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* * Sociedade Capitalista Liberal, Era Vargas (1930-1945) e Imprensa no Brasil * * Nova Ordem Capitalista Liberal * Eficiência, pressa, velocidade e mobilidade representam o novo modo de vida urbano. A imprensa também se acelerou: = Multiplicação de edições sucessivas = Folhas Vespertinas, veiculando notícias do próprio dia. * * Nova Ordem Capitalista Liberal * Imprensa-Empresa. Divisão do Trabalho e Especialização na Empresa Jornalística: = Nova organização do trabalho: Redatores, Articulistas, Críticos, Repórteres, Revisores, Desenhistas, Fotógrafos entre outros. * * Nova Ordem Capitalista Liberal * Seções Especializadas. = Seção para Público Feminino, Esportes, Lazer, Vida Social e Cultural, Crítica Literária, Assuntos Policiais e Internacionais. * Participação das Agências Internacionais: Havas, Reuters, Associated Press, United Press Association, entre outras. * Valorização da “informação” em detrimento da “doutrinação”. * * Nova Ordem Capitalista Liberal * Distinção entre “matéria de Caráter Informacional” ou “Propriamente Jornalística” (supostamente neutra e objetiva), e o “Texto de Opinião” (que tomava posição e defendia idéias e valores). * * Nova Ordem Capitalista Liberal Função do Jornal: = Informar ao leitor o que se passou, com rigoroso respeito à “verdade dos fatos”. * * “Com a modernização da imprensa, o artigo político quando muito conservou a primeira coluna; mas, em redor, como leitura de maior sensação, se foi distribuindo e colocando o noticiário. E cedendo a esse impulso, as empresas jornalísticas se tornaram infinitamente complexas [...]. Converteu-se o jornal muito mais num problema de dinheiro do que de credo político, literário. E então acode aquele conceito exato: “Quando as opiniões de um jornal começam a pesar, ele as deixa de ter”[...]. Viu-se a imprensa obrigada a modelar-se pelos novos costumes, adotando várias praxes, como a elevação do preço dos anúncios ou a inclusão de matéria paga nas seções editoriais. E porque não parecesse bastante e conviesse adquirir o apoio de um público numeroso – ponto de partida para o sucesso comercial – a imprensa procurou servir as tendências populares, em vez de as orientar, como acreditava possível, em sua ingênua confiança, o jornalismo romântico.” (Barbosa Lima Sobrinho – 1923) * * Nova Ordem Capitalista Liberal 1890 – 15% da população é alfabetizada. De 1900-1920 – Aprox. 25% 1906 – RJ – De cada 100 pessoas, 48 eram analfabetas. SP 70%. Esse quadro, obviamente, gerava uma limitação muito grande nas tiragens de livros e periódicos. * * Nova Ordem Capitalista Liberal * Dilema da Imprensa-Empresa: => Os leitores são importante fonte de recursos econômicos, principalmente pelo consumo através dos anúncios. => São os leitores que conferem prestígio e legitimidade para as idéias veiculadas e defendidas pelo jornal. => O jornal vende uma mercadoria muito especial capaz de despertar simpatia e oposição, mobilizar a ação política e infundir confiança. => Necessidade de seguir os fundamentos da economia de mercado para sobreviver. * * Era Vargas (1930-1945) Importantes grandes jornais apoiaram a Revolução de 1930, entre eles: Diários Associados de Assis Chateaubriand, Correio da Manhã, O Globo, Jornal do Commercio, Diário Carioca, Diário de Notícias, entre outros. Contudo, o relacionamento amistoso da grande imprensa com o governo provisório não durou muito. * * Era Vargas (1930-1945) => Os jornais que não apoiaram o Regime tiveram que mudar de proprietário ou alterar a linha editorial. => Cerceamento da Liberdade de Expressão. => O Movimento de 32 foi apoiado por vários grandes jornais de RJ e SP, inclusive os Diários Associados de Chatô. => Vargas critica a Constituição de 1934 por conceder poucos poderes ao Executivo. * * Era Vargas (1930-1945) => Vargas institui o Estado Novo e outorga uma nova Constituição (1937). => Exemplo: Artigo 122 – Tratava dos Direitos e Garantias Individuais. Considerava a imprensa um serviço de utilidade pública. Isso alterava a natureza da relação da imprensa com o Estado impondo a obrigação de inserir comunicados do governo. * * Era Vargas (1930-1945) O direito individual de livre manifestação subordinava-se a condições e limites prescritos em lei. Em nome da garantia da paz, da ordem e da segurança pública justificava-se a censura prévia à imprensa, teatro, cinema, rádio, e outros. * * Era Vargas (1930-1945) => Criação do Departamento de Imprensa e Propaganda (DIP) - 1939. Finalidades: Cercear a divulgação daquilo que não fosse de interesse do poder. Enfatizar as realizações do Regime e sua adequação à realidade nacional. * * Era Vargas (1930-1945) Promover a imagem política e pessoal do chefe do governo. Viabilizar pela imprensa o projeto cultural e político do Regime, difundindo uma imagem positiva do Regime e subordinando ao Executivo os meios de comunicação de massa. * * Era Vargas (1930-1945) Uso da Força: Expropriou o jornal O Estado de São Paulo em 1940, sob intervenção do DIP. Encampou o jornal A Noite e a Rádio Nacional. * * Era Vargas (1930-1945) Força Política: Liberou verbas e empréstimos para os que atendiam às necessidades do Executivo. Criou a Agência Nacional como Imprensa-Empresa dentro do Estado. Ex. Veiculação da Hora do Brasil. * * Era Vargas (1930-1945) Força Econômica: Controle da Imprensa pela Legislação Aduaneira que regulava a Importação de Papel. * * Era Vargas (1930-1945) Força Econômica: Ex. Decreto-Lei 1.938, 30/12/1939: Novas normas de isenção aduaneira para o papel de imprensa, sob a justificativa de que “cabe ao governo atender às conveniências do bem público que reclamam o progresso de uma imprensa capaz de interpretar e defender, devidamente amparada, as grandes causas nacionais”.
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