conjunção comparativa. 
 
 José Carlos Flauzino é mais inteligente do que o Arthur. 
 
Coisa linda! 
 
Que o artigo individualiza, isto é, indica, aponta um objeto, é coisa fora de questão; consideremos a expressão minha 
filha. A omissão do artigo, nesse caso, deixa entrever a existência de outros filhos; se, acrescentando à expressão o 
artigo a, dissermos a minha filha, já outro sentido ela adquire, pois o artigo virá indicar, individualizar a coisa expressa, 
denotando a existência de uma única filha ou de uma filha toda especial, mais querida. 
 
Usa-se, obrigatoriamente, o artigo definido: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1. Após o pronome indefinido todo, no sentido de totalidade, inteiro. 
 
 O jovem leu todo o livro. ( o livro inteiro) 
 
Se o pronome indefinido todo tiver o sentido de qualquer, faz-se a omissão do artigo: 
 
 Todo homem tem suas paixões. ( qualquer). 
 
2. No plural, empregam-se sempre os artigos os ou as após todos, todas, especialmente quando seguidos de nume-
rais e substantivos: 
 
 Todas as mulheres do bairro frequentam a feira. 
 
3. após o numeral ambos e antes do substantivo a que se refere: 
 
 O professor puniu ambos os alunos. 
 
4. Antes de nomes de estado, países, continentes, rios, serras e de outros nomes próprios geográficos: 
 
 O Rio de Janeiro é lindo. 
 
5. Sempre que desejar designar criações literárias; 
 
 O Grande Sertão: Veredas. 
 
Se o artigo pertencer ao título da obra, não de admite combinação com preposição. 
 
 Li isto em Os Sertões. 
6. quando não de deseja repetir substantivo já mencionado. Neste caso, o artigo deve substituí-lo sempre que necessá-
rio. 
 
 Usou a blusa amarela e a azul muitas vezes. 
 
Se houver omissão do artigo, a frase assume um outro sentido: neste exemplo, tem-se a impressão de que a blusa tem 
duas cores. 
 
 Usou a blusa amarela e azul muitas vezes. 
 
É facultativo o emprego do artigo definido antes de pronomes possessivos, 
 
 Venderam o meu livro por engano. 
 
Não se deve usar o artigo. 
 
1. Após o pronome relativo cujo: 
 
 Aquele é o menino cujo pai o passou no concurso. ( errado) 
 
2. Antes de pronome de tratamento. 
 
 A vossa excelência chegará hoje. ( errado) 
 
3. Antes do pronome outro. 
 
 Uns chegaram, os outros chegaram cedo. ( errado) 
 
Se o pronome outro estiver determinado, usa-se o artigo: 
 
 Os outros convidados chegarão mais tarde. ( certo). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Coisa linda, atenção! 
 
Diante de nome de pessoa, só se usa artigo para indicar afetividade, familiaridade, intimidade. 
 
 O José Carlos Flauzino é muito legal. 
 
 
ESTUDO DOS SUBSTANTIVOS 
 
Substantivo. 
 
O substantivo é a palavra que nomeia tudo o que tem substância tudo o que existe, tudo o que imaginamos existir. 
 
É bom dizer que não é só o verbo que indica ação ou fenômeno da natureza, não é só o adjetivo que indica estado ou 
qualidade . O substantivo pode indicar ação ( vingança ), estado ( doença ), condição ( pobreza ), qualidade ( fidelidade ) 
, sentimento ( amor ), acontecimento ( sonho ), concepção/ doutrina( fé ). 
 
O substantivo é uma palavra que varia em gênero, número e grau, normalmente. 
 
Do ponto de vista sintático. 
 
1. sujeito 
2. objeto direto 
3. objeto indireto 
4. predicativo do sujeito 
5. predicativo do objeto 
6. complemento nominal 
7. agente da passiva 
8. adjunto adnominal 
9. adjunto adverbial 
10. aposto 
11. vocativo 
 
Coisa linda, atenção! 
 
Concretos e abstratos. 
 
GRUPO 1: o dos que designam seres que têm existência independente, ou que o pensamento apresenta como tal. Pou-
co importa que tais seres sejam reais ou não, matérias ou espirituais. São os substantivos concretos. 
 
