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GINÁSTICA GERAL - Unidade II - LIVRO TEXTO - Educação Física UNIP

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Unidade II
5 FUNDAMENTOS DA GINÁSTICA I
5.1 Terminologia dos posicionamentos do corpo
O que você, caro aluno, verá neste presente tópico, é a nomenclatura oficial e técnica que é utilizada 
na ginástica, como na educação física, analisada sob o ponto de vista da anatomia, da biomecânica 
e também do treinamento desportivo, ou seja, a nomenclatura que deve ser utilizada para qualquer 
profissional de educação física em suas aulas.
Iremos começar com os posicionamentos e as siglas simples e com a ajuda dos desenhos ficará fácil 
o entendimento.
Posição fundamental – Deve estar em pé, tronco ereto, membros superiores ao longo do corpo no 
prolongamento, olhar voltado para o horizonte.
Figura 42 – MMSS
Apresentam‑se as seguintes siglas:
MS – membro superior (esquerdo ou direito).
MMSS – membros superiores. Os membros podem estar:
• ao longo do corpo: estendidos naturalmente ao longo (ao lado) do corpo;
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• no prolongamento do corpo: estendidos acima da cabeça, colocados verticalmente.
Figura 43 – MMII
MI – membro inferior (esquerdo ou direito).
MMII – membros inferiores. Podem estar:
• em afastamento lateral: pés afastados em uma distância equivalente à linha dos ombros;
• em grande afastamento lateral: distância superior ao afastamento lateral;
• em afastamento anteroposterior: afastamento de MMII, estando um pé à frente e o outro atrás do corpo;
• em afundo: variação do afastamento lateral ou anteroposterior. Um dos MMII deve estar em 
semiflexão (menor que 90°).
Figura 44 – Em afundo
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5.1.1 Posicionamentos corporais
Estes posicionamentos se referem às posições do corpo em relação ao solo, ou seja, qual parte do 
corpo está em contato com o solo. Como veremos a seguir:
• ajoelhado: MMII flexionados, joelhos e pés apoiados no solo. Os MMII podem estar unidos ou 
afastados, o tronco elevado;
Figura 45 – Ajoelhado
• semiajoelhado: variação da posição ajoelhada. Um dos MMII deve estar com o joelho apoiado no 
solo, e o outro, apoiado sobre o pé;
Figura 46 – Semiajoelhado
• de cócoras: MMII totalmente flexionados com equilíbrio na parte anterior ou com toda a planta 
dos pés no solo, tocando glúteos no calcanhar;
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Figura 47 – De cócoras
• sentado: glúteos tocam o solo, tronco elevado. MMII podem variar: estendidos, flexionados, 
unidos, afastados, cruzados etc.;
 
Figura 48 – Sentado
• decúbito dorsal: deitado com a região dorsal do tronco apoiada no solo;
Figura 49 – Decúbito dorsal
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• decúbito ventral: deitado com a parte anterior do tronco apoiado no solo;
Figura 50 – Decúbito ventral
• decúbito lateral: deitado com apoio da lateral do tronco, esquerda ou direita, no solo;
Figura 51 – Decúbito lateral
• quatro apoios: apoio de mãos e pés no solo, parte anterior do tronco voltada para baixo, quadril 
elevado de forma a criar um ângulo próximo a 90° entre o tronco e MMII;
Figura 52 – Quatro apoios
• quatro apoios invertidos: apoio de mãos e pés no solo, parte anterior do tronco voltada para 
cima, quadril elevado e MMII flexionados;
Figura 53 – Quatro apoios invertidos
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• seis apoios: mãos, pés e joelhos apoiados no solo;
Figura 54 – Seis mãos
• apoio de frente: mãos e pés apoiados no chão, tronco e MMII estendidos, parte anterior do 
tronco voltada para baixo;
Figura 55 – Apoio de frente
• apoio dorsal: mãos e pés apoiados no chão, tronco e MMII estendidos, parte posterior do tronco 
voltada para baixo.
