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Ciências políticas caso 08

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Rio de Janeiro, 24/09/17
Ciências Políticas
Caso 08
Nesta Aula 16 foram analisados alguns temas ligados à fragmentação quantitativa e qualitativa da soberania estatal em tempos de intensa globalização. No que se refere aos cartoons acima, pergunta-se: 
Na figura 1, qual a relação que a ilustração sugere haver entre globalização e relativização da soberania? 
Resposta: A repercussão da globalização na reconfiguração da estrutura e do papel do Estado nacional pode ser considerada, inequivocamente, uma extensão e um acelerador do processo contínuo de transnacionalização. É nesse sentido que parece estarmos diante de uma possível erosão das competências tradicionais do Estado soberano, tendendo este, progressivamente, a ter de abrir mão de algumas de suas mais tradicionais competências de regulação e jurisdição já que não se mostra mais capaz de, por si só, resolver ou apresentar resposta perante as diversas solicitações e exigências que a ele são dirigidas, seja ao nível do desenvolvimento e do bem-estar, da segurança e da estabilidade ou mesmo do ambiente, da justiça e dos direitos humanos. Porém, ao delegar a outras entidades competências anteriormente suas, os Estados nacionais podem ter de reconhecer nas outras esferas uma hierarquia superior à sua, o que coloca em xeque sua própria soberania. 
b)No que se refere à Figura 2, é possível afirmar que a mesma representa um bom exemplo ideia de fragmentação da soberania estatal? Justifique. 
Resposta: A fragmentação quantitativa com o reconhecimento de inúmeros novos países no Pós-Guerra, levando o número de Estados a triplicar, por si só nada significaria, se na maior parte deles as crises já não mais repercutissem 
no seu processo de organização interna. Porém, tão preocupante quanto este tema é aquele que vem surgindo no cenário contemporâneo e que vislumbra a formação de um outro tipo de cidadania (incentivada pelas demandas 
multiculturais), que compartilha lealdades e que se vê vinculada não apenas ao direito produzido pelo Estado nacional, mas também àquele produzido por outros entes. Isto porque, por trás do direito a ser diferente, do respeito pelos direitos culturais e pelos laços transnacionais, pode estar surgindo um regime legal, estabelecido por, até mesmo, fontes extraestatais que, ao estabelecer a quebra do monopólio estatal, compartilhando competência de produção normativa, contribui fortemente para a relativização da soberania estatal e dos vínculos Estado/cidadão.

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