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POSTAGEM 1 PEID - Reflexão sobre os 13 textos - Unip

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Prévia do material em texto

LICENCIATURA EM FILOSOFIA 
 
 
PRÁTICA DE ENSINO: INTRODUÇÃO À DOCÊNCIA (PE:ID) 
 
 
 
POSTAGEM 1: ATIVIDADE 1 
 
 
 
REFLEXÕES REFERENTES AOS 13 TEXTOS 
 
 
Nome e RA dos integrantes do grupo 
Marcus Vinicius Ferreira Santos 
RA 1718650 
 
 
 
Polo de matrícula 
Boiçucanga – São Sebastião 
 
 
Ano de postagem 
2017 
 
1 REFLEXÕES REFERENTES AOS 13 TEXTOS 
1.1 Educação? Educações: aprender com o índio 
Brandão (1993) inicia seu texto afirmando: “Ninguém escapa da educação”. 
Sendo assim, não existe falta de educação a não ser que a ideia de falta seja daquele que 
faz um julgamento tendo como pressuposto a sua própria educação. Má educação, desta 
forma, é absolutamente relativa. 
O autor argumenta que a educação não é uma propriedade exclusiva de um povo, 
ou grupamento, ou classe social. Para nos convencer, ele cita a famosa carta que Índios 
americanos enviaram aos governadores de dois Estados. Tal carta ficou conhecida como 
a carta das Seis Nações. Nela, agradecem o interesse dos governantes brancos em oferecer 
ajuda para educar os filhos dos guerreiros índios na melhor educação branca disponível. 
Porém, após uma primeira experiência, verificou-se que para os interesses dos índios, a 
educação branca não tinha nenhuma serventia. 
Para mim, parece que a perspicácia dos Chefes indígenas era maior do que se 
podia imaginar. Eles são gentis ao se expressarem com "estamos convencidos, portanto, 
que os senhores desejam o bem para nós e agradecemos de todo coração". Foram capazes 
de reconhecerem que "diferentes nações têm concepções diferentes das coisas". Os 
brancos não haviam percebido isto ainda. E por não tentarem sublevar os brancos, 
demonstraram maior grandeza de caráter. 
Por outro lado, ao se expressarem "enviem alguns dos seus jovens, que lhes 
ensinaremos tudo o que sabemos e faremos, deles, homens", demonstram que a 
concepção de homem para os Índios é superior à concepção dos brancos. 
Estes equívocos acontecem em todo lugar, em qualquer etnia. Inclusive no Brasil. 
A humanidade vive numa constante guerra, onde um grupo social, seja um pais inteiro, 
sejam etnias dentro de uma mesma expansão geográfica, ou ainda em classes e grupos 
sociais, pretendem impor suas definições de certo e errado, bom ou mau, etc., que 
podemos reduzir à educação. 
Normalmente, o mais forte, na maioria das vezes, militarmente e/ou 
economicamente, impõe a sua educação sobre o mais fraco. Creio que o que nos ensina a 
Filosofia é o que pode ajudar a se livrar, ou ao menos, minimizar os efeitos maléficos 
desta relação: criticar sempre. 
 
No Brasil dos últimos 3 anos está polarizado e dividido. Ambos os lados querem 
nos convencer que têm as melhores respostas. Temos dois grandes grupos: trabalhadores 
e empregadores. Se se fizer uma analogia onde o trabalhador é o colonizado. As diretrizes 
do MEC privilegiam os pontos de vista do colonizador, porém os educadores praticam a 
educação do ponto de vista dos colonizados. E isto tem gerado conflitos grandes. 
O chão da fábrica é onde acontece a produção. Neste sentido o professor/educador 
é o operário que realmente produz. Quando o professor consegue fazer uma leitura clara 
do que estão pedindo-o para ensinar, ele tem em suas mãos a capacidade mudar o produto. 
Por isso é de fundamental importância que o professor se conscientize de que dever servir 
à sociedade em que está inserido e não simplesmente ao que lhe dizem para fazer. 
Se a missão da educação “é transformar sujeitos e mundo em alguma coisa melhor, 
de acordo com as imagens que se tem de uns e outros (...) e deles faremos homens”, como 
não cair no erro da deseducação? 
Todos querem ser felizes. E a felicidade é quando se consegue realizar os sonhos. 
Desta forma, você será tão feliz quanto tantos sonhos conseguir realizar. Se todos 
buscarem o interesse do próximo, não há como errar em fazer do outro, um homem. 
 
