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Plano de Aula: FATORES DE TEXTUALIDADE 
PORTUGUÊS INSTRUMENTAL I - CCJ0214 
Título 
FATORES DE TEXTUALIDADE 
Número de Aulas por Semana 
Número de Semana de Aula 
8 
Tema 
Textualidade e seus fatores 
Objetivos 
· Identificar fatores de textualidade em enunciados variados e sua contribuição para o sentido 
dos textos. 
· Identificar a interdependência semântica entre os elementos constituintes de um texto 
responsável pelo estabelecimento da coerência. 
· Organizar ideias de forma coerente, considerando os fatores de textualidade. 
· Reconhecer os procedimentos linguísticos na construção do sentido e mobilizar tais 
conhecimentos no processo de produção de textos. 
· Compreender a intertextualidade como recurso expressivo criativo. 
· Produzir textos em que se presentifiquem os fatores de textualidade 
 
Estrutura do Conteúdo 
1. Fatores de textualidade: 
1.1 Coerência 
1.2 Coesão 
1.3 Inferências 
1.4 Situacionalidade 
1.5 Intencionalidade 
1.6 Aceitabilidade 
1.7 Informatividade 
1.8 Focalização 
1.9 Intertextualidade 
 
Aplicação Prática Teórica 
Questões objetivas 
Questão 1 
Aponte uma inferência para cada um dos tópicos abaixo. 
1. O comércio pretende vender mais neste Natal. 
2. As aulas começaram tarde esse ano 
3. No século vinte várias vacinas salvaram vidas. 
4. Não me diga mais uma de suas mentiras. 
5. João não fuma mais. 
6. Nunca houve uma tsunami como a de 2001. 
 
Questão 2 
Analise as propagandas abaixo explicitando a intenção subjacente. 
1. Bebeu e está dirigindo? Vai ficar lindo com uma coroa de flores. 
2. Compre batom/ Compre batom / Compre batom / Seu filho merece batom. 
3. Sexo sem proteção? Passe uma borracha nisso. 
 
Questões Discursivas 
Questão 1 
Analise os três textos a seguir, identifique e comente sobre o tema abordado e a organização intertextual 
de cada um deles, traçando semelhanças e diferenças entre eles. Não se esqueça de que o leitor 
competente deve compreender o que lê; como também saber ler o que não está escrito, identific ando 
elementos implícitos; estabelecer relações entre o texto que lê e outros textos já lidos; saber que vários 
sentidos podem ser atribuídos a um texto; conseguir justificar e validar a sua leitura a partir da localização 
de elementos discursivos. 
Texto 1 
Sou compulsiva, eu sei. Limpeza e arrumação. Todos os dias boto a mesa, tiro a mesa. Café, almoço, 
jantar. E pilhas de louça na pia, e espumas redentoras. Todos os dias entro nos quartos, desfaço camas, 
desarrumo berços, lençóis ao alto como velas. Para tudo arrumar depois, alisando colchas de crochê. 
Sou caprichosa, eu sei. Desce o pó sobre os móveis. Que eu colho na flanela. Escurecem -se as pratas 
que eu esfrego com a camurça. A aranha tece. Que eu enxoto. A traça rói. Que eu esmago. O cupim voa. 
Que eu afogo na água da tigela sob a luz. 
E de vassoura em punho gasto tapetes persas. 
Sou perseverante, eu sei. À mesa que ponho ninguém senta. Nas camas que arrumo ninguém dorme. 
Não há ninguém nesta casa, vazia há tanto tempo. 
Mas, sem tarefas domésticas, como preencher de feminina honradez a minha vida? 
(COLASANTI, M. Contos de amor rasgado. Rio de Janeiro: Rocco, 2006.) 
Texto 2 
Somente uma mulher, e dona de casa, sabe e reconhece a grande tarefa que é bem dirigir uma casa. A 
dona de casa tem de ser, antes de tudo, uma economista, uma equilibrista das finan ças, principalmente 
com as dificuldades da vida atual. O lar é o lugar onde devemos encontrar a nossa paz de espírito num 
ambiente limpo, sadio e agradável e cabe à mulher providenciar isso. 
Muitas erram ao fazer de sua casa uma vitrina permanente onde não há liberdade para o marido fumar o 
seu cachimbo, para o filhinho brincar. [...] 
A boa dona de casa é a que sabe dar ordens e acompanha de perto a sua execução. É a que mantém a 
limpeza, a ordem, o capricho em sua casa, sem fazer desta um eterno local de cerimônias, de deveres, 
onde tudo é proibido. É a que faz de sua casa o lugar de descanso, da felicidade do marido e dos filhos, 
onde eles se sentem realmente bem, à vontade, e são bem tratados. O melhor lugar do mundo. 
(LISPECTOR, Clarice. Correio feminino. Org. Aparecida Maria Nunes. Rio de Janeiro: Rocco, 2006, p.45) 
 
