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Psicologia caso concreto 13

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Caso concreto 13
Aplicação Prática Teórica
1-O Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) prevê medidas de proteção aplicáveis quando direitosforem ameaçados ou violados, determinando medidas específicas. Com base no ECA, é correto afirmarque essas medidas de proteção:
a) Não são de conteúdo relevante ao psicólogo, já que se trata de determinações meramente administrativas.
b) Asseguram temporariamente a orientação, o apoio e o acompanhamento de crianças e adolescentes.
c) Não atribuem valor significativo à tutela da sanidade mental da criança e do adolescente, uma vez que não o declara explicitamente.
d) Desestimulam o fortalecimento dos vínculos familiares, sendo esses vistos como potencialmente prejudiciais ao menor.
e) Não requerem avaliação psicológica para determinar os seus casos de aplicação, bastando a interpretação da norma, que deve ser de conhecimento do psicólogo.
Resposta: B
2- Em atendimento psicológico, a cuidadora de José , de nove anos de idade, relatou que ele apresenta comportamentos agressivos, dificuldade em acatar regras e limites e baixa tolerância à frustração.Contou, ainda, que, aos cinco anos, José fora levado pelo Conselho Tutelar para um abrigo infantil, que seu pai era alcóolatra, não possuía moradia, e carregava José em um carrinho de supermercado, de mod o que a criança passava o dia sentado ou deitado. Da mãe de José, nada se sabe. (Analista Judiciário - Psicologia - TJ - RO - 2012)
A partir da situação hipotética acima apresentada, assinale a opção correta:
a. José deve ser transferido para outra entidade de crianças abrigadas, a fim de que ele crie laços afetivos com um novo grupo e se distancie da fonte do seu sofrimento, seu pai.
b. A presença de psicólogo é fundamental nos abrigos, para promover um espaço terapêutico de escuta, permitindo o desabafo, ofertando contenção da angústia e oferecendo apoio.
c. O psicólogo deve trabalhar no sentido de promover a adaptação de José às características e limitações da instituição onde ele está abrigado.
d. De acordo com o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), as crianças e os adolescentes são pessoas em condição particular de desenvolvimento, que necessitam de proteção integral e gozam de prioridade relativa.
e. José apresenta alto nível de sofrimento psíquico e deveria permanecer com o pai, que lhe assegurava condições mínimas de sobrevivência.
Resposta B
3- A Sra. Luiza, durante a gravidez de seu quinto filho, decidiu que quando a criança nascesse a daria em adoção, por entender que não tinha condições financeiras para criar mais um filho. O pai concordou com a decisão da mãe.Após o nascimento da criança, feito o devido registro civil do nascimento, a sra. Luiza escolheu entregar a filha para um casal amigo de sua patroa que julgou tinha as condições necessárias para bem cuidar da criança. Transcorridos cerca de dois anos e meio, o casal procurou a Vara da Infância, Juventude e do Idoso para regularizar a situação da criança, através de pedido para sua adoção. Encaminhado o processo ao Ministério Público, o promotor posicionou-se contrariamente à adoção pleiteada, requerendo ao juízo que a criança fosse retirada do convívio com o casal adotante e encaminhada a uma instituição de acolhimento e, só então, viesse a ser adotada por família habilitada, constante do Cadastro Nacional de Adoção. O juiz encaminhou o caso para a equipe interdisciplinar, determinando a realização de estudo social e psicológico. O estudo social apontou que a criança estava bem cuidada e integrada a todo contexto familiar. No relatório psicológico foi registrada a observância de laços de apego da criança em relação aos adotantes e que esses, também, haviam construído vínculos afetivos com a mesma, parecendo já ter se instalado um sentimento filial-parental. O Juiz da Infância, Juventude e do Idoso decidiu manter a criança junto ao casal adotante, dando curso ao processo de adoção.”
a) Qual o tipo de adoção é tratado nesse caso concreto ?
Resposta:Adoção pronta ou direta.
b) Descreva, sinteticamente, as principais etapas de um processo de Habilitação para Adoção.
Resposta:Os pretendentes à adoção devem comparecer a uma Vara da Infância, Juventude e do Idoso, em fórum mais próximo de sua residência. As etapas abrangem participação em grupo de reflexão, entrega de documentação, realização de estudo social e psicológico. A habilitação para adoção se dá através de sentença judicial , passando os pretendentes a integrar o Cadastro Nacional de Adoção ( a “fila de adoção” ).
c) Analise o caso apresentado, problematizando, por um lado a posição do promotor e, por outro, a decisão do juiz.
RESPOSTA: Com relação a posição do promotor, podemos assinalar que o exercício da liberdade pela mãe de entregar diretamente o filho para alguém de sua escolha, representa fraude à fila estabelecida pelo cadastro de adoção e põe em risco o melhor interesse da criança, visto que a situação financeira não deve ser determinante na adoção, mas sim a motivação para o exercício das funções parentais. No que se refere a decisão do juiz, o aluno poderá argumentar que mesmo no caso de uma adoção pronta há um controle judicial, com realização de estudos social e psicológico, e que legitimar o sentimento filial existente é de fato o que atende ao melhor interesse da criança, a vista de serem os vínculos de afeto o que deve preponderar para o seu bom desenvolvimento global .

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