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FÍSTULAS INTESTINAIS: Comunicação anormal entre áreas do TGI ou enterocutânea Enterocutânea: depleção hidroeletrolítica, desequilíbrio acidobásico, infecção, desnutrição Complicação de laparotomia, cirurgias do TGI, trauma abdominal, doença de Crohn, abscesso intra-abdominal, irradiação, pancreatite, pseudocisto pancreático, neoplasia Entérica: manejo cirúrgico e/ou clínico Anormalidades hidroelétricas, sepse, desnutrição, efeito dos líquidos enterais na pele Medidas primárias: correção do balanço hidroeletrolítico, aspiração e controle da secreção, proteção da pele, NPT, suporte emocional, profilaxia/tto de infecção 24-72% fecham espontaneamente em 27-70d Mortalidade 5-30% (sepse, infecção, desnutrição, anormalidades hidroeletrolíticas) Classificação e avaliação inicial: Fístulas externas: comunicação de vísceras ocas com a pele, sendo secundárias a deiscências anastomóticas do TGI Infecção coleção abscesso Desarranjo de tecidos, trajeto criado por drenagem de abscesso cirúrgico Fistulografia: avalia comprimento e trajeto da fístula, cavidades e abscessos Leucocitose + sepse ATB (G- + anaeróbios) + TC (abscesso, coleção com tto radiológico) Obstrução distal, CE cirurgia Fístulas internas: TGI interno Gastrocólicas, duodenocólicas, enterocólicas, enteroentéricas, colovaginais, colovesicais, pancreatoentéricas Vazamento de anastomose, secundário a tumor ou inflamação de órgãos, trauma penetrante, irradicação, necrose, doença de Crohn, perianal Estudo radiológico com Bário se ausência de comunicação com cavidade peritoneal * contrate iodado insolúvel é 2ª opção Alto débito: > 500ml eliminados/d segmentos proximais do ID, pâncreas Risco de desidratação, perda de bicarbonato, acidose metabólica NPT Baixo débito: NET + suporte metabólico Fístulas simples: fístulas enterocutâneas com trajeto e orifício único exteriorizado Fístulas complexas: múltiplos, pertuitos e trajetos, destruição de parede abdominal Maior mortalidade em hospitalizados, desnutridos Distúrbios de órgãos e funções teciduais por estados hipercatabólicos provocados por infecções e trauma Causas pós-operatórias de fístula intestinal: Anastomose: tensão, vascularização, técnica cirúrgica, inflamação local, infecção, neoplasia, desnutrição, imunossupressores, doenças sistêmicas (DM, DPOC, IRC) Incidentais: lise de aderências, lesão intestinal em outras cirurgias Causas espontâneas de fístula intestinal: Doenças intrínsecas: DII, doença diverticular, neoplasia, infecção, isquemia (doença aterotrombótica, embólica, vasculite), colite actínica Causas extrínsecas: trauma, doença de órgão adjacente Tratamento clínico: Repor perdas hidroeletrolíticas e calóricas + basal VO e/ou EV Fístulas complexas e de alto débito NPT Baixo débito: 1-1,5 g/kg/d Alto débito: 1,5-2,5 g/kg/d 2x a carga diária de vitaminas vit C, Zn e Selênio: 5-10x> Octreotide: análogo da somatostatina inibe secreções gastrointestinais, pancreáticas e biliares, relaxa músculo liso e reduz motilidade do TGI Injeções intermitentes Somatostatina: acelera fechamento espontâneo das fístulas Outros antissecretórios: IBP, loperamida e codeína (redução da motilidade intestinal) Complicação: inflamação e destruição da pele adjacente por enzimas e pH da secreção dermatite tto: pomada de ZnO, bolsas de ostomia, hidrocoloide, aspiração Tto de infecções locais, correção de obstrução intestinal para manter trânsito intestinal, manter trajeto da fístula menor que o intestinal, para reduzir a resistência ao fluxo do conteúdo intestinal e permitir que o fluxo seja intestinal, e não fistuloso TTO cirúrgico: Fístulas de baixo débito que não fecham espontaneamente com NPT ou NET radiologia cirurgia: ressecção do segmento comprometido e reconstrução do trânsito Fístulas de alto débito: NPT por 3-4 sem ausência de resolução = cirurgia Fístula simples: ressecção do segmento + reconstituição do trânsito Fístula complexa: acesso cirúrgico distante + by-pass intestinal excluindo o segmento comprometido após recuperação e parede abdominal melhor, ressecção do segmento comprometido e reconstituição do transito intestinal Coleções intra-abdominais/retroperitoneais drenagem percutânea guiada por eco/TC Fístulas refratárias, geralmente fístulas enterais que complicaram gastroplastia EDA, tela submucosa fechamento em 80%, 30% em 1 sessão, 55% 2 e 15% 3 Fistuloclise: orifício da fístula é o acesso ao TGI para alimentação enteral Preditores de fechamento espontâneo: Etiologia cirúrgica Fluxo distal livre Intestino circunjacente saudável Ausência de abscesso ou infecção Trajeto fistuloso > 2cm Trajeto fistuloso não epitelizado Diâmetro < 1cm Baixo débito Ausência de comorbidades FÍSTULA ENTEROCUTÂNEA: ressuscitação inicial (correção distúrbios HEL, determinação do débito, avaliação da nutrição, ATB para controle da sepse) Baixo débito Avaliação por imagem: TC abd (excluir CE, abscesso), fistulografia/transito intestinal (obstrução, localização da fístula no TGI) Alto débito NET NPO NPO + NPT Ressecção da fístula Sem resolução Sem resolução em 4 sem: Bypass intestinal e/ou ressecção da fístula
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