Figura 56 – Apoio dorsal
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5.2 Terminologia referente aos movimentos articulares
Estes movimentos se referem às articulações do corpo. Os posicionamentos dessas articulações 
diante dos movimentos são:
• extensão: aumentar o ângulo da articulação de um segmento do corpo, distanciando suas partes;
• flexão: diminuir o ângulo da articulação de um segmento do corpo, aproximando as suas partes;
a) b)
Figura 57 – a) Extensão e b) Flexão
• abdução: ato de afastar um segmento da linha mediana do corpo;
a) b)
Figura 58 – a) e b) Abdução
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• adução: ato de aproximar um segmento da linha mediana do corpo;
a) b)
Figura 59 – a) e b) Adução
• elevação: suspender qualquer parte do corpo no sentido contrário ao da ação da gravidade;
a) b)
Figura 60 – a) e b) Elevação
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• depressão: volta da elevação, movimento antagônico;
a) b)
Figura 61 – a) e b) Depressão
• circundução: combinação de movimentos realizados em um determinado plano, em que o centro 
do movimento é um ponto fixo (articulação); movimento de 360°;
a) b)
Figura 62 – a) e b) Circundução
• balancear: movimento pendular dos segmentos, no qual o ponto fixo é uma articulação, variando 
de acordo com os planos e direções;
• rotação: movimentos em torno do eixo longitudinal do segmento;
• hiperextensão: é a extensão continuada de uma articulação para além da posição anatômica;
• pronação: rotação interna do antebraço;
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• supinação: rotação externa do antebraço;
• anteversão: progressão da crista ilíaca para frente;
• retroversão: progressão da crista ilíaca para trás;
• inversão: elevação da borda medial do pé;
• eversão: elevação da borda lateral do pé;
• dorsiflexão: movimentação do peito do pé em direção à canela;
• flexão plantar: movimentação da sola do pé para baixo (apontar os dedos).
5.3 Terminologia dos movimentos
Em relação à nomenclatura, destacamos:
• saltar: locomoção explosiva e dinâmica, com ou sem deslocamento inicial (corrida), na qual existe 
uma perda total do contato dos pés com o solo e uma fase aérea pronunciada, podendo o impulso 
se dar com um ou com os dois pés;
• saltitar: é uma ação feita com ou sem deslocamento inicial, com perda momentânea do contato dos 
pés com o solo. A fase aérea é pequena, e a retomada com o solo é feita com a parte anterior dos pés;
• alternado: o que ocorre ou é feito de forma alternada;
• simultâneo: o que acontece ao mesmo tempo;
• assimétrico: o que transcorre ou é feito em sentidos opostos, estando ou não no mesmo plano;
• inclinação: fluxo que afasta os segmentos do esqueleto axial da linha mediana do corpo, estar 
obliquamente em relação ao plano frontal.
5.4 Elementos corporais
Sobre os elementos corporais, ressaltamos os movimentos corporais básicos, que são naturais do ser 
humano e condicionados a estímulos do meio em que vivemos, como andar, correr, saltar, saltitar, girar, 
rolar, extensão, flexão etc. Já as ações complexas ouespecíficas são elaboradas de modo consciente, em 
ritmo, forma e intensidade para alcançar um objetivo, um fim determinado.
Em relação à descrição de uma atividade, para descrevermos uma ação ou movimento devemos 
apresentar três fatores:
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• posição inicial: descrever a posição (estática) do indivíduo antes de iniciar a deslocação. Caso 
existam aparelhos ou objetos, informar seu posicionamento também;
• execução: retratar, usando a terminologia correta, o ato ou atividade, com número de repetições, 
tempo de duração da deslocação etc.
• posição final: expor a posição final do executante (estática) ao final do deslocamento.
