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“Tradição em formar Profissionais com Qualidade” 
 
 
venida XV de Novembro, 413-Centro - Ferraz de Vasconcelos –SP-CEP: 08500-405 
Tel.: (11) 4678-5508- colegiosaobento@uol.com.br 
COLÉGIO TÉCNICO 
 SÃO BENTO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Noções 
de 
Primeiros Socorros 
 
 
 
 
 
“ 
"Tradição em formar Profissionais com Qualidade" 
 
 
Avenida XV de Novembro, 413-Centro - Ferraz de Vasconcelos –SP-CEP: 08500-405 
Tel.: (11) 4678-5508- colegiosaobento@uol.com.br 
COLÉGIO TÉCNICO 
 SÃO BENTO 
 
 
Sumário 
Primeiros Socorros...................................................................................................01 
Conceitos Aplicados aos Primeiros Socorros..........................................................01 
Aspectos Legais do Socorro....................................................................................02 
As Fases do Socorro................................................................................................04 
Sinais Vitais e Sinais Diagnósticos.........................................................................08 
Remoção do Acidentado.........................................................................................13 
Hemorragias............................................................................................................17 
Queimaduras...........................................................................................................20 
Isolação...................................................................................................................23 
Internação...............................................................................................................24 
Desmaio..................................................................................................................24 
Convulsões..............................................................................................................26 
Estado de Choque...................................................................................................28 
Ferimentos..............................................................................................................29 
Fraturas – Luxações – Entorses..............................................................................32 
Traumas de Crânio, Tórax e Coluna.......................................................................37 
 
 
 
 
 
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"Tradição em formar Profissionais com Qualidade" 
 
 
Avenida XV de Novembro, 413-Centro - Ferraz de Vasconcelos –SP-CEP: 08500-405 
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COLÉGIO TÉCNICO 
 SÃO BENTO 
 
Envenenamentos....................................................................................................41 
Acidentes Causados por Animais Peçonhentos.....................................................47 
Oxigenoterapia.......................................................................................................52 
Princípios da Reanimação......................................................................................53 
Parada Respiratória................................................................................................54 
Parada Cardíaca......................................................................................................58 
Engasgamento.........................................................................................................62 
Afogamento.............................................................................................................63 
Parto de Emergência...............................................................................................65 
Referências Bibliográficas e Agradecimentos........................................................69 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
“Tradição em formar Profissionais com Qualidade” 
 
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Avenida XV de Novembro, 413-Centro - Ferraz de Vasconcelos –SP-CEP: 08500-405 
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COLÉGIO TÉCNICO 
 SÃO BENTO 
 
Primeiros Socorros 
 
Objetivos 
Conhecer os principais aspectos do comportamento e da conduta de um profissional de 
saúde que presta um atendimento de primeiros socorros. 
Conhecer os aspectos legais do socorro, conhecer as 4 fases do socorro e saber realizar 
um exame primário e um secundário. 
Introdução 
Toda pessoa que estiver realizando o atendimento de primeiros socorros deve, antes de 
tudo, atentar para a sua própria segurança. 
O impulso de ajudar a outras pessoas não justifica a tomada de atitudes 
inconseqüentes, que acabem transformando-o em mais uma vítima. 
A seriedade e o respeito são premissas básicas para um bom atendimento de primeiros 
socorros. Para tanto, evite que a vitima seja exposta desnecessariamente e mantenha o devido 
sigilo sobre as informações pessoais que ela lhe revele durante o atendimento. 
 
Conceitos Aplicados aos Primeiros Socorros 
Primeiros Socorros: são os cuidados imediatos prestados a uma pessoa cujo estado 
físico coloca em perigo a sua vida ou a sua saúde, com o fim de manter as suas funções vitais 
e evitar o agravamento de suas condições, até que receba assistência médica especializada. 
 
 
 
 
 
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"Tradição em formar Profissionais com Qualidade" 
 
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COLÉGIO TÉCNICO 
 SÃO BENTO 
 
Triagem: processo de avaliação de paciente para determinar as prioridades de 
tratamento. 
Socorrista: atividade regulamentada pelo Ministério da Saúde, segundo a portaria n° 
824 de 24 de junho de 1999. O socorrista possui um treinamento mais amplo e detalhado que 
uma pessoa prestadora de socorro. 
Urgência: O termo urgência quer dizer que as condições são graves, mas que 
geralmente não oferecem risco de morte; são de prioridade moderada. 
Emergência: O termo emergência identifica situações que necessitam de cuidados 
especializados imediatos, para evitar a morte de um individuo ou complicações graves. 
Acidente: fato do qual resultam pessoas feridas que necessitam de atendimento. 
Incidente: fato ou evento desastroso do qual não resulta pessoas mortas ou feridas, 
mas que pode oferecer risco futuro. 
Sinal: é a informação obtida a partir da observação da vítima. 
Sintoma: é a informação a partir de um relato da vítima. 
 
Aspectos Legais do Socorro 
 
Omissão de Socorro 
Segundo o artigo 135 do Código Penal, a omissão de socorro consiste em “Deixar de 
prestar assistência, quando possível fazê-lo sem risco pessoal, à criança abandonada ou 
extraviada, ou à pessoa invalida ou ferida, em desamparo ou em grave e iminente perigo; não 
pedir, nesses casos, o socorro da autoridade pública”. 
 
 
 
 
 
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COLÉGIO TÉCNICO 
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Pena: detenção de 01 (um) a 06 (seis) meses, ou multa. 
Parágrafo único: a pena é aumentada de metade, se da omissão resulta lesão corporal 
de natureza grave, e triplicada, se resulta em morte. 
Importante: o fato de chamar o socorro especializado, nos casos em que a pessoa não 
possui um treinamento específico ou não se sente confiante para atuar, já descaracteriza a 
ocorrência de omissão de socorro. 
 
Direitos da Pessoa que Estiver Sendo Atendida 
O prestador de socorro deve ter em mente que a vítima possui o direito de recusa do 
atendimento. No caso de adultos, esse direito existe quando eles estiverem conscientes e com 
clareza depensamento. Isto pode ocorrer por diversos motivos, tais como crenças religiosas 
ou falta de confiança no prestador de socorro que for realizar o atendimento. Nestes casos, a 
vítima não pode ser forçada a receber os Primeiros Socorros, devendo assim certificar-se de 
que o socorro especializado foi solicitado e continuar monitorando a vítima, enquanto tenta 
ganhar a sua confiança através do diálogo. 
Caso a vítima esteja impedida de falar em decorrência do acidente, como um trauma 
na boca, por exemplo, mas demonstre através de sinais que não aceita o atendimento, fazendo 
uma negativa com a cabeça ou empurrando a mão do prestador de socorro, deve-se proceder 
da seguinte maneira: 
� Não discuta com a vítima; 
� Não questione suas razões, principalmente se elas forem baseadas em crenças 
religiosas; 
� Não toque na vítima, isto poderá ser considerado como violação dos seus direitos; 
 
 
 
 
 
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� Converse com a vítima, informe a ela que você possui treinamento em Primeiros 
Socorros, que irá respeitar o direito dela de recusar o atendimento, mas que está 
pronto para auxiliá-la no que for necessário; 
� Arrole testemunhas de que o atendimento foi recusado por parte da vítima; 
� No caso de crianças, a recusa do atendimento pode ser feita pelo pai, pela mãe ou 
pelo responsável legal. Se a criança é retirada do local do acidente antes da chegada 
do socorro especializado, o prestador de socorro deverá se possível, arrolar 
testemunhas que comprovem o fato. 
O consentimento para o atendimento de Primeiros Socorros pode ser formal, quando a 
vítima verbaliza ou sinaliza que concorda com o atendimento, após o prestador de socorro ter 
se identificado como tal e ter informado a vítima de que possui treinamento em Primeiros 
Socorros, ou implícito, quando a vítima esteja inconsciente, confusa ou gravemente ferida a 
ponto de não poder verbalizar ou sinalizar consentimento com o atendimento. Neste caso, a 
legislação infere que a vítima daria o consentimento, caso tivesse condições de expressar o 
seu desejo de receber o atendimento de primeiros socorros. 
O consentimento implícito pode ser adotado também no caso de acidentes envolvendo 
menores desacompanhados dos pais ou responsáveis legais. Do mesmo modo, a legislação 
infere que o consentimento seria dado pelos pais ou responsáveis, caso estivessem presentes 
no local. 
 
