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SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO................................................................................................. 04 2. EFEITO REDUTOR DE AÇÚCARES.............................................................. 06 2.1. OBJETIVO GERAL......................................................................................... 06 2.2. OBJETIVO ESPECÍFICO............................................................................... 06 2.3. MATERIAIS E REAGENTES.......................................................................... 06 2.4. PROCEDIMENTO METODOLÓGICO............................................................ 06 2.4.1. Reação de Fehling...................................................................................... 2.4.2. Reação de Barfoed..................................................................................... 06 07 2.5. RESULTADOS E DISCUSSÃO...................................................................... 07 2.6. CONCLUSÃO................................................................................................. 08 3. CARAMELIZAÇÃO EM MEIO ÁCIDO E ALCALINO...................................... 09 3.1. OBJETIVO GERAL......................................................................................... 09 3.2. OBJETIVO ESPECÍFICO............................................................................... 09 3.3. MATERIAIS E REAGENTES.......................................................................... 09 3.4. PROCEDIMENTO METODOLÓGICO............................................................ 09 3.5. RESULTADOS E DISCUSSÃO...................................................................... 09 3.6. CONCLUSÃO................................................................................................. 10 4. REAÇÃO DE MAILLARD................................................................................ 11 4.1. OBJETIVO GERAL ........................................................................................ 4.2. OBJETIVO ESPECÍFICO............................................................................... 4.3. MATERIAIS E REAGENTES.......................................................................... 4.4. PROCEDIMENTO METODOLÓGICOS......................................................... 4.5. RESULTADOS E DISCUSSÃO...................................................................... 4.6. CONCLUSÃO................................................................................................. 5. CRISTALIZAÇÃO DA SACROSE E EFEITO DO AÇÚCAR INVERTIDO........ 5.1. OBJETIVO GERAL......................................................................................... 5.2. OBJETIVO ESPECÍFICO................................................................................ 5.3. MATERIAIS E REAGENTES........................................................................... 5.4. PROCEDIMENTO METODOLÓGICO............................................................ 5.5. RESULTADOS E DISCUSSÃO....................................................................... 5.6. CONCLUSÃO.................................................................................................. 11 11 11 11 11 12 13 13 13 13 13 14 15 6. EFEITOS DO PH, SAIS E AÇÚCARES NA FORMAÇÃO DO GEL DE AMIDO.............................................................................................................. 6.1. OBJETIVO GERAL.......................................................................................... 6.2. OBJETIVO ESPECÍFICO................................................................................ 6.3. MATERIAIS E REAGENTES........................................................................... 6.4. PROCEDIMENTO METODOLÓGICO............................................................ 6.5. RESULTADOS E DISCUSSÃO....................................................................... 6.6. CONCLUSÃO.................................................................................................. 