5.5 Terminologia referente ao corpo no espaço físico
A terminologia do corpo compreende a situação na qual o corpo faz referência ao espaço físico em 
que está situado. Destacamos:
• colunas: disposição na qual os alunos ficam um atrás do outro;
• fileiras: condição na qual os alunos ficam dispostos um ao lado do outro;
• longitudinal: organização no sentido do comprimento, tudo o que é relativo a ele;
• transversal: distribuição no sentido da largura, tudo o que é relativo a ela.
5.6 O que são sequência pedagógica e sequência ginástica?
Sequência pedagógica é a sucessão de movimentos, naturais ou construídos, visando a um objetivo; 
a ordem deles acontece de acordo com a importância e a dificuldade. Sempre se deve ensinar do simples 
para o complexo. Ela é dividida em estágios de desenvolvimento. Os objetivos visados são:
• aluno: ele imagina a ação, tenta, experimenta, imita, descobre, constata, avalia e seleciona como 
deve ser feita;
• professor: ele orienta, incentiva, ajuda quando necessário, julga e corrige.
 Lembrete
Sequência ginástica é uma sucessão de deslocações que se ligam de 
forma harmoniosa utilizando os fundamentos básicos da ginástica e que 
são somadas às habilidades motoras.
6 CAPACIDADES FÍSICAS
O desenvolvimento das capacidades físicas está ligado à ginástica como um meio, ou seja, como 
um instrumento para desenvolvê‑las, devido à sua importância em nível orgânico. São possibilidades 
motoras naturais e adquiridas, podendo‑se realizar esforços de acordo com cada indivíduo.
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Na educação física os movimentos corporais realizados nos seus conteúdos e até mesmo os do dia 
a dia dependem do desenvolvimento dessas capacidades físicas, para que as ações se tornem de fácil 
execução, sem nenhum tipo de transtorno.
Por isso uma das funções da educação física é o desenvolvimento das capacidades físicas (habilidades 
motoras), e a ginástica se torna um meio para desenvolvê‑la.
Souza e Ayoub (2012) dividem as capacidades físicas ou motoras em três grupos, a cujos exercícios 
ginásticos podemos recorrer para ensinar:
• primeiro: força, velocidade, resistência e potência;
• segundo: coordenação motora, flexibilidade corporal, equilíbrio motor;
• terceiro: orientação cinestésica, espaçotemporal, estruturação do esquema corporal, expressão corporal.
Veremos agora as capacidades do primeiro e do segundo grupo; as do terceiro veremos em outra 
oportunidade.
6.1 Força
“[...] É a habilidade de um músculo ou grupamento muscular de vencer uma resistência, produzindo 
tensão na ação de empurrar, tracionar ou elevar[...]” (Tubino, 1992, p. 20).
É o resultado de processos de inervação e de utilização de substâncias energéticas na musculatura, 
dos quais ressaltamos:
• força dinâmica: quando o fator determinante do movimento tem a intensidade da resistência a ser 
vencida, e não a velocidade de execução. Suporta o peso do próprio corpo em deslocamentos repetitivos;
• força isométrica: quando não há produção de trabalho ou deslocação. Há produção de força, mas 
ela é estática;
• força explosiva: quando se exerce o máximo de energia em uma ação explosiva.
6.2 Velocidade
“[...] Qualidade particular do músculo e das coordenações neuromusculares que permite uma 
sucessão rápida de gestos [...]” (Tubino, 1992, p. 30).
Pode ser de intensidade máxima e duração breve ou muito breve. Há três tipos:
• velocidade de deslocamento, que é a capacidade máxima de uma pessoa mover‑se de um ponto 
ao outro;
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• velocidade de reação, que é a rapidez com a qual um indivíduo é capaz de responder a um estímulo 
(visual, auditivo ou tátil). Tempo requerido para ser iniciada a resposta a um estímulo recebido;
• velocidade de membros, que é a habilidade de mover membros superiores e/ou inferiores tão 
rápido quanto possível.
