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A regra geral é que com base no Art. 18, CPP e na súmula 524 STF, poderá desarquivar o IP se houver novas provas, as quais devem ser substancialmente novas, ou seja, a prova que traz um dado novo, mas além de prova nova, não pode estar extinta a punibilidade.
A exceção é que não se pode desarquivar quando o fundamento do arquivamento for a atipicidade da conduta, o qual se fará coisa julgada material.
No caso concreto apresentado, a ação penal não poderá ser instaurada pois o arquivamento teve como base a atipicidade do fato fazendo coisa julgada material, não se admitindo nova denuncia nem mesmo se surgirem novas provas, sob pena de ofensa à coisa julgada material.
(TJ-PE - AGR: 2766620128170000 PE 0014245-51.2012.8.17.0000, Relator: Antônio de Melo e Lima, Data de Julgamento: 03/10/2012, 2ª Câmara Criminal, Data de Publicação: 190)
A decisão de arquivamento do IP sob o argumento da atipicidade faz coisa julgada material.
2.1. Coisa Julgada Formal
Segundo RANGEL a coisa julgada formal é a imutabilidade da sentença como ato processual que já não é mais recorrível por força de preclusão dos recursos, se finda todo e qualquer tipo de alteração da sentença por meio de outros recursos, devido ao exaurimento dos prazos recursais [5].
Há coisa julgada formal, quando na sentença não for tratado especificamente do fato supostamente delituoso, nas palavras de Lopes Jr: “... Não há análise e julgamento sobre o mérito (ou seja, sobre o fato processual ou caso penal), a decisão faz coisa julgada formal...” [6].
2.2. Coisa Julgada Material
O Caso julgado Material, segundo Rangel opera-se fora do processo para todas as pessoas, com efeito, “erga omnes”. É o comando que emerge da sentença, tornando-a imutável, mas no processo penal em relação ao fato da vida, o fato do mundo[13].
A coisa julgada material surge na sentença de mérito, isto é, na efetiva resolução do fato típico, condenando ou absolvendo o réu.
O caso julgado material, sempre é precedido da formal, visto que primeiramente ocorre a preclusão dos prazos recursais, e que a sentença seja imutável. Após, e somente com a imutabilidade da sentença, é que esta fará parte de um universo, isto é, que seus efeitos extrapolem o processo, restringindo possibilidade de nova denúncia.

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