7. FORMAÇÃO DE GEL EM DIFERENTES TEMPERATURAS.......................... 7.1. OBJETIVO GERAL.......................................................................................... 7.2. OBJETIVO ESPECÍFICO................................................................................ 7.3. MATERIAIS E REAGENTES........................................................................... 7.4. PROCEDIMENTO METODOLÓGICO............................................................ 7.5. RESULTADOS E DISCUSSÃO....................................................................... 7.6. CONCLUSÃO.................................................................................................. 8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS................................................................ 4 1. INTRODUÇÃO A Bioquímica dos Alimentos é uma ciência que utiliza a composição da bioquímica e da funcionalidade dos nutrientes dos alimentos para proporcionar uma boa qualidade de vida e também para favorecer a indústria alimentos uma segurança alimentar respeitando o meio ambiente e reduzindo os custos. (FERREIRA, 2002) Um dos nutrientes estudados por essa ciência são os carboidratos. Segundo Bobbio e Bobbio (2003) os carboidratos abrangem um grupo enorme de compostos orgânicos presentes na natureza e junto com as proteínas compõem os constituintes principais dos seres vivos, além disso, os carboidratos são a principal fonte de energia para os seres humanos. Os açucares são facilmente solúveis em água e suas soluções são oticamente ativas. Os monossacarídeos, glicose e frutose são açúcares redutores por possuírem grupo carboxílico e cetônico livres, capazes de se oxidarem na presença de agentes oxidantes em soluções alcalinas, já os dissacarídeos não possuem tais características sem sofrerem a hidrolise da ligação glicosídica assim não sendo denominados açúcares redutores. (CHAMPE, HARVEY, 2002) Uma das propriedades mais importantes dos açúcares nos alimentos é a formação de cor característica; cor de caramelo sendo que são muito utilizados em confeitarias na preparação de diversos doces em geral. (OETTERER et al, 2006) O nome caramelo se refere ao produto de cor escura formado pelo aquecimento de açúcares com ou sem presença de água e catalisadores ácidos ou básicos. Tal como na reação de Maillard, obtém-se um pigmento coloidal de cor preta, com cargas positivas em meio alcalino, e negativas em meio ácido. (BOBBIO e BOBBIO,1992) O açúcar invertido tem esse nome, pois acorre à inversão do poder óptico da solução com a adição do ácido. Ele é uma mistura de glicose e frutose em iguais proporções, resultante da hidrolise da sacarose. Por ser uma mistura de açúcares, é mais difícil de cristalizar, visto que cristalização é uma característica de substâncias puras. (ROSENBERG, 2001) O amido é constituído por uma mistura de dois polissacarídeos denominados amilose e amilopectina, em proporções que variam entre os amidos procedentes de diferentes espécies vegetais, e mesmo entre amidos provenientes da mesma espécie 5 as proporções da amilose e de amilopectina influem na viscosidade e no poder de gelatinização do amido. (COULTATE, 2004) Com tantas características e utilizações dos carboidratos, o presente relatório tem como objetivo abordar e analisar algumas de suas propriedades, bem como, encontrar a melhor maneira de utiliza-los. 6 2. EFEITO REDUTORDE AÇÚCARES 2.1. OBJETIVO GERAL Analisar e observar as propriedades dos carboidratos. 2.2. OBJETIVO ESPECÍFICO Analisar a ação dos Fehlings A e B sobre os glicídios; Observar os açucares redutores; Verificar a ação de Barfoed sobre os glicídios. 