AS Fases do Socorro 
 
Avaliação do Ambiente 
A primeira atitude a ser tomada no local do acidente é avaliar os riscos que possam 
colocar em perigo a pessoa prestadora dos Primeiros Socorros. Se houver algum perigo em 
 
 
 
 
 
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potencial, deve-se aguardar a chegada do socorro especializado. Nesta fase, verifica-se 
também a provável causa do acidente, o numero de vítimas e a gravidade das mesmas e todas 
as outras informações que possam ser úteis para a notificação do acidente. Proceda da 
seguinte forma: 
� Mantenha a vítima deitada, posição confortável, até certificar-se de que a lesão não 
tem gravidade; 
� Investigue particularmente a existência de hemorragia, envenenamento, parada 
respiratória, ferimentos, queimaduras e fraturas; 
� Dê prioridade ao atendimento aos casos de hemorragia abundante, inconsciência, 
parada cárdio respiratória, estado de choque e envenenamento, pois EXIGEM 
SOCORRO IMEDIATO; 
� Verifique se há lesão na cabeça, quando o acidentado estiver inconsciente ou 
semiconsciente. Havendo hemorragia por um ou ambos os ouvidos, ou pelo nariz, 
PENSE em fratura de crânio; 
� Não dê líquido a pessoas inconscientes; 
� Recolha, em caso de amputação, à parte seccionada, envolva-a em um pano limpo 
para entrega IMEDIATA ao médico; 
� Certifique-se de que qualquer providencia a ser tomada não venha a agravar o 
estado da vítima; 
� Chame o médico ou transporte à vítima, SE NECESSÁRIO. 
� Inspire confiança – EVITE O PÂNICO 
� Comunique a ocorrência à autoridade policial local. Forneça as seguintes 
informações: 
� Local, horário e condições em que a vítima foi encontrada; 
� Quais os Primeiros Socorros a ela prestados. 
 
Solicitação de Auxílio 
 
 
 
 
 
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Solicite se possível à outra pessoa que peça auxílio chamando o socorro especializado 
comunicando a provável causa do acidente, o número de vítimas, a gravidade das mesmas e 
todas as outras informações que ele precisar. Estas informações você terá obtido 
anteriormente, durante a de avaliação do ambiente. 
Sinalização 
Efetuar sempre que necessário, a sinalização do local para evitar a ocorrência de novos 
acidentes. Pode ser feita com cones, fita zebrada, ou qualquer objeto que chame a atenção de 
outras pessoas para o cuidado com o local, na falta destes recursos, pode-se pedir para que 
uma pessoa fique sinalizando a certa distância. 
Atendimento 
Ao iniciar o atendimento, deve-se ter em mente o que fazer e o que não fazer. Manter 
o autocontrole é imprescindível nesta fase. Não minta para a vítima. 
Procure expressar segurança e confiança no que faz. No atendimento, a pessoa que 
estiver prestando os Primeiros Socorros deve realizar dois exames básicos: exame primário e 
exame secundário. 
Exame Primário: o exame primário consiste em verificar: 
� Consciência; 
� Respiração; 
� Pulso; 
� Se as vias aéreas estão desobstruídas. 
Este exame deve ser feito imediatamente. Se a vítima não estiver respirando, mas 
apresentar batimentos cardíacos (pulso), iniciar a respiração artificial conforme o 
procedimento. Caso não haja sinal de pulso, iniciar a RCP segundo o procedimento. 
 
 
 
 
 
 
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Exame Secundário:consiste na verificação de: 
� Nível de consciência; 
� Escala de Coma de Glasgow. 
 
Avaliar os 5 sinais vitais: 
� Pulso; 
� Respiração; 
� Pressão arterial (PA), quando possível; 
� Temperatura; 
� Dor. 
 
Avaliar os 3 Sinais Diagnósticos: 
� Tamanho das pupilas (midriase: quando dilatadas; miose: quando contraídas); 
� Enchimento capilar (perfusão sanguínea das extremidades); 
� Cor da pele. 
 
Realizar o exame físico na vítima: 
� Pescoço; 
� Cabeça; 
� Tórax; 
� Abdome; 
� Pelve; 
� Membros inferiores; 
� Membros superiores; 
 
 
 
 
 
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� Dorso. 
 
O que o prestador de primeiros socorros deve observar ao avaliar o pulso e a 
respiração. 
 
Sinais Vitais e Sinais Diagnósticos 
 
Toda lesão ou doença tem formas peculiares de se manifestar e isso pode ajudá-lo no 
diagnóstico da vítima. Estes indícios são divididos em dois grupos: os sinais e os sintomas. 
Alguns são bastante óbvios, mas outros indícios importantes podem passar 
despercebidos, a menos que você examine a vítima cuidadosamente, da cabeça aospés 
(avaliação secundária). 
Os sinais são detalhes que você poderá descobrir fazendo o uso dos sentidos (visão, 
tato, audição, olfato) durante a avaliação da vítima. Sinais comuns de lesão incluem 
sangramento, edema, aumento de sensibilidade ou deformação; já os sinais de doenças que 
são mais comuns são pele pálida ou avermelhada, suor temperatura elevada e pulso rápido. 
Sintomas são sensações que a vítima experimenta e é capaz de descrever. Pode ser 
necessário que o socorrista faça perguntas para definir a presença ou ausência de sintomas. 
Pergunte à vítima consciente onde exatamente sente dor; examine a região indicada 
procurando descobrir possíveis lesões por trauma, mas lembre-se de que a dor intensa numa 
região pode mascarrar outra enfermidade mais séria embora menos dolorosa. Alem da dor, 
outros sinais que podem ajudá-lo no diagnóstico, incluem náuseas, vertigem, calor, frio, 
fraqueza e sensação de mal-estar. 
 
 
 
 
 
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Pulso: é uma onda de sangue gerada pelo batimento cardíaco e propagada ao longo 
das artérias. A freqüência comum do pulso em adultos é de 60 a 100 batimentos por minuto; a 
freqüência do pulso nas crianças em geral é superior a 80 batimentos por minuto. 
O pulso é palpável em qualquer área onde uma artéria passe sobre uma proeminência 
óssea ou se localize próxima à pele. 
As alterações na freqüência e volume do pulso representam dados importantes no 
socorro pré-hospitalar. Um pulso rápido, fraco, geralmente é resultado de um estado de 
choque por perda sanguínea. A ausência de pulso pode significar um vaso sanguíneo 
bloqueado ou lesado, ou que não há batimento cardíaco. 
 
Pulso Radial Pulso Carotídeo 
Respiração: a respiração normal é fácil, sem esforço e sem dor. A freqüência pode 
variar bastante. Um adulto respira normalmente entre 12 a 20 vezes por minuto. Respiração e 
ventilação significam a mesma coisa, ou seja, o ato de inspirar e expirar o ar. 
Ocasionalmente, podem-se fazer deduções a partir do odor da respiração, como por 
exemplo, a respiração de quem ingeriu bebida alcoólica. No estado de choque observam-se 
 
 
 
 
 
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respirações rápidas e superficiais. Uma respiração profunda, difícil e com esforço pode 
indicar uma obstrução nas vias aéreas, doença cardíaca ou pulmonar. 
Pressão arterial: é a pressão que o sangue circulante exerce sobre as paredes internas 
das artérias. Uma vez que na pessoa normal o sistema arterial é um sistema fechado, ligado a 
uma bomba e completamente cheia com sangue, as mudanças na pressão sanguínea indicam 
mudanças no volume do sangue, na capacidade dos vasos ou ainda, na capacidade do coração 
em funcionar como bomba. 
A pressão arterial é registrada em níveis sistólicos (alto) e diastólicos (baixo). A leitura 
da pressão é feita em milímetros (mm) de mercúrio (Hg). 
A pressão arterial é determinada por um aparelho conhecido como 
esfigmomanômetro, que é usado em conjunto com o estetoscópio. 
 
Esfigmomanômetro Estetoscópio 
A pressão arterial de um adulto é geralmente, de 120 x 80 mm Hg. 
A pressão arterial pode cair acentuadamente nos estados de choque, após uma 
hemorragia grave, após um infarto do miocárdio (IAM). 
Temperatura: a pele é responsável, em grande parte, pela regulação desta 
temperatura, irradiando o calor através dos vasos sanguíneos subcutâneos e evaporando água 
sob forma de suor. 
 
 
 
 
 
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A temperatura normal do corpo é de 37°C. 
Uma pele fria e úmida é indicativo de uma resposta do sistema nervoso simpático a 
um traumatismo ou perda sanguínea (estado de choque). A exposição ao frio geralmente 
produz uma pele fria e seca. Uma pele quente e seca pode ser causada por febre, em uma 
doença, ou ser o resultado de uma exposição excessiva ao calor, como na insolação. 
Pupilas: as pupilas quando normais são do mesmo diâmetro e possuem contornos 
regulares; pupilas contraídas podem ser encontradas nas vitimas viciadas em drogas (chamada 
de miose). As pupilas indicam o estado de relaxamento ou inconsciência, geralmente tal 
dilatação ocorre rapidamente após uma parada cardíaca. 
As pupilas desiguais são geralmente encontradas nas vitimas com lesões de crânio ou 
acidente vascular cerebral. Na morte, as pupilas estão totalmente dilatadas e não respondem a 
luz. 
 