1. pessoas: José Carlos Flauzino. 
2. animais: águia 
3. vegetais: árvore. 
4. objetos: livro. 
5. lugares: Rio de Janeiro 
6. entidades: alma, fada. 
7. mineiras: água, mercúrio 
8. fenômenos: chuva, vento, nevoeiro 
9. instituições: parlamento, tribunal 
10. concepções: círculo, algarismo, símbolo. 
 
GRUPO 2: o dos que designam seres de qualidade, ações ou estados. 
 
Chamam-se substantivos abstratos. 
 
1. qualidade: tristeza. 
2. ações: adoração, casamento, encontro. 
3. estados: morte, vida, sonho, cegueira. 
 
Muitos substantivos podem ser variavelmente abstratos, ou concretos, conforme o sentido em que se empregam. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Deste modo, redação, por exemplo, é nome abstrato, quando significa ¨o ato de redigir ¨, numa frase como está: 
 
A redação das leis requer clareza. 
 
Com sentido, porém, ¨ de trabalho escolar escrito ¨, já passa a nome concreto. 
 
Na redação deste aluno, assinalei a lápis vermelho, vários erros. 
 
Próprio e comum. 
 
• Próprio: é aquele que designa um ser entre outros da sua espécie. 
 
Topônimo: nome de lugar. 
 
Antropônimo: nome de pessoa. 
 
• Comum: é aquele que designam todos os seres da mesma da mesma espécie. 
 
Simples e composto. 
 
• Simples: palavra que possui um só radical. 
 
• Composto: formado por mais de um radical. 
 
Primitivo e derivado. 
 
• Primitivo: podem dar origem a outras palavras. 
 
• Derivado: aquele que se origina de outra palavra. 
 
Coletivo. São aqueles que, embora no singular, designam um conjunto de seres ou coisas da mesma espécie. 
 
Observação, coisa linda! 
 
Há substantivos comuns que são nomes individualizados, não como os nomes próprios, mas pelo contexto extralinguísti-
co e pelo saber que nos diz que, no contexto ¨ natural ¨ nosso. Só há uma lua, um sol, um mês de fevereiro, e um dia da 
semana segunda- feira e, no contexto ¨ cultural ¨, só há um papa. Se forem escritos com maiúscula, deve-se o fato a 
pura convenção ortográfica, e não porque são nomes próprios. (lua, sol, fevereiro, segunda- feira, papa). 
 
FLEXÕES: 
 
a) de gênero: avô (m)- avó(f); cavaleiro(m)- amazona (f); carneiro(m)- ovelha(f). 
 
Obs: Existem substantivos que apresentam uma única forma para os dois gêneros, trata-se dos substantivos unifor-
mes. 
 
► comum-de-dois: substantivos de uma só forma; a diferença entre o masculino e o feminino só é feita com o artigo. 
 
 o/a artista, o/a intérprete, o/a cliente 
 
► sobrecomum: substantivos de um só gênero que se referem a seres humanos. 
 
 a pessoa, o cônjugue, a testemunha 
 
► epiceno: substantivos pertencentes a um único gênero que designam animais ou plantas, cuja distinção de sexo é 
feita pelos adjetivos macho e fêmea 
 
 a águia macho - a águia fêmea; 
o mamoeiro macho - o mamoeiro fêmea 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Substantivos biformes que merecem destaque 
 
Masculino Feminino 
Frade Freira 
Frei Sóror 
Czar Czarina 
Ladrão Ladra 
General Generala 
Imperador Imperatriz 
Réu Ré 
Poeta Poetisa 
Judeu Judia 
Monge Monja 
Presidente Presidenta 
Prefeito Prefeita 
 
b) de número: singular (cidadão, estudante, vestibular); plural (cidadãos, estudantes, vestibulares). 
 
c) de grau: aumentativo analítico ( nariz grande); aumentativo sintético(narigão); diminutivo analítico(nariz pequeno); 
diminutivo sintético (narizinho). 
 
Gêneros que podem oferecer dúvida 
 
● São masculinos: Os nomes de letra de alfabeto, clã, champanha, dengue, dó, eclipse, formicida, grama (unidade de 
peso), hosana, jângal (jângala), lança-perfume, milhar, orbe, pijama, proclama, saca-rolhas, sanduíche, símile, sósia, 
telefonema. 
 