1.2 O fax do Nirso 
O texto O fax do Nirso sem dúvida é uma bem-humorada crítica sobre a educação 
formal, especialmente no que diz respeito à preparação para o mercado de trabalho. No 
entanto, não creio que a educação escolar esteja perdendo espaço, nem mesmo que ela 
seja desnecessária, com o num primeiro momento o texto pode deixar aparente, no e para 
o mercado de trabalho. 
No texto, a baixa produtividade dos demais vendedores, inclusive do gerente, era 
com algo que não tinha nada a ver com o produto final: a imagem da empresa. Claro, que 
não está se considerando como imagem a honestidade da empresa e qualidade dos 
produtos. Se a empresa do Nirso é uma fabricante de produtos agrícolas, talvez até fosse 
um diferencial o jeitão caipira de falar. 
Neste mundo globalizado, o mercado de trabalho está altamente competitivo. A 
educação formal é um dos diferenciais para que um profissional possa ter a chance de 
qualificação. Por exemplo, se uma empresa de vendas tem uma vaga, e dois candidatos, 
qual deles será a escolha: o que tem curso superior ou o que não tem? Por isso, podemos 
dizer que, a educação formal é, no mínimo, critério de desempate. 
Mas não é só para desempate que serve a educação formal. Agora, “vivenciamos 
a era da globalização no qual as informações estão vinculadas ao dia-a-dia das empresas 
e de seus profissionais que estão constantemente se atualizando e adaptando-se as 
necessidades e as novas tendências do mercado”1. Estes conhecimentos são adquiridos na 
educação formal. 
O que a educação formal não pode fazer e engessar o trabalhador. Mas neste caso, 
não penso que isto seja menos culpa apenas da educação tanto quanto seja do próprio 
profissional. 
A educação pode evoluir mais rápido quando faz uma comunicação full duplex 
com o profissional. É fundamental que as instituições de ensino ouçam os alunos e 
estejam preparadas para dar-lhes a agilidade que precisam no aprendizado. 
Outra ação é convencer, por argumentos sólidos, a necessidade de se aprender 
algo que o aluno julga desnecessário. Se o aluno não consegue alcançar a importância, 
tende a desprezá-la. 
 
1.3 A História de Chapeuzinho Vermelho (na versão do lobo) 
Neste texto temos uma crítica sobre o fato de a escola apresentar tudo como sendo 
verdade absoluta. Na história original o lobo é mau e morre por justo merecimento. Nesta, 
o lobo tronou-se vítima do homem cruel. Ou seja, virou de ponta cabeça. 
Em certos assuntos, concordo que não se pode apresentar uma perspectiva como 
sendo a única verdadeira. Mas apresentar o texto como um argumento de que não existe 
verdade absoluta, é uma ingenuidade, para se dizer o mínimo. 
Um conflito que estamos vivendo no Brasil é sobre a redução da menoridade. 
Baseado neste conceito de verdade relativa, alguns não querem a redução porque acham 
que os menores são coitadinhos oprimidos pela burguesia opressora. Ou seja, 
transformamos o lobo em vítima. 
Sim, é preciso tomar cuidado para não negar o direito da opção, não ser hipócrita 
ao falar de exclusão, mostrar todos os lados de um conflito, mas negar que exista uma 
verdade absoluta é uma falácia do relativismo. 
 
1 Araujo, Maria Aparecida Bezerra, de. Comunidade ADM. Educação e trabalho – a importância da 
educação na vida profissional do administrador. 2013. Disponível em <http://migre.me/wxChZ>. 
Acesso em: 01 mai. 2017 
O perigo está que muitas vezes partimos de situações realmente relativas e 
passamos para situações absolutas. Como é justo relativizar o que é relativo, usamos este 
argumento para relativizar o absoluto. Aí é que mora o perigo. 
Dizer que a cor azul é nobre e o vermelho é feio é relativo. Azul é nobre para você, 
mas não para mim. 
É diferenteusar este argumento para justificar que é relativo sexo com criança, 
como já chegaram a defender alguns. Pedofilia é imoral e crime. Isto é uma verdade 
absoluta. Ainda que distúrbios psicológicos possam levar uma pessoa a achar isto normal, 
absolutamente não é. 
Portanto, a análise do texto A História de Chapeuzinho Vermelho (na versão do 
lobo) é relativa. 
 