 
Midriase e Miose 
 
 
 
 
 
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Coloração da pele: a cor da pele depende primeiramente da presença de sangue 
circulante nos vasos sanguíneos subcutâneos. 
Uma pele pálida, branca, indica circulação insuficiente e é vista nas vitimas em 
choque ou com infarto do miocárdio. Uma cor azulada (chamada de cianose) é observada na 
insuficiência cardíaca, na obstrução das vias aéreas, e também em alguns casos de 
envenenamento. Poderá haver uma cor vermelha em certos estágios do envenenamento por 
monóxido de carbono (CO2) e na insolação. 
Estado de consciência: normalmente, uma pessoa esta alerta, orientada e responde 
aos estímulos verbais e físicos. Qualquer alteração desde estado pode ser indicativo de doença 
ou trauma. 
O estado de consciência é provavelmente o sinal isolado mais seguro na avaliação do 
sistema nervoso de uma pessoa. Uma vítima poderá apresentar desde leve confusão mental 
por embriaguez, até coma profundo, como resultado de uma lesão craniana ou 
envenenamento. 
Capacidade de Movimentação: a incapacidade de uma pessoa consciente em se 
mover é conhecida como paralisia e pode ser o resultado de uma doença ou traumatismo. 
A incapacidade de mover os membros superiores e inferiores, após um acidente, pode 
ser o indicativo de uma lesão da medula espinhal, na altura do pescoço (coluna cervical). A 
incapacidade de movimentar somente os membros inferiores pode indicar uma lesão medular 
abaixo do pescoço. 
A paralisia de um lado do corpo, incluindo face, pode ocorrer como resultado de uma 
hemorragia ou coágulo intra-encefálico (Acidente Vascular Cerebral). 
Reação a Dor: a perda do movimento voluntário das extremidades, após uma lesão, 
geralmente é acompanhada também de perda da sensibilidade. Entretanto, ocasionalmente o 
 
 
 
 
 
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movimento é mantido, e a vítima se queixa apenas de perda da sensibilidade ou dormência 
nas extremidades. 
É extremamente importante que este fato seja reconhecido como um sinal de provável 
lesão da medula espinhal, de forma que a manipulação do acidentado não agrave o trauma 
inicial. 
Remoção do Acidentado 
 
A remoção da vítima do local do acidente para o hospital é tarefa que requer da pessoa 
prestadora de Primeiros Socorros o MAXIMO DE CUIDADO E CORRETO 
DESEMPENHO. 
 
Antes da Remoção:� TENTE controlar a hemorragia com compressão; 
� INICIE a respiração de socorro (em caso de parada respiratória); 
� EXECUTE a massagem cardíaca externa (quando a vítima estiver sem pulso); 
� IMOBILIZE as fraturas com talas próprias ou improvisadas; 
� EVITE o estado de choque, se NECESSÁRIO. 
 
Para o transporte da vítima podemos utilizar meios habitualmente empregados: maca 
ou padiola, ambulância, helicóptero ou de RECURSOS IMPROVISADOS: 
� Ajuda de pessoas; 
� Maca; 
� Cadeira; 
 
 
 
 
 
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� Tábua; 
� Cobertor; 
� Porta ou outro material disponível. 
Como proceder: 
Vítima consciente e podendo andar: 
Remova a vítima apoiando-a em seus ombros. 
Vítima consciente não podendo andar: 
Transporte à vítima utilizando os recursos aqui demonstrados, em casos de: 
� Fratura, luxações e entorses de pé. 
� Contusão, distensão muscular e ferimentos dos membros inferiores. 
� Picada de animais peçonhentos: cobra, escorpião e outros. 
 
 
 
 
 
 
 
Vítima inconsciente: 
 
Como levantar a vítima do chão SEM AUXÍLIO DE OUTRA PESSOA: 
 
 
 
 
 
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Como levantar a vítima do chão COM A AJUDA DE UMA OU MAIS PESSOAS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Vítima consciente ou inconsciente: 
Como remover a vítima, utilizando-se de cobertor ou material semelhante: 
 
 
 
 
 
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Como Remover Vítima de Acidentados Suspeitos de Fraturas de Coluna e Pelve: 
� Utilize uma SUPERFÍCIE DURA - porta ou tábua (maca improvisada). 
� Solicite ajuda de pelo menos cinco pessoas para transferir o acidentado do local 
encontrado até a maca. 
� Movimente o acidentado COMO UM BLOCO, isto é, deslocando todo o corpo ao 
mesmo tempo, evitando mexer separadamente a cabeça, o pescoço, o tronco, os braços 
e as pernas. 
 
 
 
 
 
 
 
Como Remover Acidentado Grave Não Suspeito de Fratura de Coluna Vertebral 
ou Pelve, Em Decúbito Dorsal: 
Utilize macas improvisadas como: portas, cobertores, cordas, roupas, etc.; 
 
 
 
 
 
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IMPORTANTE: 
1. EVITE paradas e freadas BRUSCAS do veículo, durante o transporte; 
2. PREVINA-SE contra o aparecimento de DANOS IRREPARÁVEIS ao acidentado, 
movendo-o o MENOS POSSÍVEL. 
3. SOLICITE, sempre que possível, a ASSISTÊNCIA DE UM MÉDICO na remoção 
de acidentado grave. 
4. NÃO INTERROMPA, em hipótese alguma, a RESPIRAÇÃO DE SOCORRO e a 
MASSAGEM CARDÍACA EXTERNA ao transportar o acidentado. 
 
Hemorragias 
 
As hemorragias são divididas em duas classes: 
1ª Classe: perda aproximadamente de até 15% da volemia; e 
2ª Classe: perda de 15% a 30% da volemia. 
A hemorragia é definida como uma perda aguda de sangue circulante. Normalmente o 
volume de sangue correspondente a 7% do peso corporal no adulto. Por exemplo, um homem 
de 70 Kgs tem aproximadamente 5 litros de sangue. Na criança o volume é 8 a 9 % do peso 
corporal. 
Obs.: no obeso considera-se o peso ideal, cuidado para não evoluir para choque 
hemorrágico. 
 
 
 
 
 
 
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As metas do tratamento de emergência são controlar o sangramento, manter um volume 
sanguíneo circulante adequado para a oxigenação circular e evitar o choque. As vitimas que 
sofrem de hemorragia estão em risco de parada cardíaca causada pela hipovolemia. 
 
AS HEMORRAGIAS PODEM SER INTERNAS OU EXTERNAS: 
 HEMORRAGIA INTERNA: se a vítima não mostra sinais externos de sangramento 
mais existe bradicardia, pressão arterial decrescente, sede, apreensão, pele fria e úmida, ou 
enchimento capital retardado, suspeita-se de hemorragia interna. 
 
Suspeitar quando existe: 
� Acidente por desaceleração; 
� Ferimento por projétil de arma de fogo, faca ou estilete, principalmente no tórax e 
abdome; 
 
Sinais e sintomas: 
� Pulso rápido e fraco; 
� Palidez da pele e mucosas; 
� Sudorese profunda; 
� Pele fria e úmida; 
� Pressão arterial decrescente; 
� Sede. 
 
Seqüência no atendimento: 
� Deitar a Vítima; 
� Se não houver contra-indicação, elevar os membros inferiores; 
� Verificar V.R.C.N. (vias aéreas, respiração, circulação, sistema nervoso); 
� Transportar a vítima ao hospital. 
 
 
 
 
 
 
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HEMORRAGIA EXTERNA: A hemorragia externa, visível ao exame primário do 
paciente, deve ser prontamente controlada pela pressão direta sobre o local do sangramento 
em ferimentos superficiais. 
 
 
 
Nos ferimentos profundos com hemorragia devemos tomar as seguintes medidas: 
 
Seqüência no atendimento: 
� Deitar a Vitima; 
� Cobrir o ferimento com gaze ou pano limpo; 
� Pressionar o local com firmeza; 
� Se o ferimento for aos membros, elevar o membro ferido; 
� Caso não haja controle, pressionar diretamente as artérias que nutrem o membro 
afetado (axila no MS ou femural no MI) nos locais os quais elas se situam logo abaixo 
da pele; 
� Evitar o uso de torniquete, pois pode levar a amputação cirurgia do membro se não for 
afrouxado corretamente e no tempo certo; 
� Transportar a vitima para o hospital. 
 
HEMORRAGIA NASAL (Epistaxe): é causada pela ruptura dos vasos da mucosa 
nasal que pode ser produzida por traumatismos, hipertensão arterial, uso de anticoagulante, 
 
 
 
 
 
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fatores ambientais como excesso de sol, etc. acontece freqüentemente, porque o nariz é muito 
vascularizado. 
Nestes casos, devemos colocar a vitima com a cabeça inclinada para frente, deixando-a 
nesta posição por 5 minutos e fazendo compressão com os dedos nas narinas. Caso a 
hemorragia não cesse com esta manobra, o paciente deve ser conduzido a um hospital. 
 