2.3. MATERIAIS E REAGENTES Os materiais utilizados foram: Estante e tubos de ensaio; Banho maria; Pipetas volumétricas de 5 ml; Pipetas de Pasteur; Os reagentes utilizados foram: Ácido clorídrico concentrado; Regente de Fehling A e B; Reagente de Barfoed; Solução de glicose 0,5M, 4% e 0,1M; Solução de frutose 0,5M, 4% e 0,1M; Solução de sacarose 0,5M, 4% e 0,1M; Solução de maltose 0,5M, 4% e 0,1M; Solução de lactose 0,5M, 4% e 0,1M; Solução de galactose 0,5M, 4% e 0,1M; 2.4. PROCEDIMENTO METODOLÓGICO 2.4.1. Reação de Fehling Em cinco tubos de ensaio, foram adicionados com o auxílio de pipetas volumétricas, 2 ml de solução a 4% de glicose, frutose, sacarose, maltose e lactose. Logo em seguida, adicionou-se, junto as soluções, 2 ml do reagente de Fehling A e 2 ml do reagente de Fehling B. Em seguida, os tubos foram colocados sobre a estante e levados para serem aquecidos em banho maria, durante 5 minutos. 7 Em outro tubo de ensaio, foi adicionado 2 ml da solução de sacarose a 4% e 2 gotas de ácido clorídrico (HCl) concentrado, o qual foi aquecido, também em banho maria por 2 minutos. Após o resfriamento, foi adicionado no mesmo tubo, 2 ml de reagente de fehling A e B, o qual foi levado novamente em banho maria durante 5 minutos. 2.4.2. Reação de Barfoed Em seis tubos de ensaio, adicionou-se 2 ml de soluções a 0,5M de glicose, frutose, sacarose, maltose, lactose e galactose. Em seguida, foi adicionado 2 ml do reagente de Barfoed em cada tudo, respectivamente. Posteriormente, as soluções foram colocadas em banho maria e aquecidas durante 15 minutos. Logo após, repetiu-se a experiência com soluções a 0,1M dos mesmos açúcares, sendo aquecidos em banho maria por 15 minutos. 2.5. RESULTADOS E DISCUSSÃO Na reação de Fehling, pôde-se observar que após 3 minutos em banho maria as soluções de glicose, frutose, maltose e lactose adquiriram uma coloração marrom avermelhada, o que mostra que os mesmos são açúcares redutores, pois ocorreu a redução do íon cúprico-tártaro de sódio e potássio a tartarato de sódio e potássio e óxido cuproso, o qual precipita em solução dando origem a essa coloração. Na solução de sacarose não houve nenhuma alteração, pois é um dissacarídeo que não reage com os Fehlings. Na segunda etapa, onde foi adicionado ácido clorídrico na solução de sacarose, depois de aquecida em banho maria ocorreu a reação de hidrólise da sacarose. Depois de fria e com a adição de reagente de fehling, a solução foi aquecia novamente onde ocorreu a reação de oxirredução, o qual alterou a coloração da solução para roxo escuro (vinho). Já na reação de Barfoed, o cobre também sofre redução, porém, essa redução é efetuada em meio ácido. O cobre então, é reduzido a quente pelos monossacarídeos com formação de óxido cuproso. As soluções de monossacarídeos apresentam presença do precipitado avermelhado característico. A diferença é que, como o reagente de Barfoed é fracamente ácido apenas os monossacarídeos obtiveram o resultado positivo para açucares redutores. A não formação de precipitado neste 8 tempo indica a presença de dissacarídeo. 2.6. CONCLUSÃO Com os resultados adquiridos nesse experimento, pôde-se perceber como identificar açúcares redutores, que acontece em monossacarídeos, e em alguns dissacarídeos e polissacarídeos hidrolisados, como a sacarose por exemplo, depois que sofre a hidrólise em meio ácido, transforma-se em moléculas de glicose e frutose, e estes, por possuírem o grupo aldeído e o grupo cetona livres, reagem com o fehling e com o barfoed que contém o elemento metálico cobre, que se liga com a carbonila e precipita, deixando a solução com uma coloração marrom avermelhada, por isso são considerados açúcares redutores, sendo que a reação de barfoed não tem um resultado tão positivo como a de fehling, pois é um ácido fraco. 9 3. CARAMELIZAÇÃO EM MEIO ÁCIDO E ALCALINO 3.1. OBJETIVO GERAL Observar a reação de caramelização em diferentes meios; 3.2. OBJETIVO ESPECÍFICO Observar o tempo de reação; Verificar a coloração da amostra; Analisar a reação de caramelização com catalizador ácido e alcalino e a reação sem catalizador. 3.3. MATERIAIS E REAGENTES Bastão de vidro; Béqueres; Provetas; Pipetas volumétricas; Placa de aquecimento; Balança analítica; Sacarose; Água destilada a pH 7; Solução de hidróxido de sódio; Solução de ácido clorídrico. 