6.3 Resistência
Qualidade em realizar um esforço continuado, reagindo contra uma fadiga, durante um determinado 
tempo. Existem diferentes tipos de resistência; cada um exigirá a utilização de uma determinada fonte 
de energia. Destacaremos a seguir alguns deles:
• resistência aeróbia: permite manter, por um determinado período de tempo, um esforço em que 
o consumo de O2 equilibra‑se com sua absorção, sendo os esforços de fraca e média intensidade;
• resistência anaeróbia: possibilita preservar, por um prazo definido, um esforço em que o consumo 
de O2 é superior a sua absorção, acarretando um débito que somente será recompensado em 
repouso, sendo os esforços de grande intensidade;
• resistência muscular localizada (RML): capacidade individual de realizar em um maior tempo possível 
a repetição de um movimento estabelecido, em um mesmo ritmo e com a mesma eficiência. É a 
habilidade de repetir várias vezes uma tarefa igual utilizando‑se baixos níveis de força. É a possibilidade 
de o músculo trabalhar contra uma resistência moderada durante longos períodos de tempo.
6.4 Potência
O conceito de potência emitido pela física é igual à força multiplicada pela velocidade. Para a atividade física, 
o sinônimo corrente de potência é a força explosiva, ou seja, a quantidade de trabalho feito na unidade de tempo.
6.5 Coordenação
Capacidade de executar movimentos complexos de modo conveniente, para que possam ser 
realizados com o mínimo de esforço. Constitui‑se uma atividade psicomotora indispensável em todas 
as habilidades desportivas, devendo ser trabalhada em todos os programas de educação física desde 
os primeiros níveis. A repetição contínua de deslocamentos combinados melhora gradualmente a 
coordenação. É o resultado de um trabalho conjunto do sistema nervoso e do muscular, mostrando‑se 
as deslocações coordenadas, amplas e econômicas, sem desnecessárias contrações.
É a integração do sistema nervoso central e da musculatura esquelética em um movimento ou em 
uma sequência deles. O deslocamento está integrado aos comandos mentais, é um processo que envolve 
reflexão/ação. Coordenação motora associa corpo e mente.
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6.6 Flexibilidade
“Qualidade física responsável pela execução voluntária de um movimento de amplitude articular 
máxima, por uma articulação ou conjunto de articulações, dentro dos limites morfológicos, sem risco de 
provocar lesão” (Dantas, 1998, p. 173).
É a propriedade motora que permite realizar ações em nível articular; estruturalmente a flexibilidade 
depende dos músculos, tendões, ligamentos, cápsula articular, estrutura óssea e pele, que são fatores 
limitantes. A flexibilidade envolve a mobilidade articular (movimento das articulações) e a elasticidade 
muscular (alongamento dos músculos).
Segundo Zilio (1994), a flexibilidade pode ser dividida em:
• flexibilidade ativa:quando a ação sobre determinada articulação é exercida por forças internas do 
próprio indivíduo;
• flexibilidade passiva: quando o funcionamento sobre determinada articulação é exercido por 
forças externas ao corpo do executante, como um auxiliar, pesos ou outra forma de auxílio.
O alongamento não se trata de um tipo de ginástica, mas de um exercício físico que possui 
determinada especificidade, podendo ser utilizado como preparatório para outras práticas corporais, 
assim como para ginástica.
 Saiba mais
Para mais referências sobre os tipos de flexibilidade, consulte a obra:
ZILIO, A. Treinamento físico: terminologia. Canoas: Ulbra, 1994.
6.7 Equilíbrio
“[...] Qualidade física conseguida por uma combinação de ações musculares com o propósito de 
sustentar o corpo sobre uma base, contra a lei da gravidade [...]” (Tubino, 1992, p. 41). O equilíbrio é uma 
das capacidades motoras mais importantes, pois precisamos dele nas ações do dia a dia, como andar, 
ficar em pé ou mesmo para andar de bicicleta.
O equilíbrio é a capacidade de sustentar o corpo em qualquer posição contra a força de gravidade. 
Ele ocorre da seguinte forma:
• equilíbrio estático: adquirido em determinada posição;
• equilíbrio dinâmico: obtido durante o movimento;
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• equilíbrio recuperado: explica a recuperação da estabilidade após o corpo ter estado em 
deslocamento.