Queimaduras 
 
A pele é a nossa barreira natural de proteção contra os mais variados agentes 
agressores, como microorganismos, agentes físicos e químicos. Além disso, a pele é o órgão 
mais extenso do corpo humano e é muito importante no controle da temperatura e retenção de 
líquidos. 
A definição de queimadura é bem ampla, porém, basicamente, é a lesão causada pela 
ação direta ou indireta produzida pelo calor no corpo ou pelo frio. 
A sua manifestação varia desde uma pequena bolha (flictena) até formas mais graves 
capazes de desencadearrespostas sistêmicas proporcionais à gravidade da lesão e sua 
respectiva extensão. 
 
AS QUEIMADURAS SÃO CLASSIFICADAS DE ACORDO COM: 
� A profundidade (graus); 
� A extensão (área corpórea atingida); 
 
De acordo com o agente causador, a queimadura pode ser: 
 
 
 
 
 
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1. TÉRMICA (provocada por calor, líquidos quentes, objetos aquecidos, vapor); 
2. QUÍMICA (provocada por ácidos e bases); 
3. ELÉTRICA (quando provocada por raios e corrente elétricas); 
4. POR RADIAÇÃO (quando provocada por radiação nuclear); 
Para se classificar a queimadura de acordo com a sua extensão existem vários 
métodos, porém seu aprendizado requer muita prática. Para o socorrista é suficiente observar 
que quanto maior a extensão da queimadura maior risco de vida vítima estará correndo. 
 
De acordo com a profundidade, as queimaduras podem ter a seguinte graduação: 
1. PRIMEIRO GRAU: atinge somente a epiderme; a pele apresenta hiperemia; edema 
e há ardor no local; 
2. SEGUNDO GRAU: Atinge a epiderme estendendo-se até a derme. A pele apresenta 
flictenas dor local intensa, hiperemia e edema (podem ser superficiais ou profundas); 
3. TERCEIRO GRAU: Atinge epiderme, a derme e a hipoderme, e muitas vezes a 
bainha muscular. Por afetar os nervos, é menos dolorosas, porem muito graves pela 
dificuldade de regeneração do tecido lesado que apresenta deformidade, requerendo a 
realização de enxerto. 
OBS: a queimadura não é obrigatoriamente uniforme! Podem ocorrer nos diversos 
graus e ao mesmo tempo. 
 
 
 
 
 
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De acordo com a extensão, a queimadura pode ser: 
1. Área pequena: é quando atinge menos que 10% do corpo (menos áreas nobres, 
como rosto, a genitália e mucosas - esses casos são graves); 
2. Área grande: é quando atinge mais de 10% do corpo. 
 
PRIMEIROS SOCORROS EM QUEIMADURAS: 
� Interrompa imediatamente o efeito do calor (utilize água fria, não use água gelada, ou 
utilize um lençol para apagar as chamas no corpo da vítima). 
� Em caso de acidentes com queimaduras promovidas por corrente elétrica, não toque 
na vítima até que se desligue a energia. Tome cuidado com os fios soltos e água no 
chão. Observe se há parada respiratória, em caso afirmativo proceda com a respiração 
de socorro. Transporte imediatamente à vítima para o hospital. 
� Faça a avaliação primária da vítima. Identifique qual o tipo, grau e extensão da 
queimadura. A queimadura é uma lesão estéril, por isso tenha cuidado ao manuseá-la e 
evite ao máximo contaminá-la. 
� Retire pulseiras, jóias, relógios, roupas que não estejam grudadas na pele da vítima. 
� Caso a queimadura seja de 1º grau, retire a pessoa do sol, utilize substâncias 
refrescantes como produtos para aliviar a dor e faça a administração por via oral de 
líquidos. 
 
 
 
 
 
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� Caso a queimadura seja de 2º ou de 3º graus, lembre-se de cobrir a área queimada com 
gazes molhadas em soro fisiológico ou água limpa. 
� Mantenha o curativo molhado usando recipientes de soro ou água limpa até levar a 
vítima ao hospital. 
� NÃO fure as flictenas (bolhas)! 
� NÃO utilize manteiga, creme dental, gelo, óleo, banha, café na queimadura. 
� Remova a pessoa para o hospital caso a queimadura seja muito extensa, ou seja, de 2º 
ou 3º graus. 
 
 
Insolação 
 
É uma perturbação decorrente da exposição DIRETA e PROLONGADA do 
organismo aos raios solares. 
 
 
COMO SE MANIFESTA: 
� Pele quente e avermelhada. 
� Pulso rápido e forte. 
� Dor de cabeça acentuada. 
 
 
 
 
 
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� Sede intensa. 
� Temperatura do corpo elevada. 
� Dificuldade respiratória. 
� Inconsciência. 
 
COMO PROCEDER:Remova a vítima para um lugar fresco e arejado, afrouxe as 
vestes da vítima. Mantenha o acidentado em repouso e recostado, aplique compressas geladas 
ou banho frio se possível. Procure o hospital mais próximo. 
 
Intermação 
 
Perturbação do organismo causada por excessivo calor em locais úmido e não 
arejados. 
 
COMO SE MANIFESTA: 
1. Dor de cabeça e náuseas. 
2. Palidez acentuada. 
3. Sudorese (transpiração excessiva). 
4. Pulso rápido e fraco. 
5. Temperatura corporal elevada. 
6. Câimbra no abdome ou nas pernas. 
7. Inconsciência. 
COMO PROCEDER:Remova a vítima para um lugar fresco e arejado, afrouxe as 
vestes da vítima. Mantenha o acidentado deitado com a cabeça mais baixa que o resto do 
corpo. 
 
Desmaio 
 
 
 
 
 
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O desmaio consiste na perda transitória da consciência e da força muscular, fazendo 
com que o paciente caia no chão. Pode ser causado por vários fatores, como a subnutrição, o 
cansaço, excesso de sol, stress. Pode ser precipitado por nervosismo, angústia e emoções 
fortes, além de ser intercorrência de muitas outras doenças. 
 
IDENTIFICAÇÃO: 
� Tontura; 
� Sensação de mal-estar; 
� Pele fria, pálida e úmida; 
� Suor frio; 
� Perda da consciência. 
 
TRATAMENTO:Diante de um indivíduo que sofreu desmaio, devemos proceder da 
seguinte maneira: 
� Arejar o ambiente; 
� Afrouxar as roupas da vítima; 
� Deixar a vítima deitada e, se possível, com as pernas elevadas; 
� Não permitir aglomeração no local para não prejudicar a vítima. 
 
 
 
 
 
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Convulsões 
 
 A convulsão pode ser conceituada como uma contração violenta, ou uma série de 
contrações dos músculos voluntários, com ou sem perda da consciência por parte da vítima. 
Pode ser causada por um TCE (Traumatismo Crânio Encefálico); porém, há outros fatores 
como hiperpirexia, distúrbios metabólicos, intoxicações exógenas, processos infecciosos do 
SNC, epilepsias e tumores cerebrais, entre outros. 
Os sinais e os sintomas da convulsão são em geral a perda do equilíbrio, a 
inconsciência, a palidez, a cianose dos lábios e a presença de espasmos incontroláveis que 
sacodem o corpo da vítima. 
A epilepsia é uma doença do sistema nervoso central que se caracteriza em sua fase 
mais grave, por crises de convulsão. 
As vítimas que sofrem convulsões ou ataques epilépticos podem apresentar perda de 
equilíbrio, queda abrupta, inconsciência, contração de toda a musculatura corporal, aumento 
da atividade glandular com abundante salivação, vômitos, e em alguns casos, micção e 
evacuação involuntárias. 
 
 
 
 
 
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Ao atender uma vítima em crise convulsiva, o socorrista deverá afastar os objetos 
próximos para que ela não se machuque (batendo contra eles). Não impeça os movimentos 
convulsivos, apenas posicione-se de joelhos atrás da cabeça da vítima e proteja, afim de evitar 
traumatismos. Posicione a vítima lateralmente para que ela não aspire vômitos e outras 
secreções para os pulmões. 
 
 
Quando os espasmos desaparecerem, acomode a vítima confortavelmente e certifique-
se de que ela está respirando (ver, ouvir e sentir). Depois a encaminhe para receber assistência 
médica qualificada. Basicamente, podemos dizer que o tratamento deste tipo de vítimas 
resume-se em proteger a vítima durante a crise e encaminhá-la para atendimento 
especializado quando a consciência for recuperada. Durante a crise, não use de força para 
conter a vítima, nem ponha nada em sua boca. 
O socorrista deve prevenir a convulsão febril em crianças, promovendo banhos de 
imersão a uma temperatura igual a do corpo. É recomendável manter compressas frias na 
região frontal da cabeça. A criança deverá ser mantida neste banho até a temperatura baixar a 
níveis próximos do normal. A criança deverá vestir roupas leves e ser mantida em local 
arejado e sem correntes de ar. 
Uma vez ministrados esses cuidados, encaminhe-a para receber assistência qualificada 
para detectar e tratar a causa da febre. 
 