1.4 Uma pescaria inesquecível 
Ética. 
“Todas as coisas me são lícitas, mas nem todas as coisas convêm. Todas as coisas 
me são lícitas, mas eu não me deixarei dominar por nenhuma”2. 
Eu ouvi do professor Mario Sergio Cortella, em uma edição do Jornal da Cultura, 
há muito tempo, uma definição de ética que jamais esquecerei: “Nem tudo que eu quero 
eu posso; nem tudo que eu posso eu devo; e nem tudo que eu devo eu quero”3. Certamente 
ele inspirou-se no texto bíblico. 
Ética é algo que deve ser ensinado em casa. Como no texto Uma pescaria 
inesquecível, o aprendizado se deu de pai para filho e não de professor para aluno. Não 
que a disciplina seja indispensável. Mas, tomando este texto, o que mais o menino 
aprenderia de certo e errado na escola que não aprendera com seu pai? 
Lamentavelmente nosso pais tem outra “lei” que se ensina não só em casa como 
“nas ruas”. A lei de Gerson, como ficou conhecida pela propaganda de uma marca de 
cigarros que o ex-jogador da seleção brasileira protagonizou. A ambiguidade da frase que 
incentiva levar vantagem em tudo acabou deixando espaço para levar vantagem em tudo 
de qualquer jeito. O problema não está no buscar em levar vantagem. O problema está 
em que ela não deixou claro que do jeito desonesto não é levar vantagem. 
 
2 Primeira carta de Paulo aos Coríntios 6:12 - ACF 
3 Apesar desta frase ter sido reproduzida por muitos sites e blogs, eu a ouvi quando assistia uma edição do 
Jornal da Cultura, e cito-o de memória. 
O menino poderia ter considerado levar vantagem em ficar com o peixe. Mas era 
errado isto, não porque havia pessoas observando, mas porque a lei dizia isto. E o menino 
fez o certo não porque tinha pessoas olhando, mas porque não ficou com o peixe. 
 
1.5 A Folha Amassada 
“A vossa palavra seja sempre agradável, temperada com sal, para que saibais 
como vos convém responder a cada um”4. 
Uma vez alguém me disse que somo senhores das palavras que não pronunciamos, 
e escravos daquelas que saem de nossa boca. Uma outra vez, tinha um colega de classe 
extremamente tímido. Nosso professor de história estava fazendo perguntas aos alunos e 
como este colega nada respondia, o professor, bravo com ele disse: “fala m...da mas fala”. 
João nunca mais voltou para aquela escola. 
O educador educa principalmente com a palavra. Realmente nossas palavras são 
como sementes. Alguma coisa irá brotas delas. Se forem boas sementes, produzirão belos 
frutos. 
Eu sou de temperamento colérico, por isso procuro exercer autocontrole, pensar 
sempre em como ser bênção para as pessoas com as quais me relaciono. Acima de tudo, 
jamais suspeitar mal das pessoas. Outro conselho bíblico que sigo é este: “tudo o que é 
verdadeiro, tudo o que é honesto, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é 
amável, tudo o que é de boa fama, se há alguma virtude, e se há algum louvor, nisso 
pensai”5. É assim que procuro olhar as pessoas, sem pré-julgamentos. 
No filme 16 quadras um policial precisa escoltar um preso até o tribunal para 
depor. Muitos incidentes acontecem, mas uma frase que me marcou foi a que diz o 
personagem Eddie Bunker: “as pessoas mudam”. Também me lembro de outro filme, Ao 
mestre com carinho, cujo professor consegue extrair o melhor dos alunos da mais 
problemática classe da escola. É isso! Eu creio que as pessoas mudam e meu papel como 
professor é ajudá-las a encontrar o melhor caminho. 
 