3.4. PROCEDIMENTO METODOLÓGICO Primeiramente as soluções de hidróxido de sódio e de ácido clorídrico foram devidamente preparadas. Em seguida, foram pesados 10g de sacarose em três béqueres. No primeiro béquer foi adicionado 20 ml de água destilada a pH 7,0. No segundo, juntou-se à sacarose, 20 ml de solução a 0,25 M de hidróxido de sódio, e no último béquer, adicionou-se 20 ml da solução 0,25 M de ácido clorídrico. Após isso, os três béqueres foram aquecidos, sendo agitados constantemente, até a completa dissolução da sacarose. Quando as soluções começaram a escurecer, foram aquecidas por mais 2 minutos. Logo após, os resultados obtidos foram comparados. 3.5. RESULTADOS E DISCUSSÃO Após as amostras serem aquecidas a certas temperaturas, as mesmas 10 adquiriram colorações diferentes, mas típicas da caramelização. A reação de caramelização pode ocorrer na presença de certos catalisadores que, além de acelerar a reação, com frequência são utilizados para direcionar a reação nos alimentos para a formação de tipos específicos de caramelo, com cores, solubilidade e graus de acidez diferentes (OETTERER et al, 2006). No primeiro béquer, que continha somente água, a reação ocorre de forma normal, a solução ficou com a cor amarelada, durante um tempo maior de reação, sendo menos eficiente que as demais. Já o segundo, com a solução de hidróxido de sódio, o caramelo se formou no tempo de 15 minutos. Sendo que ocorreu reação de maillard logo quando o NaOH foi adicionado na água, adquirindo uma coloração amarelada. No béquer que continha solução de ácido clorídrico, o caramelo usou um pouco menos de tempo que os demais para se formar, porém só apresentou coloração de caramelo após a ebulição. 3.6. CONCLUSÃO Com os resultados adquiridos nesse experimento, verificou-se diferentes tempos de reação e coloração para a caramelização. Visto que a reação em meio ácido ocorreu de forma mais rápida que a em meio alcalino, devido a liberação de água no processo de formação do hidroximetilfurfural, que contribui para a polimerização do mesmo para formar as melanoidinas (pigmentos) (OETTERER et al, 2006). Quando a reação ocorre em meio ácido e alcalino (que agem como catalizadores) ela é acelerada de forma eficiente, o que é de certa forma importante para as indústrias de processamento de alimentos, pois otimizam a produção de corantes derivados do processo de caramelização em um tempo menor. 11 4. REAÇÃO DE MAILLARD 4.1. OBJETIVO GERAL Observar como ocorre a reação de Maillard. 4.2. OBJETIVO ESPECÍFICO Analisar o escurecimento da reação; Observar a formação de doce de leite com substâncias adicionais; Verificar a textura, odor e cor da reação. 4.3. MATERIAIS E REAGENTES Os materiais utilizados foram: Panela de aço inox; Espátula; Recipiente para armazenar; Balança analítica; Termômetro de mercúrio; Os reagentes utilizados foram: Leite girema coalhado; Bicarbonato de sódio; Açúcar. 4.4. PROCEDIMENTO METODOLÓGICO Em uma panela, adicionou-se o açúcar, o leite coalhado e o bicarbonato de sódio. Logo em seguida, a mesma foi levada para o fogo, sendo aquecida até haver alteração na cor, no odor e na textura da amostra, sendo agitada constantemente. Ao atingir a temperatura de 65ºC a solução adquiriu um aspecto cremoso, com coloração amarelo claro. Após alguns minutos, a solução continuou com o aspecto cremoso mas adquiriu a coloração mais escura, até chegar a cor caramelo. 4.5. RESULTADOS E DISCUSSÃO A reação de Maillard é um processo que envolve uma série de reações que se iniciam com o grupamento carbonila de um aldeído, cetona ou açúcar 12 redutor com um grupamento amino de um aminoácido, peptídeo ou proteína, formando depois a chamada base de Schiff, sofrendo o rearranjo de Amadori (isomerização de aldosilamina N-substituí da) a de gradação d e Strecker (perda de CO2) culminando com a formação de pigmentos escuros (GAVA, 1995). De acordo com Fennema (2010), os produtos da reação de Maillard são contribuintes importantes do sabor do leite, do chocolate, do caramelo, do doce de leite, onde ocorre reação dos açúcares redutores com as proteínas do leite. Pôde-se perceber que ao aquecer a mistura do leite com açúcar houve a modificação da cor, textura, aroma e do sabor. Já o bicarbonato de sódio tem a função de elevar o pH do leite, pois é muito ácido, o que favorece a reação de maillard, deixando-o bem escuro. Através dele é possível produzir o doce de leite com a cor que desejar. 