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O COLESTEROL NO OVO

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O COLESTEROL PRESENTE NO OVO
Mércia Nayra Rabelo Nobre¹; Ana Keila Eufrásio de Paula1; Sâmia Marieta da Cruz Fonteles¹; Bruno Lemos Rabelo1; Edmir Geraldo de Siqueira Fraga2
1 Discente do Curso de Biomedicina do Centro Universitário Católica de Quixadá (UNICATÓLICA).
2 Biomédico. Mestre em Ciências pela Faculdade de Medicina (USP). Docente do curso de Biomedicina do Centro Universitário Católica de Quixadá (UNICATÓLICA).
RESUMO
O presente trabalho trata-se de uma revisão bibliográfica realizada de forma sistêmica e ordenada onde teve por objetivo avaliar a produção cientifica acerca dos efeitos do colesterol encontrado no ovo tendo em vista seus pontos negativos e positivos para o consumo humano. O uso de alimentos ricos em colesterol possui relação com doenças isquêmicas do coração, e o ovo é um desses alimentos por conter grande quantidade de colesterol em sua gema. Mesmo tendo esse colesterol, a gema também possui propriedades importante para o organismo, pois é um alimento repleto de outros nutrientes. 
Palavras-chave: Colesterol. Ovos. Consumo de ovos.
INTRODUÇÃO
O colesterol é o esteroide característico dos tecidos animais e desempenham várias funções essenciais no organismo, é um composto muito hidrofóbico. Sua estrutura consiste em quatro anéis hidrocarbonados fundidos (A, B, C, D), chamados núcleo esteroide. Existem mecanismos de regulação que modulam a velocidade da síntese endógena em função da velocidade de excreção. Um desequilíbrio nessa regulação pode elevar os níveis circulantes de colesterol, aumentando o risco de doença vascular (HARVEY e FERRIER, 2012).
O colesterol está disponível no organismo humano através da síntese no fígado e pelo consumo de alimentos ricos em colesterol. Ele está presente em alimentos de origem animais sendo eles, carne, leite, ovos e seus derivados. Sendo importante para o nosso organismo, pois ele é responsável pela produção de hormônios e vitamina D (PINHEIRO, 2016)
O ovo é um alimento de grande importância na alimentação humana, por sua composição nutricional de relevante qualidade, sabor agradável e grande diversidade na forma de consumo. Tem a vantagem de ser uma fonte proteica de baixo custo e alto valor biológico além de estar facilmente disponível na alimentação de todas as classes sociais no Brasil (FIUZA, 2014).
Além de ser importante reserva de proteínas, lipídeos, vitaminas e minerais, o ovo de uma galinha contém substâncias promotoras da saúde e preventivas de doenças, o que o torna um alimento funcional. Exerce papel essencial no desenvolvimento embrionário de uma ave, exercendo função de proteção e nutrição do embrião que viria a se formar no seu interior, caso. (MAZZUCO, 2008).
Durante anos as pessoas foram aterrorizadas quando o assunto era o consumo de ovos, e agora pesquisas revelam que ele não é o que parece ser. É isso mesmo! Um dos maiores vilões da saúde do coração foi finalmente absolvido da injusta acusação de aumentar o colesterol.
Este estudo tem por objetivo avaliar a produção cientifica a cerca dos efeitos do colesterol encontrado no ovo tendo em vista seus pontos negativos e positivos para o consumo humano com a seguinte questão norteadora: Qual a produção cientifica sobre a presença de colesterol no ovo e seus benefícios para a saúde humana?
METODOLOGIA
Para o desenvolvimento desse estudo, utilizamos os seguintes passos metodológicos: definição de critérios de inclusão e exclusão; definição das informações que deveriam ser extraídas dos estudos selecionados; analise e interpretação das informações sintetizadas e discussão dos resultados obtidos.
As buscas de artigos publicados em periódicos foram realizadas nas seguintes bases de dados: Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS) e Scientific Eletronic Library Online (SciELO), os textos completos foram obtidos por meio eletrônico. Foram utilizados os seguintes descritores: “colesterol”; “ovos”; “consumo de ovos”.
Foram considerados estudos publicados no período de 2005 a 2016, somente produções com idioma em português e inglês, que tenham a presença dos descritores escolhidos, no título do estudo, ou no resumo do mesmo.
A busca foi realizada no mês de outubro de 2016. Foram encontrados 321 artigos no total nas bases de dados, 251 na SciELO e 70 no LILACS, sendo que desses apenas 19 preencheram o critério de inclusão e foram incluídos na revisão integradora, os outros 302 restantes não obedeceram aos critérios de inclusão.
RESULTADOS E DISCUSSÕES 
O ovo é um alimento rico em diversas vitaminas, como a B12, B5, Colina, Vitamina E, minerais como o Iodo e Ferro, Selênio além da sua proteína ser de alto valor biológico (FIUZA, 2014).