1.6 A Lição dos Gansos 
A história dos gansos é uma lição para todo e qualquer curso de treinamento de 
liderança. Realmente é fantástico o que a natureza nos ensina no instinto destes animais. 
 
4 Epístola de Paulo aos Colossenses 4:6 - ACF 
5 Epístola de Paulo aos Filipenses 4:8 - ACF 
Quando olhamos pela perspectiva do líder, os gansos nos ensinam que a liderança 
verdadeira é serviçal. Ou seja, o líder existe para atender a necessidade dos liderados. 
D’SOUZA (1987, p.15) diz que a liderança “procura servir mais do que dominar; 
incentiva e inspira; respeita em vez de explorar a personalidade dos outros”.6 
A lição dos gansos também fala para os liderados. Se não tivermos um espírito de 
equipe, fatalmente iremos realizar muito pouco. Outro conselho bíblico é que não 
devemos viver cada um procurando os próprios interesses, mas sim o que é do outro. 
Quando pensamos no grupo todos ganham. Quando pensamos só em nós, corre-se o risco 
de nem para nós mesmos. 
Um exemplo disto é como a maioria lida com as eleições. Vota-se naquele que lhe 
dá uma passagem de ônibus para ir ao médico. Mas não seria melhor votar naquele que 
mantém o hospital? 
 
1.7 Assembleia na Carpintaria 
Na natureza temos inúmeros exemplos de como as coisas se completam. Como 
disse o poeta, é impossível ser feliz sozinho. 
Infelizmente, ninguém é só virtude. E, para piorar, algumas vezes a nossa melhor 
característica é nosso pior defeito. Segundo a teoria dos temperamentos7, a pessoa que 
possui a caraterística denominada colérico é dominador, ambicioso, tendente a ser 
explosivo. Tais característica podem ser muito úteis em situações de emergência, 
catástrofes em que a ação rápida e vigorosa precisa ser tomada. Por outro lado, estas 
pessoas tendem a ser estúpidas, insensíveis e cruéis. 
Uma pessoa com 2 metros de altura seria um péssimo jóquei, porém um exímio 
jogador de basquete. 
O ideal é realmente aprendermos a aceitar as pessoas com suas virtudes e 
limitações. Por outro lado, precisamos ter a consciência que nossas melhores virtudes não 
são suficientes a ponto de dispensarmos a ajuda de outros. 
Assim como me sinto ferido quando alguém só vê meus defeitos, como professor 
preciso ajudar os alunos a não repetirem este comportamento. Por outro lado, ajudar 
também para que cada um aprenda a se autoconhecer e se autovalorizar. 
 
 
6 D'SOUZA, A. Como tornar-se um líder. 1ª. ed. Rio de Janeiro: CECHAL - Centro Continetal Haggai 
da América Latina, 1987. 
7 Para um brevíssimo resumo, consultar https://pt.wikipedia.org/wiki/Temperamento_(psicologia). 
1.8 Colheres de Cabo Comprido 
“Há maior felicidade em dar do que em receber” (Atos 20:35). 
O texto é simples, porém sua lição profunda: quem não vive para servir, não serve 
para viver. E de certa forma, completa a lição do texto anterior, Assembleia na 
carpintaria. 
Trabalhar em equipe não é tão fácil quanto se parece. O maior exemplo vem de 
times de futebol. Algumas equipes reúnem os melhores jogadores do país, mas não obtém 
o sucesso da vitória pois falta o essencial numa equipe: união e companheirismo. 
Trabalhar em equipe e suprir a necessidade do outro para que ele dê o melhor de 
si. E uma vez que o outro consegue ser o melhor, eu recebo o benefício, pois a vitória não 
é individual, mas da equipe. 
O melhor professor é aquele que consegue contribuir para que seu aluno lhe 
supere. Esse é o meu objetivo como educador. 
 