 Observação
Os principais órgãos do corpo responsáveis pelo equilíbrio são o labirinto 
do ouvido interno e o cerebelo, que têm influência no equilíbrio por serem 
responsáveis pela coordenação de todos os movimentos.
 Resumo
Ao finalizarmos esta unidade, vimos que a ginástica geral surge primeiro 
como uma manifestação popular que visa a participação de um grande 
número de adeptos, sem que antes tenha havido alguma organização ou 
sistematização de metodologia para a sua prática.
No Brasil, somente a partir da década de 1980 é que a ginástica 
geral passa a ser desenvolvida com alguma ênfase depois da criação de 
grupos ginásticos em diferentes partes do país e também da implantação 
do comitê técnico de ginástica geral pela CBG (Confederação Brasileira 
de Ginástica).
A inexistência de elementos corporais obrigatórios amplia 
significativamente as possibilidades criativas da ginástica geral, pois não há 
“protocolos” a serem seguidos. E quando falamos dos benefícios, estamos 
nos referindo também a diversos aspectos como a participação de todas as 
idades, a valorização da cultura e a interação social dos participantes.
Precisamos entender como funciona a estrutura da ginástica, nos 
grupos em que se faz necessária a divisão para que as ginásticas fiquem 
agrupadas de acordo com a sua funcionalidade, com sua competitividade 
ou não, com as regras estabelecidas ou não, se são simplesmente de 
consciência corporal, ou se é mais de um grupo ao mesmo tempo, pois 
algumas podem pertencer a mais de um grupo simultaneamente. Se estiver 
na dúvida reveja esses grupos na unidade.
Partindo dessa estrutura, vimos as ginásticas que são pertencentes ao 
comando da FIG (Federação Internacional de Ginástica). Falamos de forma 
resumida da ginástica aeróbica, depois abordamos a ginástica acrobática, 
a ginástica de trampolim, que é mais conhecida como “cama elástica”, 
e que muitos confundem pela sua nomenclatura, além de ter outras 
provas nessa modalidade desconhecidas até então. Depois abordamos a 
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ginástica rítmica e ginástica artística, duas modalidades olímpicas, que 
são muito confundidas por todos: estudantes, pais e leigos. Abordamos de 
maneira bem resumida, para que os alunos tenham uma ideia sobre elas, 
facilitando assim a compreensão principalmente de suas nomenclaturas. 
Cada uma das modalidades tem suas regras específicas e seus códigos 
regidos e regulamentados pela FIG. Além da ginástica artística e da rítmica 
pertencerem ao ciclo olímpico, a ginástica de trampolim entrou nesse ciclo 
recentemente, mas a ginástica acrobática e a ginástica aeróbica ainda não, 
havendo somente os campeonatos mundiais.
O desenvolvimento dos fundamentos da ginástica, como as habilidades 
de locomoção, de estabilização e de manipulação, são muito importantes para 
serem trabalhados desde a infância, para a melhoria das habilidades básicas 
motoras. Essas habilidades, quando bem‑trabalhadas, são responsáveis por 
toda a base das ginásticas e, por consequência, de outras modalidades.
 Exercícios
Questão 1. A inclusão de crianças em programas de iniciação esportiva em ginástica artística é 
cada vez mais precoce: com cerca de 5 anos a pessoa inicia o aprendizado das capacidades específicas 
e gerais para a ginástica artística. Nesse contexto, as sessões não devem exigir a execução perfeita do 
movimento, mas a exploração das atividades, respeitando as características dos indivíduos do ponto de 
vista quantitativo, quanto cada um consegue fazer, e qualitativo, como cada um consegue executar a 
mobilidade. A ginástica pode contribuir com os aspectos motor e cognitivo, pois através dela as crianças 
aprendem mais sobre seu corpo, suas possibilidades de deslocamento e os problemas práticos estimulam 
a capacidade de analisar, sintetizar e avaliar o movimento; e o afetivo, pois desenvolve a capacidade de 
apreciação e de senso estético, estimula a criatividade através da combinação de dinâmicas diferentes e 
desafiadoras, despertando qualidades como perseverança e coragem (NUNOMURA; TSUKAMOTO, 2009).