 
 
 
 
 
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Estado de Choque 
O choque é um estado grave em que ocorre diminuição do volume de sangue para os 
tecidos resultando em perfusão inadequada com redução do oxigênio celular, ocasionando 
prejuízos para as funções vitais. 
É o conjunto de manifestações que resultam de um desequilíbrio entre o volume de 
sangue circulante e a capacidade do sistema vascular, causados geralmente por: choque 
elétrico, hemorragia aguda, queimadura extensa, ferimento grave, envenenamento, exposição 
a extremos de calor e frio, fratura, emoção violenta, distúrbios circulatórios, dor aguda e 
infecção grave. 
 
TIPOS DE ESTADO DE CHOQUE: 
� Choque Cardiogênico:Incapacidade do coração de bombear sangue para o resto do corpo. 
Possui as seguintes causas: infarto agudo do miocárdio, arritmias, cardiopatias; 
� Choque Neurogênico:Dilatação dos vasos sangüíneos em função de uma lesão medular. 
Geralmente é provocado por traumatismos que afetam a coluna cervical; 
� Choque Séptico:Ocorre devido à incapacidade do organismo em reagir a uma infecção 
provocada por bactérias ou vírus que penetram na corrente sangüínea liberando grande 
quantidade de toxinas; 
� Choque Hipovolêmico:Diminuição do volume sangüíneo. Possui as seguintes causas: 
� Perdas sangüíneas - hemorragias internas e externas. 
� Perdas de plasma - queimaduras e peritonites. 
� Perdas de fluídos e eletrólitos - vômitos e diarréias. 
� Choque Anafilático:Decorrente de severa reação alérgica. Ocorrem as seguintes reações: 
� Pele: urticária, edema e cianose dos lábios; 
� Sistema respiratório: dificuldade de respirar e edema da árvore respiratória; 
 
 
 
 
 
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� Sistema circulatório: dilatação dos vasos sangüíneos, queda da pressão arterial, pulso 
fino e fraco, palidez. 
 
COMO SE MANIFESTA:A pele fica fria e pegajosa, aumenta a sudorese (transpiração 
abundante) na testa e nas palmas das mãos, a face fica pálida com expressão de sofrimento. A 
pessoa tem uma sensação de frio, chegando às vezes a ter tremores. 
A pessoa pode sentir náuseas e vômitos, a ventilação fica curta, rápida e irregular. 
Perturbação visual com dilatação da pupila, perda do brilho dos olhos, o pulso fica fraco e 
rápido e a pessoa pode ficar parcialmente ou totalmente inconsciente. 
 
COMO PROCEDER:Realize uma rápida inspeção na vítima, combata, evite ou contorne a 
causa do estado de choque, se possível. Mantenha a vítima deitada e em repouso, controle 
toda e qualquer hemorragia externa, verifique se as vias aéreas estão permeáveis, retire da 
boca, se necessário secreção, dentadura ou qualquer outro objeto. 
Execute a massagem cardíaca externa associada à respiração de socorro boca – a - 
boca, se a vítima apresentar ausência de pulso, dilatação das pupilas e parada respiratória. 
Afrouxe a vestimenta da vítima, vire a cabeça da vítima para o lado caso ocorra vômito. 
Eleve os membros inferiores cerca de 30 cm, exceto nos casos de choque 
cardiogênicos (infarto agudo do miocárdio, arritmias e cardiopatias) pela dificuldade de 
trabalho do coração. Procure aquecer a vítima. 
Remova IMEDIATAMENTE a vítima para o hospital mais próximo. 
 
Ferimentos 
 
 
 
 
 
 
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Qualquer rompimento anormal da pele ou superfície do corpo é chamado de 
ferimento. A maioria dessas lesões compromete os tecidos moles, a pele e os músculos. As 
feridas podem ser abertas ou fechadas. A ferida aberta é aquela na qual existe uma perda de 
continuidade da superfície cutânea. Na ferida fechada, a lesão do tecido mole ocorre abaixo 
da pele, porém não existe perda da continuidade na superfície. 
Todos os ferimentos logo que ocorrem, causam dor, produzem sangramentos e podem 
causar infecções. As roupas sobre um ferimento deverão ser sempre removidas para que o 
socorrista possa melhor visualizar a área lesada. Remova-as com um mínimo de movimento. 
É melhor cortá-las do que tentar removê-las inteira, porque a mobilização poderá ser muito 
dolorosa e causar lesão e contaminação dos tecidos. 
O socorrista não deverá tocar no ferimento, caso a ferida estiver suja, ou ainda, se for 
provocada por um objeto sujo, deverá ser limpa com o uso de água e sabão. Diminua a 
probabilidade de contaminação de uma ferida, utilizando materiais limpos e esterilizados para 
fazer o curativo inicial. Todos os ferimentos devem ser cobertos por uma compressa (curativo 
universal), preparada com um pedaço de pano bem limpo ou gaze esterilizada. Esta compressa 
dever ser posicionada sobre a ferida e fixada firmemente com uma atadura ou bandagem. 
Antes de utilizar uma bandagem, o socorrista deverá proteger o ferimento com 
compressas limpas e de tamanho adequado. Deixe sempre as extremidades descobertas para 
observar a circulação e evite o uso de bandagens muito apertadas que dificultam a circulação 
sangüínea, ou ainda, as muito frouxas, pois soltam. 
 
 
 
 
 
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Não devemos remover corpos estranhos (facas, lascas de madeira, pedaços de vidro ou 
ferragens) que estejam fixados em ferimentos. As tentativas de remoção do corpo estranho 
(objeto empalado) podem causar hemorragia grave ou lesar ainda mais nervos e músculos 
próximos a ele. 
Controle as hemorragias por compressão e use curativos volumosos para estabilizar o 
objeto cravado. Aplique ataduras ao redor do objeto, a fim de estabilizá-lo e manter a 
compressão, enquanto a vítima é transportada para o hospital, onde o objeto será removido.Se o ferimento provocar uma ferida aberta no tórax da vítima (ferida aspirante) e, for 
possível perceber o ar entrando e saindo pelo orifício, o socorrista deverá imediatamente 
providenciar seu tamponamento, para tal, deverá usar simplesmente a mão (protegida por uma 
luva descartável) sobre a ferida ou fazer um curativo oclusivo com material plástico ou papel 
alumínio (curativo de três pontas). Após fechar o ferimento no tórax, conduza a vítima com 
urgência para um hospital. Se o ferimento for na região abdominal da vítima e houver a saída 
de órgãos (evisceração abdominal), o socorrista deverá cobrir as vísceras com um curativo 
úmido e não tentar recolocá-las para dentro do abdome. Fixe o curativo com esparadrapo ou 
uma atadura não muito apertada. Em seguida, transporte à vítima para um hospital. Não 
dê alimentos ou líquidos para a vítima. 
Em alguns casos, partes do corpo da vítima poderão ser parcialmente ou 
completamente amputadas. Às vezes, é possível, por meio de técnicas microcirúrgicas, o 
 
 
 
 
 
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reimplante de partes amputadas. Quanto mais cedo à vítima, junto com sua parte amputada, 
chegar ao hospital, melhor. Conduza a parte amputada protegida dentro de um saco plástico 
com gelo moído. O frio ajudará a preservar o membro. Não deixe a parte amputada entrar em 
contato direto com o gelo. Não lave a parte amputada e não ponha algodão em nenhuma 
superfície em carne viva. 
Em casos de esmagamento (normalmente encontrados nos acidentes de trânsito, 
acidentes de trabalho, desabamentos e colapsos estruturais), se a vítima ficar presa por 
qualquer período de tempo, duas complicações muito sérias poderão ocorrer. Primeiro, a 
compressão prolongada poderá causar grandes danos nos tecidos (especialmente nos 
músculos). Logo que essa pressão deixa de ser exercida, a vítima poderá desenvolver um 
estado de choque, à medida que o fluido dos tecidos vá penetrando na área lesada. Em 
segundo lugar, as substâncias tóxicas que se acumularam nos músculos são liberadas e entram 
na circulação, podendo causar um colapso nos rins (processo grave que poderá ser fatal). 
O tratamento merecido por uma vítima com parte do corpo esmagado é o seguinte: 
1. Evite puxar a vítima tentando liberá-la. Solicite socorro especializado para 
proceder ao resgate (emergência fone 193); 
2. Controle qualquer sangramento externo; 
3. Imobilize qualquer suspeita de fratura; 
4. Trate o estado de choque e promova suporte emocional à vítima; 
5. Conduza a vítima com urgência para um hospital. 
Fraturas – Luxações – Entorses 
 
 O esqueleto humano é a estrutura de sustentação do corpo sobre o qual se 
apóiam todos os tecidos. Para que possamos nos mover, o esqueleto se articula em vários 
 
 
 
 
 
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lugares e os músculos que envolvem os ossos fazem com que estes se movam. Esses 
movimentos são controlados pela vontade e coordenados por nervos específicos. 
Existem diferentes formas de lesões nessas estruturas. Os ossos podem quebrar-se 
(fratura), desencaixar-se em alguma articulação (luxação) ou ambos. Os músculos e os 
tendões que os ligam aos ossos podem também ser distendidos ou rompidos. 
FRATURAS: Podemos definir uma fratura como sendo a perda, total ou parcial, da 
continuidade de um osso. A fratura pode ser simples (fechada) ou exposta (aberta). Na fratura 
simples não há o rompimento da pele sobre a lesão e nas expostas sim, isto é, o osso fraturado 
fica exposto ao meio ambiente, possibilitando sangramentos e um aumento do risco de 
infecção. 
 
