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CÂNCER COLORRETAL Incidência e epidemiologia: 4° mais frequente no mundo (< pulmão, mama e próstata) 3° que mais mata (< pulmão e estômago) Maior incidência em países desenvolvidos, sendo igual em homens e mulheres Ocorre em qualquer idade, sendo mais comum > 50 anos, pico aos 70 anos Fatores de risco: genética, ambiente, cigarro, gordura animal, obesidade, DM, álcool Vegetais, atividade física e prevenção reduzem o risco Crescimento lento e tto cirúrgico Etiologia: 70% por pólipos adenomatosos, que na maioria são assintomáticos 10% são adenomas planos maior chance de malignização, mais difícil de serem vistos da EDA Pólipos > 1,5cm, vilosos maior chance de malignização 10% dos adenomas com > 1cm se tornam malignos em 10 anos Câncer de novo: carcinoma originado diretamente da mucosa intestinal e que não segue sequência adenoma carcinoma Tumor superficial deprimido, maior agressividade Sd familiares: Polipose adenomatosa familiar, câncer colorretal hereditário não polipoide 5% Fatores de risco: RCU extensa e por > 10 a, Crohn, HF, mulheres com tu de mama/útero/ovário Mutações hereditárias ou adquiridas, ação ambiental oncogene k-ras do cromossomo 12, genes supressores tumorais (APC e MCC, do cromossomo 5; DCC, do cromossomo 18; p53, do cromossomo 17) Distribuição e patologia: 90% são adenocarcinomas. Podem ocorrer também linfomas, carcinoides, sarcomas, carcinoma de células escamosas e plasmocitomas Mais comuns no lado E, especialmente em reto e sigmoide ulcerado, polipoide, anelar, infiltrativo Microscopia: bem diferenciados, moderadamente diferenciados ou pouco diferenciados Sobrevida conforme margens após ressecção, grau de diferenciação e linfonodos comprometidos Disseminação: linfática, hematogênica, invasão de tecidos vizinhos, implantes, peritônio No diagnóstico, 20% já tem metástases 50% curam após cirurgia, 5% morrem por disseminação linfática, 10% morrem por invasão local e 35% morrem por disseminação Metástases: 75% fígado, 15% pulmão, 5% ossos, 5% cérebro Se tumor abaixo da reflexão peritoneal, o prognóstico é pior Classificação de Dukes: In situ Tu invade submucosa, sem linfonodos comprometidos, sem metástase; tu invade muscular própria A 90-100% de sobrevida Tu invade serosa; tu invade órgãos adjacentes B 75-85% de sobrevida Linfonodos comprometidos C 30-40% de sobrevida Metástases distantes D 5% de sobrevida Manifestações clínicas e diagnóstico: Insidioso, sintomas e sinais de longa duração; abrupto, com obstrução ou perfuração Dor abdominal, alteração de hábito intestinal, sangramento (hematoquezia, melena) Perda de apetite, emagrecimento, diarreia, constipação, tenesmo, muco com fezes, distensão abdominal, aumento de gases, vômitos, anemia, massa palpável Pacientes com tu de reto e sigmoide são mais sintomáticos tenesmo, muco, sangramento, alteração de hábito intestinal Testes para > 50 anos: SOF: rastreamento, feito anualmente Sigmoidoscopia flexível: reto, sigmoide e cólon descendente 70% dos pólipos e tu, feito a cada 5 anos Colonoscopia: PO, feito para diagnóstico em sintomáticos. Em assintomáticos, a partir dos 50 anos é feita de 10/10 a Enema opaco com duplo contraste: avalia todo cólon, não vê pólipos e tu pequenos, EDA se alteração, feito a cada 5 anos para rastreamento, mas pouco usado Colonoscopia virtual: TC 3D, não vê < 1 cm, feito se CI de enema opaco e colonoscopia Acompanhamento mais rigoroso: HF, pólipos adenomatosos, câncer, DII > 8 anos Confirmação do diagnóstico: biópsia endoscópica + AP Tu sincrônicos: 2-8% TC: ideal para diagnóstico e estadiamento alternativas: eco, RNM US transrretal: profundidade da invasão da parede retal Tratamento: Cirurgia é única forma de cura. Ressecção paliativa é feita