1.9 Faça parte dos 5% 
É verdade que nem todos de um grupo conseguem ter os melhores rendimentos, 
mas o texto não cita nenhuma base científica para provar o percentual dos 5%. É possível 
que o conhecimento empírico deste professor o habilitou para isto. 
Mas a realidade mostra que é mesmo uma pequena parcela da população que se 
sobressai, a cada geração,bem acima da média. Quem melhor nos mostra isto são os 
atletas de modalidade de equipe. Por que sempre existem os titulares e os reservas? E 
porque os reservas não conseguem os mesmos rendimentos que os titulares? 
Se consideramos os gênios, o percentual parece ser menor que 5%. Quem já se 
igualou a Pelé, Einstein, Da Vinci... 
Há mais de 20 anos assistindo a uma transmissão da F1, com Galvão Bueno, ele 
disse que na F1 existem os bons pilotos, os ótimos e os gênios. Para se chegar a esta 
categoria tem que ser no mínimo bom. Só os bons alcançam este patamar. Os ótimos 
podem até conseguir ser campeões uma vez, quem sabe duas. Mas somente os gênios 
conseguem mais que isto. Na ocasião, ele enumerou como gênios Piquet, Senna, Prost. 
Assim, quando esta analogia, apenas 5% conseguem ser do grupo dos ótimos. 
Com esforço, treino, estudo dedicação, pode-se conseguir fazer parte deste grupo. Mas 
para o grupo dos gênios, somente esforço não é suficiente. É preciso nascer com a 
genialidade. 
 
No entanto, se os gênios abandonarem o trino, o esforço, o estudo, eles podem 
cair para os grupos inferiores. Não existe obra prima sem 99% de transpiração. 
Há um texto na Bíblia que diz: “Não deem o que é sagrado aos cães, nem atirem 
suas pérolas aos porcos; caso contrário, estes as pisarão e, aqueles, voltando-se contra 
vocês, os despedaçarão”8. Concordo que o professor deve, ao identificar aqueles que não 
querem fazer parte dos 5%, oferecer-lhes menos dedicação. Só ressalto que este 
julgamento não deve ser precipitado muito menos pré-concebido. Vale lembrar que 
Einstein foi expulso da escola e Garrincha foi tido como desengonçado. 
 
1.10 O Homem e o Mundo 
Sabedoria e conhecimento. São complementares. Conhecimento é acumular, reter, 
as informações, as ideias e conceitos. Sabedoria é a capacidade de aplicar os 
conhecimentos. A sabedoria vem com a idade, com a maturidade. Por outro lado, o 
conhecimento está mais ao alcance das novas gerações. 
Desta forma, um aprendendo com o outro e o outro não vive sem o um. Um 
professor aprende com o aluno pois este tem maior capacidade de, a partir de um 
conhecimento assentado, progredir. Mas o aluno aprende com o professor não apenas o 
conhecimento, mas também a sabedoria. 
“Assim como o ferro afia o próprio ferro, as pessoas aprendem umas com as 
outras9”. O problema do homem com o mundo está na não aceitação de que todos 
dependemos uns dos outros. Quando todos formos humildes e reconhecermos que juntos 
somos mais, este mundo será melhor para todos. 
 
1.11 Professores Reflexivos 
A autora do texto convida para uma reflexão a partir de uma experiência vivida 
por ela. 
A primeira coisa que me chama a atenção é que, como ele mesmo afirma, teve o 
choque que teve mais por causa de suas expectativas do que por causa da novidade da 
experiência. Ela mesmo testemunha já ter se hospedado em hotéis semelhantes. 
Sobre os convites às reflexões, não poderia dizer como se sentiria o José ou a 
Joana. Vou dizer de mim mesmo que, me lembro bem, mudei 8 vezes de escola, dos 7 
aos 18 anos. Considere ai uma interrupção de 3 anos nos estudos para trabalhar. 
 