 
Fratura exposta 
No caso de fraturas, a vítima geralmente irá queixar-se de dor no local da lesão. O 
socorrista poderá identificar também, deformidades, edemas, hematomas, exposições ósseas, 
palidez ou cianose das extremidades e ainda, redução de temperatura no membro fraturado. 
A imobilização provisória é o socorro mais indicado no tratamento de fraturas ou 
suspeitas de fraturas. Quando executada de forma adequada, a imobilização alivia a dor, 
diminui a lesão tecidual, o sangramento e a possibilidade de contaminação de uma ferida 
 
 
 
 
 
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aberta. As roupas da vítima devem ser removidas para que o socorrista possa visualizar o 
local da lesão e poder avaliá-lo mais corretamente. As extremidades devem ser “alinhadas”, 
sem, no entanto, tentar reduzir as fraturas expostas. Realize as imobilizações com o auxílio de 
talas rígidas de papelão ou madeira, ou ainda, com outros materiais improvisados, tais como: 
pedaços de madeira, réguas, etc. 
 
 
 
 
Nas fraturas expostas, antes de imobilizar o osso fraturado, o socorrista deverá cobrir o 
ferimento com um pano bem limpo ou com gaze estéril. Isto diminuirá a possibilidade de 
contaminação e controlará as hemorragias que poderão ocorrer na lesão. É importante que nas 
fraturas com deformidade em articulações (ombros, joelhos, etc.), o socorrista imobilize o 
membro na posição em que ele for encontrado, sem mobilizá-lo. 
A auto-imobilização é uma técnica muito simples, que consiste em fixar o membro 
inferior fraturado ao membro sadio, ou o membro superior fraturado ao tórax da vítima. É 
uma conduta bem aceita em situações que requeiram improvisação. Esta técnica é também 
muito utilizada no atendimento de fraturas nos dedos da mão. Na dúvida, imobilize e trate a 
vítima como portadora de fratura até que se prove o contrário. 
 
 
 
 
 
 
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Nas fraturas associadas com sangramentos significativos, o socorrista deverá estar 
preparado para atender também o choque hipovolêmico (já estudado anteriormente). 
 
LUXAÇÕES: A luxação é uma lesão onde às extremidades ósseas que formam uma 
articulação ficam deslocadas, permanecendo desalinhadas e sem contato entre si. O 
desencaixe de um osso da articulação (luxação) pode ser causado por uma pressão intensa, 
que deixará o osso numa posição anormal, ou também por uma violenta contração muscular. 
Com isto, poderá haver uma ruptura dos ligamentos. Os sinais e sintomas mais comuns de 
uma luxação são: dor intensa, deformidade grosseira no local da lesão e a impossibilidade de 
movimentação. Em caso de luxação, o socorrista deverá proceder como se fosse um caso de 
fratura, imobilizando a região lesada, sem o uso de tração. No entanto, devemos sempre 
lembrar que é bastante difícil distinguir a luxação de uma fratura. 
 
 
 
 
 
 
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Luxação do joelho 
ENTORSES: Entorse pode ser definida como uma separação momentânea das 
superfícies ósseas, ao nível da articulação. A lesão provocada pela deformação brusca, 
geralmente produz o estiramento dos ligamentos na articulação ou perto dela. Os músculos e 
os tendões podem ser estiradosem excesso e rompidos por movimentos repentinos e 
violentos. Uma lesão muscular poderá ocorrer por três motivos distintos: distensão, ruptura ou 
contusão profunda. A entorse manifesta-se por um dor de grande intensidade, acompanhada 
de inchaço e equimose no local da articulação. O socorrista deve evitar a movimentação da 
área lesionada, pois o tratamento da entorse, também consiste em imobilização e posterior 
encaminhamento para avaliação médica. Em resumo, o objetivo básico da imobilização 
provisória consiste em prevenir a movimentação dos fragmentos ósseos fraturados ou 
luxados. A imobilização diminui a dor e pode ajudar a prevenir também uma futura lesão de 
músculos, nervos, vasos sangüíneo, ou ainda, da pele em decorrência da movimentação dos 
fragmentos ósseos. Se a lesão for recente, esfrie a área aplicando uma bolsa de gelo ou 
compressa fria, pois isso reduzirá o inchaço, o hematoma e a dor. 
 
 
 
 
 
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Entorse do Tornozelo 
TÉCNICAS DE IMOBILIZAÇÃO: Se o membro fraturado estiver dobrado, o 
socorrista não poderá imobilizá-lo adequadamente. Deverá então, com muito cuidado, aplicar 
uma tração manual para endireitá-lo, o que impedirá a pressão sobre os músculos, reduzindo a 
dor e o sangramento que estejam ocorrendo no local da lesão. A tração deverá ser aplicada 
com firmeza observando o alinhamento do osso até que o membro fique totalmente 
imobilizado. Se o socorrista puxar em linha reta, não causará nenhuma lesão. No entanto, 
recomenda-se não insistir na manobra caso a vítima informar que a dor está ficando muito 
forte. 
 
Traumas de Crânio, Tórax e Coluna 
 
As lesões da cabeça incluem o traumatismo do couro cabeludo, do crânio e do cérebro. 
Acidentes com batidas fortes na cabeça são geralmente acompanhadas de hemorragias no 
cérebro, as quais, se não corrigidas de forma urgente, podem causar lesões graves e até a 
morte. O traumatismo crânio-encefálico (TCE) afeta todos os sistemas do organismo e seus 
sinais e sintomas mais comuns são: os sangramentos pelo nariz, boca e ouvidos, a perda da 
consciência, anormalidade no diâmetro das pupilas (pupilas desiguais), convulsões, 
equimoses ao redor dos olhos e atrás dos ouvidos, deformidades no crânio, alterações do 
 
 
 
 
 
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ritmo respiratório ou até a parada da respiração, entre outros. Ao atender uma vítima com 
suspeita de TCE, o socorrista deverá presumir que ela possua também uma lesão na coluna 
cervical, até se prove o contrário. O transporte da vítima deverá ser realizado numa maca 
rígida, com a cabeça e o pescoço mantidos em alinhamento com o eixo do corpo. Deveremos 
também imobilizar a cabeça e o pescoço com um equipamento denominado colar de 
imobilização cervical. 
Os cuidados emergenciais necessários para atendimento de uma vítima com lesões 
cranianas ou encefálicas são os seguintes: 
1. Mantenha as vias respiratórias sempre permeáveis (abertas); 
2. Controle as hemorragias externas por compressão; 
3. Avalie as lesões associadas na coluna cervical; 
4. Imobilize e transporte para um hospital com constante observação dos sinais 
vitais. 
 
Durante o transporte para o hospital, posicione a vítima de TCE deitada com a cabeça 
levemente elevada (quando a lesão é isolada). Se houver lesão associada na coluna cervical, 
mantenha-a deitada na maca rígida e eleve o cabeceira da maca, sem movimentar a região do 
pescoço. Se a vítima apresentar hemorragia, deverá ser transportada em decúbito lateral, ou 
seja, deitada sobre a lateral do corpo (para evitar a aspiração de vômito ou a obstrução das 
vias aéreas com sangue). 
Existe também o grave problema das lesões na coluna, muito comuns nos acidentes 
por desaceleração. Estas vítimas, se atendidas de forma inadequada ou por pessoa leiga que 
não possua os conhecimentos das técnicas de socorro e imobilização, poderão ter suas lesões 
agravadas ou o comprometimento neurológico definitivo da região atingida. 
 