A gema é rica em colesterol, e também é nela que se encontra a maioria dos nutrientes, como as vitaminas e os sais minerais. A clara é uma grande fonte de proteína. As vitaminas lipossolúveis A, D, E e K estão presentes em grandes quantidades nos ovos, assim como as vitaminas do complexo B, incluindo a B12. Os ovos são pobres em cálcio, mas excelente fonte de fósforo, ferro e magnésio. O sódio e potássio encontram-se em boas quantidades, principalmente na clara. (CARVALHO, 2016).
O conteúdo total de lipídios do ovo é de apenas 11% do seu peso, o que não é muito alto. Mais importante do que o simples conteúdo total de lipídios, deve-se atentar para o fato de que o conteúdo de ácidos graxos saturados é baixo, tanto em valores absolutos (1,7g por ovo) quanto em valores relativos (cerca de 31% dos lipídios totais) (SARCINELLI, et al. 2007).
Em estudo realizado por Goodrow, e colaboradores (2006), em 33 pessoas acima de 60 anos, observou consumo de 1 ovo/dia por 5 semanas não aumentou as concentrações séricas de CT, LDL-c, HDL-c e TAGs.
Os resultados indicaram que, em idosos, tal consumo aumenta significativamente as concentrações séricas de luteína e zeaxantina sem elevar os lipídios séricos e as concentrações de colesterol (GOODROW et al., 2006).
Godrow at all, concluíram que o consumo de ovos por 33 pessoas acima de 60 anos durante 12 semanas elevou os níveis de luteína e Zeaxantina sem elevar o colesterol plasmático e estudo realizado por Wenzel at all com 24 pessoas mostra que as pessoas que consumiram 1 ovo ao dia por 12 semanas tiveram aumento da densidade óptica, aumento da zeaxantina no soro, sem elevação do colesterol plasmático.
Em um estudo de corte com 21.327 participantes do I Estudo de Saúde Médica, foi avaliada a associação entre o consumo de ovos e o risco de DCV e mortalidade. Constatou-se que a ingestão não frequente de ovos não influenciou no risco de DCV em homens, porém o consumo foi relacionado positivamente à mortalidade, principalmente em indivíduos diabéticos (DJOUSSÉ; GAZIANO, 2008).
São diversos os estudos realizados que comprovam a relação entre o consumo do ovo e as enfermidades cardiovasculares. A maioria ainda destes estudos, mostram a relação benéfica do consumo de ovo e aumento do colesterol sanguíneo, onde não há diferenças significativas entre grupos que consomem um ovo por dia e grupos que consomem mais de um ovo por dia (NOVELLO, et al. 2006)
CONCLUSÃO
Conclui-se que o colesterol apresenta sua grande importância para o desenvolvimento, assim como sua necessidade de equilibrar os níveis do colesterol HDL e LDL, a fim de balancear as gorduras presente no organismo humano.
Uma dieta saudável acompanhada de uma prática de exercícios físicos regular é fundamental para o controle do nível de colesterol. A carência do colesterol é prejudicial para o crescimento e desenvolvimento humano. No entanto seu aumento exacerbado implica em várias doenças.
Observamos que o colesterol presente no ovo, antes era considerado um vilão, esse conceito foi embasado por meio de vários estudos que destacavam seus malefícios, mas com essa pesquisa foi possível perceber que seu colesterol não é maléfico como se pensava e sim que apresenta muitos benefícios para a saúde humana como por exemplo nutrientes, proteínas, vitamina D, vitamina B entre outros benefícios.REFERÊNCIAS
DE CARVALHO, Fabyola Barros et al. Qualidade interna e da casca para ovos de poedeiras comerciais de diferentes linhagens e idades. Ciência Animal Brasileira, v. 8, n. 1, p. 25-30, 2007.
FIUZA, Marcos Silva. AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DOS OVOS COMERCIALIZADOS EM FEIRA DE SANTANA/BA. Salvador, Bahia, 2014. 27p. Trabalho de Conclusão de Curso (graduação) – Escola de Medicina Veterinária e Zootecnia, Universidade Federal da Bahia, 2014.
GOODROW, Elizabeth F. et al. Consumption of one egg per day increases serum lutein and zeaxanthin concentrations in older adults without altering serum lipid and lipoprotein cholesterol concentrations. The Journal of nutrition, v. 136, n. 10, p. 2519-2524, 2006.
HARVEY, R. A.; FERRIER, D. R. Bioquímica Ilustrada. 5a edição. Editora Artmed, Porto Alegre-RS, 2012.
NOVELLO, Daiana et al. Ovo: Conceitos, análises e controvérsias na saúde humana. Archivos Latinoamericanos de Nutrición, v. 56, n. 4, p. 315, 2006.
MAZZUCO, Helenice. Ações sustentáveis na produção de ovos. Revista Brasileira de Zootecnia, v. 37, n. SPE, p. 230-238, 2008.
DJOUSSÉ, Luc; GAZIANO, J. Michael. Egg consumption in relation to cardiovascular disease and mortality: the Physicians' Health Study. The American journal of clinical nutrition, v. 87, n. 4, p. 964-969, 2008.

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