8 Evangelho de Mateus, 7.6 - NVI 
9 Provérbios, 27.17 - KJA 
Algumas destas mudanças foram desejadas, outras não. Em especial uma ocorrida 
com 8 anos eu chorei profundamente. Não sei porque eu pensei que estava sofrendo uma 
regressão, por isso chorei. 
Numa segunda, sai de uma turma onde a professora me tratava muito bem para 
uma outra onde era visível o ódio que a “tia” adquiriu por mim. De graça. Foi bulling” 
mesmo. Sofri terrivelmente. Ano seguinte fui para outra escola, onde eu era o queridinho 
da turma. Ah, quanta alegria! O que eu posso concluir de minhas experiências é que: 
 Seja criança, seja adolescente, as mudanças criam marcas. 
 Os professores não estavam preparados para me compreenderem e ajudarem. 
 Os professores não souberam lidar com minhas frustações e seguiram em 
frente. 
 Minha família não soube identificar minhas angústias e nada fizeram. 
Como lição, espero lembrar de minhas experiências e ajudar futuros alunos ao 
passarem pelas mesmas situações. 
 
1.12 Um Sonho Impossível? 
Sem dúvida alguma a dificuldade financeira é fator contribuinte para a evasão 
escolar. Mas não podemos ser simplistas e pensar em evasão tão somente pelo fator 
dinheiro. É muito mais complexo que isto. 
Filhos de pessoas mais abastadas podem até não sair da escola de corpo presente, 
mas suas almas estão longe. Esforçam-se para aprender apenas o suficiente até a data da 
prova. Repita a mesma prova do primeiro bimestre no quarto, e possivelmente a nota será 
zero. 
A tarefa no Brasil é ainda gigantesca para tornar a escola atraente e eficiente, 
começando pelo repetitivo tema valorização do professor. Mas, o que mais falta: 
 Escolas equipadas. 
 Currículo adequado e interessante. 
 Tempo integral. 
Se estas metas, e outras mais, forem alcanças, não vejo razão para atuar com 
diferenças entre alunos pobres e alunos ricos. 
Se o aluno aprende o que gosta e sabe porque tem que aprender, ele não sai da 
escola. Lembro-me de no primeiro ano do 2º grau, como chamávamos à época, nossa 
professora de química falaca: “o móvel A tem menas (sic) velocidade que o móvel B”. 
Caçoávamos da professora, pois aprendemos que menas não existe. Mas isto não só 
impediu de reconhecê-la como a melhor professora de física que já tivemos. 
Nossa conclusão foi que os alunos são cobramos por uma quantidade inútil de 
disciplinas, dependendo da profissão a que vamos seguir. 
E ainda hoje eu penso sobre isto. De que me valeu tanto sofrimento para decorar 
os componentes da célula, teorema de Pitágoras... 
Quando eu estava na 8ª série, fiz um teste psicológico que apontou minhas 
habilidades para matemática, engenharia. Tornei-me profissional da informática. Então, 
no segundo grau, eu poderia ter menos conteúdo de biologia e química e mais de 
matemática e física. 
 
1.13 Pipocas da Vida 
As dificuldades da vida promovem mudanças, na maioria das vezes, para melhor. 
Mas há aqueles que pioram. Se na parábola para virar pipoca (coisa boa, alimento) precisa 
do fogo, então sem fogo vira piruá, logo o piruá é coisa ruim. Na parábola. 
Realmente é assim mesmo. Conheci uma pessoa que se dizia ateu. Sem levar em 
conta agora juízo de valor sobre ateístas, o fato é que ele usava o seu ateísmo para ofender 
os parentes cristãos. Ele era orgulhoso e cheio de si. Até que um dia foi diagnosticado 
com severa doença. Quase morreu, mas conseguiu curar-se. Humilhado, reconheceu que 
o ser humano não é nada. Não sei se chegou a confessar alguma crença. O fato é que ele 
cunhou a frase: “Deus me deu um tapinha nas costas”. 
O fogo fez de um milho uma belíssima pipoca! 
Mas também conheci outra pessoa igualmente prepotente e até desonesta. Teve 
um filho assassinado. Ele era cristão. Inconformado, revoltou-se contra Deus, negou a fé, 
abandonou a família, viciou-se no álcool até tornar-se morador de rua. Ao invés de 
enfrentar o fogo, buscou refúgio na bebida e virou piruá. 
Claro que pessoas diferentes têm time diferente. É necessário paciência e 
longanimidade para com elas, a fim de que possam torna-se uma bela pipoca. 
 
REFERÊNCIAS 
 
SILVA, W. S. Prática de Ensino – Introdução à Docência. São Paulo. UNIP, 
2017.

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