 
 
 
 
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O tratamento imediato, logo após o acidente é essencial porque a manipulação 
imprópria pode causar dano maior e perda da função neurológica. Qualquer vítima de 
acidente de trânsito, queda de nível ou qualquer outro traumatismo na região craniana ou 
cervical, deverá ser considerada portadora de uma lesão na coluna vertebral, até que tal 
possibilidade seja afastada. 
Os sinais e sintomas mais comuns de lesão na coluna incluem: dor regional, a 
incapacidade de movimentar-se, a perda da sensibilidade tátil nos membros superiores e 
inferiores, a sensação de formigamento nos membros, deformidade na coluna, entre outros. 
Vítimas conscientes devem ser orientadas para não movimentarem a cabeça. 
Antes de remover a vítima, o socorrista deverá imobilizar a coluna usando um colar 
cervical e uma tábua de suporte (maca rígida). Pelo menos três socorristas devem 
cuidadosamente posicionar a vítima na maca rígida, usando a técnica do rolamento em 
monobloco. Um socorrista (líder) deve assumir o controle da cabeça da vítima para evitar 
movimentos de flexão, rotação ou extensão, para tal, devem posicionar as mãos em ambos os 
lados da cabeça da vítima, mantendo constante alinhamento e leve tração. 
As vitimas sentadas devem ser removidas com o uso de macas rígidas curtas, da forma 
que segue: 
� Imobilize a cabeça da vítima com as mãos, alinhando-a em posição vertical (tira 
de tração); 
� Um segundo socorrista aplica o colar cervical; 
� Posicione a maca rígida curta (imobilizando a coluna vertebral) movimentando a 
vítima o mínimo possível; 
� Fixe a vítima com os tirantes e ataduras; 
� Remova a vítima girando-a e deitando-a sobre a maca rígida longa. 
 
 
 
 
 
 
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Em acidentes motociclísticos, a pessoa que presta o socorro devera remover o capacete 
da vítima com muito cuidado, para não converter uma contusão cervical (no pescoço) em 
lesão da medula. 
O capacete deve ser rompido com o auxilio de dois socorristas, a menos que haja 
dificuldade na remoção, aumentando a dor (vítima consciente) ou esmagamento do capacete. 
Em tais casos, o socorrista deve imobilizar a vítima na tabua de suporte com o capacete no 
lugar. Enquanto o socorrista (líder) remove o capacete, um segundo imobiliza a cabeça e o 
pescoço, mantendo-os alinhados. 
Os traumatismos de tórax caracterizam-se pelos seguintes sinais e sintomas: 
� Dor regional, 
� Aumento de sensibilidade na região lesada, 
� Dor que se agrava pela respiração, 
� Respiração superficial (encurtamento ou dificuldade de respirar), 
� Eliminação de sangue com tosse, 
� Cianose nos lábios, pontas dos dedos e unhas, 
� Posturas características (vítima inclinada sobre o lado da lesão, com a mão ou o braço 
sobre a região lesada, e imóvel), 
� Sinais de choque (pulso rápido e PA baixa). 
 
Nas fraturas de costelas, caracterizadas por uma dor intensa, o socorrista deverá 
providenciar o atendimento pré-hospitalar imobilizando o braço da vítima sobre a fatura,usando para tal uma bandagem triangular como tipóia e outra para fixar o braço sobre o tórax. 
Quando duas ou mais costelas estão quebradas em dois pontos poderá ocorrer o que 
denominamos de respiração paradoxal. Essa lesão especifica denomina-se de tórax instável ou 
tórax em báscula. 
 
 
 
 
 
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O tratamento pré-hospitalar consiste em estabilizar o segmento instável (em báscula) 
que se move paradoxalmente durante as respirações. O socorrista deverá usar uma almofada 
pequena ou toalhas dobradas presas com fitas adesivas largas. O tórax não deve se totalmente 
enfaixado. Transportar a vítima deitada sobre a lesão. Se possível, o socorrista deverá 
ministrar oxigênio suplementar à vítima. 
Alguns traumatismos na região da caixa torácica acabam provocando lesões internas 
nos pulmões e no coração (pneumotórax, hemotórax, etc.). O ar que escapa do pulmão 
perfurado e as hemorragias de dentro do tórax podem resultar colapsos pulmonares. O sangue 
envolvendo a cavidade do pericárdio pode também resultar numa perigosa compressão do 
coração. 
Todas estas lesões são emergências serias que requerem pronta intervenção medica. O 
socorrista poderá identificá-las pelos seguintes sinais e sintomas: 
� Desvio de traquéia, 
� Aumento do volume das veias do pescoço, 
� Cianose e sinais de choque 
� Enfisema subcutâneo (coleção de ar abaixo da pele) 
 
Nesses casos o socorro consistirá simplesmente na condução urgente da vítima para 
que a mesma possa receber atendimento médico adequado. 
 
Envenenamento 
 
 
 
 
 
 
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Medicamentos, plantas, produtos químicos e substâncias corrosivas são os principais 
causadores de envenenamentos ou intoxicação, especificamente em crianças. 
Os sinais e sintomas mais comuns são queimaduras nos lábios e na boca, hálito com 
cheiro da substância ingerida, vômitos, alteração da pulsação, perda de consciência, 
convulsões e, eventualmente, parada Cardio respiratória. 
SUBSTÂNCIAS TÓXICAS: 
A lista de substâncias que pode provocar envenenamento é extensa, e muitos produtos tóxicos 
ficam logo ali, ao alcance da mão: na prateleira do banheiro, na geladeira, no jardim. Os acidentes são 
muito comuns, mas, em sua maioria, poderiam ser facilmente evitados. 
Alguns cuidados podem evitar acidentes por envenenamento como: 
� Não deixe os produtos tóxicos à vista de crianças. Eles devem estar em locais altos 
e trancados à chave. 
� Não tomar remédio na frente de crianças nem incentivá-las a aceitar o 
medicamento argumentando que seu sabor é bom. 
� Não guarde nenhum produto químico fora da embalagem original, para evitar 
confusão. Imagine o estrago que pode causar uma pessoa com sede ao lado de uma 
garrafa de refrigerante cheia de alvejante. 
Além disso, caso haja um acidente, a embalagem original aonde vem escrita sua fórmula pode 
ser de grande ajuda. Pelo mesmo motivo, evite usar produtos clandestinos. Veja, a seguir, lista de 
algumas substâncias tóxicas que podem causar muito mal quando ingeridas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Ácidos e bases: 
 
� Ácido muriático; 
� Água sanitária; 
� Alvejante; 
� Amoníaco; 
� Cal virgem; 
� Clareador de pêlos; 
� Detergente em grânulos (usado em lava-louças); 
� Descolorante; 
� Desinfetante; 
� Limpador de fogão; 
� Limpador de metal; 
� Removedor de calos e verrugas; 
� Removedor de ferrugem; 
� Soda cáustica; 
� Tablete de Clinitest (usado por diabéticos para medir glicose na urina); 
� Tintura e alisante de cabelo. 
 
Derivados de petróleo: 
� Aguarrás; 
� Álcool combustível; 
� Inseticida solúvel em solvente orgânico; 
� Diluente de tinta; 
� Fluido de isqueiro; 
� Gasolina; 
� Naftalina líquida; 
� Polidor e cera de assoalho ou mobília; 
� Polidor de metal solúvel em solvente orgânico; 
 
 
 
 
 
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� Querosene; 
� Removedor de cera (usado em limpeza de casa); 
� Removedor de esmalte; 
� Removedor de tinta; 
� Solvente "Thinner"; 
� Tinta solúvel em solvente 
 
Plantas: 
� Arruda; 
� Avelós; 
� Cambará; 
� Chapéu de Napoleão; 
� Confrei; 
� Coroa de Cristo; 
� Comigo Ninguém Pode; 
� Costela de Adão; 
� Espirradeira; 
� Giesta; 
� Inhame Bravo; 
� Jibóia; 
� Mandioca 
� Brava; 
� Pinhão Paraguaio; 
� Saia branca; 
� Taioba. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Outras substâncias comuns: 
� Água oxigenada; 
� Álcool (usado em limpeza de casa); 
� Anticongelante (polietileno glicol); 
� Bebidas alcoólicas (principalmente junto com outras substâncias); 
� Bituca de cigarro; 
� Caixa de palito de fósforo; 
� Detergente comum; 
� Desodorante; 
� Drogas se uso abusivo (maconha, cocaína, crack...); 
� Esmalte; 
� Inseticidas em geral; 
� Medicamento; 
� Naftalina em bolinhas; 
� Perfume; 
� Pilhas e baterias; 
� Purpurina; 
� Raticida (em especial os clandestinos); 
� Repelente de inseto 
 
Envenenamento por Ingestão 
O que não fazer: 
� Se a vítima estiver inconsciente, não provoque vômitos. Ao contrario do que o senso 
comum manda não se deve induzir o vômito na pessoa intoxicada. O vômito pode 
causar um desgaste desnecessário no trato digestivo da vítima e não ira resolver o 
problema. 
� Não induza o vômito se a substância ingerida for corrosiva e derivada de petróleo, 
vomitar vai piorar, e muito, a situação. 
 