O texto prévio aborda a questão da iniciação esportiva em ginástica artística. Ele defende o seguinte 
ponto de vista:
A) A iniciação esportiva precoce das crianças na ginástica artística pode gerar prejuízos à saúde em 
função do excesso de estímulos de alta intensidade, que podem gerar lesões tendíneas, musculares 
e articulares, interferindo no crescimento normal das praticantes.
B) A formação de um atleta de ginástica exige muitas horas de treinamento com a repetição de 
grande volume de movimentos, buscando a execução perfeita dos padrões técnicos referenciados 
pela performance esportiva.
C) A experiência qualitativa do movimento feita de forma precoce visa formar padrões gradativamente 
mais maduros, desenvolvendo aspectos motores e mentais da criança através de atividades 
desafiadoras.
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D) As crianças não devem ser inseridas de forma precoce na especialização esportiva, tendo em 
vista que os padrões de prontidão maturacional não se encontram adequados à assimilação das 
demandas físicas e psicológicas da experiência competitiva de desempenho.
E) A ginástica artística deve ser estimulada nas crianças menores como forma de enfatizar as 
atividades rítmicas e coreografadas, focando no componente artístico e cultural.
Resposta correta: alternativa: C.
Análise das alternativas
A) Alternativa incorreta.
Justificativa: o texto não fala sobre excesso de treinamento, apenas reforça a prioridade na qualidade 
do movimento, e não na quantidade.
B) Alternativa incorreta.
Justificativa: o texto defende a individualidade de cada praticante e reforça a importância da 
qualidade do movimento, e não a quantidade.
C) Alternativa correta.
Justificativa: a experiência qualitativa e plural estimula aspectos físicos e cognitivos, tais como a 
coragem e a perseverança.
D) Alternativa incorreta.
Justificativa: o texto não enfoca a questão do desempenho esportivo e do excesso de treinamento, 
fala apenas das qualidades da inserção de uma vivência qualitativa para o desenvolvimentoda criança.
E) Alternativa incorreta.
Justificativa: apesar de denominar‑se ginástica artística, essa atividade não se resume na expressão 
rítmica e coreografada; trabalha diversas capacidades físicas e padrões diversos de movimentos, além 
de adaptações cognitivas referentes à reflexão e à resolução de problemas associados ao movimento.
Questão 2. A ginástica artística é uma modalidade olímpica. Atualmente a FIG (Federação 
Internacional de Ginástica) organiza anualmente a Copa do Mundo de Ginástica Artística, além de 
campeonatos mundiais e jogos olímpicos. As provas da ginástica artística são distintas para homens e 
mulheres. Quais são as provas de cada uma das categoriais?
A) Feminino: trampolim acrobático, solo, argolas, trave de equilíbrio e barras paralelas assimétricas; 
masculino: cavalo com alças, solo, salto sobre a mesa e barra fixa.
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GINÁSTICA GERAL
B) Feminino: solo, salto sobre a mesa, paralelas simétricas e trave de equilíbrio; masculino: cavalo 
com alças, trampolim acrobático, salto sobre a mesa, argolas e solo.
C) Feminino: solo, barras paralelas assimétricas, cavalo com alças, trave de equilíbrio; masculino: 
solo, salto sobre a mesa, argolas, barras paralelas simétricas.
D) Feminino: barras paralelas assimétricas, salto sobre a mesa, solo, trave de equilíbrio; masculino: 
solo, cavalo com alças, salto sobre a mesa, argolas, barras paralelas simétricas, barra fixa.
E) Feminino: salto sobre a mesa, solo, barra fixa, trave de equilíbrio, salto sobre a mesa; masculino: 
salto sobre o cavalo, barras assimétricas, argolas, solo.
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