4.6. CONCLUSÃO Pôde-se concluir que para o escurecimento não enzimático acontecer, se faz necessário a associação do produto com fatores essenciais que podem atuar como aceleradores ou inibidores da reação, são eles: temperatura, tempo, armazenamento, atividade de água, pH e alguns outros componentes adicionais. Essa combinação resulta em um produto final onde pode-se observar mudanças como a cor, causada pela formação de melanoidinas, além de textura e aroma, como ocorre na reação de Maillard. O bicarbonato de sódio é considerado o “segredo” das indústrias alimentícias, sendo que a maioria dos doces de leite possuem o mesmo, pois elevam o pH e favorecem o escurecimento do produto. Desse modo, pode-se ver claramente a importância da reação de Maillard para as indústrias de alimentos, pois com a correta combinação dos diversos fatores que contribuem para a obtenção de alimentos com boas propriedades sensoriais e menor perda nutricional, fazendo com que cada alimento possua suas próprias características. 13 5. CRISTALIZAÇÃO DA SACAROSE E EFEITO DO AÇÚCAR INVERTIDO 5.1. OBJETIVO GERAL Analisar as reações de cristalização da sacarose e do açúcar invertido. 5.2. OBJETIVO ESPECÍFICO Determinar a formação de açúcar invertido; Observar a cristalização da sacarose; Comparar os resultados obtidos. 5.3. MATERIAIS E REAGENTES Os materiais utilizados foram: Béqueres de 250 e 600 ml; Proveta de 250 ml; Pipetas volumétricas; Termômetro aferido 150°C Balança analítica; Estante e tubos de ensaio; Papel indicador; Bastões de vidro; Placa de aquecimento. Os reagentes utilizados foram: Sacarose; Água destilada; Ácido cítrico; Ácido clorídrico; Bicarbonato de sódio; Solução de fehling A e B; 5.4. PROCEDIMENTO METODOLÓGICO Com o auxílio de uma balança analítica, pesou-se em um béquer, 150g de sacarose. Em seguida, adicionou-se 90 ml de água destilada junto à sacarose, a qual foi agitada e aquecida até completa dissolução da sacarose. Após isso, separou-se 3 ml dessa amostra, a qual foi reservada. O restante da amostra foi dividido em duas partes iguais, em dois béqueres, sendo que no primeiro foi adicionado 5g de ácido 14 cítrico e ao segundo 1 ml de ácido clorídrico concentrado. Os quais foram agitados e mantidos em aquecimento até atingir a temperatura de 50°C. Logo após as duas soluções foram neutralizadas com bicarbonato de sódio, sendo medidas com o auxílio do papel indicador, até obterem um pH 7,0. Logo em seguida, foram pesados 1g de cada um dos 3 xaropes diluídos em 200 ml de água. Em tubos de ensaio, adicionou-se 1 ml dessa solução, junto com 5 ml da solução de fehling. Em outros 3 béqueres, pesou-se 50g de sacarose. No primeiro foi adicionado 30 ml da solução de açúcar invertido (que foram neutralizadas) com HCl. Ao segundo, 30 ml de açúcar invertido com ácido cítrico, e no ultimo 30 ml de água destilada. As 3 soluções foram aquecidas até completa dissolução da sacarose e depois até atingirem a temperatura de 110°C. Essas soluções foram colocadas em 3 copos de geleia, os quais foram reservados até esfriar. Após isso, juntou-se em cada copo 5 cristais de sacarose, os quais foram tampados e reservados durante algumas horas. 5.5. RESULTADOS E DISCUSSÃO Na primeira etapa onde se formou o açúcar invertido, pôde-se perceber que a coloração da solução que continha ácido clorídrico ficou mais escura que a solução de ácido cítrico, por ser um ácido mais forte. No início da neutralização das amostras, a solução de ácido clorídrico apresentava pH 2, e a solução de ácido cítrico, pH 1. No decorrer do processo, a solução de ácido cítrico demorou mais tempo para ser neutralizada em relação a solução de ácido clorídrico, devido a maior quantidade de componentes ácidos e básicos na estrutura do ácido clorídrico. No teste feito para identificar os açúcares redutores, percebeu-se que o tubo que continha somente a sacarose, não ocorreu redução, e não houve alteração na coloração. Já nos tubos que continham sacarose com ácido