 
 
 
 
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� Se, no entanto, acontecerem vômitos involuntários, cuide para que a vítima use um 
balde, para que o material possa ser abalizado pelos médicos. 
� Outro mito muito difundido: beber leite, também não é aconselhado. Leite, água, 
azeite ou qualquer outro liquido pode fazer muito mal. A regra é simples: a vítima 
NÃO DEVE BEBER NADA, no máximo, pode fazer um bochecho para a boca. 
 
O que Fazer: 
� Em caso de envenenamento por ingestão, a primeira coisa que se deve fazer é tentar 
descobrir a substância ingerida, porque o tratamento varia caso a caso. 
� Se a vítima apresentar convulsões, não tente imobilizá-la nem segurar sua língua. 
Apenas garanta que ela não vai esbarrar em algo e se machucar ainda mais. 
� Caso haja uma parada respiratória, apresse a ida ao hospital. Infelizmente, nos casos 
de intoxicação, fazer respiração boca -a - boca não vai adiantar. 
� Deite a vítima de lado, com a cabeça apoiada sobre o braço, para evitar que ela se 
sufoque com vômitos involuntários. Se a pessoa estiver com frio, agasalhe-a. 
�Preste muita atenção em cada reação, pois suas descrições vão ser essenciais na hora 
do atendimento médico. Observe se a vítima está fria ou quente, se saliva, vomita, 
parece confusa ou sonolenta. Esteja atento aos detalhes. 
� Se você conseguir, leve junto com o paciente o produto que causou o envenenamento. 
Vale a embalagem, o resto do veneno ou, em caso de plantas, um ramo que possa ser 
facilmente reconhecido. 
� Se não houver sinal da substância ingerida, mas a vítima tiver vomitado, pode-se levar 
o próprio vômito para ser analisado. Esse procedimento também o útil no caso de 
ingestão de comprimidos, mesmo que você já esteja levando a embalagem. 
 
 
 
 
 
 
 
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Acidentes Causados por Animais Peçonhentos 
A trajetória histórica 
 
A preocupação com o envenenamento por picada de cobra é muito antiga. Em 1880 
surgiram os primeiros trabalhos científicos relacionados ao ofidismo. Com as descobertas dos 
soros antidiftéricos e antitetânicos por volta de 1896, o cientista Albert Calmette, do Instituto 
Pasteur, em Paris, estudava a possibilidade de se descobrir um medicamento eficaz contra os 
venenos ofídicos e direcionou as pesquisas para a imunológica. Concluiu que com o veneno 
das serpentes, imunizando animais de laboratório, poderia ser obtido um soro capaz de 
neutralizar completamente os efeitos nocivos das peçonhas tanto in vitro como in vivo, 
firmando os princípios básicos da soroterapia antiofídica. 
Nessa época, Vital Brazil também preocupado com o problema do ofidismo no Brasil 
criou os soros específicos para nossas espécies venenosas, na então fazenda Butantã. A partir 
de 1901, com a produção de soro eqüino contra o veneno das serpentes brasileiras, Vital 
Brazil passou a distribuir, junto com o soro, o Boletim de Acidente Ofídico. Com a 
notificação em cada município dos óbitos por acidente ofídico, traçou o perfil das pessoas 
acidentadas, a área do corpo acometida e o tipo de serpente envolvida nesses acidentes. 
Os acidentes causados por animais peçonhentos são mais graves nas crianças e adultos 
maiores de 50 anos, merecendo especial atenção na rigorosa observação de quaisquer sinais 
ou sintomas indicativos de necessidade da intervenção imediata. 
 
Panorama atual dos acidentes com animais 
 
 
 
 
 
 
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A época de calor e chuvas é a mais propícia para a ocorrência dos acidentes, pois é 
quando os animais estão em maior atividade coincidindo com o período de plantio e colheita 
agrícola. Na Região Norte é mais freqüente nos três primeiros meses do ano. No Nordeste, o 
pico coincide com meses de abril a junho. Nas regiões Sudeste, Sul e Centro-Oeste, os meses 
de dezembro a março concentram a grande maioria dos casos, enquanto que no inverno o 
número de acidentes diminui bastante. 
Essas ocorrências de acidentes devem ser notificadas. No Brasil existem pelo menos 
quatro sistemas de informação que tratam do registro de acidentes por animais peçonhentos: 
Sistema Nacional de Informações Tóxico-Farmacológicas (Sinitox), Sistema Nacional de 
Agravos de Notificação (Sinan), Sistema de Internação Hospitalar (SIH-SUS) e o Sistema de 
Informação de Mortalidade (SIM). 
Os acidentes considerados de importância em saúde pública, pelo seu alto risco e 
freqüência de acontecimentos são associados às picadas por serpentes, aranhas e escorpiões. 
Veja os quadros abaixo: 
Tipos de serpentes mais conhecidas, sintomatologia após a picada e formas de tratamento. 
Tipos de Serpentes / Sintomatologia Tratamento 
Bothrops, jararaca, jararacuçu, urutu, cotiara, caiçaca. 
 O veneno tem ação proteolítica e na coagulação sanguínea. 
Sintomatologia: dor e inchaço no local da picada, com manchas arroxeadas e sangramento 
pelos orifícios da picada, sangramentos em gengivas, pele e urina. 
Risco de complicação: infecção e necrose na região da picada e insuficiência renal. 
Soro antibotrópico 
 
Soro antibotrópico-laquético 
Crotalus, cascavel. 
O veneno tem ação proteolítica, neurotóxica e na coagulação sanguínea. 
Soro anticrotálico 
 
 
 
 
 
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Sintomatologia: o local da picada não apresenta lesão evidente, apenas uma sensação de 
formigamento; dificuldade em manter os olhos abertos, com aspecto sonolento, visão turva ou 
dupla são as manifestações características, acompanhadas por dores musculares generalizadas 
e urina escura (cor de coca-cola). 
Lachesis, surucucu. 
 O veneno tem ação proteolítica, neurotóxica e na coagulação. 
Sintomatologia: dor e inchaço, às vezes, com manchas arroxeadas e sangramento pelos 
orifícios da picada, sangramentos em gengivas, pele e urina. Pode apresentar vômitos, diarreia 
e queda da pressão arterial. 
Soro antilaquético 
 
Soro antibotrópico-laquético 
 
Micrurus, coral verdadeira. 
O veneno tem ação neurotóxica. 
Sintomatologia: não apresenta alteração importante no local da picada, mas pode desencadear: 
visão borrada ou dupla, pálpebras caídas (ptose) e face com expressão sonolenta. 
 
Soro antilaquético 
 
 
Aranhas Tratamento 
Marrom, O veneno tem ação proteolítica. 
Sintomatologia: a picada é pouco dolorosa e cerca de 12 horas após pode surgir dor local, 
inchaço, mal-estar geral, náuseas e febre. 
A lesão endurecida e escura pode evoluir para ferida com gangrena e necrose de difícil 
cicatrização. 
Raramente pode provocar escurecimento da urina. 
Soro antiloxoscélico 
Armadeira; O veneno tem ação neurotóxica. Soro antiaracnídico 
 
 
 
 
 
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"Tradição em formar Profissionais com Qualidade" 
 
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Avenida XV de Novembro, 413-Centro - Ferraz de Vasconcelos –SP-CEP: 08500-405 
Tel.: (11) 4678-5508- colegiosaobento@uol.com.br 
COLÉGIO TÉCNICO 
 SÃO BENTO 
 
Sintomatologia: dor imediata e intensa, com poucos sinais visíveis no local da picada. 
Raramente as crianças podem apresentar agitação, náuseas, vômitos e diminuição da pressão 
sanguínea. 
 
Anestésico tipo lidocaína 
Viúva negra 
Sintomatologia: dor na região da picada, contrações nos músculos, sudorese e alteração 
circulatória (na pressão sanguínea e nos batimentos cardíacos). 
Anestésico tipo lidocaína 
 
Escorpiões Tratamento 
Preto e Amarelo 
Sintomatologia: dor no local da picada, de início imediato e intensidade variável, com boa 
evolução na maioria dos casos. Crianças podem apresentar manifestações graves como náuseas 
e vômitos, alteração da pressão sanguínea, agitação e falta de ar. 
Soro antiescorpiônico ou o 
Soro antiaracnídico 
(polivalente) 
Anestésico tipo lidocaína 
 
Não há um tempo limite para tratar uma pessoa picada por animal peçonhento, mas ela 
deve ser levada logo ao serviço de saúde para avaliação. No entanto, o tempo é um fator 
determinante para a boa evolução dos casos, pois em acidentes ofídicos, entre seis e 12 horas 
após a picada, aumentam os riscos de complicações. 
1. Após o acidente, os procedimentos gerais recomendados pelo Instituto Butantã 
são: 
2. Lave o local da picada de preferência com água e sabão. 
 
 
 
 
 
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