Texto 3 
Sou eu que começo? Não sei bem o que dizer sobre mim. Não me sinto uma mulher como as outras. Por 
exemplo, odeio falar sobre crianças, empregadas e liquidações. Tenho vontade de com eter haraquiri 
quando me convidam para um chá de fraldas e me sinto esquisita à beça usando um lencinho amarrado 
no pescoço. Mas segui todos os mandamentos de uma boa menina: brinquei de boneca, tive medo do 
escuro e fiquei nervosa com o primeiro beijo. 
Quem me vê caminhando na rua, de salto alto e delineador, jura que sou tão feminina quanto as outras: 
ninguém desconfia do meu hermafroditismo cerebral. 
Adoro massas cinzentas, detesto cor-de-rosa. Penso como um homem, mas sinto como mulher. 
Não me considero vítima de nada. Sou autoritária, teimosa e um verdadeiro desastre na cozinha. 
Peça para eu arrumar uma cama e estrague meu dia. Vida doméstica é para os gatos. 
[...] Sou tantas que mal consigo me distinguir. Sou estrategista, batalhadora, porém traída pel a comoção. 
Num piscar de olhos fico terna, delicada. Acho que sou promíscua, doutor Lopes. São muitas mulheres 
numa só, e alguns homens também. Prepare-se para uma terapia de grupo. 
(MEDEIROS, Martha. Divã. Rio de Janeiro: Objetiva, 2002. p. 9-11.) 
 
 
 
 
 
Questão 2 
Leia os textos 1 e 2 e depois responda à questão 5: 
Texto 1: Os Retirantes (Portinari) 
 
Disponível em: 
<http://www.portinari.org.br/ppsite/ppacervo/obrasCompl.asp?notacao=2733&ind=1&NomeRS=rsObras&
Modo=C>. 
 
Texto 2: 
Asa Branca 
(Luíz Gonzaga) 
 
Quando "oiei" a terra ardendo 
Qual a fogueira de São João 
Eu perguntei a Deus do céu, ai 
Por que tamanha judiação 
Eu perguntei a Deus do céu, ai 
Por que tamanha judiação 
Que braseiro, que fornaia 
Nem um pé de "prantação" 
Por farta d'água perdi meu gado 
Morreu de sede meu alazão 
Por farta d'água perdi meu gado 
Morreu de sede meu alazão 
Inté mesmo a asa branca 
Bateu asas do sertão 
"Intonce" eu disse, adeus Rosinha 
Guarda contigo meu coração 
"Intonce" eu disse, adeus Rosinha 
Guarda contigo meu coração 
Hoje longe, muitas légua 
Numa triste solidão 
Espero a chuva cair de novo 
Pra mim vortar pro meu sertão 
Espero a chuva cair de novo 
Pra mim vortar pro meu sertão 
Quando o verde dos teus "óio" 
Se "espaiar" na prantação 
Eu te asseguro não chore não, viu 
Que eu vortarei, viu 
Meu coração 
Eu te asseguro não chore não, viu 
Que eu vortarei, viu 
Meu coração 
Disponível em: <http://letras.mus.br/luiz-gonzaga/47081/>. 
Questão 5 
a. O que as obras retratam? 
b. Em qual região do país essa situação ocorre? Por quê? 
c. Qual a relação entre a obra de Portinari e a música de Luís Gonzaga? 
d. Quais as semelhanças entre as obras? 
e. Quais as diferenças entre elas? 
f. Em sua opinião qual obra foi criada primeiro? Justifique a sua resposta. 
g. Quais trechos ou estrofes da canção estão relacionados ao quadro de Portinari? 
h. Explique o processo de migração explícito no 7º verso?

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