clorídrico e sacarose com ácido cítrico, ocorreu a hidrólise da sacarose, sendo que a solução de ácido clorídrico apresentou uma coloração marrom-avermelhada, pois foi mais eficiente do que a solução de ácido cítrico, que apresentou cor marrom clara. Após reservar as amostras de açúcar invertido por 48 horas, percebeu-se que algumas amostras continham núcleos de cristalização, devido a forma espacial da molécula. Além disso o pH das soluções aumentou, e isso resulta no escurecimento da solução. Em uma das amostras o aumento do pH foi tão grande que ocorreu a 15 pirólise, e a cristalização não aconteceu. A amostra que continha somente cristais foi a que mais formou cristais. 5.6. CONCLUSÃO Com os resultados obtidos nesse experimento, e juntamente com os conhecimentos adquiridos em sala de aula, pode-se concluir que o açúcar invertido se dá apenas pela mudança de posição óptica da molécula de dextrogiro para levogiro. Também percebeu-se que o ácido clorídrico reage melhor com a sacarose do que o ácido cítrico. No processo de cristalização pose-se concluir, que a presença de ácidos interfere no resultado final, pois na amostra que continha a sacarose houve maior cristalização no que nas demais. 16 6. EFEITOS DO PH, SAIS E AÇÚCARES NA FORMAÇÃO DO GEL DE AMIDO 6.1. OBJETIVO GERAL Analisar a formação de gel em diferentes meios. 6.2. OBJETIVO ESPECÍFICO Observar a consistência das amostras; Analisar a reação de gelatinização; Comparar os resultados obtidos. 6.3. MATERIAIS E REAGENTES Béqueres; Bastão de vidro; Termômetro de mercúrio 150°C; Copos de geleia; Panelas; Pipetas volumétricas; Farinha de arroz; Água destilada; Solução de 15% ácido cítrico; Solução 10% de cloreto de sódio; Solução de sacarose. 6.4. PROCEDIMENTO METODOLÓGICO Com o auxílio de uma balança analítica, pesou-se 5g de farinha de arroz, a qual foi adicionada em um béquer, junto a 95 ml de água destilada. Essa solução foi transferida para uma panela, e aquecida até atingir a temperatura de 95°C, a qual foi mantida durante 1 minuto. Após isso, a solução foi transferida para um copo de geleia, onde permaneceu até esfriar. Em outros 3 béqueres, adicionou-se 5g de farinha de arroz junto a 95 ml de ácido cítrico, 95 ml de solução de sacarose e 95 ml de solução de cloreto de sódio, respectivamente. Repetiu-se o mesmo procedimento com cada um dos três béqueres, os quais também foram transferidos para copos de geleia, que foram reservados durante 24 horas. 17 6.5. RESULTADOS E DISCUSSÃO O amido é um polissacarídeo encontrado na forma de grânulos formado por amilose e amilopectina e seu formato e tamanho dependerá de sua fonte. Por conta das características físico-químicas e funcionais ele é muito utilizado na indústria. (ROCHA, 2008) O processo de gelatinização ocorre devido ao aquecimento do amido, alterando a conformação dos grânulos, através dos rompimentos das pontes de hidrogênio estabilizadoras da estrutura cristalina interna do grânulo. Durante o procedimento, pode-se perceber que logo após alguns minutos a amostra de sacarose adquire uma coloração mais escura que as demais. Isso deve- se pelo fato de que a sacarose compete com o gel de amido na atividade da água (aW), o que entumece, escurece e hidrata os grânulos do amido. Na amostra que continha ácido cítrico o pH aumenta, rompe a ligação química do amido e a amostra se torna espessa, mas não forma gel. Já na amostra com cloreto de sódio, a solução perdeu viscosidade, ocorreu a retrogradação do amido e o processo de gelatinização ocorreu mais rápido. A gelatinização, a viscosidade das suspensões e as características dos géis de amido dependem não apenas da temperatura, mas também dos tipos e quantidades de outros constituintes. Na gelatinização não é a quantidade de água que é importante e sim a água disponível, ou seja, a atividade de água. A atividade de água é influenciada por constituintes que são capazes de ligar-se fortemente a água afetando diretamente na gelatinização do amido. 