para alívio de sintomas (dor, sangramento, obstrução) Avaliação pré-operatória: Hmg, eletrólitos, antígenos carcino-embriônico, testes de coagulação, função hepática, análise da urina, Rx tórax, ECG, TC de abdome e pelve ATB profilático para G- e anaeróbios 1-2h antes da cirurgia Preparo do intestino, mas sem evidências de benefícios (infecção, deiscência, abscesso) Tu colorretal: Ressecção curativa: margens do bloco livres Deve abranger remoção do suprimento arterial, venoso e linfático Margem de segurança: 5-10 cm de intestino normal proximal e distal Cirurgia oncologicamente adequada: pelo menos 12 linfonodos ressecados no segmento cirúrgico Gânglios suspeitos devem ser biopsiados Se mais de 1 tu (sincrônico), colectomia total + anastomose ileorretal Tu retal: Ressecção colônica + retirada do tecido gorduroso linfovascular aderido ao reto (mesorreto) 15% de risco de deiscência de anastomose se esfíncter preservado derivação proximal (ileostomia, colostomia) temporária Margem distal: 2cm Ressecção linfática e vascular deve ir até origem da artéria retal superior. Ilíacos não precisam ser ressecados Se tu invade estruturas adjacentes, fazer ressecção em bloco. Se margens livres, melhor sobrevida Se perfuração do reto na ressecção, maior risco de recidiva Ooferectomia profilática pode ser considerada se já na menopausa Tu perfurado ou obstruído aumenta risco de recidiva Revisão de estruturas abdominais fígado, ovário, peritônio, epíplon, retroperitônio, linfonodos RT e QT se metástases Cirurgia videolaparoscópica: Resultados oncológicos semelhantes a aberta Menos tempo no hospital, menos uso de analgésicos, movimentos intestinais voltam antes Maior tempo cirúrgico, risco de conversão, aumento de custos Excisão local do câncer retal: T1, distais ao reto + < 4cm + até 8 cm da margem anal + móvel + ausência de úlcera + diferenciado + <1/3 da circunferência retal ressecção local pelo anus, transfincteriano, abordagem sacral Ressecção com margem de 1cm histologia, comprometimento linfovascular, profundidade Câncer no pólipo intestinal: Invasivo: células malignas ultrapassam muscular da mucosa e adquirem capacidade de metastizar Se polipectomia com câncer, cirurgia é feita se pouco diferenciado, invasão linfovascular, margem comprometida, invasão da muscular própria ou carcinoma invasivo me pólipos planos ou em polipectomia incompleta RT e QT no câncer colorretal: RT neoadjuvante: pode tornar tumores ressecáveis, preservação do esfíncter do reto, menos recidiva Indicação de RT ou QT neoadjuvante: T3 e T4 US endoscópica e RNM são melhores que TC para avaliar parede retal e linfonodos Reduzem recidiva local, mas não mudam sobrevida Metástase linfonodal QT pós-operatória aumenta 20-30% a sobrevida Estágio IV: QT e RT podem ser paliativos para dor, obstrução, sangramento Ressecção das metástases: Sempre que possível, remover as metástases 50% tem metástase hepática, sendo 20% junto ao tu primário, mas apenas 20% poderão removê-lo Pré-requisito: remoção completa do tu primário Prognóstico: Conforme TNM Tu de cólon tem melhor prognóstico que de reto Extensão local do tumor, metástases distantes, n° de linfonodos comprometidos, invasão vascular, tu residual, histologia, antígeno carcino-embriônico Seguimento: 80% tem margem cirúrgica livre, mas 50% tem recorrência (maioria em 2 a) 50% tem as metástases identificadas 30% poderão fazer reintervenção Dificuldades cicatriciais, complicações com estomas, disfunções urinárias e sexuais Risco de tu metacrônico (intestinal): 3-10% Revisão clínica + antígeno carcino-embriônico 3/3m ou 6/6m por 2 anos; após 6/6m por 3 anos TC abd e pelve anual por 3 anos e após SN Colonoscopia após 1a da cirurgia, e após 3/3a
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