● São femininos: Aguardente, alface, alcunha, alcione, análise, anacruse, bacanal, cal, fácies, fama, cal, cataplasma, 
cólera, coma (cabeleira e vírgula), dinamite, elipse, faringe, fênix, filoxera, fruta-pão, libido, musse, preá, síndrome, tí-
bia, variante e os nomes terminados em –gem (exceção de personagem que pode ser feminino ou masculino). 
 
● São indiferentemente femininos e masculinos: Ágape, avestruz, caudal, crisma, diabete(s), gambá, hélice, íris, 
juriti, igarité, lama ou lhama, laringe, ordenança, pampa, personagem, renque, sabiá, sentinela, soprano, suéter, tapa, 
trama(intriga), víspora. 
 
 
 
Metafonia 
 
Há muitos substantivos cuja formação do plural não se manifesta apenas por meio de modificações morfológicas, mas 
também implica alteração fonológica. Nesses casos, ocorre um fenômeno chamado metafonia, mudança de som entre 
uma forma e outra. Trata-se da alternância do timbre da vogal, que é fechada na forma do singular e aberto na forma do 
plural. 
 
Singular (ô) Plural (ó) 
aposto apostos 
corno cornos 
corvo corvos 
fogo fogos 
imposto Impostos 
miolo miolos 
osso ossos 
poço poços 
porto portos 
povo povos 
caroço caroços 
corpo corpos 
esforço esforços 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
forno fornos 
Jogo jogos 
Olho olhos 
Ovo ovos 
Porco porco 
Posto postos 
Reforço reforços 
Tijolo tijolos 
 
 
 
Plural dos nomes com o sufixo –zinho 
 
Conforme a regra de ortografia oficial: 
a) se o substantivo termina por vogal átona ou consoante (exceto –s e –z), a escolha é materialmente indiferente, 
apesar de aparecerem nuanças de sentido contextuais: corpo – corpinho/ corpozinho (forma básica intacta); flor- flo-
rinha/ florzinha; mulher- mulherinha/ mulherzinha. 
 
b) Se termina por vogal tônica, nasal ou diton-go, é de emprego obrigatório –zinho (-zito, etc.): boné- bonezinho; 
siri-sirizinho; álbum- albunzinho; bem- benzinho. 
 
c) Se terminam em ―s‖ou ―z‖, o emprego normal é com –inho (-ito, etc.), repudiando-se –zinho (-zito, etc.) e fican-
do intacta a palavra básica: lapisinho, cuscuzinho, rapazinho, cartazinho. 
 
In: BECHARA, Evanildo. Gramática escolar da Língua Portuguesa. 1ed. 
Rio de Janeiro: Lucerna, 2001. - girassóis. 
 
 
ADJETIVOS 
 
O adjetivo é a palavra variável que modifica a compreensão do substantivo, atribuindo-lhe uma qualidade, um estado, 
uma característica e lugar de origem. 
 
 Mulher bondosa. ( qualidade). 
 Menino doente. ( estado). 
 Borboletas brancas ( característica). 
 Cidadão carioca. ( lugar de origem). 
 
Nos exemplos acima, os adjetivos em negrito caracterizam seus respectivos substantivos, atribuindo-lhes características 
que existem nos seres. Contudo, se a qualidade for considerada em si mesma, independente do ser, teremos um subs-
tantivo abstrato e não um adjetivo. 
 
Assim em ¨ borboletas brancas ¨, brancas é adjetivo, porque expressa característica no substantivo borboletas; entre-
tanto, se essa característica estiver isolado do ser, apesar de referente a ele, esse adjetivo torna-se substantivo abstra-
to. 
 
 A brancura da borboleta.( substantivo abstrato). 
 
Coisa linda, cuidado! 
Pertence à classe do adjetivo toda palavra que indica qualidade. Essa definição não resiste à menor crítica, pois bonda-
de é sem dúvida uma qualidade, e no entanto, não se pode considerá-la como adjetivo. A maioria dos advérbios termi-
nados em mente, como bem ou mal, indicam também qualidade; mas por isso não vão

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