6.6. CONCLUSÃO Com os resultados obtidos nesse experimento, pôde-se concluir que para a gelatinização ocorrer da melhor forma possível deve-se evitar o uso da sacarose, pois como descrito nos resultados, ela compete com o gel de amido. Pôde-se perceber também que o pH, a temperatura e os reagentes que são adicionados às soluções interferem muito no processo de gelatinização, por isso é importante saber como cada reagente reage com o amido, para assim, obter melhores resultados. 18 7. FORMAÇÃO DE GEL COM DIFERENTES TEMPERATURAS 7.1. OBJETIVO GERAL Analisar o comportamento do amido em diferentes temperaturas. 7.2. OBJETIVO ESPECÍFICO Observar a formação de gel nas amostras; Verificar a cor e solubilidade do amido; Encontrar a melhor temperatura para formal o gel. 7.3. MATERIAIS E REAGENTES Os materiais utilizados foram: Béqueres; Proveta; Termômetro; Bastão de vidro; Balança analítica; Tripé de ferro; Tela de amianto; Bico de Bunsen; Os reagentes utilizados foram: Farinha de arroz; Água destilada. 7.4. PROCEDIMENTO METODOLÓGICO Em um béquer, adicionou-se 16g de farinha de arroz, junto a 300 ml de água destilada. A solução foi aquecida em bico de Bunsen, sendo agitada constantemente. A temperatura da solução estava sendo monitorada com o auxílio de um termômetro. Ao atingir quatro certas temperaturas, a solução ia sendo transferida para béqueres menores. A cada aumento de temperatura as mudanças na transparência e viscosidade das amostras estavam sendo analisadas. Após algumas horas, as amostras foram verificadas e discutidas. 19 7.5. RESULTADOS E DISCUSSÃO Após o resfriamento das amostras em temperatura ambiente, pode-se perceber que a amostra em temperatura a 50°C permaneceu líquida e ainda estava transparente e insolúvel. Em 70°C, percebeu-se que houve decantação, mas ainda continuou liquida e insolúvel. Na amostra a 80°C, a solução adquiriu coloração branca, estava mais espessa e solúvel. Já a 95°C a solução ficou viscosa, mais espesso que a anterior, solúvel e formou um gel de cor branca amarelada. A melhor temperatura para a farinha de arroz seria a 95°C, pois ocorreu a gelatinização do amido. Quando os grânulos de amido são aquecidos em água até certa temperatura, os grânulos passam por um processo de gelatinização. Sendo esta a ruptura da ordem molecular no interior dos grânulos. Essa ruptura de ordem molecular inclui: inchaço irreversível do grânulo, perda da birrefringência e perda de cristalinidade (RIBEIRO, SERAVALLI, 2004). 7.6. CONCLUSÃO Com os resultados adquiridos nesse experimento, pode-se concluir que um dos fatores mais importantes para ocorrer mudanças nas características de gelatinização do amido se deve pela temperatura. De acordo com as literaturas usadas, pôde-se observar que a mesma provocou uma leve expansão dos grânulos e desagrupou os grânulos dos amidos. Percebeu-se também que a melhor temperatura para formar gel com a farinha de arroz é entre 80°C e 95°C. 20 8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BOBBIO, P. A.; BOBBIO, F. O. Introdução à Química de Alimentos. 3ª ed. São Paulo: Varela, 2003. BOBBIO, P.A; BOBBIO, F.O. A química do processamento de alimentos. 2ª ed. São Paulo: Livraria Varela, 1992. CHAMPE, P.C., HARVEY, R.A. Bioquímica Ilustrada. Porto Alegre: Médicas, 2002. COULTATE, T.P. Alimentos: a química de seus componentes. Porto Alegre: Artemed, 2004. FENNEMA, O.R. Química de los Alimentos. 2ed. Zara goza: AcribiaS.A , 2000; FERREIRA, S.M.R. Controle de qualidade em sistemas de alimentação coletiva I. 1ª ed. São Paulo: Livraria Varela, 2002. GAVA, A.J. Tecnologia de alimentos: Princípios e Aplicações. Editora Nobel, 2⁰ Ed, São Paulo, 1995. OETTERER et al. Fundamentos de ciência e tecnologia de alimentos. 2 ed. Barueri-SP: Editora Manole, 2006. RIBEIRO, E. P.; SERAVALLI, E. A. G.; Química de Alimentos. 1ª ed.; São Paulo; Ed. Edgard Blücher Ltda; 2004 ROCHA, T.S.; DEMIATE, I.M.; FRANCO, C.M.L. Características estruturais e físico-químicas de amidos de mandioquinha salsa (Arracacia xanthorrhiza). Revista Ciência e Tecnologia de Alimentos, 28 (3), p.620-628, 2008. 21 ROSENBERG, J.; EPSTEIN, L. – Química Geral, Portugal, 1.ª ed., McGraw-Hill, 2001.
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